
























Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity
Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium
Prepare-se para as provas
Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity
Prepare-se para as provas com trabalhos de outros alunos como você, aqui na Docsity
Os melhores documentos à venda: Trabalhos de alunos formados
Prepare-se com as videoaulas e exercícios resolvidos criados a partir da grade da sua Universidade
Responda perguntas de provas passadas e avalie sua preparação.
Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium
Comunidade
Peça ajuda à comunidade e tire suas dúvidas relacionadas ao estudo
Descubra as melhores universidades em seu país de acordo com os usuários da Docsity
Guias grátis
Baixe gratuitamente nossos guias de estudo, métodos para diminuir a ansiedade, dicas de TCC preparadas pelos professores da Docsity
A difilobotriase é uma zoonose causada por cestódeos do gênero diphyllobothrium que pode ser adquirida pelo consumo de peixe cru, mal cozido ou defumado contendo a larva infectante do parasita. No brasil, a pesca e a aquicultura são atividades importantes para a geração de trabalho e alimento, mas o consumo crescente de peixe cru ou mal cozido pode aumentar o risco de infecção parasitária. Uma revisão bibliográfica sobre a difilobotriase, incluindo informações sobre o agente e a doença, os hospedeiros, a epidemiologia, a prevalência, a importância da prevenção, o diagnóstico e o tratamento.
Tipologia: Notas de estudo
1 / 32
Esta página não é visível na pré-visualização
Não perca as partes importantes!
Difilobotríase: zoonose parasitária transmitida por peixes
Autor: Joseane Mazzo Machado
Difilobotríase: zoonose parasitária transmitida por peixes
Autor: Joseane Mazzo Machado Trabalho apresentado como requisito parcial para graduação em Medicina Veterinária Orientadora: Profa. Dra. Susana Cardoso Coorientadora: Dra. Sandra Márcia Tietz Marques
À minha avó Lourdes ( in memoriam ). Minha grande incentivadora, desde sempre.
A Deus por ter me dado perseverança para chegar até aqui, à minha amiga e coorientadora Sandra por toda ajuda, incentivo e disponibilidade durante a realização desse trabalho e por nunca me permitir desanimar e à Profa. Susana Cardoso pela orientação. À amiga Ana Vera pela ajuda com as referências e muito mais, mas principalmente pelos sábios conselhos e pela paciência (da qual foi preciso dose extra) a mim dedicados em todos os momentos. À Universidade Federal do Rio Grande do Sul, pelo ensino gratuito e de qualidade. Enfim, agradeço a todos que de uma forma ou outra colaboraram para a realização desse trabalho, de forma direta ou através de palavras de incentivo.
The diphyllobothriasis, caused by cestodes of the genus Diphyllobothrium, is a zoonotic intestinal infection. It can be acquired by eating raw fish, poorly cooked or smoked, containing the infective larvae of the parasite. It spreads through contamination of rivers, lakes, ponds, seas and, consequently, their fish, making it, also, a matter of public health. The diphyllobothriasis may be asymptomatic or cause symptoms such as flatulence, bloating, epigastric pain, anorexia, vomiting and may also cause anemia by vitamin B12 deficiency. The increasing consumption of dishes containing raw fish, the international tourism, the trade between different countries and the availability of fresh fish worldwide, are everyday factors that showing how the population is exposed to infection. Furthermore, the growth of production and consumption of fish in Brazil, show the importance of researches related to diphyllobothriasis. The control measures, prevention, treatment, and the importance of the identification of the parasite species involved in human infections, are also pointed.
Keywords: Diphyllobothrium. Diphyllobothriasis. Raw fish. Parasites.
Figura 1 – Ciclo biológico do Diphyllobothrium ........................................................... 20
Segundo o Regulamento da Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal (RIISPOA), pescado são todos os peixes, crustáceos, moluscos, anfíbios, quelônios e mamíferos de água doce ou salgada, usados na alimentação humana (BRASIL, 1952). Nos últimos anos, a divulgação nos estudos que associam o pescado com melhorias para a saúde, tem causado um aumento de interesse por esse alimento. Diversos fatores como características pessoais, estado de saúde e socioeconômicos, tem influenciado o consumo de pescado (SARTORI; AMANCIO, 2012). A composição química média da carne de peixe é: 66-84% umidade, 15-24% proteína, 0,1-22% gordura e 0,8-2% cinzas (CARDOSO, 2013 apud JACQUOT, 1961). Quantitativamente e qualitativamente, o pescado é uma fonte protéica importante por apresentar todos os aminoácidos essenciais, em especial a lisina, com seu elevado teor e que dá início ao processo de digestão. Sua digestibilidade é alta, variando conforme a espécie, sendo maior do que das outras carnes e do leite. O peixe é uma boa fonte de vitaminas do complexo B, possui também ferro, cobre e selênio. Por conter ômega 3, a carne de peixe possui todos os benefícios que esse ácido graxo oferece: prevenção da artrite e outras inflamações, ajuda na formação dos tecidos do cérebro, diminuição da pressão sanguínea e diminuição do colesterol sanguíneo, evitando assim, a aterosclerose (SARTORI; AMANCIO, 2012). O pescado pode ser hospedeiro natural de vários agentes infecciosos, dentre eles os parasitas. O risco de infecção parasitária ocorre pelo consumo do pescado cru, mal cozido ou defumado contendo a larva infectante do parasito (MASSON; PINTO, 1998). Numerosas zoonoses parasitárias de origem alimentar acometem os seres humanos, sendo na sua maioria causadas por helmintos. A difilobotríase é resultado do parasitismo por Diphyllobothrium , a zoonose mais importante devido ao fato de sua forma de disseminação através da contaminação de rios, lagos, açudes, mares e consequentemente de peixes que habitam essas águas (CÁRDIA; BRESCIANI, 2012). Segundo Bailly e Bouchet (2013), o parasito Diphyllobothrium coabita com os seres humanos há vários milhões de anos desde a pré-história e por causa de seu ciclo de vida e via de contaminação, a difilobotríase permite que se conheçam as variações culturais e mudanças no estilo de vida das antigas populações. Devido à importância desta zoonose que adquiriu caráter emergente devido ao crescente consumo de peixes na forma in natura , esse trabalho tem como objetivo realizar
Em 29 de junho de 2009, foi criado o Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA), cujas competências foram estabelecidas pelo Decreto Federal n0.^ 6.972/09, determinando que o MPA fosse o órgão responsável pela implantação de uma política nacional pesqueira e aquícola, transformando esta atividade econômica em uma fonte sustentável de trabalho, renda e riqueza. No entanto, no dia 1º de janeiro de 2003 a necessidade de criar um órgão responsável pela área de pesca e aqüicultura já foi manifestada quando da criação pelo Governo Federal da Secretaria Especial da Aquicultura e Pesca (SEAP/PR), responsável por desenvolver e fomentar políticas voltadas ao setor pesqueiro (BRASIL, 2013). Tanto a pesca quanto a aquicultura são geradoras de trabalho e alimento, constituindo importante fonte de renda, além de contribuir para a permanência do homem no seu local de origem (BRASIL, 2011a). A aquicultura, que é o cultivo de organismos cujo ciclo de vida em condições naturais se dá total ou parcialmente em meio aquático, é dividida em aquicultura marinha e aquicultura continental (BRASIL, 2011c). Já a pesca é dividida em pesca extrativa marinha e pesca extrativa continental, sendo a atividade pesqueira subdividida em dois segmentos: a pesca industrial e a pesca artesanal (BRASIL, 2011a; BRASIL, 2011b). Por tratar-se de uma atividade de base para muitos municípios litorâneos, a pesca industrial é de grande relevância social e econômica. Fornece matéria prima para as grandes indústrias de centros de distribuição de alimento. Caracterizada em médio e grande porte em função do tipo de embarcação e também da relação de trabalho dos pescadores que possuem vínculo empregatício com o responsável pela embarcação, o armador de pesca (BRASIL, 2011b). Quanto à pesca artesanal, o pescador, com meios de produção próprios ou em parcerias, desembarcada ou com embarcações de pequeno porte, exerce a pesca com fins comerciais, licenciado pelo MPA de forma autônoma ou familiar (BRASIL, 2011a). Conforme dados do Ministério da Pesca e Aquicultura, do total de cerca de 970 mil pescadores registrados, 98,66% (957 mil) são pescadores artesanais, conforme dados levantados em setembro de 2011. Da produção brasileira de 1 milhão e 240 mil toneladas de pescado por ano, cerca de 45% dessa produção provém da pesca artesanal. Entretanto, metade da produção de pescados de origem marinha é resultado da pesca industrial composta por cerca de 5.000 embarcações e 40.000 trabalhadores só na captura. Os principais portos brasileiros de desembarque estão localizados nos seguintes municípios: Belém (PA),
Camocim (CE), Natal (RN), Vitória (ES), Rio de Janeiro e Niterói (RJ), Santos e Guarujá (SP), Itajaí e Navegantes (SC) e Rio Grande (RS) (BRASIL, 2011a; BRASIL, 2011b). Segundo a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), nos últimos oito anos, o consumo per capita de peixe no Brasil aumentou de 4kg/hab/ano para 9kg/hab/ano, sendo que o recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) é de 12kg/hab/ano (CONSUMO..., 2013). Em relação à produção de pescado no Brasil, no ano de 2011 foram produzidas 1.431.974,4t de pescado representando um incremento de 13,2% em relação ao ano de 2010. A principal fonte de produção de pescado nacional foi a pesca extrativa marinha com 38,7% do total de pescado, seguida pela aquicultura continental (38%), pesca extrativa continental (17,4%) e aquicultura marinha (~6%). A região Nordeste, com 31,7% do total continuou registrando a maior produção de pescado do país, seguida pelas regiões Sul, Norte, Sudeste e Centro – Oeste que registraram 23,5%, 22,8%, 15,8% e 6,2%, respectivamente (BOLETIM..., 2011). Ainda no que se refere aos dados acima, sobre a produção de pescado no Brasil, informações fornecidas pelo IBGE relatam que, em 2009, a pesca extrativa marinha produziu 47,26% do total de pescado; a aquicultura continental, 27,18%; a pesca extrativa continental, 19,27% e a aquicultura marinha 6,29% (INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSITCA, [2013]). Seguindo uma retrospectiva cronológica são apresentados, na Tabela 1, dados da FAO sobre a produção de pescado no Brasil, em 2007, em toneladas (FOOD AND AGRICULTURE ORGANIZATION OF THE UNITED NATIONS, 2013).
Tabela 1 – Brasil – Produção de pescado em 2007
Regiões
Pesca Aquicultura Marinha Continental Marinha Continental Total Norte 72.036,50 139.966 200 26.143 238.345, Nordeste 155.625,50 68.497 63.500,50 43.985,50 331.608, Sudeste 137.666 22.201 838 35.823,50 196.528, Sul 174.638,50 2.092 13.866,50 64.483,50 255.080, Centro-Oeste - 10.454 - 40.209 50. Total 539.966,50 243.210 78.405 210.644,50 1.072. Fonte: Food and Agriculture Organization of the United Nations (2013, tradução nossa)
Segundo Masson e Pinto (1998), os helmintos são os parasitos mais comuns que podem ser ingeridos no consumo de alimentos derivados de peixe cru ou mal cozido infectados. Os parasitos que podem ser transmitidos por peixe cru são : Echinostoma hortense, E. japonicus, Heterophyes heterophyese, Metagonimus yokogawai, Clonorchis sinensis, Opisthorchis viverrini, Opisthorchis felineus, Metorchis conjunctus, Diphyllobothrium spp., Capillaria philippinensis, Gnathostoma spp., Anisakisspp., Pseudoterranova spp. (CÁRDIA; BRESCIANI, 2012). Nos Estados Unidos e Europa, onde os casos de doenças transmissíveis pelo consumo de peixe cru eram raros, houve um aumento nas estatísticas dessas infecções devido à globalização, aumento do comércio internacional, maior número de viagens internacionais pela população e disponibilidade de compra de pescados frescos provindos do mundo inteiro, inclusive de locais onde esses parasitas são endêmicos (MASSON; PINTO, 1998). Segundo Ramana et al. (2011), Japão, América do Norte, Sérvia, Escandinávia e Chile são áreas de endemicidade da difilobotríase, sendo sua prevalência de mais de 2% em todo o mundo. Sabe-se que no Brasil, apesar de não haver estatísticas oficiais, muitos casos dessas enfermidades são registrados nas regiões Sul e Sudeste. (MASSON; PINTO, 1998). Um exemplo disso são os 28 casos que a Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo notificou no período de março de 2004 a março de 2005 (BRASIL, [200-?]). Essas colocações podem ter sua explicação no fato de que controles estatísticos dessa natureza são mais comuns, nas Regiões Sul e Sudeste do Brasil e existe a possibilidade de que os registros de casos sejam menos realizados nas demais regiões do país.
Segundo Cárdia e Bresciani (2012), numerosas zoonoses parasitárias de origem alimentar acometem os seres humanos, sendo na sua maioria causadas por helmintos. A difilobotríase, infecção causada por cestódeos do gênero Diphyllobothrium , também conhecida como a tênia do peixe, é a zoonose considerada a mais importante que pode ser transmitida pelo consumo de peixe cru ou mal cozido. Importante, pois sua disseminação se dá pela contaminação da água de rios, lagos, açudes e mares por fezes contendo ovos do parasito, tornando-se por isso, uma questão de saúde pública.
4.1 Histórico e prevalência mundial
Influenciada por hábitos alimentares, diferenças culturais e mudanças ambientais, a tênia do peixe tem evoluído juntamente com os seres humanos há milhares de anos. Registros sobre a difilobotríase são baseados em análises de amostras arqueológicas de ovos preservados e recuperados, sendo que essas análises forneceram informações sobre a saúde, dieta, cultura dos povos e ainda o surgimento, o desaparecimento e a migração desses parasitas ao longo do tempo. Há registros de Diphyllobothrium na pré-história, no período romano, medieval e moderno na Europa, Ásia e África. Já na América, os registros datam do período pré-colonial (LE BAILLY; BOUCHET, 2013). Na América do Sul, em 1911, na Argentina, foi documentado o primeiro caso humano de difilobotríase em um jovem imigrante russo. Em 1950, foi relatado o segundo caso no Chile atribuído a turistas e imigrantes da América do Norte que introduziram trutas arco-íris no país. Ovos da espécie D. pacificum foram encontrados em coprólitos em 2.000-3.000 anos aC, indicando que a difilobotríase é uma doença antiga também na América do Sul. Além da Argentina e do Chile, há também relatos de difilobotríase no Peru, Equador e Brasil (SCHOLZ et al ., 2009). Nas tabelas 2 e 3 são apresentados casos de infecções por Diphyllobothrium presentes na literatura e as fontes suspeitas dessa infecção em países da Europa e Ásia e da América, respectivamente. Nas duas tabelas foi possível observar que na maioria dos casos de infecção, o sintoma relatado pelos pacientes foi distúrbio gastrointestinal (um dos sintomas comuns da infecção) e que em sua maioria, os pacientes perceberam a eliminação de proglótides do parasito nas fezes, o que pode ser observado com mais freqüência do que a presença de ovos.
Tabela 3 – Casos de infecção por Diphyllobothrium na América País Nº de casos Fonte de infecção suspeita
Autor (es) /Ano
Chile 6 Peixe Torres, P. et al. (1989)
Brasil 1 Sushi Santos, F. L. N.; Faro, L. B. (2005)
Brasil 5 Sushi/Sashimi de peixe cru
Tavares, L. E. R.; Luque, J. L.; BomFim, T. C. B. (2005)
Brasil 1 Peixe não cru Emmel, V. E. et al. (2006)
Brasil 1 Sashimi de salmão Capuano, D. M. et al. (2007)
Brasil 2 Sushi de salmão Mezzari, A.; Wiebbelling, A. M. P. (2008)
Canadá 1 Sushi de peixe cru Craig, N. (2012) Fonte: o próprio autor
4.2 Espécies e morfologia
As espécies reconhecidas são : Diphyllobothrium cordatum , D. dendriticum, D. ditremum, D. klebanovskii, D. lanceolatum, D. latum (tênia do peixe), D. nihonkaiense, D. pacificum, D. polyrugosum, D. stemmacephalum, D. ursi, Diphyllobothrium sp. (isolado japonês)e os isolados sp. 1 AK-2012, sp. 2 AK-2012 , sp. DB-01, sp. Dph 08-1, sp. HY- e sp. PVNG-2001 (NATIONAL CENTER FOR BIOTECHNOLOGY INFORMATION, [201-?]). Somente D. latum e D. pacificum estão associadas a casos humanos na América do Sul (CAPUANO et al ., 2007). A larva infectante de D. latum é encontrada na carne de peixes frescos de água doce e de água salgada que migram para a água doce para se reproduzirem, estes incluem truta e salmão, embora outros como o atum também tem sido responsáveis por surtos nos Estados Unidos, sendo o homem um dos hospedeiros definitivos desse parasito (EMMEL et al ., 2006).
Quanto à morfologia, o D. latum possui escólex oval apresentando duas pseudo - botrídias, uma dorsal e outra ventral; colo visível de comprimento variável dependendo da distensão e contração do cestódeo e o estróbilo possui proglótides bem nítidas no terço anterior que aumentam de largura no terço médio e as últimas, por se apresentarem retraídas devido à ovipostura são diminutas (FORTES, 2004). Na face ventral, na linha mediana, há dois orifícios genitais: o anterior, composto pelo canal deferente e vagina, e o posterior, o orifício de postura, o tocóstomo. Dorsalmente encontram-se os testículos que são numerosos, de 700 a 800 (FORTES, 2004).
4.3 Ciclo biológico
O ciclo biológico desses parasitas (figura 1) envolve três hospedeiros, sendo dois intermediários e um definitivo. Grande número de ovos são eliminados nas fezes do hospedeiro definitivo, que ao atingirem o meio aquático liberam um embrião móvel, o coracídio, que se desenvolve em procercóide após ser ingerido por crustáceos copépodas. O procercóide é liberado quando esses crustáceos são ingeridos principalmente por salmonídeos, o procercóide incista-se como plerocercóide nos tecidos deste novo hospedeiro intermediário e permanece assim até que estes peixes sejam ingeridos crus ou mal cozidos pelos hospedeiros definitivos desta parasitose (CÁRDIA; BRESCIANI, 2012). Quando os hospedeiros definitivos ingerem carne de peixe contendo as larvas plerocercóides, estas se fixam à mucosa do íleo onde irão dar continuidade ao ciclo desenvolvendo-se (SCHOLZ et al ., 2009).