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Guias e Dicas
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Papel do capital psicológico na relação trabalho-bem-estar e rotatividade, Exercícios de Psicologia

Um estudo que testou um modelo teórico sobre intenção de rotatividade, analisando a relação desta com três dimensões de bem-estar no trabalho: satisfação, envolvimento e comprometimento organizacional, moderada pelo capital psicológico. O estudo utilizou análises de regressão linear múltipla hierárquica e identificou que o capital psicológico atua como moderador na relação entre bem-estar no trabalho e intenção de rotatividade, aumentando a predição de intenção de rotatividade quando adicionado aos modelos compostos por satisfação no trabalho e envolvimento com o trabalho.

O que você vai aprender

  • Quais são as contribuições deste estudo para a área do comportamento organizacional?
  • Quais foram os estudos e pesquisas utilizados no Brasil para apoiar a elaboração deste estudo?
  • Quais são as dimensões de bem-estar no trabalho que produzem o maior impacto sobre intenção de rotatividade?
  • Qual é a relação entre bem-estar no trabalho e intenção de rotatividade?
  • Como o capital psicológico influencia a relação entre bem-estar no trabalho e intenção de rotatividade?

Tipologia: Exercícios

2022

Compartilhado em 07/11/2022

Mauricio_90
Mauricio_90 🇧🇷

4.5

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UNIVERSIDADE METODISTA DE SÃO PAULO
FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO E ECONOMIA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO
ANGELO POLIZZI FILHO
O IMPACTO DE BEM-ESTAR NO TRABALHO E DE
CAPITAL PSICOLÓGICO SOBRE INTENÇÃO DE
ROTATIVIDADE: UM ESTUDO COM PROFESSORES
SÃO BERNARDO DO CAMPO / SP
2011
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Baixe Papel do capital psicológico na relação trabalho-bem-estar e rotatividade e outras Exercícios em PDF para Psicologia, somente na Docsity!

UNIVERSIDADE METODISTA DE SÃO PAULO

FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO E ECONOMIA

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO

ANGELO POLIZZI FILHO

O IMPACTO DE BEM-ESTAR NO TRABALHO E DE

CAPITAL PSICOLÓGICO SOBRE INTENÇÃO DE

ROTATIVIDADE: UM ESTUDO COM PROFESSORES

SÃO BERNARDO DO CAMPO / SP

ANGELO POLIZZI FILHO

O IMPACTO DE BEM-ESTAR NO TRABALHO E DE

CAPITAL PSICOLÓGICO SOBRE INTENÇÃO DE

ROTATIVIDADE: UM ESTUDO COM PROFESSORES

Dissertação apresentada ao Programa de Pós- Graduação em Administração da Universidade Metodista de São Paulo, como requisito parcial à obtenção do título de Mestre em Administração.

Área de concentração: Gestão de Organizações

Orientado por: Profª Drª Mirlene M. M. Siqueira

SÃO BERNARDO DO CAMPO / SP

A dissertação de mestrado sob o título “O impacto de bem-estar no trabalho e de

capital psicológico sobre intenção de rotatividade: um estudo com professores”,

elaborada por Angelo Polizzi Filho foi apresentada e aprovada em 6 de outubro de

2.011, perante banca examinadora composta por Prof.ª Dr.ª Mirlene Maria Matias

Siqueira (Presidente / UMESP), Prof.ª Dr.ª Maria do Carmo Fernandes Martins

(Titular / UMESP) e Prof.ª Dr.ª Aurea de Fátima Oliveira (Titular / Universidade

Federal de Uberlândia).

Prof.ª Dr.ª Mirlene Maria Matias Siqueira Orientadora e Presidente da Banca Examinadora

Prof.º Dr.º Luiz Roberto Alves Coordenador do Programa de Pós-Graduação Universidade Metodista de São Paulo

Programa de Pós-graduação em Administração da UMESP

Área de Concentração: Gestão de Organizações

Linha de Pesquisa: Gestão de Pessoas

Ao meu anjo de guarda por nossa incessante luta;

à egrégora dos Mestres ascencionados; e

aos meus pais ( in memorian ).

Fontes de luz, força e energia.

Dr. Eduardo Goldstein médico, psicoterapeuta, amigo, orientador e confidente.

Fábio Konishi pelo exemplo e pelas palavras de encorajamento semanal para concluir esta dissertação. Rogermaury Lima dirigente e Babalorixá da Seara de Luz Tupinambá e aos demais irmãos desta Organização Religiosa com crença em um único DEUS.

Ataulpho, Ivone e Laurice sempre perto apesar da distância.

Aos amigos mestrandos Sérgio, Edineide e Luciane pela luta hercúlea pela injustiça acadêmica a nós cometida.

Aos demais professores, colegas mestrandos e funcionários do Programa de Pós-Graduação em Administração da Universidade Metodista de São Paulo que, gentilmente, participaram de minha busca pelo norte acadêmico.

Às demais pessoas que direta ou indiretamente me auxiliaram no desenvolvimento deste trabalho.

E, particularmente, àqueles que torceram contra, me perdoem por possíveis faltas que eu tenha cometido. Possa a vossa bondade, SENHOR, tocar-lhes o coração e induzi-los a melhores sentimentos para comigo!

POLIZZI FILHO, Angelo (2011). O impacto de bem-estar no trabalho e de capital psicológico sobre intenção de rotatividade: um estudo com professores. Dissertação de Mestrado, Universidade Metodista de São Paulo, UMESP, SÃO BERNARDO DO CAMPO – SP.

RESUMO

A dinâmica acelerada dos negócios, as mudanças constantes nas políticas de gestão de pessoas aplicadas por organizações e as complexas interações empresariais em rede parecem ter mudado visivelmente as ênfases dadas por pesquisadores às facetas do comportamento de profissionais que atuam em organizações. Desse modo, dentre tantos outros temas, o planejamento que cada profissional faz acerca de sua saída da organização, denominado intenção de rotatividade, tornou-se novamente um fenômeno de interesse no campo do comportamento organizacional. Atualmente, a alternativa mais aplicada aos estudos do comportamento organizacional tem sido a elaboração de modelos para representar o escopo de uma investigação científica. O objetivo geral deste estudo foi testar um modelo teórico para intenção de rotatividade, analisando-se sua relação com três dimensões de bem-estar no trabalho (satisfação no trabalho, envolvimento com o trabalho e comprometimento organizacional afetivo), moderada por capital psicológico, conceito composto por quatro capacidades psicológicas (eficácia, otimismo, esperança e resiliência). Para análise do modelo foram testadas quatro hipóteses relativas às interações das variáveis nele contidas. Participaram do estudo 85 professores, escolhidos por conveniência, que atuavam em uma universidade na Região do ABCD Paulista. A idade média dos participantes era de 45 anos (DP=11,49), sendo a maioria do sexo masculino, casada, com mestrado concluído e tempo de trabalho variando de 1 a 5 anos. Foi utilizado um questionário de auto preenchimento contendo cinco medidas brasileiras validadas e precisas, as quais aferiram as variáveis do modelo teórico. Os resultados descritivos indicaram que os docentes detêm um quadro de bem-estar no trabalho composto por satisfações maiores com colegas, chefias e tarefas e menores com salários e promoções; desse quadro fazem parte também índices medianos de envolvimento com o trabalho e medianos de compromisso afetivo com a universidade em que atuavam. Entretanto, observou-se que, apesar dos índices medianos das dimensões de bem-estar no trabalho, foi revelada baixa intenção de rotatividade por parte dos docentes. O capital psicológico observado entre os docentes situa-se alto. Análises de correlação pelo r de Pearson informaram índices negativos e significativos entre as três dimensões de bem-estar no trabalho e intenção de rotatividade. Capital psicológico também se mostrou negativa e significativamente correlacionado à intenção de rotatividade. Tais resultados informam que o plano de deixar a universidade onde atuam é inversamente proporcional ao bem-estar vivenciado no trabalho e ao nível de capital psicológico retido pelos docentes. Parece que docentes com elevado capital psicológico e que se sentem bem no trabalho planejam menos deixar a universidade onde atuam, sendo possível interpretar como plausível o inverso. Análises de regressão linear múltipla hierárquica, executadas pelo método enter, informaram que capital psicológico atua como moderador na relação entre bem-estar no trabalho e intenção de rotatividade: foram observadas aumento na predição de intenção de rotatividade quando se adicionou capital psicológico a dois modelos

POLIZZI FILHO, Angelo (2011). The impact of well-being at work and psychological capital over the turnover intention: a study of teachers. Dissertation. Universidade Metodista de São Paulo, UMESP, São Bernardo do Campo – SP.

ABSTRACT

The fast pace of business, the frequent changes on companies’ people management policies and complex business network interactions seem to have visibly changed researchers emphasis on behavior aspects of organizations' personnel. Thereby, turnover intentions – how each professional plan on leaving the organization – became of great interest on the organizational behavior field, among other subjects. The most used method to study organizational behaviors has been the creation of models to represent a scientific investigation scope. The general goal of this study was to test a theoretical model for turnover intentions, analyzing its relation to three dimensions of the well-being at work (job satisfaction, work engagement and organizational commitment), and being moderated by psychological capital, a concept made of four psychological capacities (efficacy, optimism, hope and resilience) In order to analyze the model, four hypothesis related to its interactions were tested. Eighty-Five teachers that work in a University in the ABCD Paulista area were chosen by convenience to take part in this study. The subjects were 45 years old in average (SD=11.49), mostly married man with a master’s degree and 1- 5 years working time. We used a self-completion questionnaire containing five Brazilian validated and precise measures, which measure the variables of the theoretical model. The descriptive results showed that the teachers’ well-being at work is mostly composed by satisfactions with colleagues, bosses and tasks, being less satisfied with salaries and promotions; it also shows that they have an average work engagement and average work commitment with the university. Although we could observe average levels of well-being at work, the results presented a low turnover intention level. The psychological capital observed among the teachers was high. Correlation analysis by Pearson’s r presented negative indexes and significant results comparing the three dimensions of well-being at work and turnover intentions. The relation between Psychological Capital and turnover intentions was also negative and significant. Those results show that the intentions of leaving the university where they teach are inversely proportional to the teachers’ well-being at work and psychological capital. It seems that teachers with a high psychological capital that feel well at work plan less on leaving the university where they work, being possible to understand that the opposite may also be true. Multiple hierarchical linear regression analysis, performed by the enter method, show that the psychological capital acts as a moderator when relating well-being at work and turnover intention: we could observe that the turnover intention prediction raised when the psychological capital was added to two models, one based on job satisfaction, and the other on work engagement. Therefore, the high psychological capital level could multiply the impact of job satisfaction and work engagement over the turnover intentions. On the other hand, the psychological capital caused a low impact reduction on the organizational commitment model, which showed a higher turnover intention prediction. It seems that high level psychological capital teachers are less influenced by their affective commitment to the organization when they plan to leave their jobs. Therefore, the results of this work allow us to realize that a healthy

and positive well-being at work could have its impact over turnover intentions lightly moderated by the psychological capital. Furthermore, there was a debate comparing the descriptive results with other empiric studies with teachers. Finally, we proposed a future investigations agenda, suggesting creating a new research line on the integral concept of psychological capital as a moderator in relations between constructs in organizational behavior in Brazil, based on the national literature here pointed.

Key-words: Organizational behavior model, turnover intention, well-being at work and psychological capital.

de rotatividad cuando se ha adicionado capital psicológico a dos modelos compuestos, respectivamente, por satisfacción en el trabajo y envolvimiento con el trabajo. Por lo tanto, el alto nivel psicológico podría potencializar el impacto de satisfacción en el trabajo y envolvimiento con el trabajo sobre la intención de rotatividad. Por otro lado, en el modelo integrado por el comprometimiento organizacional afectivo, que ha revelado una más grande fuerza de predicción sobre intención de rotatividad, capital psicológico ha conseguido reducir el impacto. Parece que los docentes con alto nivel de capital psicológico actúan menos bajo influencia de su compromiso afectivo con la organización cuando hacen planos de salir de la universidad empleadora. Por lo tanto, los resultados de este trabajo permiten reconocer que el estado positivo y saludable representado por el bien-estar en el trabajo podría tener un impacto sobre intención de rotatividad moderado levemente por capital psicológico. Además de eso, los resultados descriptivos fueron discutidos, comparado a otros estudios empíricos con profesores. Por fin, fue propuesta una pauta para investigaciones futuras y sugerido crear una nueva línea de investigación en Brasil: la del papel moderado del concepto integral de capital psicológico en las relaciones entre constructores del campo del comportamiento organizacional, basada en las lagunas de la literatura nacional apuntadas en este estudio.

Palabras-clave: modelo do comportamiento organizacional, intención de rotatividade, bien-estar en el trabajo y capital psicológico.

SUMÁRIO

  • 1 INTRODUÇÃO ___________________________________________________
  • 2 REVISÃO TEÓRICA_______________________________________________
    • 2.1 Intenção de rotatividade _____________________________________________
    • 2.2 Bem-estar no trabalho _______________________________________________
      • 2.2.1 Satisfação com o trabalho _________________________________________________
      • 2.2.2 Envolvimento no trabalho __________________________________________________
      • 2.2.3 Comprometimento organizacional afetivo ______________________________________
    • 2.3 Capital psicológico _________________________________________________
  • 3 OBJETIVOS _____________________________________________________
    • 3.1 Geral _____________________________________________________________
    • 3.2 Específicos ________________________________________________________
  • 4 HIPÓTESES _____________________________________________________
  • 5 MODELO _______________________________________________________
  • 6 MÉTODO _______________________________________________________
    • 6.1 Participantes _______________________________________________________
    • 6.2 Local _____________________________________________________________
    • 6.3 Instrumento ________________________________________________________
    • 6.4 Procedimentos _____________________________________________________
    • 6.5 Aspectos éticos ____________________________________________________
    • 6.6 Análise de dados ___________________________________________________
  • 7 RESULTADOS E DISCUSSÃO ______________________________________
    • 7.1 Análises Descritivas ________________________________________________
    • 7.2 Capital psicológico _________________________________________________
    • 7.3 Bem-estar no trabalho _______________________________________________
    • 7.4 Intenção de rotatividade _____________________________________________
    • 7.5 Correlações ________________________________________________________
    • 7.6 Teste de modelo ____________________________________________________
  • CONSIDERAÇÕES FINAIS __________________________________________
  • REFERÊNCIAS ____________________________________________________
  • Anexo A – Instrumentos de coleta de dados. __________________________
  • Anexo B – Parecer Consubstanciado do CEP–UMESP __________________

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Modelo teórico de bem-estar no trabalho ................................................ 42

Figura 2 – Modelo teórico de capital psicológico ...................................................... 57

Figura 3 – Modelo de relação entre bem-estar no trabalho e intenção de

rotatividade moderada pelo capital psicológico........................................ 67

Figura 4 - Resultados das análises de impacto de BET sobre IR (n=85) ................ 87

Figura 5 - Resultados das análises de impacto de BET sobre IR (n=85) ................ 92

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Dados dos participantes (n=85) ............................................................. 70

Tabela 2 - Médias, desvios-padrão e valores das escalas de bem-estar no trabalho

dos participantes (n=85) .......................................................................... 76

Tabela 3 – Comparação entre as médias, desvios padrão e valores de t das

variáveis de BET nos trabalhos com professores de Ferraz (2009; n=209), Valente (2007; n=124) e Polizzi (2011; n=85) ......................................... 80

Tabela 4 - Comparação entre as médias e desvios padrão das variáveis: satisfação

no trabalho, comprometimento organizacional afetivo e intenção de rotatividade nos trabalhos Ferreira (2001; n=81) e Polizzi (2011; n=85) .............................................................................. 82

Tabela 5 - Índices de correlação ( r de Pearson) entre capital psicológico, as

dimensões de bem-estar no trabalho e intenção rotatividade (n=85) ..... 84

Tabela 6 – Seis modelos de regressão linear múltipla hierárquica pelo método enter

para intenção de rotatividade (n=85) ....................................................... 89

RAE - Eletrônica - Revista de Administração de Empresas, publicada pela Fundação

Getúlio Vargas de São Paulo

RAUSP – Revista de Administração da Universidade de São Paulo.

SINAES – Sistema Nacional da Educação Superior.

TCLE - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

UFU - Universidade Federal de Uberlândia

VD – Variável Dependente

VI – Variável Independente

VM – Variável Moderadora

XXIX ENANPAD - XXIX Encontro Anual da Associação Nacional dos Programas de

Pós-Graduação em Administração

1 INTRODUÇÃO

A competitividade constitui o centro das preocupações nas organizações

desde o final do século passado e o foco principal de seus gestores a partir da crise

econômica mundial desencadeada no 2º semestre de 2008. A crise se agravou

recentemente com o rebaixamento da classificação dos EUA pela agência

classificadora de risco Standard & Poor's gerando um impacto imediato e direto na

economia mundial. 1

Mintzberg e Lampel (1999) afirmam que, para enfrentar um ambiente

altamente competitivo, as organizações por questão de sobrevivência, independente

de seu porte ou segmento, são obrigadas a promover mudanças estratégicas cada

vez mais rápidas. Neste contexto, a mudança organizacional se configurou como

rotina, de difícil assimilação no mundo coorporativo.

Masseto (2003) afirma que as universidades brasileiras passam por uma

metamorfose desde o início do milênio, deixando sua natureza social e de caráter

essencialmente pedagógico. A visão de “educação como mercadoria”, adotada por

grupos empresariais que hoje administram a maioria dos congloremados

educacionais no país (TIRADENTES, 2010), aliada à “venda” de facilidades de

colocação rápida de emprego proporcionada pelos cursos tecnológicos e às

comodidades dos cursos de ensino à distância – EAD (BERTARELLO, 2010), se

aproximam das estratégias do mundo coorporativo e, consequentemente, levam

seus professores a conquistar novos e melhores postos em suas estruturas

organizacionais.

Entretanto, a formação contínua destes docentes não contemplou

competências para assumirem esses novos papéis e, muito menos acompanhar o

rápido crescimento da educação, comprometendo sobremaneira a fluência das

relações complexas que habitam o cotidiano da universidade. Segundo MASSETO

(2003), isso despertou “a atenção dos gestores de recursos humanos, há muito

preocupados com os custos relativos à rotatividade de pessoal bem como com a

manutenção de seus talentos, visando à busca de maior competitividade

(FERREIRA; SIQUEIRA, 2005)”, muitos deles formados pela própria instituição.

(^1) Notícia veiculada na mídia mundial a partir de agosto de 2011