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Urolitíase - breve anatomia fisiológica dos rins e trato urinário, Notas de estudo de Urologia

- Patogênese - Quadro clínico - Diagnóstico diferencial - Exame laboratorial - Exame de imagem - Cólica renal -Litíase ureteral -Ureterorrenoscópio -Ureterolitotripsia -Cateter uretral duplo J - Tratamento clínico - Modalidades de tratamento intervencionista - Complicações de cálculo renal

Tipologia: Notas de estudo

2024

À venda por 19/12/2024

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UROLITÍASE
-Breve anatomia fisiológica dos rins e trato urinário
As principais funções dos rins são regulação da composição hidroeletrolítica dos
líquidos corporais, remoção de produtos do metabolismo e do sangue e a
regulação da pressão sanguínea. Por sua vez, os néfrons secretam a urina
através da filtração glomerular e da reabsorção e secreção nos túbulos renais.
Os glomérulos filtram o sangue arterial, originando a urina primária existente na
cápsula de Bowman. Esta se assemelha ao plasma sanguíneo, mas sem
proteínas e outras substâncias de grande peso molecular. A filtração ocorre pela
diferença de pressão entre os capilares e a cápsula de Bowman.
A urina primária existente na cápsula de Bowman, passa da cápsula de Bowman
para os túbulos renais, onde haverá uma reabsorção seletiva de água, sais e
outros elementos. Este produto passa para os cálices renais, e acumula-se na
pelve renal, de onde é conduzido para os ureteres, de forma ininterrupta.
-Patogênese
As principais causas da formação de
cálculos são a baixa ingestão
hídrica, a ingestão excessiva de sal
e a ingestão excessiva de proteínas.
Cálculos com cálcio ocorre em 80%
dos casos. Mais em homens do que
em mulheres e aparecem e
aparecem no geral entre 20 e 30
anos. Tendem a reaparecer após
tratamento. O cálcio pode combinar-se com outras substâncias, como o oxalato,
o fosfato ou o carbonato para formar a pedra nos rins.
Cálculos infecciosos ou cálculo de estruvita, ocorre em 10% dos casos. É o tipo
mais grave. Encontrados principalmente em mulheres com infecção do trato
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UROLITÍASE

- Breve anatomia fisiológica dos rins e trato urinário As principais funções dos rins são regulação da composição hidroeletrolítica dos líquidos corporais, remoção de produtos do metabolismo e do sangue e a regulação da pressão sanguínea. Por sua vez, os néfrons secretam a urina através da filtração glomerular e da reabsorção e secreção nos túbulos renais. Os glomérulos filtram o sangue arterial, originando a urina primária existente na cápsula de Bowman. Esta se assemelha ao plasma sanguíneo, mas sem proteínas e outras substâncias de grande peso molecular. A filtração ocorre pela diferença de pressão entre os capilares e a cápsula de Bowman. A urina primária existente na cápsula de Bowman, passa da cápsula de Bowman para os túbulos renais, onde haverá uma reabsorção seletiva de água, sais e outros elementos. Este produto passa para os cálices renais, e acumula-se na pelve renal, de onde é conduzido para os ureteres, de forma ininterrupta.

  • Patogênese As principais causas da formação de cálculos são a baixa ingestão hídrica, a ingestão excessiva de sal e a ingestão excessiva de proteínas. Cálculos com cálcio ocorre em 80% dos casos. Mais em homens do que em mulheres e aparecem e aparecem no geral entre 20 e 30 anos. Tendem a reaparecer após tratamento. O cálcio pode combinar-se com outras substâncias, como o oxalato, o fosfato ou o carbonato para formar a pedra nos rins. Cálculos infecciosos ou cálculo de estruvita, ocorre em 10% dos casos. É o tipo mais grave. Encontrados principalmente em mulheres com infecção do trato

urinário. Esses tipos de pedra nos rins podem crescer e bloquear o rim, o ureter ou a bexiga. Cálculos de ácido úrico corresponde a 7% de todos os cálculos renais. São mais frequentes em homens. Fatores genéticos também podem contribuir para o surgimento de pedras no rim deste tipo.

  • Quadro clínico Os principais sintomas clínicos da urolitíase são: cólica renal, hematúria e sintomas urinários irritativos. A dor decorrente de cálculo urinário é típica e acontece devido a migração do cálculo com obstrução parcial ou completa do ureter. Após obstrução ureteral, ocorre ureterohidronefrose com subsequente distensão da pelve e cápsula renal, estimulando o sistema nervoso central através dos nervos esplâncnicos e do plexo celíaco, causando o sintoma de dor. Sintomas urinários frequentes como disúria, polaciúria e urgência miccional podem estar associados à cólica renal. Geralmente esses sintomas estão presentes quando o cálculo estiver localizado no ureter distal devido a irritação vesical, na associação com infecção urinária, presença de cálculo intravesical e durante sua eliminação. Pode ocorrer náusea e vômito. Dor lombar variável e intensa, em cólica, que pode se irradiar para flanco, abdome inferior e região genital (até vulva ou testículo). Caso haja febre, deve-se suspeitar de infecção. Ardência para urinar. Considerar histórico pessoal e familiar de litíase urinária. Suor excessivo. - Diagnóstico diferencial Renais: pielonefrite aguda, necrose de papila, trombose de artéria renal, embolia de artéria renal, retenção de urina e cistite bacteriana, Ginecológico: prenhez ectópica, torção de ovário, endometriose, síndrome de Fitz-Hugh-Curtis e DIP. Abdominais: apendicite aguda, diverticulite, isquemia mesentérica, cólica biliar, petitonite, OIA e abcesso psoas.

derivados) são mais utilizados em casos que o controle da dor é mais complexo. A hiper-hidratação é controversa uma vez que parece não contribuir na eliminação do cálculo e pode aumentar a dor.

  • Ureterorrenoscópio Modalidade terapêutica para tratamento de litíase no aparelho urinário alto. As suas vantagens são acesso facilitado, técnica minimamente invasiva, sem incisões, sem suturas cirúrgicas e sem cicatrizes.
  • Ureterolitotripsia Modalidade terapêutica para tratamento de litíase considerada eficaz, porém invasivo. Necessita de internação e anestesia. Também necessita de aparelhos específicos: sistemas de radioscopia, ureteroscópio, endocâmera, monitor, pinças, cateteres, litrotidores etc. Esse procedimento é realizado por via retrógrada (intraureteral), via endoscópica uretral, sem incisões.
  • Cateter uretral duplo J Mais utilizado em cálculos ureterais. O implante de cateter ureteral pode contornar a obstrução, com o intuito de promover alívio e prolongar a vida do paciente. - Tratamento clínico O tratamento clínico é realizado quando o paciente possui cálculo ureteral que aguardam a eliminação espontânea, comprimidos ou supositórios de AINEs podem auxiliar a reduzir a inflamação e o risco de dor recidiva. O tratamento clínico expulsivo após LECO para cálculos ureterais ou renais pode acelerar a eliminação e aumentar as taxas de pacientes sem cálculos, reduzindo a necessidade de analgésicos adicionais. - Modalidades de tratamento intervencionista Cálculo acima de 6 mm necessitam de cirurgia.

O tratamento intervencionista deve ser instituído caso não haja resposta clínica e progressão do cálculo e ocorram sinais de infecção ou piora da ureterohidronefrose. Entre os métodos prevalecentes de tratamento intervencionista dos cálculos, os mais conceituados atualmente são:

  • Litotripsia extracorpórea por ondas de choque eletrohidráulicas. Esse tipo de tratamento consiste na criação de fortes vibrações para quebrar as pedras e facilitar a excreção
    • Traqueostomia percutânea: consiste na retirada cirúrgica de pedras maiores através de um pequeno corte feito nas costas do paciente
  • Ureteroscopia. É inserido um tubo muito fino por meio da uretra do paciente para retirar as pedras presentes no trato urinário
  • Cirurgia de glândulas paratireoides. Uma alteração nas glândulas paratireoides, localizada próxima à tireoide, faz com que ela aumente os níveis de cálcio no corpo, podendo causar pedras no rim.
  • Complicações de cálculo renal As complicações do cálculo renal são raras, pois, usualmente o diagnóstico é precoce. Entretanto, quando não tratado devidamente pode desencadear infecção, obstrução do rim, e insuficiência renal.
  • Conclusão A urolitíase urinária é uma doença antiga e muito bem descrita na literatura. Nos últimos anos tem sido observada uma grande evolução nos conhecimentos a respeito de sua epidemiologia, fisiopatologia, diagnóstico, tratamento e profilaxia. - Bibliografia CAMILO, G.; BOUÇAS, R.I.; ACHAR, R.A.N.; ACHAR, E. Os principais tratamentos para a litíase renal. Science in Health , 6(3): 174-9, 2015.