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Uso de módulos conteineres oficinas associados a guindautos em substituição aos caminhões oficina com o intuito de ampliar a utilização do carro e emprego do módulo oficina em diferentes modais
Tipologia: Resumos
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MINISTÉRIO DA DEFESA COMANDO DO 1º GRUPAMENTO DE ENGENHARIAEXÉRCITO BRASILEIRO (1º Grupamento de Engenharia /1955)
Uma opção ao caminhão oficina tradicional nas unidade de Engenharia
GILDO MAIA PENEDO JUNIOR – STen
João Pessoa, PB, 30 de maio de 2022
Uma opção ao caminhão oficina tradicional nas unidade de Engenharia
Estudo técnico do emprego de módulos contêineres adaptados como oficinas, associados a caminhões guindauto, visando aumento da eficiência e emprego dual do MEM, em detrimento ao caminhão oficina tradicional
João Pessoa, PB, 30 de maio de 2022
A aquisição do material de emprego militar (MEM) no Exército Brasileiro vem se modernizando a cada dia, visando o emprego sob diferentes condições. No entanto, os custos de modernização, associado as constantes contenções de recursos, exigem soluções que priorizem a otimização e múltiplo emprego dos meios disponíveis para aumento da eficiência no aproveitamento desses materiais.
Na parte de engenharia e motomecanização, um importante ativo a considerar nesse processo é o caminhão oficina, viatura especial que determina a capacidade de manutenção dos meios disponíveis empregados no terreno, ou seja, quando a manutenção deve cocorrer fora da sede ou quando se faz a manutenção dos ativos de outras organizações militares em apoio direto, permitido a mobilidade e a manutenção, durante operações militares.
A viatura em questão é uma viatura especializada oficina de manutenção auto, doravante denominada somente como caminhão oficina, que é basicamente uma oficina móvel montada sobre chassis de um caminhão baú, que concentra um conjunto de ferramentas e equipamentos que permitem a manutenção, até 3º escalão, dos meios para os quais aquela oficina foi direcionada, sejam eles manutenção de viaturas, equipamentos leves ou pesados, que permita manutenções diversas.
Para a aquisição, o custo da viatura (o caminhão baú) compõe 80% do custo total do caminhão oficina (CO), com o aparelhamento do carro compondo somente 20% do custo total da viatura, Deve ser considerado que o veículo fica “inutilizado”, durante todo período de emprego do carro, podendo ser demasiadamente longos, em especial nos destacamentos de engenharia, o que significa permitir a depreciação, sem uso, de 4/5 do valor total do ativo adquirido.
Uma opção a esta realidade vem sendo utilizado pelos principais exércitos do mundo, são as oficinas modulares. A utilização de módulos, montados em contêiner marítimo, vem se consagrando na logística como uma eficiente opção de estruturas semi-permanentes de uso fácil, rápido e flexível, podendo ser transportada por praticamente todos os modais disponíveis.
Os guindautos adquiridos pelo Exército são hoje, em sua maioria, adaptáveis a este transporte por possuírem as dimensões e sistemas de travamento (sistema DIF – Dispositivo de Fixação de Conteiner), para o transporte de contâineres de 20 pés do tipo marítimo. logo, módulos-oficina montados em contêiner e transportados por guindautos se apresentam como uma alternativa ao uso do caminhão oficina tradicional, permitindo o uso dual da viatura, enquanto o módulo oficina está sendo empregado.
2.2 Caminhões X unidades modulares.
O uso de contêineres tem se consagrado como principal meio de carga na logística mundial, que permite o transporte intermodal e otimiza o tempo de descarregamento e transbordo de cargas, Sua eficiência pode ser traduzida em números, como vemos nos estudos sobre o tema, afirmando que “ o tempo médio de carga e descarga para o modo (de transporte) foi de 5,8 horas para carga solta e 1,5 horas para caminhões com carga contenizada”( KARENINA, 2007)
Logo, alinhar-se a uma estrutura logística adaptada a praticamente todos os modais disponíveis, com velocidade de embarque, desembarque e transbordo e que cada vez mais vem se desenvolvendo no território brasileiro é mais do que necessário, é estratégico, principalmente para o Exercito Brasileiro que, em um país de dimensões continentais, precisa se valer das possibilidades locais e regionais, facilitando um eventual esforço de guerra.
Vislumbrando esta realidade, O Exército Brasileiro vem utilizando tais estruturas na forma de módulos habitacionais e logísticos, tendo como ápice desta metodologia a experiência da Missão de Estabilização do Haiti (MINUSTAH) de 2004 a 2017, onde tal logística se deu em larga escala com excelente resultado na mobilização emprego e desmobilização.
Já no Brasil, o uso de dessas estruturas modulares passou a ser difundido, principalmente, nos Batalhões de Engenharia de Construção, durante a mobilização de destacamentos para realização de obras de cooperação fora da sede do Batalhão, na maioria das vezes, como alojamento, banheiro e instalações logísticas, muitos deles obtidos a partir de modificações artesanais de contêineres standard, realizados pela própria organização militar, em especial àqueles voltados a parte logística.
No tocante as estruturas de oficina, esta construção artesanal a partir de contêineres standard é quase que o padrão, não se observando a intenção de estruturas modulares padronizadas para esta finalidade. Normalmente, o que encontramos é a associação de estruturas artesanais aos caminhões oficina que agem como estrutura semi permanente, em especial nos destacamentos da Engenharia, onde para o uso da oficina, o caminhão, maior valor agregado ao conjunto, pode chegar a ficar parado por meses.
Essa impossibilidade de dissociação da oficina do caminhão faz com que este ultimo acabe por depreciar praticamente sem uso, impedindo o emprego deste ativo de forma mais eficiente, diferente do uso de unidades modulares que permitam o uso independente das duas unidades, situação perfeitamente possive quando adotamos a estrutura de módulos contêiner oficinas adaptados a guindautos.
Nessa formatação, as oficinas são montadas nos contêineres de 20 pés de forma padronizada e transportadas por caminhões providos de guindauto, permitindo seu uso embarcado, assim como se faz no caminhão oficina, ou desembarcado, liberando assim a viatura para emprego em outros tipos de atividade enquanto se utiliza a oficina modular, garantindo o emprego dual, tanto da oficina quanto de seu caminhão.
Quando consideramos as instalações fixas de organizações militares, o emprego das unidades modulares se amplia, já que podem servir de estrutura de apoio às oficinas tradicionais quando não empregadas fora de sede, ocorrendo o mesmo com o guindauto, viatura de emprego múltiplo em uma organização militar de Engenharia, com otimização de meios extremamente desejável em um cenário de contingência de recursos.
2.3 Entendendo a física aplicada ao guindauto.
Antes de adentrar efetivamente nas características da viatura guindauto, cabe algumas observações sobre a física que envolve este implemento, em especial na relação entre capacidade de carga e raio de trabalho, ou seja, o momento de força do equipamento.
A primeira pergunta que se faz quando se deseja empregar um guindauto é quanto a sua capacidade. Correto seria o interpelante questionar qual seria a capacidade do guindauto para aquela manobra, já que de acordo com cada configuração, temos uma capacidade de carga distinta, o que exige um reconhecimento do local da manobra e da carga a ser içada / transportada para o correto dimensionamento da capacidade, naquela manobra.
O momento de carga de um guindaste é calculado pela capacidade máxima do guindauto (em Kg/m) que, como a própria unidade de medida já indica, é calculado pela divisão da capacidade máxima do guindauto pelo raio de trabalho da manobra, devendo ser considerado sempre o maior raio de trabalho previsto para a manobra como referência.
Partindo desse pressuposto, observa-se que a capacidade de um guindauto cai drasticamente com o aumento do raio. Vejamos o seguinte exemplo: para uma manobra, temos disponível um guindauto com capacidade de 30.000 Kg/m (trinta mil kilogramas força/ metro) ou seja, com capacidade de erguer 30 toneladas, com o raio de 1 metro, a partir do centro de giro (base de giro do braço do guindauto).
Para a manobra, em função de abertura de patolas estabilizadoras e tamanho da peça a ser erguida, são necessários 4 metros de raio a partir do centro de giro. Nesta configuração, o guindauto que possuía 30.000 Kg de capacidade cai para apenas 7.400 Kg, ou seja, ¼ (um quarto) da sua capacidade nominal, um dado muitas vezes difícil de ser entendido por leigos. O gráfico de carga onde este dado pode ser verificado é apresentado em destaque, na figura 3.
Os veículos destinados ao transporte de contêniner (VTC) devem respeitar as exigências da resolução CONTRAN 564 DE 25/11/2015, devendo constar o atendimento as exigências nela dispostas na descrição detalhada dos termos de referência dos certames realizados pela administração. Também é importante o correto dimensionamento do veículo a capacidade do guindauto de forma que não haja sub dimensionamento de um em relação ao outro e deles em relação ao emprego.
O Exército Brasileiro, em suas ultimas aquisições, vem exigindo o sistema DIF em suas aquisições, já com vistas ao emprego dual dessas viaturas, adaptando-se assim a tendência logística mundial. Com esta filosofia, a viatura guindauto aumenta sobremaneira suas possibilidades de emprego.
Sobre a capacidade de carga dos guindautos da frota, em especial das organizações militares de Engenharia, são comuns guindautos com momento de carga variando de 29. Kg/m a 35000 Kg/m. Quanto as carrocerias, geralmente possuem 23 toneladas de capacidade legal (caminhões com eixo duplo traseiro não tracionado, vulgarmente chamados de “trucados 6x2”).
2.5 Os módulos contêiner
Contêineres, apesar de popularizado desde a 2ª Guerra Mundial, só se consolidaram na logística de transporte a partir de 1950, a partir da conversão de um petroleiro para navio porta contêiner, com células verticais adaptadas em seus porões com o primeiro navio porta contêiner sendo construído em 1972 pela empresa Sea Land Service (MELLO. 2010, p34)
Esses contêineres são utilizados em média por 10 anos, quando são abandonados por não mais atender as exigências técnicas para seu emprego inicial, gerando um passivo ambiental significativo. Empresas de projetos adaptados, por sua vez, reaproveitam essas estruturas, que ainda se prestam a seus projetos, na forma de módulos adaptados o que o faz ser reutilizado por empresas que vendem projetos adaptados. Destes projetos, destacamos neste trabalho o módulo oficina montado sob contêiner, modelo que vem sendo utilizada por exércitos de todo mundo, como destacam Furch e Smal em seu trabalho ao afirmarem que “ As oficinas móveis das forças cruciais da OTAN usam como corpo para fins especiais, uma estrutura conectada a um chassi ou, principalmente, as oficinas móveis modernas atuais , corpo funcional do tipo contêiner”. [grifo nosso]
Os mesmo autores ratificam a importância de tais módulos no teatro de operações ao afirmarem que “a manutenção e principalmente reparos de equipamentos militares devem ser realizados o mais próximo possível do objeto quebrado [grifo nosso]” reafirmando que “para que essas funções possam ser desempenhadas de forma eficaz e eficiente, unidades logísticas e tropas das forças armadas devem ser equipadas com oficinas móveis”. A partir do uso prioritário pela OTAN de unidades molulares montadas sob conteiner, as oficinas móveis montadas sob chassis passam a se mostrar menos interessante a nova realidade logística, já que o emprego dual da viatura de transporte, utilização funcional e multimodal, ou seja, sob estrutura rodoviária, ferroviária ou aquaviária (figuras 5 e 6) e flexibilidade de emprego temporário ou semi-permanente se apresenta como vantagens significativas em detrimento a estrutura dos tradicionais caminhões-oficina, solidários ao chassis do caminhão. Estas estruturas podem ser montadas em conteineres de 10, 20 ou 40 pés (fig 7), que são as opções disponíveis no mercado, sendo a estrutura de 20 pés a mais adequada para os contêineres – oficina, por se adaptarem bem a caminhões de transporte de contêiner até 23 ton de PBT disponíveis na Força Terrestre. As estruturas são apresentadas na figura 5.
Figrandonimplementos.com.br/pt/produtos/vagoes-ferroviarios/hopper/hopper-tanque/ 5 : Semi Reboque Base de Conteiner. Fonte : https://www. Figprodutos/vagoes-ferroviarios/hopper/hopper-tanque/ 6 : Vagão Plataforma. Fonte: https://www.randonimplementos.com.br/pt/
Fig 7. tipos de conteiner marítimo modelo DRY (standard)
A explicação acima elucida a necessidade de um correto dimensionamento não só do guindauto, mas também da carroceria (entenda-se viatura) de forma a compatibilizar com o projeto em questão. Além disto, temos de compatibilizar as dimensões dessa carroceria com as do contêiner (base de 6,10 x 2,40) a fim de garantir que os 4 dispositivos de fixação de contêiner (DIF) dispostos nas extremidades da carroceria coincidam com os pinos de canto do contêiner (receptáculo existente nos cantos do contêiner, destinado a receber o pino giratório do DIF, garantindo o travamento ao quadro do chassis do veículo). A legislação que normatiza esse tipo de viatura são a Resolução 812, DE 15 DE DEZEMBRO DE 2020 e a Portaria INMETRO nº 494, de 10 de dezembro de 2021, (sobre certificação de viaturas para transporte de contêiner). Esta legislação e suas exigências devem ser levadas em contas no processo aquisitório desse tipo de viatura, já que devem constar da concepção do veículo [grifo nosso], para fins de certificação INMETRO. Respeitadas as observações acima, é possível que se possa fazer o aproveitamento de gindautos existentes na frota que já possuam sistema DIF, para o transporte do módulo– oficina, transformando-o em um caminhão oficina temporário, a um custo muito inferior ao da aquisição de um caminhão oficina tradicional, otimizando gastos e emprego do carro. Para melhor exemplificar, está sendo proposto, observemos nas figuras 8 e 9, transporte realizado pelo 17º BLOG, de contêiner 20 pés frigorífico (mesmas dimensões do módulo oficina montado em contêiner 20 pés)
Fig 8e 9. Gundauto sistema DIF e conteiner 20 pés , Fonte: https://www.17bdainfsl.eb.mil.br/index.phpoption=com_content&view=article&id=1083&catid=59&Itemid=
2.7 A viabilidade de módulos contêiner no Exército Brasileiro. Verificada as peculiaridades da viaturas guindauto para transporte de módulos contêiner, passaremos a um estudo comparativo entre a versão com módulo conteiner oficina e o caminhão oficina tradicional, solidário ao chassis, usual no Exército Brasileiro.
Considerando os preços médios pesquisados no site www.compras.gov.br, em 28/03/2022, um veículo baú (base do caminhão oficina tradicional), com rodado duplo traseiro e PBT de 23 toneladas está com valor médio na ordem de R$ 550.000,00 (quinhentos e cinquenta mil reais). Este carro, por estar solidário a oficina (baú), impede o uso da viatura em para quaisquer outras atividades que não a própria condição de oficina. Considerando que o custo da viatura chega a 80% do custo total do conjunto caminhão oficina montado, a dedicação exclusiva do carro mostra-se desvantajosa se comparada a outras opções.
Já um caminhão porta conteiner na mesma categoria do veículo anterior, é encontrado no mesmo valor, R$550.000,00 (quinhentos e cinquenta mil reais). Um conteiner marítimo standard (tipo dry), pode ser encontrado a um custo de R$ 30.000,00 (trinta mil reais), com associação do caminhão transporte de contêiner e o próprio contêiner, temos uma estrutura apta a receber o aparelhamento da oficina, muito mais resistente e rústica que a versão caminhão baú, onde a oficina é dissociável da viatura, a um custo médio de R$ 580.000, (quinhentos e oitenta mil reais).
O exemplo apresentado desconsidera o guindauto, até porque a operação de embarque e desembarque da oficina pode ser realizada por outros meios de içamento, entretanto, para proposta deste trabalho, o uso de caminhão provido de guindauto é indispensável, logo, pensando nessa viatura, ela seria não só um caminhão transporte de conteiner, mas sim um caminhão comercial, provido de guindauto e com sistema de fixação de conteiner (DIF) apta ao transporte de conteiner. Uma viatura com esta configuração, acrescido o custo de R$180.000,00 do guindauto(cento e oitenta mil reais) estaria com custo total médio na ordem de R$ 760.000,00 (setecentos e sessenta mil reais). O comparativo é apresentado na tabela 1.
CONFIGURAÇÃO DO CARRO CUSTO DA COMPOSIÇÃO EQUIVALÊNCIADE VALORES Caminhão – Baú (Padrão Oficina) R$ 550.000,00 (conjunto)
R$ 550.000, Caminhão com implemento Baú
Caminhão Tnsp Conteiner 20 Pés R$550.000,00 Caminhão apto a guindauto R$ 30.000,00 – Valor do conteiner
R$ 580.000, Caminhão Comercial com conteiner
Gindauto Tnsp Conteiner 20 Pés R$550.000,00 Caminhão apto a guindauto R$ 30.000,00 – Valor do conteiner R$ 180.000,00 - Valor do guindauto
R$760.000, Caminhão Guindauto com Conteiner
Tabela 1 : comparativo de valores entre as duas configurações propostas.
Fig 11: Instalações do Do Batalhão e Companhia de Engenharia Brasileira no Haiti.Fonte: https://www.cartacapital.com.br/mundo/a-rotina-no-campo-charlie-maior- instalacao-militar-da-onu-no-mundo-1631/
Fighttps://www.eb.mil.br/web/noticias/noticiario-do-exercito/-/asset_publisher/ 12: desmobilização de contêiner adaptado na MINUSTAH. Fonte: znUQcGfQ6N3x/content/id/ Para este trabalho focaremos nos módulos de manutenção montados em contêiner marítimo e voltados ao material de Engenharia, já que estruturas assemelhadas, também semi permanentes, não oferecem a estrutura e a resistência necessária para as manobras de embarque e desembarque. No caso do Exército Brasileiro, a padronização dessas estruturas modulares é fundamental para planejamento da execução de manutenção nas organizações militares pelo escalão superior. Vejamos exemplo desses módulos nas Fig 14 e 15.
Fig 14. contêiner oficina militarizado. Fonte: https://www.pinterest.fr/pin/506795764317429092/ Fig15.https://www.seabox.com/products/list/containerized-shelters interior de conteiner 20 pés oficina militarizado Fonte :
2.9. Proposta de módelo de modulo – oficina para as Unidade de Engenharia. Voltados a manutenção dos materiais de Engenharia, os módulos idealizados devem ofertar equipamentos que permitam a manutenção de até o 3º escalão (intervenção em subconjuntos) dos sistemas mecânico, elétrico e hidráulicos, bem como trabalhos sumários de solda e tornearia, exigindo um módulo oficina com aparelhamento um pouco mais robusto do que os usualmente utilizados para as manutenções de motomecanização. Com esse fim, será apresentada uma configuração de módulo contêiner oficina que permite a manutenção, até 3º escalão, da maioria dos materiais de engenharia disponíveis na frota, com meios que, apesar de simplificados, ofertam ao profissional de manutenção grande capacidade de execução de depanagens. A planta baixa e perspetivava propostas são apresentados nas fig. 16 e 17.
Fig 16. Proposta de dispositivo do conteiner (planta baixa) - autor
Fig17.Ilustração do aspecto externo esperado para o módulo - autor Uma apresentação em 360 graus do projeto pode ser visualizada pelo sítio: https://meutour360.com.br/tour-360/container-of.
O módulo oficina apresentado neste trabalho foi idealizado para, entre estrutura, equipamentos e ferramental, possuir de 4 a 4,5 toneladas de peso total, de forma a ser atendido por guindautos de momento de carga entre 25000 e 30000 Kg/m, com carrocerias para 23 toneladas de limite legal (“trucados”) e sistema DIF, exatamente a configuração dos equipamentos,existentes hoje na frota, permitindo, assim, que se possa utiliza-los, adquirindo somente o módulo oficina em uma primeira fase, o que possibilita aparelhar as organizações militares a um custo muito mais baixo do que a aquisição de caminhões oficina tradicionais. As configurações necessárias para que carro atenda ao uso com módulo oficina são ilustradas na figura 18.
Deverá, ainda, existir junto à porta traseira uma coluna com suporte tipo mão francesa, móvel (giro de 180 graus) com braço de 1,5 m de comprimento com capacidade de suporte de carga de até 500 kg na extremidade do braço, visando instalação de talha guincho manual e escada na porta lateral, removível, para uso do módulo embarcado. Quanto ao aparelhamento do módulo, voltados a manutenção da maioria dos MEM da Classe VI (Engenharia) , as ferramentas listadas abaixo: a. Calibrador de pneus digital instalado e ligado ao circuito elétrico com 10 metros de mangueira e bico de enchimento. b. Duas morsas nr 20, no mesmo alinhamento, na bancada. c. Um motoesmeril de min 2 CV, com pedra de desbaste e escova de aço. d. Talha guincho manual, instalada na mão francesa da saída do conteiner, para até 3 ton. e. Furadeira de bancada, motor de potência mínima de 1/2 cv, mandril de 5/8 de polegada, profundidade de corte mínima de 100 mm, e 3 velocidades e uma prensadora de terminais hidráulicos (até 4 tramas) de 1/4" a 1.1/4". Na lateral oposta a bancada, por sua vez, deverá ter instalado os seguintes equipamentos, de forma ergonômica segura e funcional, com os seguintes padrões mínimos: a. torno horizontal de comprimento de Giro/Entre Centros/Barramento de 500mm ou superior com seus acessórios e kit básico de ferramentas para realização de serviços de tornearia; b. prensa hidráulica com manômetro para 15 toneladas; c. serra policorte com motor de 3 HP, disco de 12 polegadas, Em compartimento à parte, com isolamento acústico de 80 Db deverão constar : a. compressor de ar volumétrico de até 150 PSI; b. gerador de 10 KVA diesel; c. aparelho de solda arco voltaico para 300 Ampéres; e d. conjunto de solda oxiacetileno completo (montado sobre carrinho de transporte e com fixação na estrutura do conteiner para fins de deslocamento). Quanto ao ferramental proposto para aparelhar o módulo, segue relação voltada ao emprego com equipamentos leves e pesados de Engenharia:
Ferramentas de uso manual em aço cromo vanadio (ASTM A-231), acabamento polido, aço vanadium fosco ou molibidênio vanadio, de acordo com a aplicabilidade de cada ferramenta quanto a presença de carbono (dureza) que atenda os padrões de folga da norma DIN e transmissão de esforço nos padrões “unit drive” ou equivalente conforme as seguintes descrições:
a. Chaves radiais combinadas boca estria, boca com reforço em relação ao corpo e folgas que atendam as normas DIN e estria com sistema “unit drive” ou equivalente com ressalto em relação ao corpo (não plana), nas medidas 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 13, 14, 15, 17, 19, 20, 21, 22 e 24 mm - 2 unidades de cada, e 25, 26, 27, 28, 29, 30, 32, 36, 38, 41 e 50mm - 1 unidades de cada; b. Chaves radiais combinadas boca estria, boca com reforço em relação ao corpo e folgas que atendam as normas DIN e estria com sistema “unit drive”ou equivalente com ressalto em relação ao corpo (não plana), nas medidas 1/4, 5/16, 3/8, 7/16, 1/2, 9/16, 5/8, 11/16, 3/4, 13/16, 7/8, 15/16 e 1” polegada - 2 unidades de cada e 1.1/16, 1.1/8, 1.1/4, 1.1/2 e 2 polegadas - 1 unidades de cada; c. Chave meia lua (starter), boca com reforço em relação ao corpo e folgas que atendam as normas DIN e estria com sistema “unit drive”ou equivalente, não plana), nas medidas 10x12, 11x13, 15x17, 19x21 milímetros - 2 unidades de cada e 3/4x7/8 e 9/16x5/8 de polegada, 1 unidades de cada; d. Chave soquete estriado, nas medidas 10, 11, 12, 13, 14, 15, 16, 17, 18, 19, 20, 21, 22, 23, 24, 26, 27, 28, 30 e 32 milímetros e 3/8, 7/16, 1/2, 9/16, 19/32, 5/8, 11/16, 3/4, 25/32, 13/16, 7/8, 29/32,15/16, 1, 1.1/16, 1.1/8, 1.3/16 e 1.1/4 de polegada, além de catraca reversível, cabo em “T” (força), extensão curta (5”) e longa (10”) e junta universal, tudo em encaixe de 1/ polegada. - 2 unidades de cada ; e. Chave soquete estriado, nas medidas 22, 24, 27, 30, 32, 36, 38, 41, 46 e 50 milímetros e 7/8, 15/16, 1, 1.1/16, 1.1/4, 1.7/16, 1.1/2, 1.5/8, 1.13/16 e 2 polegada, além de catraca reversível, cabo em “T” (força), extensão curta (8”) e longa (16”), tudo em encaixe de 3/4 polegada. - 1 unidades de cada; f. Chave biela , nas medidas 8, 9, 10, 11, 12, 13, 14, 15, 16, 17, 18 e 19 e 22 milímetros - 2 unidades de cada. g. Chave biela com furo passante, nas medidas 8, 9, 10, 11, 12, 13, 14 e 15 milímetros, 1 unidades de cada. h. Chave hexagonal (allen) nas medidas 1,5; 2; 2,5; 3; 4; 5; 6; 7; 8; 9; 10; 11; 12; 14; 16; 17; 19; 22; 24; 27 ; 30 e 32 milímetros e 1/16”; 5/64”; 3/32”; 1/8”; 9/64”; 5/32”; 3/16”; 7/32”; 1/4”; 5/16”; 3/8”; 7/16”; 1/2”; 9/16”; 5/8”; 11/16”; 3/4”; 7/8” e 1 polegadas - 2 unidades de cada; i. Chave torque longa, inserção de 90º (perfil hexaglobular) nas medidas: 1,69 ; 1,99; 2,31 e 2,50; 2,74; 3,27; 3,86; 4,43; 4,99; 5,52; 6,65; 7,82; 8,83; 11,22; e 13,25 milímetros j. Chave modelo fenda, cabo em polipropileno, nas medidas: 3/16 x 1.1/2 ; 1/4 x 1.1/2 ; 3/16 x 6 ; 3/16 x 8 ; 3/16 x 10; 5/16 x 8; 5/16 x 10, 3/8 x 16 ; 1/2 x 18 polegadas - 2 unidades de cada. k. Chave modelo fenda para borne, cabo em polipropileno, nas medidas 1/8 x 3 ; 1/8 x 6 ; 3/16 x 6 e 1/4 x 4 polegadas - 1 unidades de cada. l. Chave modelo fenda cruzada (Philips), cabo em polipropileno, nas seguintes medidas: 1/8 x 1.1/2 ; 3/16 x 1.1/2 ; 1/8 x 3 ; 1/8 x 5 ; 3/16 x 3 ; 3/16 x 5 ; 3/16 x 8 ; 1/4 x 6 ; 1/4 x 10 ; 5/16 x 5 ; 5/16 x 8 e 3/8 x 8 polegadas. - 3 unidades de cada. m. Torquímetro de estalo, encaixe de 1/2 polegada, comprimento total mínimo de 500 mm, faixa de torque que atenda entre 40 e 200 N.m, Corpo em alumínio, mecanismo interno em aço, que atenda a norma DIN EN ISO 6789 como Tipo II, Classe A, acompanhado com certificado de calibração. Margem de erro tolerável máxima de 3%, com reversão para sentido horário e anti horário, podendo ser substituido por sistema de catraca acessório, quando o caso, desde que fornecido conjuntamente. - 1 unidade ;