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Vulnerabilidade dos Profissionais de Enfermagem, Trabalhos de Enfermagem

Trabalho que fala sobre as vulnerabilidades da equipe de enfermagem, na urgencia

Tipologia: Trabalhos

2010

Compartilhado em 10/02/2010

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ESCOLA DE ENFERMAGEM WENCESLAU BRAZ
ANA LETÍCIA DE OLIVEIRA ALMEIDA
EMERSON
ISABELA
JACQUES LEE MATHIAS
MÁRIMAN SILVÉRIO
SALUA PASSOS
A vulnerabilidade dos profissionais de saúde
Itajubá/MG
2009
ANA LETÍCIA DE OLIVEIRA ALMEIDA
EMERSON
ISABELA
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ESCOLA DE ENFERMAGEM WENCESLAU BRAZ

ANA LETÍCIA DE OLIVEIRA ALMEIDA

EMERSON

ISABELA

JACQUES LEE MATHIAS

MÁRIMAN SILVÉRIO

SALUA PASSOS

A vulnerabilidade dos profissionais de saúde

Itajubá/MG 2009 ANA LETÍCIA DE OLIVEIRA ALMEIDA EMERSON ISABELA

JACQUES LEE MATHIAS

MÁRIMAN SILVÉRIO

SALUA PASSOS

A vulnerabilidade dos profissionais de saúde

Trabalho apresentado a prof. Neale Machado, como parte dos requisitos necessários para aprovação em Epidemiologia.

Itajubá/MG 2009 RESUMO

We seek in this work expand our knowledge about the vulnerability of professionals to present such issues as definition, concept, its applicability in health, among others.

Keywords: Vulnerability, and health professionals, nurses, individual vulnerability, social vulnerability, vulnerability program

Sumário:

1 INTRODUÇÃO..........................................................................................................

2 CONCEITUAÇÃO.....................................................................................................

3 VULNERABILIDADE, SUA VISUALIZAÇÃO NA SAÚDE...............................

3.1 O que diz a legislação vigente e o processo de trabalho....................................... 4 VULNERABILIDADE NA PRÁTICA DO EXERCÍCIO DE ENFERMAGEM........................................................................................................... 4.1 A qualidade de vida dos enfermeiros frente as vulnerabilidades...................... 5 PREVENÇÃO........................................................................................................... 6 CONCLUSÃO...........................................................................................................

REFERÊNCIAS...........................................................................................................

1 INTRODUÇÃO

O presente estudo teve por objetivo refletir sobre o conceito de vulnerabilidade no âmbito profissional. A importância de se estudar o conceito de vulnerabilidade reside no fato em se poder embasar as práticas de saúde, relacionando os dados científicos às dimensões socioculturais e econômicas, integrando os planos relativos aos indivíduos, aos programas e às políticas de saúde. Estaremos tratando neste trabalho sobre o que é vulnerabilidade profissional, como e desde de quanto esta sendo empregado esse conceito no âmbito da saúde, a diversidade de fatores estressores que o profissional, seja enfermeiro ou equipe de enfermagem está exposto, seus prejuízos e o rendimento do trabalho do profissional.

individual, mas se constitui na dupla face indivíduo / coletivo.” (Souza e Bertolozzi,

3 VULNERABILIDADE, SUA VISUALIZAÇÃO NA SAÚDE

Mais especificamente na saúde, a vulnerabilidade emergiu, começando a ser trabalhada no começo da década de 80, como possibilidade de interpretação à epidemia de AIDS, na perspectiva de reconceituar a tendência individualizante da doença. Diversos autores, desenvolveram o tema para tentar compreender a AIDS, entre eles Ayres et al, citado por Sánchez. Este desenvolve o conceito de vulnerabilidade em três âmbitos: vulnerabilidade individual ou a compreensão do comportamento pessoal, que se refere ao grau e à qualidade da informação que os indivíduos dispõem sobre os problemas de saúde, sua elaboração e aplicação na prática; a compreensão do contexto social ou vulnerabilidade social, que avalia a obtenção das informações, o acesso aos meios de comunicação, a disponibilidade de recursos cognitivos e materiais, o poder de participar de decisões políticas e em instituições; e vulnerabilidade programática, que consiste na avaliação dos programas para responder ao controle de enfermidades, além do grau e qualidade de compromisso das instituições, dos recursos, da gerência e do monitoramento dos programas nos diferentes níveis de atenção. O significado do termo vulnerabilidade, nesse caso, refere-se à chance de exposição das pessoas ao adoecimento, como resultante de um conjunto de aspectos que ainda que se refiram imediatamente ao indivíduo, o recoloca na perspectiva da dupla-face, ou seja, o indivíduo e sua relação com o coletivo. Além disso, o autor propõe que a interpretação da vulnerabilidade incorpore, necessariamente, o contexto como lócus de vulnerabilidade, o que pode acarretar maior suscetibilidade à infecção e ao adoecimento e, de modo inseparável, à maior ou menor disponibilidade de recursos de todas as ordens para a proteção das pessoas contra as enfermidades. Cada um desses planos pode ser tomado como referência para interpretar-se também outros agravos, além da AIDS. Essa abordagem pode ampliar a atuação em saúde e gerar reflexões que podem ser úteis para a formulação de políticas de saúde a partir das necessidades da coletividade. Nesse sentido, o modelo propõe construir políticas voltadas às necessidades dos seres humanos, trabalhar com as comunidades e realizar diagnósticos sobre as condições dos grupos sociais, de maneira participativa, assim como a redefinição dos objetos de intervenção

e a análise crítica das práticas de saúde para a sua reconstrução orientada às necessidades dos indivíduos e da coletividade.

3.1 O que diz a legislação vigente e o processo de trabalho

A Constituição Federal de 1988, no Capítulo II, relativo aos Direitos Sociais, reconhece que há uma necessidade de redução dos riscos inerentes ao trabalho por meio de normas de saúde, higiene e de segurança. Tendo direito todos os trabalhadores, independente de sua área de atuação; sendo que é obrigatório às instituições o respeito a esta lei, portanto normas internas de acordo com a lei. Lembramos que além das características individuais, tais como: estatura, peso, compleição física, resistência à fadiga, capacidade auditiva e visual, memória, habilidade motora, personalidade, que devem ser consideradas por atingir diferenças significativas, as diferenças de formação profissional também leva o trabalhador a enfrentar de forma diferente seu trabalho. Segundo Santos et al, citado por Marziale e Carvalho (1998), a formação profissional leva o indivíduo a enfrentar a situação de trabalho de maneira diferente, pois a especialidade ajuda a reduzir a carga mental e diminui a possibilidade de erro.

4 VULNERABILIDADE NA PRÁTICA DO EXERCÍCIO DE ENFERMAGEM

A Enfermagem é uma profissão que tem muitas responsabilidades, visto que sua atuação está junto ao ser humano, e portanto precisa ser assistido de forma universal, igualitária e integral; e um cuidado integral exige um grande esforço físico e mental por parte dos profissionais de enfermagem. Sendo o enfermeiro, o responsável pelo gerenciamento e planejamento para o desenvolvimento e manutenção da assistência de enfermagem; e suas tarefas, na prática, na grande maioria das instituições são predominantemente pertencentes à área administrativa, embora possua tarefas nas áreas assistencial, de ensino e pesquisa. Sendo condizentes às legalmente prescritas na Lei n 7.498/ 86 que dispõe sobre o exercício profissional da enfermagem no país (BRASIL,1986). Segundo Marziale e Carvalho(1998) a atividade de trabalho é composta pela tarefa prescrita (formal), pela tarefa real (efetivamente realizada), pelos instrumentos utilizados para realização da tarefa e pelo posto de trabalho (onde a tarefa é realizada). Todos esses aspectos da atividade de trabalho em enfermagem, sabemos influir na qualidade de vida do enfermeiro. Percebemos na prática do trabalho do enfermeiro a responsabilidade pelo gerenciamento do serviço e da assistência, o que implica um esforço mental no que se refere

No que se refere ao estresse, Murofuse et all (2005) defende que a enfermagem, como prática social, não ficou isenta às novidades introduzidas no mundo do trabalho em geral. Assim, entende-se que estudar a manifestação do estresse ocupacional entre enfermeiros permite compreender e elucidar alguns problemas, tais como a insatisfação profissional, a produtividade do trabalho, o absenteísmo, os acidentes de trabalho e algumas doenças ocupacionais, além de permitir a proposição de intervenções e busca de soluções. Outro tema abordado pelo autor é o estudo das conseqüências ao psíquico dos trabalhadores, geradas pelas mudanças implementadas, resulta no surgimento do termo Burnout, designando aquilo que deixou de funcionar por exaustão energética, expresso por meio de um sentimento de fracasso e exaustão, causados por um excessivo desgaste de energia e recursos que acomete, geralmente, os profissionais que trabalham em contato direto com pessoas. O sofrimento do indivíduo traz conseqüências sobre seu estado de saúde e igualmente sobre seu desempenho, pois passam a existir alterações e ou disfunções pessoais e organizacionais, com repercussões econômicas e sociais.

4.1 A qualidade de vida dos enfermeiros frente as vulnerabilidades

De acordo com Pereira, (2002), vários são os aspectos do trabalho de enfermagem que podem fazer dos enfermeiros e equipe de enfermagem em geral vulneráveis. Agrupando os agentes estressores podemos identificar vários subgrupos, englobando: A organização do trabalho, onde estão presentes conflitos e ambigüidades de papéis, falta de participação de decisões, longas jornadas de trabalho, rodízio de horários, número insuficiente de pessoal, recursos escassos, sobrecarga de trabalho, mudança constante das regras, excesso de burocracia, excesso de horas. Questões que envolvem o convívio profissional, onde esse muitas vezes se apresenta conflituoso com a equipe médica, ocorrendo ainda falta de reconhecimento profissional, alta competitividade, pressão por maior produtividade, falta de confiança e companheirismo. Há também, fatores físicos, o ambiente propício a riscos químicos( produtos para a limpeza hospitalar, medicamentos, produtos de manutenção de equipamentos), biológicos( bactérias, fungos, vírus, etc), físicos( ruídos, radiações), mecânicos(transporte e/ ou movimentação de pacientes; acondicionamento e preparo de materiais), psicossociais( contato direto com pacientes agitados, descontrolados, agressivos).

Questões relacionadas à vida pessoal, como os turnos rotativos que dificultam o convívio com a família e social, dificuldade de conciliação das atividades extraprofissionais. E, a atividade profissional, gerando a interação próxima com o paciente, atenção constante, contato constante com o sofrimento, a dor e muitas vezes a morte, complexidade de alguns procedimentos, responsabilidade muitas vezes implicando a manutenção da vida de ontrem. Garcia (1990), citado por Pereira(2002), relata sobre as dificuldades do trabalho nesta área e índica como características principais o fato : “ ... um grande esforço mental e físico, continuas interrupções e reorganizações das tarefas que agravam o nível de carga e esforço mental associado e o trato com as pessoas em circunstâncias de extrema necessidade e aflição. Além do mais, o profissional de enfermagem costuma queixar-se principalmente do excesso de trabalho(por exemplo novas admissões de pacientes, quando já se esta trabalhando em capacidade máxima) e de que sua formação contínua não terem sentido, pois as possibilidades de promoção são muito escassas.” No Brasil, foi observado um elevado percentual de pessoas apresentando distúrbios psicoemocionais(cerca de 50%) em um grupo de profissionais de enfermagem de um hospital escola.(GUIMARÃES, VIEIRA E MARTINS, 1996, citado por PEREIRA, 2002) Logo, podemos observar que os fatores apresentados afetam não só a qualidade do serviço prestado, como também interfere na rotina de trabalho, na vida pessoal e social do profissional. Além de, acrescentar grande ônus as instituições, uma vez que a rotatividade e o absenteísmo aumentam, acrescentando prejuízos á organização.

6 CONCLUSÃO

Conclui-se após a realização deste estudo que a vulnerabilidade supera o caráter individualizante e probabilístico do clássico conceito onde se mantinha a idéia de haver um "risco" para tal condição. A vulnerabilidade deve então, ser apontada como um conjunto de aspectos que vão além do individual, abrangendo aspectos coletivos, contextuais, que levam à suscetibilidade a doenças ou agravos. Esse conceito também leva em conta aspectos que dizem respeito à disponibilidade ou a carência de recursos destinados à proteção das pessoas, propondo uma análise que incorpora o comportamento individual, o âmbito coletivo e o social. Dessa maneira, observamos que os profissionais de maneira geral, estão constantemente expostos a situações que os tornam vulneráveis, podemos enfatizar ainda, no que diz respeito aos profissionais de saúde, que os enfermeiros estão expostos a esses fatores não só em sua vida social/ pessoal, como também no exercer de sua função, ao se depararem com os aspectos da organização do trabalho, do convívio profissional e fatores físicos, como foi descrito anteriormente, uma vez que estão diretamente vinculados ao estresse do cuidado para com o cliente, assim como o desgaste ao lidar com toda equipe. Sendo assim os enfermeiros, exercendo sua profissão são vulneráveis do ponto de vista psíquico, emocional e físico. Assim sendo, obtendo a operacionalização do conceito de vulnerabilidade poderemos contribuir para renovação das práticas e saúde coletiva, onde o cuidado às pessoas deve ser

responsabilidade de diferentes setores da sociedade, através da multidisciplinariedade, além de conjugar diversos setores da sociedade, afim de proporcionamos um cuidado adequado para todos. E especificamente no trabalho dos enfermeiros, é necessário uma conscientização das instituições e sociedade em geral da vulnerabilidade a que estes profissionais estão expostos, necessitando de novas práticas para a obtenção de melhorias em seu local de trabalho, do trabalho em equipe, dividindo responsabilidades, melhorias salariais e reconhecimento profissional e ainda atividades que incentivem o cuidado pessoal e lazer do profissional.

"[...] a atitude de cuidar não pode ser apenas uma pequena e subordinada tarefa parcelar das práticas de saúde. A atitude "cuidadora" precisa se expandir mesmo para a totalidade das reflexões e intervenções no campo da saúde.” ( SÀNCHEZ, 2007) Referências

MARZIALE, M.H.P.; ROBAZZI, M.L.C.C. O trabalho de enfermagem e a ergonomia. Rev.latino-am.enfermagem , Ribeirão Preto, v. 8, n. 6, p. 124-127, dezembro 2000. MARZIALE, M.H.P.; CARVALHO, E.C.de. Condições ergonômicas do trabalho da equipe de enfermagem em unidade de internação de cardiologia. Rev.latino-am.enfermagem , Ribeirão Preto, v. 6, n. 1, p. 99-117, janeiro 1998.

PEREIRA, Ana Maria T. Benevides. Burnout: quando o trabalho ameaça o bem-estar do trabalhador. Disponível em: http://books.google.com.br/books?id=EMnnJklADqIC&dq=Burnout: +quando+o+trabalho+amea%C3%A7a+o+bem+estar+do+trabalhador&printsec=frontcover& source=bl&ots=ramBHTVZPg&sig=yE7Tu1VNs_gIDfZQhyH0VTSZJ30&hl=pt- BR&ei=94_MSpG6C9KStgeq_fXeAQ&sa=X&oi=book_result&ct=result&resnum=2#v=one page&q=&f=false. Acesso em 06 out. 2009.

SÁNCHEZ, A. I. M.; Bertolozzi, M. R. “Pode o conceito de vulnerabilidade apoiar a construçãodo conhecimento em saúde coletiva?”. Ciencia e Saúde Coletiva. Março/ Abril. Associação Brasileira de Pós Graduação em Saúde Coletiva, n 002, vol 12, 2007: Rio de Janeiro. SÁNCHEZ, Alba Idaly Muñoz. Vulnerabilidade em Saúde Coletiva. Disponível em:< http://br.monografias.com/trabalhos903/vulnerabilidade-saude-coletiva/vulnerabilidade- saude-coletiva.shtml>. Acesso em 01 out. 2009. SOUZA, J. N. de BERTOLOZZI, M. R. A Vulnerabilidade À Tuberculose em Trabalhadores de Enfermagem em um Hospital Universitário. Rev. Latino-am Enfermagem 2007 março/ abril. Disponível em: www.eerp.usp.br/rlae. Acessado em: 29 set. 2009.