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Guias e Dicas
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Classificação da Ativação Muscular do Tríceps Braquial em Exercícios de Força, Notas de aula de Educação Física

Um estudo que classifica as diferentes formas de execução do exercício de rosca tríceps e sua influência na ativação muscular do tríceps braquial, utilizando eletromiografia de superfície. O estudo compara a ativação de três partes do músculo tríceps braquial (cabeça longa, medial e lateral) em diferentes exercícios de força que envolvam a articulação do cotovelo. Além disso, o documento discute as influências da largura das mãos, posição da articulação radioulnar e posição da pegada no exercício supino no tríceps braquial.

O que você vai aprender

  • Quais exercícios de força apresentam maior ativação muscular do tríceps braquial como um todo?
  • Como a largura das mãos influencia a ativação muscular do tríceps braquial?
  • Qual é a cabeça do tríceps braquial que apresenta maior ativação durante o exercício rosca tríceps pronada?

Tipologia: Notas de aula

2022

Compartilhado em 07/11/2022

Tucano15
Tucano15 🇧🇷

4.6

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL
ESCOLA DE EDUCAÇÃO FÍSICA, FISIOTERAPIA E DANÇA
Paula Nocchi Visintainer
COMPARAÇÃO DA ATIVAÇÃO MUSCULAR DO MÚSCULO TRÍCEPS
BRAQUIAL EM DIFERENTES EXERCÍCIOS DE FORÇA
Porto Alegre
2015
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

ESCOLA DE EDUCAÇÃO FÍSICA, FISIOTERAPIA E DANÇA

Paula Nocchi Visintainer

COMPARAÇÃO DA ATIVAÇÃO MUSCULAR DO MÚSCULO TRÍCEPS

BRAQUIAL EM DIFERENTES EXERCÍCIOS DE FORÇA

Porto Alegre 2015

Paula Nocchi Visintainer

COMPARAÇÃO DA ATIVAÇÃO MUSCULAR DO MÚSCULO TRÍCEPS

BRAQUIAL EM DIFERENTES EXERCÍCIOS DE FORÇA

Trabalho de conclusão apresentado à Escola de Educação Física, Fisiotera´pia e Dança como requisito parcial para obtenção do título de Licenciado em Educação Física.

Orientadora: Prof. Dra. Cláudia Silveira Lima

Porto Alegre 2015

AGRADECIMENTOS

Primeiramente gostaria de agradecer à minha orientedora Cláudia Silveira Lima por ter me dado a oportunidade de trabalhar ao seu lado na área da pesquisa acadêmica, além de ter me orientado com excelência neste período de desenvolvimento do presente estudo. Também quero agradecer aos integrantes do Grupo de Pesquisa em Cinesiologia e Cinesioterapia da UFRGS, em especial ao Jerônimo Jaspe Rodrigo Silva e Rafael Cristane Michel, por terem tido papel fundamental durante o processo de coletas e análise de dados do estudo. Agradeço à minha família, em especial ao meu pai Jorge Visintainer , que sempre me apoiou em minhas decisões, além de me proporcionar condições necessárias para que eu pudesse estudar e me dedicar ao que eu realmente amo fazer. Por fim, agradeço às minhas amigas e ao meu namorado, Fhilipe Aranalde Dias por todo o apoio e paciência demonstrados, além das noites mal dormidas que foram necessárias para desenvolver esse trabalho de conclusão de curso.

RESUMO

O treinamento de força é uma das formas mais conhecidas de exercício, ganhando popularidade entre atletas profissionais e amadores. Conhecendo melhor os exercícios específicos para cada grupo muscular podemos selecionar aqueles que proporcionam uma melhor resposta adaptativa ao músculo alvo e, com isso, maximizar os resultados. O músculo tríceps braquial possui grande potencial de força e capacidade de trabalho, sendo bastante utilizado em atividades de vida diária. Poucos estudos, no entanto, avaliaram a ativação do músculo tríceps braquial em variados exercícios para desenvolver sua força muscular. Estudos demonstram que pequenas mudanças na forma de execução do exercício promovem distintos níveis de ativação do tríceps. Desta forma, este trabalho tem como objetivo classificar os diferentes exercícios de força que envolve a articulação do cotovelo de acordo com o nível de ativação muscular das três cabeças, longa, lateral e medial do tríceps braquial, obtido através de eletromiografia. A amostra foi composta por 17 homens (18-30 anos) saudáveis, familiarizados com o treino de força. Os exercícios escolhidos para o estudo foram supino reto (pegada aberta e fechada), desenvolvimento incompleto, rosca tríceps (pronada, neutra e supinada), rosca tríceps móvel pronada, tríceps testa e tríceps francês. No primeiro dia foram coletadas as medidas antropométricas e realizado os testes de 10 repetições máximas (10RM) em cada exercício. No segundo dia fora adquirido o sinal EMG durante contração isométrica voluntária máxima (CIVM) para estabelecer o nível máximo de ativação do tríceps braquial em um aparelho cross over com o membro superior direito limitado a posição de flexão do cotovelo a 90°, realizando, na sequência, a coleta do sinal EMG do músculo tríceps nos exercícios propostos e com carga estabelecida pelo teste de 10RM. Após realização de todos os exercícios, uma nova CIVM foi realizada a fim de verificar a existência de fadiga muscular do tríceps braquial. Os dados foram expressos em média e desvio-padrão. Para a comparação do valor RMS entre exercícios foi utilizado ANOVA One-Way e o post hoc de Bonferroni. O nível de significância utilizado foi de 0,05. Os resultados mostraram que o exercício rosca tríceps pronada foi o que produziu maior ativação das cabeças longa e medial do tríceps braquial, enquanto a cabeça lateral foi mais ativada no exercício rosca tríceps neutra, sendo o exercício desenvolvimento incompleto o que apresentou menor ativação em todas as cabeças. Ao analisarmos o músculo tríceps braquial como um todo, verificamos que a ativação muscular é semelhante as cabeças longa e medial onde a maior ativação foi na rosca tríceps pronada, e a menor no desenvolvimento incompleto. Dessa forma, pode-se indicar para um período bem inicial de treino direcionado ao tríceps braquial, exercícios como desenvolvimento incompleto, evoluindo para o supino reto pegada fechada e para treinos mais intensos o exercício rosca tríceps pronada e neutra.

Palavras chaves: eletromiografia; força muscular; articulação do cotovelo

LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Valores de "p" referentes à cabeça medial nos exercícios onde se observaram diferenças significativas.....................................................................................................

Quadro 2 - Valores de "p" referentes à cabeça lateral nos exercícios onde se observaram diferenças significativas.....................................................................................................

Quadro 3 - Valores de "p" referentes à cabeça longa nos exercícios onde se observaram diferenças significativas.....................................................................................................

Quadro 4 – Valores de “p” referentes ao tríceps total nos exercícios onde se observaram diferenças significativas.....................................................................................................

8 LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Valores das CIVM’s pré e pós-exercícios referentes à cabeça medial...................

Tabela 2 – Valores das CIVM’s pré e pós-exercícios referentes à cabeça lateral...................

Tabela 3 – Valores das CIVM’s pré e pós-exercícios referentes à cabeça longa.....................

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1 INTRODUÇÃO

O treinamento de força, também conhecido como treinamento com pesos ou treinamento com cargas, tornou-se uma das formas mais conhecidas de exercício, tanto para o condicionamento de atletas como para melhorar a forma física e a saúde de não atletas. As pessoas que participam de um programa de treinamento de força esperam que o programa produza alguns benefícios, tais como aumento de força, hipertrofia muscular, melhor desempenho esportivo, crescimento da massa livre de gordura e diminuição de gordura do corpo (FLECK; KRAEMER, 2006). Os benefícios do treinamento de força são fortemente influenciados pelo grande número de variáveis que podem ser manipuladas em um programa. Entre elas estão volume, intensidade, ordem dos exercícios e tipo de programa, a manipulação das variáveis podem influenciar a magnitude e duração das respostas aos exercícios resistidos e, finalmente as suas adaptações (BALSAMO, 2005). Não importa o quão intenso seja o programa de treino, ele não será efetivo sem a execução apropriada dos exercícios que o compõem. Independentemente dos objetivos do praticante, ter uma grande quantidade de exercícios para escolher irá ajudá-lo a maximizar seus resultados (STOPPANI, 2008). Portanto, é importante conhecermos os exercícios específicos para cada grupo muscular, a fim de selecionar aqueles que proporcionam uma melhor resposta adaptativa ao músculo alvo, visto suas características. O músculo tríceps braquial tem grande potencial de força e capacidade de trabalho por causa de seu volume muscular, sendo, portanto, considerado o músculo mais forte da articulação do cotovelo, tendo como principal função estendê-la (AN et al ., 1981). Esse músculo se divide em três partes: cabeça longa, medial e lateral. Dessas três partes, a cabeça longa é considerada a menos ativa do tríceps braquial e é a única que cruza a articulação do ombro, o que torna o músculo parcialmente dependente da posição do ombro pra sua eficácia. A cabeça medial do músculo é considerada a mais ativa do movimento de extensão, porque essa parte é recrutada em todas as posições, em todas as velocidades e contra resistência máxima ou mínima. A cabeça lateral, embora seja a mais forte das três, fica relativamente inativa a menos que o movimento ocorra contra resistência (SODERBERG, 1997). A extensão do cotovelo tem função importante e é bastante utilizada em atividades de vida diária, assim como em exercícios de treinamento de força, sendo o músculo tríceps braquial o mais recrutado nesta situação. Devido a sua grande importância funcional o fortalecimento desse músculo aparece entre os objetivos do treino de força. No entanto,

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poucos estudos foram encontrados que avaliaram a diferença de ativação do músculo tríceps braquial em diferentes exercícios do treino de força. Segundo Lehman (2005), durante a realização do exercício supino, o tríceps braquial apresenta maior atividade muscular com pegada fechada, quando comparada às pegadas aberta e média. Cogley et al. (2005) corroboram com os resultados de Lehman (2005), ao analisar o exercício de apoio. Já McCaw e Friday (1994) compararam o exercício supino com barra livre e o exercício supino com barra guiada e evidenciaram que o tríceps braquial é mais ativado durante o exercício supino com barra livre. A maioria dos estudos encontrados na literatura avaliou o músculo tríceps braquial de maneira secundária em exercícios multiarticulares, sendo que, nenhum destes avaliou as três partes da musculatura em questão. O presente estudo pretendeu avaliar não só a cabeça longa que é comumente avaliada nos estudos, mas também as cabeças medial e lateral do tríceps braquial. Além disso, foram escolhidos para serem analisados e ranqueados, os principais exercícios que são usualmente incorporados nas rotinas de treino para fortalecer essa musculaura. Os estudos demonstram que pequenas mudanças na forma de execução do exercício são capazes de promover diferentes níveis de ativação do tríceps. Desta forma, este trabalho tem como objetivo classificar os diferentes exercícios de força que envolve a articulação do cotovelo de acordo com o nível de ativação muscular do tríceps braquial, obtido através de eletromiografia. Com isso, ao propor um treino para o músculo tríceps braquial, os profissionais poderão selecionar, a partir de uma ordem crescente de ativação, qual o exercício mais adequado para aquele momento do treino.

1.1 OBJETIVO GERAL

Classificar os exercícios de força que envolvam a articulação do cotovelo de acordo com o nível de ativação muscular das três partes (cabeça longa, medial e lateral) do músculo tríceps braquial, assim como o músculo como um todo.

1.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

 Analisar os níveis de ativação muscular das três partes (cabeça longa, medial e lateral) do músculo tríceps braquial, assim como o músculo como um todo, através da eletromiografia de superfície em diferentes exercícios de força que envolvam a articulação do

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2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1 ANATOMIA DA ARTICULAÇÃO DO COTOVELO

A articulação do cotovelo é classificada como uma articulação em gínglimo ou tipo dobradiça que permite apenas flexão e extensão. Os movimentos do cotovelo envolvem primariamente movimentos entre as superfícies articulares do úmero e da ulna, especialmente a tróclea umeral encaixando-se na chanfradura troclear da ulna. A cabeça do rádio possui uma quantidade relativamente pequena de contato com o capítulo do úmero. À medida que o cotovelo atinge extensão completa, o processo do olécrano da ulna é recebido pela fossa olecraniana do úmero. Este arranjo confere estabilidade articular aumentada quando o cotovelo está em extensão completa (THOMPSON, 1997). O cotovelo é considerado uma articulação estável, com integridade estrutural, boa sustentação ligamentar e boa sustentação muscular. Na região do cotovelo existem três articulações que permitem o movimento entre os três ossos do braço e antebraço (úmero, rádio e ulna). O movimento entre o antebraço e o braço ocorre nas articulações umeroulnar e umerorradial, enquanto movimentos entre o rádio e a ulna ocorrem nas articulações radioulnares (SODERBERG, 1997). A amplitude de movimento no cotovelo em flexão e extensão é de aproximadamente 145° de flexão ativa, 160° de flexão passiva e 5 a 10° de hiperextensão. Movimentos de extensão ficam limitados pela cápsula articular e pelos músculos flexores. Esses movimentos também ficam, no fim, restringidos pelo impacto do úmero com o olécrano (HAMILL; KNUTZEN, 2012). O músculo tríceps braquial é composto por três cabeças. A cabeça longa ou escapular do músculo tríceps braquial tem origem no tubérculo infraglenoidal. Ele tem duas cabeças umerais, a medial e a lateral; dessas, a medial é constituída por fibras carnosas de toda a face posterior do úmero, abaixo do sulco do nervo radial e dos septos intermusculares. A cabeça lateral é amplamente tendínea e responsável pela linha que se eleva da margem posterior da tuberosidade deltoidea. Seu tendão comum insere-se no olécrano da ulna. O músculo tríceps braquial é extensor da articulação do cotovelo (BASMAJIAN, 1993).

2.2 ELETROMIOGRAFIA

A eletromiografia (EMG) é um método de gravação e quantificação da atividade

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elétrica produzida pelas fibras musculares das unidades motoras ativadas (SIMÃO, 2003). O sinal elétrico que se propaga pelas unidades motoras diante de uma contração muscular é captado e representado graficamente pela EMG, permitindo, dessa forma, identificar os músculos ativados durante um determinado exercício e representando, ainda que de forma indireta, a intensidade da contração muscular (LIMA; PINTO, 2006). A abordagem mais comum para medir EMG é colocar um eletrodo perto de uma membrana excitável e registrar os potenciais de ação que passam por ele. Na EMG, o eletrodo é colocado na pele e obtém-se uma medida extracelular da mudança de voltagem no tempo. O eletrodo, entretanto, pode estar dentro do músculo (intramuscular), ainda que fora da célula muscular individual, ou pode estar fora do músculo, sendo mais comum a abordagem de colocar o eletrodo na pele sobre o músculo (ENOKA, 2000). A técnica que utiliza eletrodos de profundidade tem uma limitação importante que é o fato de ser invasiva, além de captar o sinal apenas de uma determinada porção do músculo, restringindo-se mais a estudos de natureza clínica. A técnica de eletrodos de superfície, além de ser mais segura e prática, nos dá um panorama geral de ativação da musculatura que está sendo analisada.

2.3 ATIVAÇÃO DOS EXTENSORES DO COTOVELO EM DIFERENTES EXERCÍCIOS

A inserção do tríceps braquial localiza-se no olécrano da ulna, sendo que, durante os movimentos de supinação e pronação da radioulnar, a ulna não se movimenta. Consequentemente, a posição da radioulnar parece não afetar os aspectos mecânicos do movimento de extensão do cotovelo, bem como não interferir na produção de força desse músculo. Segundo achados de Lehman (2005), ao analisar o exercício supino, o tríceps teve maior atividade em pegadas fechadas, independentemente do nível de supinação do antebraço. Ao analisar o exercício de apoio (movimento similar ao supino), Cogley et al. (2005), também evidenciaram que, ao executar o movimento com as mãos posicionadas em uma largura estreita, há maior ativação do tríceps, quando comparada às outras posições das mãos. Em relação aos exercícios supino reto e crucifixo reto com halteres, Rocha Junior et al. (2007) demonstram que o tríceps braquial não possui relevância no crucifixo, tendo, também, solicitação reduzida no supino, quando comparado ao deltóide clavicular e peitoral maior. McCaw e Friday (1994), ao medir a utilização do tríceps nos exercícios supino reto com barra livre e barra guiada em máquina, notaram que o músculo produz, em 60% e 80% da intensidade máxima, maior ativação no exercício com barra livre, o que pode ser explicado

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3 MATERIAIS E MÉTODOS

3.1 AMOSTRA

A amostra foi voluntária e intencional, composta por 17 sujeitos saudáveis do sexo masculino, com idade entre 18 e 30 anos, praticantes de treinamento de força. Os sujeitos foram recrutados junto à Escola de Educação Física da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e por meio de divulgação eletrônica. O tamanho da amostra foi determinado a partir da equação que indica o tamanho amostral de acordo com o erro tolerado de medida para a variável ativação muscular do músculo tríceps braquial, escolhida por ser o parâmetro de mensuração do estudo.

n = Z² * dp² / e²

Onde: n é o tamanho da amostra, Z é o valor tabelado em relação ao nível de significância deste estudo (1,96 para α = 0,05), dp é o desvio-padrão da variável em questão, obtido da literatura específica, e o erro de medida tolerado (estimado em 5%) e aplicado sobre a média das variáveis em questão obtida da literatura. Os valores de média e desvio-padrão da variável ativação do músculo tríceps braquial foram obtidos no estudo de Cogley et al. (2005). Assim, o n calculado para a variável ativação do músculo tríceps braquial foi de 17 sujeitos, sendo este valor utilizado para o tamanho da amostra.

3.1.1 Critérios de Inclusão da Amostra

Neste estudo, foram considerados como critérios de inclusão da amostra: homens com idade entre 18 e 30 anos praticantes de treinamento de força há pelo menos seis meses e que não apresentassem histórico de lesões e\ou cirurgias envolvendo a articulação do cotovelo.

3.2 PROCEDIMENTOS

Os indivíduos que fizeram parte da amostra do estudo compareceram à Escola de Educação Física, Fisioterapia e Dança da UFRGS em diferentes dias para a coleta de dados. No primeiro dia foram esclarecidas todas as etapas do estudo e assinado o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (Apêndice I), caso o sujeito concordasse em participar da

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pesquisa. A primeira etapa da coleta de dados era realizada, composta pela mensuração das características antropométricas (estatura, massa e dobras cutâneas) do indivíduo (Apêndice II). E os testes de 10 repetições máximas (10RM) em cada um dos exercícios escolhidos para o estudo. No segundo dia foi realizada a aquisição do sinal EMG durante a contração isométrica voluntária máxima (CIVM) para estabelecer o nível máximo de ativação muscular do tríceps braquial (cabeça longa, medial e lateral). Na sequência foi efetuada a coleta do sinal EMG do músculo tríceps braquial nos exercícios propostos, com a carga estabelecida pelo teste de 10 RM realizado anteriormente. A ordem dos exercícios foi randomizada, feita através de sorteio a partir de papéis com os nomes dos exercícios colocados em envelope fechado, selado e opaco, de modo a minimizar o efeito de fadiga sobre o sinal EMG obtido durante a execução de cada exercício do protocolo de avaliação. Após a realização de todos os exercícios foi coletado novamente o sinal EMG durante a CIVM a fim de verificar a existência de fadiga muscular do tríceps braquial, caso a diferença entre os valores da CIVM inicial e final fosse superior a 10% a coleta seria repetida em um novo dia (Figura 1). Figura 1 - Desenho Experimental do Estudo

Fonte: arquivo pessoal Os exercícios de força para membros superiores selecionados para este estudo foram:  Supino reto pegada aberta (Figura 2A)  Supino reto pegada fechada (Figura 2B) Obs: O deslocamento da barra foi controlado para que o movimento ocorresse sempre em alinhamento com o tórax. Figura 2 - Ilustração do posicionamento para execução dos exercícios (A) supino reto pegada aberta e (B) supino reto pegada fechada.

Fonte: arquivo pessoal

A B

19  Rosca tríceps móvel pronada (Figura 5) Obs: A distância da posição dos pés em relação à roldana, ou seja, a posição do cabo foi controlada para não ser um fator de influência nos resultados. Figura 5 - Ilustração do posicionamento para execução do exercício rosca tríceps móvel pronada.

Fonte: arquivo pessoal

 Tríceps Testa (Figura 6) Obs: As mãos foram posicionadas na barra a uma distância que se alinhou aos ombros. No momento da flexão de cotovelo o braço deveria se manter estático até o final da execução do exercício. Figura 6 - Ilustração do posicionamento para execução do exercício tríceps testa.

Fonte: arquivo pessoal

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 Tríceps Francês (Figura 7) Figura 7 - Ilustração do posicionamento para execução do exercício tríceps francês.

Fonte: arquivo pessoal

3.2.1 Composição Corporal

As medidas antropométricas para estabelecer a composição corporal foram coletadas assim que o sujeito chegou para o primeiro dia de coleta. A massa corporal (MC) e estatura foram obtidas por meio de uma balança analógica de cilindros, estando os sujeitos vestidos com roupas leves, sunga ou calção. Para a determinação do percentual de gordura foram feitas as mensurações das seguintes dobras cutâneas: tricipital, peitoral, subescapular, supra-ilíaca, abdominal, coxa e axilar média medial de acordo com as orientações de Heyward e Stolarczc (2000). Foram realizadas três medidas para cada dobra, sendo utilizada a média ou a medida repetida de cada dobra para o cálculo do percentual de gordura. Antes da medição, os pontos anatômicos foram marcados com caneta dermográfica. O somatório das dobras foi utilizado para estimar a densidade corporal dos homens (JACKSON; POLLOCK, 1978). Posteriormente, o percentual de gordura foi estimado através da equação de Siri (1959).

3.2.2 Teste de 10 Repetições Máximas (10 RM)

Para o teste de 10 RM o sujeito executou, inicialmente, um aquecimento articular direcionado ao cotovelo. Após o sujeito posicionou-se no equipamento específico de cada um