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Um estudo sistemático de revisão que investigou os efeitos do treinamento ondulatório (to) e clássico (tc) na força e hipertrofia, utilizando-se da técnica de revisão sistemática seguida por metanálise. Os autores analisaram 22 estudos que permitiram gerar 63 tamanhos de efeito, com um total de 399 homens e 166 mulheres, e uma duração da intervenção entre 6 a 15 semanas. Os estudos avaliaram o desempenho da força em testes de repetição máxima (1rm), testes de repetições máximas (rms), testes de potência e testes de força isométrica. O to foi superior ao treinamento clássico apenas no desempenho dos testes de 1rm, com um tamanho de efeito agrupado de 0,23 (p = 0,008; ic95% = 0,06 a 0,41).
Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas
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Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Centro de Educação Física e Desportos da Universidade Federal do Espírito Santo, como requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel em Educação Física. Orientador: Prof. Dr. Wellington Lunz
Resultados de estudos comparando quais modelos de periodização são mais eficientes para ganhos de força e hipertrofia são conflitantes. Atualmente dois modelos de periodização estão em destaque: O modelo de periodização ondulatório (TO) e o modelo de periodização clássica (TC). O principal objetivo desse trabalho foi investigar, a partir de uma revisão sistemática com metanálise, se os ganhos de força e hipertrofia induzidos pelo TO são superiores aos induzidos pelo TC. Os estudos foram acessados na base de dados PubMed e SciELO. Foi possível incluir ao final 22 estudos que permitiu gerar 63 tamanhos de efeito, com um total de homens n = 399 e mulheres n= 166 e uma amplitude da duração da intervenção entre 6 a 15 semanas. Os estudos avaliaram o desempenho da força em testes de 1 repetição máxima (1RM), testes de repetições máximas (RMs), testes de potência e testes de força isométrica. O TO foi superior ao treinamento clássico apenas no desempenho dos testes de 1RM, com tamanho de efeito agrupado = 0,23 (P = 0,008; IC95% = 0,06 a 0,41). Para os outros testes de força não foram encontradas diferenças significativas entre os modelos de periodização. Após diferentes análises de sensibilidade os resultados de modo geral não foram significativamente alterados. Devido à ausência de estudos que avaliaram a hipertrofia com técnicas padrão ouro, dados de hipertrofia não foram processados. Conclui-se que o TO produz resultados para força máxima levemente superiores ao TC.
Palavras-chave.Revisão sistemática; treinamento contrarresistência; força muscular.
Figura 1 - Busca e seleção dos estudos para inclusão na metanálise. ....................... 5
Figura 2. Forest plot dos resultados obtidos por cada estudo e somados no teste de 1RM realizado no supino.. ........................................................................................... 5
Figura 3 - Forest plot dos resultados obtidos por cada estudo e somados no teste de 1 RM realizado no agachamento................................................................................. 5
Figura 4 - Forest plot dos resultados obtidos por cada estudo e somados no teste de 1RM realizado no pressão de pernas.. ........................................................................ 5
Figura 5 - Forest plot dos resultados obtidos por cada estudo e somados no teste de 1RM realizado em outros exercícios. .......................................................................... 5
Figura 6 - Forest plot do tamanho do efeito agrupado ( pooled) dos resultados obtidos por sub-grupo de teste de 1RM. ..................................................................... 5
Figura 7 - Forest plot dos resultados obtidos por cada estudo e somados no teste de RMs realizado no supino. ............................................................................................ 5
Figura 8 - Forest plot dos resultados obtidos por cada estudo e somados no teste de RMs realizado para membros inferiores. ..................................................................... 5
Figura 9 - Forest plot do tamanho do efeito agrupado ( pooled) dos resultados obtidos por sub-grupo de teste de RMs. .................................................................................. 5
Figura 10 - Forest plot dos resultados obtidos por cada estudo e somados no teste de potência com saltos. ............................................................................................... 5
Figura 11 - Forest plot dos resultados obtidos por cada estudo e somados no teste de potência com arremessos. ..................................................................................... 5
Figura 12 - Forest plot do tamanho do efeito agrupado ( pooled) dos resultados obtidos por sub-grupo de teste de potência. ............................................................... 5
Tabela 1. Características principais dos sujeitos e estudos incluídos na metanálise. .................................................................................................................................... 5
Tabela 2. Avaliação da qualidade dos estudos considerando critérios do rigor metodológico. .............................................................................................................. 5
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Atualmente é possível encontrar dezenas de estudos de revisões sistemáticas, com e sem metanálises, referentes a efeito do treinamento contrarresistência (ex: força e hipertrofia), as quais têm contribuído para a tomada de decisão referente à prescrição de exercício. Entretanto, até a presente data, não encontramos nenhum estudo de revisão, seja sistemática ou não, que tenha avaliado se os ganhos de força e hipertrofia induzidos pelos modelos de periodização de treinamento ondulatório são superiores aos induzidos pelo treinamento clássico ou tradicional.
Embora o conceito de periodização na ciência do treinamento não seja consensual, pode-se interpretar periodização como o processo sistemático de alteração de uma ou mais variáveis do programa de treinamento que ofereça estímulo suficiente para adaptação orgânica (ACSM, 2009).
A periodização de treinamento clássica (TC), também conhecida como linear ou periodização tradicional de força/potência, caracteriza-se por iniciar com alto volume e baixa intensidade, progredindo para alta intensidade e baixo volume (FLECK, 2011). Esse modelo de periodização é caracterizado por apresentar fases de treinamento com diferentes objetivos iniciando-se pela fase de hipertrofia, seguida da fase de força, e uma última fase de força/potência ou pico (RATAMESS, 2012). Cada fase tem tipicamente de 4 a 6 semanas de duração (FLECK, 2011).
No modelo de periodização de treinamento ondulatório (TO) as variações de volume e intensidade são mais frequentes e tem como objetivo treinar vários componentes neuromusculares dentro de um mesmo ciclo (RATAMESS, 2012). O programa é estruturado em zonas de treinamento (força, hipertrofia, resistência) que podem ter variações de forma diária, semanal (BAECHLE, 2008; BROWN, 2011) ou a cada duas semanas de treinamento (POLIQUIN, 1988; FLECK, 2011).
Os dados na literatura comparando os modelos de periodização são conflitantes, alguns estudos sugerem que o (TO) é superior para ganhos de força ou hipertrofia (RHEA et al., 2002; MIRANDA et al., 2011; SIMÃO et al., 2012; SPINETI et al.,2013) enquanto outros estudos sugerem que o (TC) produz melhores resultados (APEL et al., 2011; LIMA et al., 2012). Dada a impossibilidade de interpretações conclusivas a
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partir dos estudos individuais, torna-se importante a realização de uma revisão sistemática seguida por metanálise.
A correta compreensão de qual o melhor modelo de periodização de treinamento para ganhos de força e hipertrofia é extremamente importante no âmbito do treinamento desportivo, pois envolve aspectos como economia de tempo, recursos e desempenho.
Diante disso, o principal objetivo desse estudo foi investigar os efeitos de modelos de periodização clássica vs. ondulatório no desempenho de força e hipertrofia, utilizando-se da técnica de revisão sistemática seguida por metanálise.
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encontrados foi realizada uma nova busca nas referências bibliográficas. 5º) Estudos excluídos: Estudos selecionados que, após leitura do texto completo, claramente não preencherem os critérios de inclusão. 6º)Estudos incluídos: Estudos selecionados que, após a avaliação do texto completo, preencherem os critérios de inclusão na revisão sistemática.
Os critérios de inclusão exigidos na busca, além dos termos supramencionados, foram estudos feitos com modelos humanos. Os critérios para exclusão de estudos foram estudos não intervencionais, que não envolviam treinamento contrarresistência, cujo objetivo declarado pelos autores não era comparar os modelos de periodização clássico vs. ondulatório, com ausência de dados necessários para a metanálise e estudos feitos em pessoas com patologias.
2.4 Coleta de Dados
Foram coletados dados referentes ao tipo e características metodológicas dos estudos, características dos sujeitos, tipo de intervenção e os resultados. Utilizou-se o Microsoft Excel para armazenamento dos dados.
2.5 Qualidade dos estudos
A qualidade metodológica dos estudos foi avaliada qualitativamente a partir de oito critérios: 1º) Características do delineamento do estudo, ou seja, se os estudos foram randomizados, pareados ou se receberam uma designação aleatória casual. 2º) Condição de saúde, ou seja, se os sujeitos eram saudáveis ou tinham algum fator de risco descrito. 3º) Método de mascaramento, ou seja, se o estudo era cego ou duplo-cego. 4º) Acompanhamento da intervenção, ou seja, se o pesquisador envolvido acompanhou o protocolo de treinamento. 5º) Perda de seguimento, ou seja, se durante a intervenção houve abandono do programa e se esse abandono foi descrito. 6º) Treinamento concorrente, ou seja, se os sujeitos participaram de outro tipo de treinamento diferente do treinamento de força. 7º) Prescrição alimentar, ou seja, se os sujeitos tiveram algum tipo de acompanhamento alimentar. 8º) Trabalho
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foi igual, ou seja, se a carga de treinamento foi igualada entre os modelos de periodização e a forma utilizada para quantificar o volume de treinamento.
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4.1 Busca e seleção dos estudos.
Depois de completada a etapa de localização e seleção de estudos, 22 trabalhos foram incluídos para a análise qualitativa. A Figura 1 resume o passo a passo da busca e seleção e as decisões tomadas. Após leitura na íntegra dos estudos, somente o estudo de Vanni et al (2010) foi excluído por não apresentar os resultados de média e desvio padrão em formato que pudessem ser usados na metanálise.
Ressalta-se que um estudo (KOK, 2006) é uma tese de doutorado que apresenta uma série de estudos. Os dados foram extraídos apenas do capítulo seis que utilizou mulheres treinadas para comparação dos modelos de periodização. O capítulo cinco
Figura 1 - Busca e seleção dos estudos para inclusão na metanálise.
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usou mulheres destreinadas e foi publicado posteriormente (KOK et al., 2009), e portanto optou-se nessa metanálise por extrair os dados da última publicação, que foi realizada na forma de artigo.
Outro estudo (MARQUES et al., 2011) avaliou o desempenho dos testes em três momentos, pré-treinamento, pós-treinamento e após um período de destreinamento. Em função do interesse do presente estudo, os dados extraídos foram os referentes ao pré e pós-treinamento.
4.2 Características dos estudos e sujeitos
Os dados foram analisados a partir de 22 estudos com n=515 sujeitos. Estudos com sexo masculino representou 64% (14 estudos), 14% (3 estudos) com o sexo feminino e 23% (5 estudos) de estudos com grupos mistos de homens e mulheres (Tabela 1).
Dos estudos, 82% (18 estudos) foram amostras de adultos, 9% (2 estudos) com adolescentes e 9% não informaram a idade dos participantes (Tabela 1). No presente estudo consideraram-se como adultos os sujeitos com idade ≥20 e < anos, e como adolescentes sujeitos com idade ≥10 e <20 anos (conforme SISVAN, 2004).
Em relação ao nível de experiência com treinamento de força, os estudos foram divididos em dois grupos:
1º) Estudos com iniciantes: Onde os autores declararam que os sujeitos não tinham experiência com treinamento de força. Importante destacar que no trabalho de Buford et al (2007), os autores declararam que os sujeitos tinham experiência com treinamento de força, mas não informou o tempo de experiência. Além disso, os sujeitos estavam afastados do treinamento há 2 meses e portanto destreinados. Diante disso, incluímos esse estudo no rol de iniciantes. Estudos com iniciantes representaram 27% (6 estudos), sendo 2 estudos com homens, 2 com mulheres, e 2 com um grupo misto de homens e mulheres.
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A frequência variou de 2 a 4 sessões por semana. Alguns estudos utilizaram uma rotina de sessões alternadas para treinar diferentes grupos musculares. Os trabalhos que realizaram duas sessões por semana para um conjunto de grupo muscular principal representaram 64% (14 estudos). Nesse grupo estão inclusos os trabalhos que realizaram 4 sessões por semana divididos em sessões A e B, programas de 3 sessões por semana onde a sessão principal foi executada 2 vezes por semana (2xA e 1xB) e programas em que a mesma sessão foi realizada 2 vezes por semana. Os trabalhos com 3 sessões por semana representaram 36% ( estudos).
Para a duração da intervenção, 9% (2 estudos) tiveram 15 semanas de intervenção, 9% (2 estudos) 14 semanas, 54,5% (12 estudos) 12 semanas, 4,5% (1 estudo) 10 semanas, 14% (3 estudos) 9 semanas, 4,5% (1 estudo) 8 semanas e 4,5% ( estudo) com 6 semanas. A Tabela 1 resume as principais características dos estudos e sujeitos.
4.3 Qualidade dos estudos
Para avaliação da qualidade dos estudos, os critérios adotados foram : 1º) Delineamento do estudo: Estudos em que os grupos de intervenção foram randomizados representaram 64% (14 estudos). Estudos com grupos pareados representaram 23% (5 estudos). Estudo com grupo aleatório casual representaram 4,5% (1 estudo) e estudos que não descreveram o processo de designação representou 9 % (2 estudos).
2º) Condição clínica: Estudos que utilizaram sujeitos saudáveis representaram 68% (15 estudos). Um estudo (4,5%) foi realizado com o fator de risco obesidade, 27% (6 estudos) não informaram as condições de saúde de seus participantes.
3º) Delineamento Cego: Nenhum dos estudos avaliados descreveu qualquer tentativa de mascaramento.
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4º) Acompanhamento da intervenção: Estudos em que o pesquisador acompanhou a intervenção representou 82% (18 estudos), 14% (3 estudos) não informaram e em 4,5% (1 estudo) não houve acompanhamento.
5º) Perda de seguimento: Estudos sem perda de seguimento representaram 23% ( estudos), 36% (8 estudos) relataram abandono de um ou mais voluntário durante a intervenção e 41% (9 estudos) não informaram se houve perda amostral.
6º) Treinamento concorrente: Estudos onde os sujeitos realizaram apenas o treinamento contrarresistência representaram 32% (7 estudos), e em 36% ( estudos) relatou-se que os sujeitos realizaram outro tipo de treinamento além do treinamento contrarresistência, e 32% (7 estudos) não descreveram se houve treinamento concorrente.
7º) Prescrição alimentar: Acompanhamento alimentar foi realizado em 9% ( estudos), 18% (4 estudos) não realizaram acompanhamento alimentar, e 73% ( estudos) não descreveram se houve acompanhamento alimentar.
8º) Trabalho igualado: Estudos que apresentaram o resultado do volume de treinamento igualado entre os dois modelos de periodização representou 36% ( estudos), sendo que 6 deles calculou o volume como produto do número total de repetições pela carga, e os outros 2 interpretou volume apenas como o número total de repetições. Dois estudos (9%) descreveram que não igualaram o trabalho, 36% (8 estudos) relataram que o trabalho foi igualado entre os modelos de periodização, mas não apresentaram os resultados que permitissem confirmar e 18% (4 estudos) não relataram se o trabalho foi igualado. A tabela 2 resume os resultados referentes a avaliação da qualidade dos estudos.