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Um estudo comparativo sobre o desempenho de dois tipos diferentes de remos (standard e cutelo) e suas respectivas influências na técnica de remar em um barco 'skiff'. O autor, adriana marques toigo, analisa resultados de pesquisas anteriores e competições para apoiar as hipóteses de que a força aplicada por um remador varia com diferentes tipos de remos, a pá cutelo propiciará uma maior aplicação de força média, e a técnica de remar será alterada. O documento também inclui uma revisão da literatura sobre o desenvolvimento do remo cutelo e seus efeitos na velocidade do barco.
Tipologia: Esquemas
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Orientador: Prof. Dr. Marco Aurélio Vaz
I
Dissertação apresentada à Escola de Educação Física da Universidade Federal do Rio Grande do Sul como requisito parcial para obtenção do título de Mestre em Ciências do Movimento Humano.
Porto Alegre, março de 1999.
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da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.^ Catalogação na fonte elaborada na Biblioteca da Escola de Educação Física
T6446e Toigo, Adriana Marques.Estudo comparativo do rendimento de dois tipos de pás de remoMarques Toigo. – Porto Alegre: UFRGS, 1999. 142 f.; il., e da técnica da remada em barco “skiff”./Adriana gráf., tab. Sul. Escola de Educação Física. Mestrado em Ciências doDiss. (mestrado). – Universidade Federal do Rio Grande do Movimento Humano.
Bibliotecária responsável: Ivone Job CRB-10/
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Ao meu avô, Alberto (in memorian) e à minha mãe, Marleni.
VI
Ao técnico de remo, Prof. Gustavo Reichert, por seu empenho em conseguir os atletas para a amostra. Ao Clube de Regatas Guaíba Porto Alegre por ceder os atletas e os pares de remo, ao Grêmio Náutico União e ao Clube de Regatas Vasco da Gama por cederem seus atletas. Aos atletas que colaboraram com esta pesquisa, por sua boa- vontade e interesse em participar da coleta de dados. A Cíntia Freitas, por sua amizade e incansável disposição para ajudar. Aos colegas do Grupo de Biomecânica e Cinesiologia, pela apoio na coleta de dados. Aos funcionários do Lapex, pelo excelente ambiente de trabalho que me proporcionaram. A Profa. Dra. Victoria Elnecave Herscovitz, pela amizade e incentivo. A Pró Reitoria de Pós Graduação e ao Instituto de Física da UFRGS, pelo auxílio financeiro.
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FICHA CATALOGRÁFICA III
DEDICATÓRIA IV
AGRADECIMENTO V
RESUMO X
ABSTRACT XI
1 INTRODUÇÃO 12
2 REVISÃO DE LITERATURA 15 2.1 A EVOLUÇÃO DOS EQUIPAMENTOS DE REMO ATRAVÉS DOS TEMPOS 2.2 O REMO “STANDARD” 1525 2.3 O REMO CUTELO 2.3.1 A PÁ TIPO CUTELO (^) (^25) 26 2.4 AS FASES DA REMADA DUPLA^ 2.3.1.1^ O^ MOVIMENTO DA PÁ NA ÁGUA^30 32 2.4.1 2.4.1.1 A FASE DA PEGADAA POSIÇÃO DO CORPO NA PEGADA (^3232) 2.4.1.2 2.4.1.3 AP (^) ROFUNDIDADE DA PÁPOSIÇÃO DAS PÁS NA PEGADA 3435 2.4.2 2.4.2.1 A PASSAGEMA POSIÇÃO DO CORPO NA PASSAGEM (^3536) 2.4.3 2.4.3.1 A FASE FINAL DA REMADAA POSIÇÃO DA PÁ NA PASSAGEM E NO FINAL ( O FINAL) (^3738) 2.4.4 A EXTRAÇÃO 39
- 2.4.5 2.4.5.1 A RECUPERAÇÃOA POSIÇÃO DAS PÁS NA RECUPERAÇÃO
X
Estudo comparativo do rendimento de dois tipos de pás de remo e da técnica da remada em barco “skiff” Adriana Marques Toigo O presente trabalho teve como objetivo estudar a eficiência na aplicação de força a um barco “skiff” com dois tipos de pás de remo(“standard” e cutelo) e verificar se a utilização desses dois tipos de pás produziam alterações na técnica da remada. Um barco “skiff” foi preso pordinamômetro foi instalado a um destes cabos para coletar os dados de seis cabos de aço às bordas de uma piscina coberta. Um força, enquanto a técnica da remada foi estudada por meio de um sistemadiferentes clubes de Porto Alegre. Cada atleta remou um total de cinco de cinemetria. A amostra consistiu-se de 5 remadores de minutos com cada pá de remo, mantendo uma voga de 10 remadas por minuto. Não houveram mudanças aparentes na técnica da remada. Umganho médio de 13,13% de força foi observado a favor do remo cutelo, bem como um aumento de 2,19% no comprimento do percurso do cabo do remo na remada quando este remo foi utilizado. Essas evidênciasdemonstram que o remo cutelo é mais eficiente que o remo “standard” na situação estudada. Assumindo-se que a velocidade de um barco tem relação com a força a ele aplicada, os resultados do presente estudosugerem que o remo cutelo pode imprimir uma velocidade maior ao barco do que o remo “standard” pela sua maior aplicação de força e maior comprimento de remada. Palavras-chave: remo, equipamentos.
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A tarefa de preparar um atleta para obter sucesso nas competições de remo em barcos “skiff” é árdua. Técnicos e remadores trabalharam muito na expectativa da vitória, através de uma preparação meticulosa, onde frações de segundo são absolutamente decisivas para vencer os 2000 m das regatas. Nessa busca de melhores resultados surgiu a necessidade de se procurar alternativas para melhorar o tempo nas provas, seja através da melhoria das condições físicas dos atletas, da técnica, ou pela otimização dos recursos materiais. Muitas equipes e clubes de remo investem permanentemente na compra de novos equipamentos, na esperança de melhorar seu desempenho, embora nem sempre se tenha informações sobre sua real eficiência. Na última década, por exemplo, a maior parte das equipes de remo trocou o tipo de pá de remo utilizada por seus remadores. A pá “standard” (ou Macon) foi desenvolvida na Alemanha para ser usada no Campeonato Europeu de 1958, realizado em Macon, na França (daí a origem do nome) (Steinecker e Secher, 1993). Até há
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pouco tempo, seu formato simétrico era considerado o melhor entre as pás de competição disponíveis no mercado. Porém, em 1991, surgiu um novo modelo de pá (assimétrico) idealizado pelos irmãos Dreissigacker e fabricado pela Concept II Inc., chamado de remo cutelo ou remo de Dreissigacker (em inglês, “big blade”). A primeira vez que o remo cutelo foi utilizado nos jogos olímpicos foi na Olimpíada de 1992, em Barcelona, Espanha, e, desde então, muitas equipes têm aderido a este modelo, acreditando, com isso, ganhar alguns segundos nas provas das quais participam. Entretanto, desde esta época, poucas foram as investigações mais aprofundadas acerca deste modelo de pá. Atualmente, os dois tipos de pás de remo (cutelo e “standard”) são utilizados. Suspeita-se que o remo cutelo apresenta melhor desempenho. Tal conclusão, no entanto, foi embasada apenas nos resultados dos Jogos Olímpicos de 1992 (Anexo 1). Este trabalho teve como objetivo investigar se existiria diferença na força aplicada por um remador a um barco “skiff” quando são utilizados diferentes tipos de pás (cutelo ou “standard”) a uma mesma voga (número de remadas por minuto). Além disso, também se procurou verificar se o uso de um ou outro tipo de pá por um mesmo remador,
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Alterações na forma de equipamentos ou a introdução de novos equipamentos em esportes alteram não apenas os resultados de competições mas também podem modificar completamente a técnica de execução de movimentos por parte dos atletas. Como o remo é um esporte que depende de equipamento, essas alterações podem ser encontradas disseminadas na história desse esporte. A tecnologia para a fabricação dos barcos de competição e dos remos começou a realmente se desenvolver de 1800 a 1860. Os avanços incluíram a braçadeira, o tolete móvel, o encurtamento da largura do casco do barco e o carrinho móvel (Steinacker e Secher, 1993). A invenção do carrinho móvel (Figura 1) foi a mudança mais importante para a evolução do remo. Quando os remadores sentavam em bancos fixos, apenas a energia gerada pelos movimentos dos braços e do tronco eram responsáveis pela propulsão do barco (Schröder, 1991). O desenvolvimento dos trilhos é atribuído a J.B. Babcock, capitão do
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Nassau Boat Club de Nova Iorque, em 1857. O assento por ele criado era de madeira, com aproximadamente 10 polegadas quadradas, revestido de couro, com sulcos nas bordas que tinham como finalidade deslizar em dois trilhos de bronze. Os trilhos, ocasionalmente lubrificados com banha, eram suficientemente compridos para permitirem um percurso de 25,4 a 30,48 cm, embora naquela época, o comprimento ideal de trilhos fosse de 10,16 a 15,24 cm (Dodd, 1998). Dessa forma, foi introduzido o trabalho de pernas na remada.
Figura 1: O carrinho móvel (adaptado de Redgrave, 1997).
Imediatamente após essas alterações, surgiu a polêmica entre os que defendiam a tradição e os que corriam para se adaptar ao sistema para comprovar suas vantagens. Aos primeiros, parecia ridículo deslizar sobre rodinhas. Além disso, o próprio Babcock reconhecia que o carrinho móvel era apenas vantajoso se a guarnição tinha grande
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tinham um pivô fixo no qual se apoiava o cabo do remo. Entretanto, o uso do tolete apenas se generalizou após a consagração do uso do carrinho móvel. Os primeiros barcos que foram equipados com toletes foram os “skiffs” (Molina, 1997). Com a invenção das braçadeiras (suporte tubular fixado na borda do barco onde é instalado o tolete), os barcos puderam começar a ser construídos com menor largura.
Figura 2: (1) Tolete e (2) braçadeira (adaptado de Paduda e Henig, 1992).
Em 1953, foram inventados os barcos “skiff” com acento fixo e braçadeira móvel, os quais foram utilizados até 1982, quando foram proibidos pela FISA (Federação Internacional de Remo) (Steinecker e Secher). O Anexo 2 ilustra as partes do barco.
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Existe hoje um grande número de tipos de barcos a remo (Anexo 3). Os que utilizam a técnica da remada dupla são: o “single skiff”, o “double skiff” e o “four skiff”; os que utilizam remos de ponta são: o dois com timoneiro, o dois sem timoneiro, o quatro com timoneiro, o quatro sem timoneiro e o oito (sempre com timoneiro). Como barcos- escola (equipamento usado na aprendizagem do remo), são utilizados mais comumente o “gig” e o “canoe” (nos quais os remadores utilizam remos de ponta). Os barcos de competição são construídos com casco liso, e os “gigs”, com casco trincado. O “design”, a construção e massa dos barcos grandes e pesados, construídos de madeira, transformaram-se em embarcações longas, estreitas e leves, construídas de fibra de carbono. As características do barco “skiff” são as seguintes: barco a remo para treinamento e competição, remada dupla, lugar para um único remador, casco liso, construído de material leve. Podem ser utilizados na sua construção a madeira, a fibra de carbono ou compósito. Normalmente, este tipo de barco apresenta as seguintes dimensões: comprimento: 8,28 m; largura: 0,28 m; profundidade: 0,17 m e massa: 14,5 kg.