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Guias e Dicas
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Análise Radiográfica do Quarto Canal no Primeiro Molar Superior, Notas de aula de Odontologia

Urgencia e emergencia odontológica

Tipologia: Notas de aula

2010

Compartilhado em 25/03/2023

mariana-santos-09v
mariana-santos-09v 🇧🇷

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ISSN 1806-7727
Análise radiográfica da trajetória do quarto canal
no primeiro molar superior
Radiographic analysis of the trajectory of the
fourth canal in first maxillary molar
Patricia Oyarzabal de Melo FERREIRA*
Erica Lopes FERREIRA*
Luiz Fernando FARINIUK**
Flares BARATTO FILHO***
Gisele Aihara HARAGUSHIKU****
Sandra Maria Alves SAYÃO*****
Endereço para correspondência:
Flares Baratto Filho
Rua Geraldo Lipka, 65 – ap. 101
Mossunguê – Curitiba – PR – CEP 81200-590
E-mail: fbaratto@uol.com.br
* Cirurgiãs-dentistas e especialistas em Endodontia.
** Doutor em Endodontia. Pontifícia Universidade Católica do Paraná, Curitiba (PR), Brasil.
*** Doutor em Endodontia. Centro Universitário Positivo, Curitiba (PR), Brasil.
**** Mestre em Endodontia. Centro Universitário Positivo, Curitiba (PR), Brasil.
***** Doutora em Endodontia. Universidade de Pernambuco (PE), Brasil.
Recebido em 18/2/06. Aceito em 21/11/06.
Palavras-chave:
sistema de canais
radiculares; quarto canal;
anatomia.
Resumo
O objetivo deste trabalho foi avaliar radiograficamente a trajetória
do canal mesiopalatino em primeiros molares superiores, visando
verificar a importância da análise radiográfica no tratamento desse
grupo de dentes, tendo em vista a grande incidência de dois canais
na raiz mesiovestibular. Foram utilizados neste estudo 65 primeiros
molares superiores extraídos, doados por alunos da PUC/PR. Os
dentes foram radiografados com películas radiográficas periapicais,
com 20 graus de angulação na incidência disto-excêntrica e com
posicionamento de limas tipo K n.° 10 nos canais. A análise buscou
distribuir a amostra de acordo com a classificação do sistema de
canais radiculares proposta por Weine [7]. O resultado obtido foi:
47,7% (31) do tipo I; 21,5% (14) do tipo II; 12,3% (8) do tipo III;
18,5% (12) calcificados. Pode-se concluir que a análise cuidadosa
da raiz mesiovestibular é importante para que se possa assegurar
um bom prognóstico ao tratamento.
Artigo Original de Pesquisa
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ISSN 1806-

Análise radiográfica da trajetória do quarto canal

no primeiro molar superior

Radiographic analysis of the trajectory of the

fourth canal in first maxillary molar

Patricia Oyarzabal de Melo FERREIRA* Erica Lopes FERREIRA* Luiz Fernando FARINIUK** Flares BARATTO FILHO*** Gisele Aihara HARAGUSHIKU**** Sandra Maria Alves SAYÃO*****

Endereço para correspondência: Flares Baratto Filho Rua Geraldo Lipka, 65 – ap. 101 Mossunguê – Curitiba – PR – CEP 81200- E-mail : fbaratto@uol.com.br

  • Cirurgiãs-dentistas e especialistas em Endodontia. ** Doutor em Endodontia. Pontifícia Universidade Católica do Paraná, Curitiba (PR), Brasil. *** Doutor em Endodontia. Centro Universitário Positivo, Curitiba (PR), Brasil. **** Mestre em Endodontia. Centro Universitário Positivo, Curitiba (PR), Brasil. ***** Doutora em Endodontia. Universidade de Pernambuco (PE), Brasil.

Recebido em 18/2/06. Aceito em 21/11/06.

Palavras-chave: sistema de canais radiculares; quarto canal; anatomia.

Resumo

O objetivo deste trabalho foi avaliar radiograficamente a trajetória do canal mesiopalatino em primeiros molares superiores, visando verificar a importância da análise radiográfica no tratamento desse grupo de dentes, tendo em vista a grande incidência de dois canais na raiz mesiovestibular. Foram utilizados neste estudo 65 primeiros molares superiores extraídos, doados por alunos da PUC/PR. Os dentes foram radiografados com películas radiográficas periapicais, com 20 graus de angulação na incidência disto-excêntrica e com posicionamento de limas tipo K n.° 10 nos canais. A análise buscou distribuir a amostra de acordo com a classificação do sistema de canais radiculares proposta por Weine [7]. O resultado obtido foi: 47,7% (31) do tipo I; 21,5% (14) do tipo II; 12,3% (8) do tipo III; 18,5% (12) calcificados. Pode-se concluir que a análise cuidadosa da raiz mesiovestibular é importante para que se possa assegurar um bom prognóstico ao tratamento.

Artigo Original de Pesquisa

RSBO v. 4, n. 2, 2007 – 13

Abstract

The purpose of this study was to evaluate, by radiographic exam, the trajectory of the mesiopalatal canal in maxillary first molars, aiming at assessing the importance of the radiographic analysis in the treatment of these teeth; due to great incidence of two canals in the mesiovestibular root. Sixty-five extracted maxillary first molars were donated by students of PUC/PR and used in this study. Periapical radiographs of the teeth were taken at 20 degrees in the disto-eccentric incidence and positioning #10 K-type files into the canals. The analysis aimed at distributing the sample according to the classification of root canal system proposed by Weine [7]. The obtained result was: 47.7% (31) – type I; 21.5% (14)

  • type II; 12.3% (08) – type III and 18.5% (12) – calcified. It can be concluded that a careful analysis of the mesiovestibular root is important to guarantee a good prognostic of the treatment.

Keywords: root canal system; anatomy; fourth canal.

Introdução

As raízes mesiovestibulares nos molares superiores apresentam-se com menor volume, canais radiculares mais atresiados e maior dificuldade de localização. Essa raiz possui maior diâmetro se comparada à distovestibular, porém com um achatamento no sentido mesiodistal. Vários estudos demonstram a alta incidência de um quarto canal nos primeiros molares superiores. Weine [7] relata uma incidência de 51,5% de primeiros molares com quatro canais e 48,5% com três canais radiculares. De Deus [2] descreveu em seus achados 30% com três canais radiculares e 70% com quatro. Sydneyet al. [6] afirmam que os molares superiores representam um grande desafio ao mais experiente profissional, pois a raiz mesiovestibular apresenta ocorrência de um quarto canal em um número significativo de casos. Weine [7] descreveu que o posicionamento correto da entrada do quarto canal no primeiro molar superior é mesiopalatino. Essa é a melhor denominação para esse canal, em virtude da sua localização. A dificuldade de localização do canal mesiopalatino agrava-se pela proximidade deste com o canal mesiovestibular e pela restrita visualização no exame radiográfico. Segundo Weine [7], o melhor método para verificar se os dois canais estão presentes é o rastreamento radiográfico com o posicionamento de limas nos canais da raiz mesiovestibular. Silveira e Soares [5] examinaram 310 primeiros molares superiores extraídos e radiografados em incidências ortocêntrica e disto- excêntrica numa angulação de 20 graus com o plano da película radiográfica. Eles verificaram que, na incidência ortocêntrica, 94,61% das raízes

apresentavam um canal, e 5,39%, dois canais; já na disto-excêntrica, 74,40% das raízes tinham um canal, e 25,60%, dois canais. Hollandet al. [4] observaram que a maioria dos canais mesiovestibulares não é tratada, dada a dificuldade de visualização deles. Entretanto a incidência de sucesso é elevada, já que, segundo os autores, com maior freqüência os dois canais acabam se unindo na porção apical da raiz, terminando em forame único. Weine [7] verificou que o sistema de canais radiculares pode ser classificado em quatro tipos e que a raiz mesiovestibular dos primeiros molares superiores apresenta os três primeiros tipos. No tipo I há um canal único desde a câmara pulpar até o ápice; no tipo II os dois canais saem separadamente da câmara pulpar, mas convergem perto do ápice para formar um único canal; no tipo III os dois canais emergem separados e terminam em forames apicais distintos; no tipo IV um canal sai da câmara pulpar e divide-se perto do ápice em dois canais separados e com forames distintos. O autor diz que o tipo II é o mais freqüente, observado em mais de 55% dos casos. Deve-se analisar ainda que, quando duas limas estão nos canais, a configuração do tipo III pode estar presente, mesmo que radiograficamente os canais pareçam convergir.

Material e métodos

Neste estudo foram utilizados 65 primeiros molares superiores extraídos, escolhidos aleatoriamente, submetidos a um processo de limpeza e esterilização. Os espécimes apresentavam abertura endodôntica previamente realizada por alunos de graduação da PUC/PR. Os dentes foram numerados com caneta esferográfica para

RSBO v. 4, n. 2, 2007 – 15

Referências

  1. Alavi AM, Opasanon A, Ng YL, Gulabivala K. Root and canal morphology of Thai maxillary molars. Int Endod J. 2002;35(5):478-85.
  2. De Deus QD. Endodontia. 5. ed. Rio de Janeiro: Medsi; 1992. p. 37-9.
  3. Görduysus MÖ, Görduysus M, Friedman S. Operating microscope improves negotiation of second mesiobuccal canals in maxillary molars. J Endod. 2001;27(11):683-6.
  4. Holland R, Souza V, Bernabé PFE, Nery MJ, Otoboni JA, Dezan Jr E. Apostila de Endodontia da Unesp Araçatuba. 1996. p. 10-2.
    1. Silveira NL, Soares IJ. Verificação do 4.° canal nos primeiros molares superiores permanentes. Contribuição ao estudo. Rev Paul Endod. 1983;4(1 a 4):97-132.
    2. Sydney RB, Sydney GB, Batista A. Análise clínica e radiográfica da freqüência de um quarto canal na raiz mesiovestibular dos molares superiores. Rev Odontol Univ Ribeirão Preto. 2000;3(2):67-74.
    3. Weine FS. Tratamento endodôntico. 5. ed. São Paulo: Santos; 1998. p. 240-78.
    4. Weller R, Niemczyk SP, Kim S. Incidence and position of the canal isthmus. Part. 1. Mesiobuccal root of the maxillary first molar. J Endod. 1995;21(7):380-3.