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A implementação de um prontuário eletrônico na área de odontologia da ufrn, com objetivo de otimizar o atendimento ao paciente, melhorar a comunicação entre profissionais e facilitar a pesquisa e estudo de dados clínicos. As etapas do projeto, as vantagens do prontuário eletrônico e os resultados obtidos.
Tipologia: Notas de aula
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Desenvolvimento de formulário de prótese dentária a ser utilizado no Sistema SIGSAÚDE
Karen Lauana Alves da Silva
Desenvolvimento de formulário de prótese dentária a ser utilizado no Sistema SIGSAÚDE
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Programa de Graduação em Odontologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte como parte dos requisitos para obtenção do título de Bacharel em Odontologia.
Orientador: Prof. Antônio Ricardo Calazans Duarte
Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN Sistema de Bibliotecas - SISBI Catalogação de Publicação na Fonte. UFRN - Biblioteca Setorial Prof. Alberto Moreira Campos - - Departamento de Odontologia
Silva, Karen Lauana Alves da. Desenvolvimento de formulário de prótese dentária a ser utilizado no Sistema SIGSAÚDE / Karen Lauana Alves da Silva. - Natal, 2021. 48 f.: il. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Odontologia) - Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Centro de Ciências da Saúde, Departamento de Odontologia, Natal, 2021. Orientador: Prof. Dr. Antônio Ricardo Calazans Duarte.
“A mente que se abre a um nova ideia jamais voltará ao seu tamanho original” Albert Einstein
Medeiros, Emerson Nogueira, Edemberg Cirilo, Josilene Soares e todos os colegas de turma por terem agregado tanto na minha vida e na minha formação acadêmica.
Ao meu orientador, Prof. Dr. Ricardo Calazans, por todo o suporte, orientação nessa reta final de curso e por contribuído tanto para o meu trabalho. Toda a minha admiração a sua humildade e a vontade de ajudar os alunos, sempre de forma afável e simpática.
A todo o quadro docente do curso de Odontologia por toda a dedicação aos alunos, pela preocupação com o processo ensino-aprendizagem, pela vontade de formar profissionais de excelência para a Odontologia, e principalmente, por mostrarem que nossa profissão é extremamente humana e voltada para o bem-estar do paciente.
A Universidade Federal do Rio Grande do Norte pelo apoio que se dá para os alunos advindos de cidades do interior, através de auxílios-financeiros, auxílio-instrumentais e alimentação. Sem dúvidas, para as famílias de baixa-renda, com a ausência desse suporte, fazer um curso superior distante da família, se tornaria inviável.
A todos que contribuíram, de qualquer forma, para profissional que estou me tornando, meus sinceros agradecimentos.
Introdução: A principal finalidade de um prontuário na rotina de serviços de saúde é facilitar a guarda e o gerenciamento de informações, assim sendo, facilita a assistência ao paciente, constituindo-se em um meio de comunicação indispensável entre os diferentes profissionais da saúde, assim como, como documento, torna-se fonte de referência constante de pesquisa e estudo, para futuras consultas. Objetivos: dinamizar um prontuário físico, já existente, para um formato digital, direcionado ao atendimento dos pacientes, que procuram o Serviço do Departamento de Odontologia da UFRN, em busca de reabilitação protética, buscando, a posteriori, sua integralização ao Sistema SIGSAÚDE. Verifica-se a necessidade de criação do prontuário eletrônico, em decorrência das limitações dos registros em prontuário físico tradicional e na guarda desses dados, assim como, informações incompletas e ilegíveis presentes nos prontuários odontológicos em papel. Metodologia: O projeto consistiu de quatro etapas, sendo a primeira referente ao estudo dos prontuários existentes no serviço, definindo quais eram as informações imprescindíveis para constar no prontuário eletrônico, em seguida, um planejamento de software, através de uma estrutura analítica de processos (EAP), logo após, a criação da proposta do prontuário em si e, por último, a análise do resultado final. Resultados: Essa pesquisa resultou na elaboração de um formulário eletrônico específico para a área de prótese dentária a ser utilizada no Sistema SIGSAÚDE com a possibilidade de alterações e aprimoramentos constantes. Conclusão: Com a implementação da ideia, têm-se a otimização do atendimento ao paciente e benefícios do serviço de forma geral.
Palavras-chave: Prontuário Eletrônico. Prontuário Odontológico. Informática em Saúde Pública. Prótese Dentária. Teleodontologia.
Introduction: The main purpose of a medical record in the routine of health services is to facilitate the storage and management of information, thus facilitating patient care, constituting an indispensable means of communication between different health professionals, as well, as a document, it becomes a constant reference source for research and study, for future consultations. Objectives: streamline an existing physical medical record to a digital format, aimed at serving patients, who seek the Service of the UFRN Dentistry Department, in search of prosthetic rehabilitation, seeking, a posteriori, their integration into the SIGSAÚDE System. There is a need for the creation of electronic medical records, due to the limitations of the records in traditional physical records and the storage of these data, as well as incomplete and illegible information present in paper dental records. Methodology: The project consisted of four stages, the first referring to the study of the medical records existing in the service, defining which information was essential to be included in the electronic medical record, then a software planning, through an analytical process structure (WBS). ), right after, the creation of the medical record proposal itself and, finally, the analysis of the final result. Results: This research resulted in the elaboration of a specific electronic form for the dental prosthesis area to be used in the SIGSAÚDE System with the possibility of constant changes and evolutions. Conclusion: With the implementation of the idea, it is expected to optimize patient care and service benefits in general.
Keywords: Electronic Health Record. Dental record. Public Health Informatics. Dental prosthesis. Teleodontology.
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INTRODUÇÃO
A necessidade de se armazenar e gerenciar informações no âmbito de serviços de saúde se torna por demais evidente, à medida que esse gerenciamento permite acesso a informações de pacientes que buscam, diariamente, um tratamento de saúde. Esses dados são de extrema importância para análise e pesquisa de estudos clínicos, epidemiológicos, avaliações socioeconômicas, a qualidade do serviço oferecido, assim como possuem aspecto legal quando organizadas em prontuário.
Essas informações, que são obtidas e guarnecidas através dos prontuários, durante a anamnese (SILVA, M. 1997. c.10), contém um conjunto de dados, tanto sobre a saúde geral do paciente, a causa da busca do tratamento, quanto todo o desenvolvimento da terapêutica a ele prestada, no âmbito da área de prótese dentária. Além disso, tem a característica de ser um documento legal, individual, sigiloso e científico. Portanto, apresenta extrema importância e é imprescindível dentro da clínica-escola, o que facilita a comunicação entre diferentes profissionais da saúde.
No entanto, no Departamento de Odontologia da UFRN não há um sistema eletrônico que reúna e guarde as informações acerca dos pacientes, que são atendidos nas clínicas-escolas assim, as atividades são registradas em papel e de forma desassociada, ou seja, muitas vezes cada disciplina, projetos de pesquisa ou de extensão, responsáveis pela organização de seus prontuários.
Sendo assim, o registro de pacientes se apresenta de forma deficiente já que não há um controle minucioso, das mais variadas necessidades, dentre elas, a protética. Além disso, em razão da liberdade de escrita dos prontuários em papel, a informação gerada muitas vezes encontra-se incompleta, ilegível e ambígua, dificultando assim a interpretação dos dados do prontuário.
Para contornar essa problemática dos prontuários físicos de forma geral, nos seus serviços de saúde, a UFRN através do Instituto de Metrópole Digital, a partir do ano de 2019, vem desenvolvendo um sistema integrado intitulado de SIGSAÚDE – Sistema Integrado de Gestão em Saúde, no qual, de forma ampla, procura digitalizar dados dos pacientes que são atendidos nas suas clínicas-escola.
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O SIGSAÚDE engloba informações de um conjunto de serviços-escola de saúde da UFRN, integrados em uma plataforma computacional, com o objetivo de melhorar a gestão de processos e otimização de dados clínicos dos indivíduos atendidos pelos serviços de saúde da universidade. Dessa forma, o sistema integraliza as unidades que prestam atendimento em saúde da UFRN, objetivando impactar de forma positiva o bem- estar das pessoas envolvidas.
No entanto, a área de Odontologia, entre outras, possui especificidades de dados clínicos, de cada área de conhecimento, que compõem as especialidades odontológicas, fato esse que o SIGSAÚDE ainda não detém. Para a área de Prótese dentária, a criação do seu formulário especifico, com ênfase nas tecnologias atuais, é de suma importância.
Portanto, o gerenciamento dos dados, a utilização de tecnologias atuais, a guarda de informações dos pacientes, a emissão de relatórios sobre os pacientes, a dinamização do atendimento e facilitação da comunicação entre os profissionais em saúde devem ser conquistadas com a criação desse prontuário eletrônico.
O objetivo desse trabalho foi a criação de um prontuário eletrônico para o serviço de Prótese Dentária da UFRN, com a finalidade de integrá-lo, posteriormente ao Sistema SIGSAÚDE.
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prontuários de pacientes e para a troca de informações identificada de saúde. Esses sis- temas devem atender aos requisitos de garantia de segurança, estabelecidos no Manual de Certificação para Sistemas de Registro Eletrônico em Saúde. Esse requisito é a utilização de certificado digital padrão ICP-Brasil.
Já a Resolução Nº 13.787/2018 (de 27 de dezembro de 2018), do Conselho Federal de Medicina, cria regras para a digitalização, a utilização e o armazenamento eletrônico de prontuários em hospitais ou clínicas-escola. O objetivo é modernizar o trabalho das unidades vinculadas ao SUS e facilitar o acesso às informações dos pacientes. Entre outros pontos, a norma determina que os documentos digitais reproduzam todos os dados médicos/odontológicos dos prontuários originais, muitas vezes arquivados em papel e de forma precária. Muitas unidades já utilizam sistemas informatizados, mas são obrigados a guardar os antigos prontuários por, no mínimo, 20 anos. De acordo com a nova Resolução os documentos originais podem ser destruídos após a sua digitalização, ou devolvidos ao paciente interessado.
COMPOSIÇÃO DO PRONTUÁRIO
Para que esse documento reúna todas as informações e ajude a alcançar todos os objetivos do tratamento, deve ser constituído de uma série de dados (CEO 2003), dentre eles podemos citar:
Identificação do profissional De acordo com o código de Ética Odontológico, artigo 33 (CEO 2003), é obrigatório constar na documentação o nome do profissional, o nome da profissão e o número de inscrição no Conselho Profissional Regional.
Identificação do paciente A fim de realizar a completa identificação do paciente são imprescindíveis o nome completo, número de Registro Geral (Identidade Civil), número do cadastro individual do contribuinte (CIC), data de nascimento, naturalidade, nacionalidade, estado civil, sexo, raça, profissão e endereços residencial e profissional completos. Em caso de pacientes menores de 18 anos, é importante constar os dados do responsável legal. Quando atendido anteriormente por outro profissional, registrar o nome do profissional que o prestou atendimento, a data e o local da consulta.
Queixa principal (QP)
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Na queixa principal deve constar o motivo da consulta e há quanto tempo o mesmo ocorre. É recomentado que essas informações sejam registradas com os termos utilizados pelo paciente. Essas informações são importantes no direcionamento da anamnese e na instituição do plano de tratamento. Nessa etapa verifica se há necessidade de uso protético
História dentária e protética
Para a análise da história protética e dentária, são elencados alguns pontos para participar do questionário, como: se o paciente faz uso de prótese removível (se é parcial superior, total inferior ou parcial inferior), há quanto tempo é desdentado (na maxila e mandíbula), quantas e quais próteses já usou (maxila e mandíbula), se as próteses eram feitas por dentistas, se houve reação às próteses, qual o grau de higiene das prótese atuais (bom, médio ou ruim), como o paciente limpa a prótese, como o paciente limpa a boca, se ele dorme com a prótese e qual a motivação para o tratamento (funcional ou estético). Essas informações são imprescindíveis para auxiliar o diagnóstico, o plano de tratamento e as orientações de higiene oral e protética.
Exame Físico extra-bucal
O exame físico extra-bucal abrange vários fatores que ajudam a caracterizar o paciente no âmbito externo à cavidade oral, como: o perfil mole da face do paciente se é côncavo ou convexo; qual o perfil do terço inferior da face (normal, prognático e retrognático); a forma da face (ovóide, retangular ou triangular); o volume labial (volumoso, médio ou fino); a curva do sorriso (se é normal, alta, baixa ou invertida); toda a análise da ATM e da musculatura mastigatória (se há ruído articular e o seu tipo, como estão os movimentos mandibulares e se há sintomas na musculatura); e por fim, a oclusão, analisando se há alteração da dimensão vertical e das curvas oclusais).
Exame físico intra-bucal (prótese fixa)
No intuito de analisar todo o ambiente bucal, os elementos dentários remanescentes e os que vão ser confeccionados (plano de tratamento), o exame físico intrabucal com foco na necessidade de prótese fixa do paciente, abrange os seguintes questionamentos: quantos e quais os elementos necessitam de coroa unitária e/ou prótese parcial fixa, se a proporção coroa-raiz está adequada, se há presença de inclinações nos elementos dentários, se o paciente necessita de tratamento ortodôntico, retratamento endodôntico ou núcleo intracanal (e quais elementos), se há necessidade de condicionamento gengival (e qual a área) ou se há elementos que precisam de aumento de coroa clínico.
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Captura automática de dados de monitores, equipamentos de imagem e de exames laboratoriais; Processamento contínuo, checando erros e consistência dos dados; Facilita estudos epidemiológicos; Possibilidade de processamento de dados e apresentação em diferentes formatos ao usuário (gráficos, tabelas, listas, imagens etc.). Dados sempre atualizados. O prontuário eletrônico também apresenta desvantagens, podendo-se apontar: A demanda e o investimento em hardware e software; está sujeito a falhas de hardware e software e consequentemente em perda de informações; necessita de treinamento da equipe; o investimento requer tempo para que se observe resultados e, muitas vezes, os sistemas são incompatíveis em razão da ausência de um padrão de dados comuns às instituições.
DESENVOLVIMENTO DE UM SOFTWARE PARA IMPLEMENTAÇÃO EM UM SISTEMA
Para a criação de diferentes tipos de software necessita-se de diferentes processos de desenvolvimento. Por exemplo, um software de tempo real de uma aeronave deve ser completamente especificado antes do início do desenvolvimento, enquanto que um sistema de comércio eletrônico, ou, no caso em questão, a elaboração de um formulário eletrônico, a especificação e o desenvolvimento do software podem ser conduzidos paralelamente. Dessa forma, implica-se que um planejamento de software inadequado pode reduzir a qualidade ou a utilidade do produto de software a ser desenvolvido ou até mesmo aumentar os custos para o cliente final. (SOMMERVILE; Ian, 2011).
O processo de desenvolvimento de um software – prontuário eletrônico - é um conjunto sequencial de ações gerenciais e técnicas colaborativas com o objetivo de gerar, especificar, projetar, implementar e testar o software. Diferentes ferramentas de planejamento são usadas para que um software seja desenvolvido, sendo que as mesmas suportam a edição de diferentes tipos de documentos e coordenam as informações geradas pelo projeto inicial (SCHNEIDER; SHIPP, 2010).
Para esse desenvolvimento, quatro etapas devem ser realizadas, sendo essas: a especificação, o desenvolvimento, a validação e a evolução (SOMMERVILE; Ian, 2011). Em cada etapa existem diferentes formas de organização, que irão depender do tipo de software. Além disso, pode ser realizado em um modelo do tipo cascata (Figura 1) no
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qual todas as etapas devem ser organizadas de forma sequencial; ou em um modelo incremental (Figura 2), realizado em forma de ciclos (SCHNEIDER; SHIPP, 2010).
Figura 1 - Modelo em cascata (Waterfall development)
Fonte: Almeida.M; MSc, Sp Processo de desenvolvimento de Software-por onde começar?
