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Guias e Dicas
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Frequência de Infecções Sepsis Cirúrgicas em Pacientes de Belo Horizonte (2008-2011), Esquemas de Enfermagem

Dados sobre a distribuição da frequência de infecções sepsis cirúrgicas (isc) entre pacientes submetidos a procedimentos cirúrgicos em um hospital de grande porte de belo horizonte entre os anos de 2008 e 2011. O documento também discute fatores de risco para a isc, estratégias para sua prevenção e distribuição de isc por procedimento cirúrgico. Além disso, são apresentados dados sobre a distribuição linear da idade dos pacientes, tempo de cirurgia e internação pós-operatória em relação à presença de isc.

O que você vai aprender

  • Quais procedimentos cirúrgicos apresentaram maiores taxas de infecções sepsis cirúrgicas?
  • Quais fatores de risco estão associados à infecção sepsis cirúrgica?

Tipologia: Esquemas

2022

Compartilhado em 07/11/2022

Luiz_Felipe
Luiz_Felipe 🇧🇷

4.4

(175)

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
ESCOLA DE ENFERMAGEM
RAFAEL LIMA RODRIGUES DE CARVALHO
FATORES DE RISCO PARA INFECÇÃO DE SÍTIO CIRÚRGICO EM
PROCEDIMENTOS GERAIS EM UM HOSPITAL PÚBLICO DE BELO
HORIZONTE, MINAS GERAIS UM ESTUDO DE INCIDÊNCIA
Belo Horizonte
2014
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Baixe Frequência de Infecções Sepsis Cirúrgicas em Pacientes de Belo Horizonte (2008-2011) e outras Esquemas em PDF para Enfermagem, somente na Docsity!

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS

ESCOLA DE ENFERMAGEM

RAFAEL LIMA RODRIGUES DE CARVALHO

FATORES DE RISCO PARA INFECÇÃO DE SÍTIO CIRÚRGICO EM

PROCEDIMENTOS GERAIS EM UM HOSPITAL PÚBLICO DE BELO

HORIZONTE, MINAS GERAIS – UM ESTUDO DE INCIDÊNCIA

Belo Horizonte

2014

RAFAEL LIMA RODRIGUES DE CARVALHO

FATORES DE RISCO PARA INFECÇÃO DE SÍTIO CIRÚRGICO EM

PROCEDIMENTOS GERAIS EM UM HOSPITAL PÚBLICO DE BELO

HORIZONTE, MINAS GERAIS – UM ESTUDO DE INCIDÊNCIA

Belo Horizonte

Escola de Enfermagem – UFMG

2014

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da Universidade Federal de Minas Gerais para obtenção do título de Mestre em Enfermagem

Área de Concentração: Cuidar em Saúde e em Enfermagem

Orientadora: Profª Drª Flávia Falci Ercole

AGRADECIMENTOS

Às vezes o simples ato de falar “obrigado” não representa o tamanho do sentimento de gratidão que desejamos expressar àqueles próximos a nós. Por isso acredito que eternizar esse sentimento nas páginas de uma das obras da minha vida possa aproximá-lo, pelo menos um pouco, da gratidão que sinto a todas essas pessoas. Incialmente gostaria de agradecer a Deus por todo apoio e força que tem me fornecido para começar minha caminhada. Posteriormente, a todos aqueles que Ele me enviou para que me acompanhem todos os dias. Também gostaria de agradecer a meus pais pelo apoio incondicional, sempre buscando minha evolução, tanto profissional quanto pessoal. Um muito obrigado a Profª Drª Flávia Falci Ercole, não só pela oportunidade oferecida na pós-graduação, mas pelos momentos de amizade, aprendizado e orientação. Sei que, muito além de uma orientadora, você foi uma amiga e abriu as portas para o mundo do ensino e pesquisa. Agradeço por essa oportunidade e espero tê-la aproveitado bem! Não posso deixar de agradecer a todos os meus amigos, principalmente àqueles que compartilharam comigo o dia a dia da pós-graduação. Camilão, Pera, Bia, Ana, Ju, Carol, Carla, Débora, Lúcia, Isis, Branco, Sorin e a todos aqueles que fizeram parte das minhas turmas na pós-graduação. A todos os professores que fizeram parte de minha formação, me ensinaram algo ou me fizeram acreditar em mim mesmo, meus sinceros agradecimentos. Aos Professores Tânia Chianca, pela presença constante na sala e consequentes orientações quando necessárias; Flávia Gazzinelli; Francisco Lanna; Mariângela Carneiro, por ter me ensinado muito do que sei de uma das coisas que mais gosto de saber; Marcelo Pagano: apesar de não me conhecer, seus conhecimentos foram essenciais para chegar aonde cheguei hoje; João Paulo Haddad, por ter me dado base, confiança e tornar possível minhas pesquisas; e tantos outros que acreditaram em mim durante esse processo. À minha namorada Priscila Games, pelo apoio nos momentos difíceis e companhia nos momentos de lazer. E aos meus amigos Felipe, Beto, Tiago, Lulu, Pezão e a todo o Bando da Zuera, que me acompanhou nos momentos de lazer e alegria, pois sem esses momentos de distração nada seria possível. Ao Hospital Governador Israel Pinheiro por ter permitido a condução da pesquisa com os dados de seus pacientes e a Lúcia por fazer possível a conexão com o hospital.

A todos os meus familiares, que direta ou indiretamente, me apoiaram e me ajudaram em mais essa conquista. Agradeço a todos vocês e a todos aqueles que em algum momento mostraram algum apoio ou duvidaram de mim. Grande parte desse trabalho é devido ao seu auxílio! A todos vocês um sincero muito obrigado!

RESUMO

CARVALHO, R. L. R. Fatores De Risco Para Infecção De Sítio Cirúrgico Em Procedimentos Gerais Em Um Hospital Público De Belo Horizonte, Minas Gerais – Um Estudo De Incidência, 2014. 105 f. Dissertação (Mestre em Enfermagem) – Escola de Enfermagem, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2014.

Trata-se de uma coorte histórica com informações de 17.707 pacientes submetidos a diversos tipos de procedimentos cirúrgicos em um hospital de ensino de Belo Horizonte, Minas Gerais, nos anos de 2008 a 2011. Este estudo teve como objetivo geral analisar os aspectos epidemiológicos da Infecção de sítio cirúrgico nos pacientes submetidos a procedimentos cirúrgicos gerais. Como objetivos específicos visou-se estimar a incidência global de infecção; estimar a incidência de infecção nos diferentes tipos cirúrgicos estudados; identificar dentre as variáveis coletadas os possíveis fatores de risco predisponentes a infecção de sítio cirúrgico; identificar os microrganismos responsáveis pela infecção; e comparar o poder de predição do Índice de Risco de Infecção Cirúrgica com o modelo construído pelas variáveis do banco estudado. Para alcançar os objetivos propostos, os dados foram analisados de maneira descritiva e posteriormente foi montado um modelo de regressão logística para verificar a associação das variáveis coletadas com a Infecção de Sítio Cirúrgico. Foi encontrada uma incidência de 3,32% [IC 95% = 3,06 – 3,59]. Os procedimentos que obtiveram maior incidência foram as cirurgias de revascularização periférica, 14,52% [IC 95% = 9,79 – 20,41]; a cirurgias no baço 14,29% [IC 95% = 1,77 – 42,81] e cirurgias no ducto biliar 13,86% [IC 95% = 8,99 – 20,06]. Os fatores de risco associados à infecção foram: Tempo de internação pré-operatória maior que 24 horas, tempo operatório maior que 2 horas, classificação do Potencial de Contaminação da Ferida Operatória, American Association of Anesthesiologists e tempo de internação pós-operatória maior que 2 dias. O Staphyloccocus aureus foi a bactéria mais prevalente encontradas nas culturas realizadas (43 das 177 culturas), seguida pela Escherichia coli. Os dados encontrados no estudo similares a estudos semelhantes encontrados na literatura internacional, com exceção do tempo de internação pré e pós- operatório como fator de risco para ISC e da taxa de infecção global, maior em relação a estudos realizados nos EUA. Isso indica que ainda são necessários grandes esforços para a redução das taxas de infecção cirúrgica em populações semelhantes ao do presente estudo e são necessários mais estudos para compreender melhor os fatores de riscos que predispõem à ISC nesta população.

Descritores: Infecção da ferida operatória. Fatores de Risco. Vigilância epidemiológica. Enfermagem.

ABSTRACT

CARVALHO, R. L. R. Risk Factors for Surgical Site Infection in General Procedures in a Public Hospital of Belo Horizonte, Minas Gerais – An Incidence Study. 2014. 105 p. Dissertation (Master in Science Nursing) – School of Nursing, Minas Gerais Federal University, Belo Horizonte, 2014.

This is a historical cohort study from the data of 17.707 patients who underwent any surgical procedure in a teaching hospital in Belo Horizonte, Minas Gerais, between the years of 2008 and 2011. This study had as main objective to analyze the epidemiological aspects of the Surgical Site Infection (SSI) in the patients who underwent general surgical procedures. As secondary objectives it aim to assess the global SSI incidence; to estimate the SSI incidence in different types of surgical procedures; to identify the risk factors for SSI in the collected variables; to identify the main microorganisms responsible for the SSI; and to compare the prediction power of NISS risk index compared with the model built with this study database. To achieve the proposed objectives the data was analyzed descriptively and it was build a logistic regression model to verify the association of the study variables with the SSI. It was found a global incidence of 3,32% [CI 95% = 3,06 – 3,59]. The procedures that had the greatest SSI incidence was Peripheral vascular bypass surgery, 14,52% [CI 95% = 9,79 – 20,41]; Spleen surgery, 14,29% [CI 95% = 1,77 – 42,81]; and gallbladder surgeries, 13,86% [CI 95% = 8,99 – 20,06]. The risk factors related with the SSI in the logistic regression model was preoperative hospital time longer than 24 hours, surgical length, Wound Class, ASA index and postoperative hospital time longer than 2 days. The Staphyloccocus aureus was the most prevalent bacteria isolated from the patients diagnosed with SSI (47 out of 177), being followed by Escherichia coli. The data found in this study is similar to those in international papers, except in this study pre- operative hospital time longer than 24 hours and postoperative hospital time longer than 2 days were also a risk factor. Another difference was the SSI incidence rate, it was greater than the incidence found in research’s with the American population. This indicates that great efforts are necessary to reduce the SSI rates in surgical populations similar to this study and more studies are needed to better comprehend the risk factors for SSI in this population.

Key Words: Surgical Wound Infection, Risk Factors, Nursing, Epidemiological Surveillance

cirúrgicos realizados entre 2008 e 2011 em um hospital de grande porte de Belo Horizonte............................................................................................................................................ 58 TABELA 12 – Perfil de resistência em relação à classe de antimicrobianos de E. coli isolados de culturas de material colhido de ferida operatória de pacientes submetidos a procedimentos cirúrgicos realizados entre 2008 e 2011 em um hospital de grande porte de Belo Horizonte............................................................................................................................................ 59 TABELA 13 – Análise bivariada das covariáveis independentes em relação a ISC nos procedimentos realizados entre 2008 e 2011, em um hospital em Belo Horizonte, MG...................................................................................................................................................... 61 TABELA 14 – Resultado do ajuste final do modelo de regressão logística das variáveis independentes pesquisadas em relação à ISC nos procedimentos realizados entre 2008 e 2011, em um hospital em Belo Horizonte, MG................................................................................................. 62

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figuras:

FIGURA 1 – Fluxograma de coleta e consistência dos dados dos pacientes submetidos a procedimentos cirúrgicos de 2008 a 2011, em um hospital de grande porte de Belo Horizonte selecionados para a análise de dados.................................................................. 36 FIGURA 2 – Modelo de predição de ISC de acordo com o estudo realizado em pacientes submetidos a procedimentos realizados entre 2008 e 2011, em um hospital de Belo Horizonte, MG................................................................................................................... 63

Gráficos:

GRÁFICO 1 – Distribuição linear da idade dos pacientes submetidos a procedimentos cirúrgicos de 2008 a 2011 em um hospital de grande porte de Belo Horizonte, em relação a presença do diagnóstico de ISC...................................................................................... 38 GRÁFICO 2 – Distribuição linear do tempo de internação pré-hospitalar dos pacientes submetidos a procedimentos cirúrgicos de 2008 a 2011 em um hospital de grande porte de Belo Horizonte, em relação à presença do diagnóstico de ISC..................................................................................................................................... 39 GRÁFICO 3 – Distribuição linear do tempo de duração da cirurgia, em horas, em relação as taxas de ISC dos pacientes submetidos a procedimentos cirúrgicos de 2008 a 2011, em um hospital de grande porte de Belo Horizonte........................................................................................................................... 40 GRÁFICO 4 – Distribuição linear do tempo de internação pós-operatória dos pacientes submetidos a procedimentos cirúrgicos de 2008 a 2011 em um hospital de grande porte de Belo Horizonte, em relação à presença do diagnóstico de ISC...................................................................................................................................... 42 GRÁFICO 5 – Incidência de ISC de acordo com o PCFO nos procedimentos cirúrgicos realizados entre 2008 e 2011 em um hospital de grande porte de Belo Horizonte............................................................................................................................ 55 GRÁFICO 6 – Incidência de ISC de acordo com o índice ASA nos procedimentos cirúrgicos realizados entre 2008 e 2011 em um hospital de grande porte de Belo Horizonte............................................................................................................................ 56

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária ASA – American Association of Anesthesiologists ATB – Antibióticoprofilaxia CCIH – Comissão de Controle de Infecção Hospitalar CDC – Center of Disease Control and Prevention CTI – Centro de Terapia Intensiva DP – Desvio Padrão DSN – Dialysis Surveillance Network EUA – Estados Unidos da América IC – Intervalo de Confiança IPSEMG – Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais IRAS – Infecção relacionada a assistência à saúde ISC – Infecção de Sítio Cirúrgico LLR – Log Likelihood ratio NaSH – National Surveillance System for Healthcare Workers NHSN – National Healthcare Safety Network NISS – National Nosocomial Infection Surveillance System OR – Odds Ratio PCFO – Potencial de Contaminação da Ferida Operatória Q - Quartil ROC – Receivers Operator Curve SACIH - Sistema Automatizado de Controle de Infecções Hospitalares SENIC - Study on the Efficacy of Nosocomial Infection Control SMU – Serviço Médico de Urgência VPA – Vigilância Pós-Alta

SUMÁRIO

8.3. ANEXO C - Classificação de procedimento cirúrgico e paciente

    1. INTRODUÇÃO
    • 1.1. Fatores de Risco........................................................................................ - 1.1.1. Potencial de contaminação da ferida operatória (PCFO)...............
    • (ASA)............................................................................................................... 1.1.2. Classificação da American Association of Anesthesiologists - 1.1.3. Tempo de duração da cirurgia........................................................ - 1.1.4. Gênero............................................................................................ - 1.1.5. Idade............................................................................................... - 1.1.6. Tempo de internação pré-operatório.............................................. - 1.1.7. Tempo de internação pós-operatório.............................................. - 1.1.8. Anestesia geral................................................................................ - 1.1.9. Cirurgia de emergência................................................................... - 1.1.10. Cirurgia devido a trauma.............................................................. - 1.1.11. Uso de prótese/implante............................................................... - 1.1.12. Antibióticoprofiláxia (ATB).........................................................
      • 1.2. Identificação de novos fatores de risco....................................................
    1. OBJETIVOS
    • 2.1. Objetivo geral..........................................................................................
    • 2.2. Objetivos específicos...............................................................................
    1. MATERIAIS E MÉTODOS
    • 3.1. Delineamento do estudo...........................................................................
    • 3.2. Local do estudo........................................................................................ - 3.2.1. Caracterização do hospital do estudo............................................ - 3.2.2. Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH)................ - 3.2.3. Sistema de vigilância NHSN para o componente cirúrgico.........
    • 3.3. População do estudo................................................................................ - 3.3.1. Critérios de inclusão e exclusão....................................................
    • 3.4. Coleta de dados e consistência dos dados................................................
    • 3.5. Variáveis do estudo.................................................................................. - 3.5.1. Variável desfecho.......................................................................... - 3.5.1.1. ISC............................................................................... - 3.5.2. Variáveis independentes................................................................ - 3.5.2.1. Gênero.......................................................................... - 3.5.2.2. Idade............................................................................. - 3.5.2.3. Clínica responsável pelo paciente................................ - 3.5.2.4. Tempo de internação pré-operatório............................. - 3.5.2.5. Tempo de duração da cirurgia.............................................. - operatória................................................................................ 3.5.2.6. Classificação do potencial de contaminação da ferida - 3.5.2.7. Uso de Anestesia Geral......................................................... - 3.5.2.8. Cirurgia realizada de emergência.......................................... - 3.5.2.9. Cirurgia realizada devido a trauma....................................... - 3.5.2.10. Classificação ASA.............................................................. - 3.5.2.11. Uso de prótese/implante na cirurgia................................... - 3.5.2.12. Tipo de procedimento NHSN realizado..................... - 3.5.2.13. Tempo de internação pós-operatório.......................... - 3.5.2.14. Óbito do paciente durante o procedimento cirúrgico....
  • diagnóstico de ISC.................................................................................................. 3.5.2.15. Microrganismos isolados coletados de pacientes com
  • isolados coletados de pacientes com diagnóstico de ISC....................................... 3.5.2.16. Perfil de resistência antimicrobiana de microrganismo
    • 3.6. Análise dos dados...................................................................................... - 3.6.1. Análise descritiva dos dados................................................... - 3.6.2. Análise bivariada dos dados.................................................... - 3.6.3. Análise multivariada dos dados...............................................
    • 3.7. Aspectos éticos.........................................................................................
    1. RESULTADOS................................................................................................
    • 4.1. Caracterização das variáveis do estudo....................................................
      • 4.1.1. Características sócio-demográficas - talar pré-operatória................................................................... 4 .1.2. Caracterização das variáveis relacionadas a internação hospi-
      • 4 .1.3. Caracterização das variáveis relacionadas a cirurgia............... - operatório................................................................................. 4 .1.4. Características das variáveis relativas ao período pós -
    • 4.2. Caracterização das ISC.............................................................................
      • 4.2.1. Incidência de ISC............................................................................
      • 4.2.2. Incidência de ISC de acordo com as variáveis do índice NISS......
      • 4.2.3. Caracterização dos microrganismos causadores da ISC.................
    • 4.3. Análise bivariada: Associação das variáveis independentes com ISC......
    • 4.4. Análise multivariada..................................................................................
    1. DISCUSSÃO....................................................................................................
    • 5.1. Metodologia Utilizada no Estudo.............................................................
    • 5.2. População cirúrgica...................................................................................
    • 5.3. A ISC na população do estudo..................................................................
      • 5.3.1. Incidência Global de ISC................................................................
      • 5.3.2. Incidência de ISC por procedimentos cirúrgicos............................
      • 5.3.3. Incidência de ISC de acordo com o índice NISS............................
      • 5.3.4. Perfil microbiológico da ISC...........................................................
    • 5.4. O Modelo de predição de ISC..................................................................
    1. CONCLUSÃO..................................................................................................
    1. REFERÊNCIAS...............................................................................................
    1. ANEXOS
      • ANVISA.................................................................................................. 8.1. ANEXO A - Critérios de diagnóstico e classificação de ISC pela
    • 8.2. ANEXO B - Procedimentos cirúrgicos NHSN........................................
      • (NHSN)..................................................................................................... cirúrgico de acordo com a National Healthcare Safety Network
    • 8 4 ANEXO D – Carta de anuência da diretoria do HGIP.............................. - de Enfermagem da UFMG....................................................................... 8.5. ANEXO E – Parecer do Departamento de Enfermagem Básica da Escola
    • 8 6 ANEXO F – Parecer Consubstanciado COEP UFMG.............................
    1. APÊNDICES.................................................................................................... - de dados SACIH 2008 – 9.1. APÊNDICE 1 – Tabela de caracterização dos dados excluídos do banco

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1. INTRODUÇÃO

A infecção relacionada à assistência à saúde (IRAS) é objeto de grande preocupação dos serviços de saúde. Sua história acompanha a história da medicina e data desde os primórdios da humanidade (NESPOLI et al. , 2011). Dentre as topografias das IRAS a infecção de sítio cirúrgico (ISC) pode ser considerada a infecção mais antiga registrada pelo homem. Segundo Nespoli e colaboradores (2011) existem evidências de procedimentos cirúrgicos datados da pré- história, sendo encontrados, desde então, registros de infecções relacionadas ao ato cirúrgico. Antigamente a ISC era denominada “febre irritativa” (MANGRAM et al. , 1999). No Brasil, as ISC podem ser classificadas, como aquelas infecções que ocorrem nos primeiros 30 dias após o ato cirúrgico – ou até um ano, se houver colocação de prótese. Ela envolve tecidos superficiais, profundos e/ou órgão/cavidades (BRASIL, 2009; NHSN, 2008). As ISC estão diretamente ligadas aos procedimentos cirúrgicos, sendo, atualmente a topografia mais prevalente entre as IRAS (CDC, 2013). As taxas de ISC podem ser calculadas de maneira global, mas tendem a variar de acordo com o tipo de cirurgia realizada. Um estudo da National Healthcare Safety Network (NHSN), analisando cerca de 850 mil procedimentos cirúrgicos realizados nos Estados Unidos (EUA), encontrou uma taxa global de ISC igual a 1,9% (MU et al. , 2011). Através da análise de estudos em tipos de procedimentos cirúrgicos encontra-se uma grande variação nas taxas de ISC No relatório realizado pelo National Nosocomial Infection Surveillance System (NISS) em 2004 foram encontradas taxas de ISC que variaram de 11,25% (cirurgias de colón), passando por 2,52% (artroplastias de quadril) e chegando a 0,15%, em cirurgias que abordaram o sistema endócrino (CDC, 2004). As taxas de ISC brasileiras apresentaram-se superiores quando comparadas às dos EUA. Em 1999, dados apresentados pelo Ministério da Saúde apontaram uma taxa global de ISC de 11% entre pacientes hospitalizados (BRASIL, 2009). No Brasil, em diferentes tipos de procedimentos cirúrgicos também foi observado uma variação entre a incidência de ISC. Em cirurgias ortopédicas as taxas variaram entre 1,41 a 40,3% (ERCOLE et al., 2011a; LIMA et al., 2004). Já em pacientes submetidos a procedimentos do sistema gastrintestinal foram encontradas taxas entre 13,4 e 18% (OLIVEIRA; CIOSAK, 2007; POVEDA et al., 2003).

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Devido aos grandes gastos decorrentes de uma ISC, às graves consequências impostas aos pacientes, à presença de microrganismos multirresistentes causadores dessa infecção e as dificuldades de prevenção, torna-se imprescindível que profissionais de saúde direcionem esforços para prevenir a infecção de pacientes cirúrgicos. Uma das estratégias utilizadas na prevenção das infecções é a determinação de fatores de risco, que permitem identificar situações ou condições clínicas que predisponham o desenvolvimento da ISC. Com tal informação é possível prever ou até mesmo intervir nos fatores de risco, buscando assim uma diminuição das taxas de infecção (GORDIS, 2009). Diversas instituições de saúde americanas criaram grupos de estudos objetivando entender o comportamento das infecções, bem como identificar os fatores de risco, suas influências e como estes afetam as taxas de infecção em pacientes cirúrgicos (MANGRAN et al. , 1999; GAYNES et al. , 2001; WOOD, 2013). De um desses grupos foi criado o National Nosocomial Infection Surveillance System (NISS), sistema criado pelo CDC em 1970, com o objetivo de estudar melhor a distribuição das IRAS na população e, consequentemente, traçar estratégias para combatê-las. O NISS surgiu através da criação de um banco de dados com informações das IRAS que ocorreram em hospitais de ensino dos Estados Unidos (EUA). Esses hospitais enviavam dados de maneira sistematizada sobre os serviços prestados a pacientes internados, tanto cirúrgicos quanto os de cuidado intensivo (CDC, 2004). Os dados sobre as infecções eram enviados de acordo com os chamados “Componentes de Vigilância”, então divididos em Cuidado Intensivo de Adultos e Crianças, Cuidados de Neonatais de Alto Risco e Vigilância do Paciente Cirúrgico para facilitar a coleta e, posteriormente, a análise dos dados (EMORI et al. , 1991; CDC, 2004). Naquela época, esse sistema apresentava cinco objetivos principais: estimar a incidência das IRAS nos EUA; identificar tendências de infecções, como fatores de risco, topografia, patógenos, resistência microbiana, etc.; prover uma comparabilidade de taxas para hospitais; desenvolver métodos eficientes para coleta e análise de dados acerca de infecções e permitir a realização de estudos epidemiológicos colaborativos (EMORI et al. , 1991). Desde a década de 1970, o NISS possibilitou um melhor conhecimento da distribuição de infecções em hospitais americanos e, consequentemente, nos hospitais do mundo todo.

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Com a chegada da era da informação, o uso de computadores facilitou a coleta e o envio dos dados. A coleção desses dados sobre a distribuição das infecções começaram a ser publicados (HALEY et al. , 1981; CDC, 2004; MU et al. , 2011; SIEVERT et al. ,

  1. – mas somente os dados sobre a distribuição das infecções não eram suficientes. Para melhor entender o funcionamento dessas infecções – e evitá-las – dados sobre fatores de risco eram necessários. Com isso o NISS incorporou dados do Study on the Efficacy of Nosocomial Infection Control (SENIC), o que permitiu um melhor entendimento sobre quatro topografias principais das IRAS: as do trato urinário, de ferida operatória, de vias aéreas e do sangue (HALEY et al. , 1981). A coleta de dados demográficos e fatores predisponentes às infecções permitiram ao NISS entender a infecção e, também, conhecer os esses fatores de risco e os determinantes que alteravam as taxas de infecção. Com tal conhecimento o NISS, através de análise de seus dados, criou um Índice de Risco de Infecção Cirúrgica para os pacientes cirúrgicos, proposto por Culver e colaboradores (1991). Esse índice foi definido através de análise multivariada dos dados, o que permitiu a identificação de três fatores de risco que influenciavam as taxas de ISC: classificação da American Society of Anesthesiologists (ASA) de 3, 4 ou 5; ferida operatória classificada como contaminada ou suja/infectada e duração da cirurgia superior ao percentil 75 do procedimento estudado (CULVER et al. , 1991). Com essas informações Culver e cols.(1991) criaram o Índice de Risco do NISS para ISC: se o paciente obtivesse qualquer um desses fatores, ele ganharia um ponto no índice de risco (variando de 0 a 3 pontos). O paciente pode ser classificado no escore 0 (zero) quando este não recebe nenhum ponto dentre as três variáveis e no escore 3 (três) quando recebe um ponto em cada uma das três variáveis. O Índice de Risco do NISS veio sendo largamente usado desde a sua criação e foi testado pelos seus autores dez anos após sua proposta, mostrando que ele possui um bom poder preditivo de ISC para procedimentos cirúrgicos gerais. Contudo, mais tarde, foi reconhecido que a adição de algumas variáveis ao índice possibilitaria uma melhor estratificação do risco para o desenvolvimento de ISC em alguns procedimentos específicos (GAYNES et al. , 2001). Com o passar do tempo diversos estudos foram realizados, alguns deles testando o grau de predição desse Índice, apontando, em determinados casos, um déficit no poder