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Um estudo clínico randomizado duplo cego sobre a eficácia e segurança do uso de colírio de atropina administrado via sublingual para prevenir pneumonia associada à ventilação mecânica (pavm) em pacientes adultos internados em uti. O estudo foi conduzido no hospital são vicente de paulo e teve como objetivo avaliar a redução de pavm com o uso de atropina sublingual após a intubação.
O que você vai aprender
Tipologia: Notas de aula
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AUTOR PRINCIPAL: Fernanda De Carli CO-AUTORES: Bruna Bley Mattar Isbert, Gabriela Decol Mendonça, Eliane Lucia Colussi, Patricia Jost, Paula Tasca Vizioli, Débora D Agostini Jorge Lisboa, Vinicius Buaes Dal’Maso ORIENTADOR: Cassiano Mateus Forcelini UNIVERSIDADE : Universidade de Passo Fundo/ Hospital São Vicente de Paulo
A pneumonia associada à ventilação mecânica (PAVM) ocorre em parte considerável dos pacientes em Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs). O paciente torna-se suscetível a aspirar saliva para os brônquios, pois o tubo é introduzido na laringe, passando pelas pregas vocais abduzidas. Cerca de 20% dos pacientes em ventilação mecânica desenvolvem pneumonia (1,2). Estudos têm demonstrado que pacientes que desenvolveram PAVM têm aumento na permanência na UIT entre 4,3 e 13 dias (3). Apesar da magnitude do problema, há escassez de medidas úteis para a prevenção da PAVM.
Nas duas últimas décadas, estudos iniciais sugeriram que o uso de redutores salivares levaria à redução da salivação. O colírio de atropina passou a ser empregado em pacientes com condições relacionadas ao acúmulo de saliva por conta de dificuldades de degluti-la, seja neurológicas (4) ou neoplásicas (5). Diante desta perspectiva, aventa-se o uso da atropina sublingual após a intubação poderá reduzir a frequência de PAVM.
Foi conduzido ensaio clínico randomizado duplo cego, controlado contra placebo, para avaliar a eficácia e segurança do colírio de atropina administrado via sublingual no intuito de prevenir a ocorrência de PAVM.
A população do estudo foi a de pacientes adultos, internados no Hospital São Vicente de Paulo (HSVP), que foram levados à UTI Central e que necessitaram intubação orotraqueal e ventilação mecânica. O principal fator de exclusão foi a presença de pneumonia antes da intubação.
Os dados demográficos e clínicos foram colhidos sistematicamente, com destaque para informações de valor prognóstico em pacientes críticos: idade, sexo, tempo de permanência em intubação associada à ventilação mecânica, doença de base, gravidade conforme o escore APACHE.
A equipe de pesquisa, interdisciplinar, realizou busca ativa de pacientes na UTI Central do HSVP, no intuito de incluir os casos consecutivamente. Após a identificação do participante em potencial, realizou-se contato com os familiares para explanação acerca do estudo, leitura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) e esclarecimentos. Após isso, o paciente era incluído na pesquisa. Para tanto, o prazo máximo de inclusão (início da terapêutica) era de 48 horas após a intubação.
A partir da inclusão do caso, era realizada a randomização por farmacêutica não envolvida com o atendimento do paciente e tampouco com a avaliação dos resultados. Frascos de aspecto idêntico contendo 5 ml de colírio de atropina (sulfato atropina a 1% [Allergan®]) e de placebo (soro fisiológico a 0,9%) foram randomizados por sorteio de números aleatórios, mantendo-se o cegamento dos tratamentos até o fim da coleta de dados. O medicamento foi administrado na dose de 2 gotas, via sublingual, a cada 6 horas, até a extubação.
A avaliação de desfecho de eficácia primário (pneumonia diagnosticada por radiografia de tórax) e secundário (morte), assim como de desfechos de segurança (efeitos adversos) foi empreendida por profissional não envolvido no atendimento dos pacientes (cegamento da avaliação).