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Este documento discute a importância da avaliação descritiva na educação infantil e sua influência nas famílias. Ele aborda os princípios essenciais de uma boa avaliação, a importância de incluir a família no processo, e as vantagens de uma interação clara e colaborativa entre a creche e as famílias. O texto também apresenta dados de pesquisa sobre as atividades executadas na creche e as percepções das famílias sobre a avaliação.
O que você vai aprender
Tipologia: Notas de aula
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Vice-Reitoria de Pós-Graduação, Pesquisa, Extensão e Cultura Programa de Pós-Graduação em Educação - PPGE Curso de Mestrado Acadêmico em Educação NAZOEME ALVES OLIVEIRA PERA O QUE A FAMÍLIA TEM A DIZER SOBRE O PARECER DESCRITIVO/AVALIAÇÃO DO SEU FILHO NA EDUCAÇÃO INFANTIL? Dissertação apresentada ao colegiado do PPGE como requisito parcial à obtenção do grau de Mestre em Educação – área de concentração: Educação - (Linha de pesquisa Prática docente e formação profissional). Orientadora: Prof.ª Dr.a^ Valéria Silva Ferreira. ITAJAÍ (SC) 2014
Dedico este trabalho a todos os profissionais da educação que pesquisam e procuram sempre uma avaliação mais reflexiva.
A Deus, presença real em todos os momentos da minha vida, a glória será sempre Dele. À minha mãe, que, mesmo distante, está sempre presente. A meu marido, Lourival, pelo companheirismo e amor que nos une, e aos nossos filhos, Carolina e Rafael, pela compreensão e paciência que tiveram durante todo esse caminho do mestrado. À Professora Dr.a^ Valéria Silva Ferreira, orientadora desta dissertação, pela confiança em dividir seus conhecimentos e enriquecer esse trabalho. À Professora Dr.a^ Marynelma Camargo Garanhani e à Professora Dr.a^ Verônica Gesser, pelas valiosas contribuições na banca de qualificação. Aos colegas e aos professores presentes durante o percurso. Às amigas que surgiram nessa trajetória, Gláucia, Lene, Lisi e Cris.
A avaliação está presente em todos os momentos da vida de um indivíduo e, na escola, ela se faz necessária como um ponto de partida para que o professor avalie o que o aluno sabe e como direcionamento para tomadas de decisão sobre o que esse aluno precisa aprender. Assim sendo, esta pesquisa, vinculada ao grupo de pesquisa Contextos Educativos e Práticas Docentes da linha de pesquisa Prática Docente e Formação Profissional do Programa de Mestrado em Educação da Universidade do Vale do Itajaí, apresenta a seguinte questão problema: O que a família tem a dizer sobre o parecer descritivo/avaliação do seu filho na educação infantil? Esta pesquisa teve como objetivo geral compreender a relevância do parecer descritivo/avaliação para a família na educação infantil. Para alcançar esse objetivo, adotaram-se os seguintes objetivos específicos: identificar o que as famílias sabem sobre o que acontece na creche; verificar quem lê o parecer descritivo; identificar o que a família faz a partir da leitura do parecer descritivo. Para tanto, foram realizadas entrevistas com 26 famílias que possuem filhos de 0 a 3 anos que frequentam uma creche municipal de Itajaí (SC). Fundamentam esta pesquisa a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB (BRASIL, 1996), as Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Infantil – DCNEI (BRASIL, 2010 ), e o documento produzido pelo Grupo de Trabalho da Educação Infantil, instituído pela Portaria número 1.147/20 11 (BRASIL, 2012). Autores como Almeida (2014), com o estudo sobre avaliação na Educação Infantil; Bondiolli e Sávio (2013), com a participação e a qualidade em educação da infância; Ciasca e Mendes (2009), com estudos de avaliação na Educação Infantil; e Henriques (2009), com a relação creche/família, trouxeram significativa contribuição com estudos relevantes sobre o que e como se avalia na Educação Infantil. De acordo com os dados coletados e analisados neste estudo, pode-se compreender que essas famílias não apenas leem o relatório que recebem sobre o desenvolvimento de seu filho na creche como também o socializam com os outros membros da família. Conforme respostas obtidas, algumas mães consideram esse parecer descritivo um documento importante como indicador que proporciona mudanças na maneira da família lidar com a criança em casa. Como resultado desta pesquisa, pode-se concluir que as famílias valorizam o diálogo com os profissionais da creche e consideram esse parecer descritivo como uma forma de comunicação da creche com a família. Palavras-chave : Parecer Descritivo. Avaliação. Educação Infantil.
Evaluation is present in every moment of an individual’s life, and at school it is needed as a starting point for the teacher to assess what the student knows and as guidance to decision-making about what that student needs to learn. Thus, this work, linked to the research group Educational Contexts and Teaching Practices of the research line Teaching Practice and Professional Education of the Master’s Program in Education of the University of Vale do Itajaí, presents the following problem question: What does the family have to say about the descriptive/evaluation report of their child in the early childhood education? In this context, this research has as main objective to understand the relevance of the descriptive/evaluation report for the family in the early childhood education. To achieve this goal the following specific objectives were adopted: identify what families know about what happens in the nursery; verify who reads the descriptive report; identify what the family does from reading descriptive report. For that, interviews were performed with 26 families who have 0-3 year old children attending a municipal daycare in Itajaí (SC). This research is grounded in the Guidelines and Bases law of National Education - LDB (BRAZIL, 1996), the National Curriculum Guidelines of Early Childhood Education - DCNEI - (BRAZIL, 2010), and the document produced by the Working Group of Early Childhood Education, established by the Ordinance number 1.147/2011 (BRAZIL, 2012). Authors such as Almeida (2014), with the study on evaluation in early childhood education; Bondiolli and Savio (2013), with the participation and quality in early childhood education; Ciasca and Mendes (2009), with evaluation studies in Early Childhood Education; and Henriques (2009), with the relation childcare/family, brought significant contribution with relevant studies on what and how to evaluate in Early Childhood Education. Based on the collected and analyzed data in this study, one can understand that these families do not only read the report they receive about the development of their child in daycare but also they socialize it with other family members. According to the responses, some mothers consider the descriptive report an important document as an indicator that provides changes in the way the family deals with the child at home. As a result of this research, it can be concluded that families value the dialogue with nursery professionals and consider this description report as a form of communication between family and daycare. Keywords: Descriptive report. Evaluation. Early Childhood Education.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB – Lei Federal n. 9.394 de 20 de Dezembro de 1.996 (BRASIL, 1996), em seu art. 31, cita: “[...] na Educação Infantil a avaliação far-se-á mediante acompanhamento e registro do seu desenvolvimento, sem objetivo de promoção, mesmo para o acesso ao ensino fundamental”. Isso quer dizer que a avaliação no contexto da Educação Infantil consiste na descrição do acompanhamento do desenvolvimento infantil sem qualquer necessidade de promoção ou ser influenciada por outros modelos avaliativos e deve ser focada na forma, nos métodos e nos instrumentos próprios que representam uma contribuição importante e necessária para compreender o desenvolvimento da criança. Esta pesquisa, assim, relaciona-se com questionamentos sobre o que a família fala acerca do parecer descritivo do acompanhamento trimestral de seu filho na educação infantil. Como temos atuado no ambiente da creche com os alunos da faixa etária de 0 a 3 anos, sempre tentamos entender de que maneira a família compreende esse parecer descritivo e o que ocorre a partir do conhecimento das informações socializadas pela professora com a família. Para Garcia (2005), por ser o começo da vida escolar da criança na sua primeira infância, a Educação Infantil possui um aspecto fundamental para reforçar a necessidade de estudos, sendo esse início o marco na relação da família com a escola, o qual cria alicerces que permanecerão por um longo tempo. Essas primeiras experiências podem possibilitar-nos entender como ocorre o desenvolvimento da aprendizagem da criança de 0 a 3 anos e o que devemos explorar nesse aspecto e como aprofundar a compreensão desse processo e suas possibilidades na construção de um parecer mais reflexivo. O que acontece diariamente, na interação da criança com o meio e com outros sujeitos, cumpre a função no âmbito social e fundamenta uma cooperação condutora para uma tomada de decisões sobre esse parecer que possa auxiliar em um direcionamento para uma qualidade e aprimoramento voltados à aprendizagem. Malaguzzi ( 2008 ) ressalta a participação das crianças, indicando sua capacidade individual em suas ações, extraindo das experiências diárias de seus atos que envolvam desde o planejamento à execução de suas ideias. Antunes (2012) pontua a relevância de a avaliação estar pautada em alguns pontos
esse documento é lido. Parece haver uma crença que os pais não leem o parecer de seus filhos que estão na creche. Por isso, neste trabalho, procuramos focar nessa dimensão e entender até que ponto a família conhece e valoriza esse parecer. Dessa forma, esta pesquisa apresenta a seguinte questão problema: O que a família tem a dizer sobre o parecer descritivo/avaliação do seu filho na educação infantil? Esta pesquisa, assim, tem como objetivo geral: compreender a relevância do parecer descritivo/avaliativo para a família na educação infantil. Para alcançar o objetivo geral, traçamos os seguintes objetivos específicos: identificar o que as famílias sabem sobre o que acontece na creche; verificar quem lê o parecer descritivo; identificar o que a família faz a partir da leitura do parecer descritivo. Nesta pesquisa, investigamos por meio de entrevistas com as famílias de crianças de 0 a 3 anos, o que a família tem a dizer sobre o parecer descritivo trimestral do seu filho na educação infantil. As discussões estão voltadas às seguintes questões condutoras da pesquisa: Qual a expectativa da família em relação á creche? Como se dá a comunicação entre a família e a creche? O que a família faz a partir do parecer descritivo? Torna-se relevante esta pesquisa para entender a forma de realização do parecer descritivo na primeira infância e provocar uma reflexão que conduza a possibilidades para um envolvimento maior da família e um aprendizado para a prática pedagógica do professor inserido nesse processo. Para Coelho ( 2009 ), o ato de rejeitar o processo de avaliação na Educação Infantil é cultural e parte do pensamento de que se avalia para possibilitar uma punição ou seleção do que aprendeu mais ou quem obteve maior sucesso na realização das atividades. O estudo desse parecer descritivo favorece a forma de avaliação pautada em registros baseados nas observações realizadas. Para que isso ocorra, é necessária uma avaliação diagnóstica quando a criança chega à creche, para que se tenha um acompanhamento do processo. Se não houver um diagnóstico inicial, não há
possibilidades de acompanhar o desenvolvimento da criança, o que resultará em uma avaliação inadequada. “[...] o que encontram na instituição no período de inserção dos bebês pode intensificar o que estão vivendo afetando não só a dinâmica familiar, mas também a relação com a escola e principalmente com os professores” (CASANOVA, 2011, p. 19). Como as crianças passam boa parte do tempo no espaço da creche, torna-se necessário que as características da educação da primeira infância sejam avaliadas. Surgem, assim, nesse cenário, os questionamentos sobre até que ponto o professor é aberto a uma mudança na sua maneira de ver e utilizar-se desse parecer. Para Micarello (2010), a avaliação na Educação Infantil para a prática pedagógica é uma ação cotidiana como nas diversas situações em que temos que avaliar para decidirmos sobre algo que nos direcione a ações futuras, com a diferença que essa avaliação não é por meio da intuição, mas sendo intencional, deve ser pautada em um planejamento e critérios específicos. Algumas pequenas mudanças vêm ocorrendo e, segundo Alves (2012, p. 29), “[...] o profissional da educação infantil vem, ao longo de sua construção identitária histórica, experimentando diferentes exigências em relação a sua atuação”. E essas exigências podem aumentar com o fato de que as condições de vida e os valores entre mães e professoras podem ser divergentes e podendo ocasionar um acréscimo nos conflitos existentes e, algumas vezes, até de forma inconsciente. 1 .1 CAMINHO METODOLÓGICO A abordagem metodológica utilizada para a realização desta pesquisa foi uma entrevista com as famílias que têm filhos na idade de 0 a 3 anos em uma creche da Rede Pública Municipal de Itajaí que atende a 78 crianças e tem 22 funcionários, sendo cinco professoras, dez agentes, uma diretora e uma auxiliar administrativa, uma professora readaptada, duas senhoras que trabalham na limpeza e duas na cozinha. As turmas estão organizadas em: dois Berçários I, um Berçário II, um Maternal I e um Maternal II, com a faixa etária das crianças de 5 meses a 3 anos. Essa instituição é uma casa adaptada com um pequeno espaço externo, porém possui jardim e algumas árvores - o que a difere de algumas creches do município que são quase sempre com muito cimento e pouca área verde. Após um estudo das possibilidades metodológicas para a pesquisa, optamos
Questão 4: O que a família fala sobre a avaliação/parecer descritivo? Essa pergunta é fundamental para entendermos qual é a opinião da família sobre a avaliação descritiva que lhe é entregue, pois “[...] esse interesse surge em conseqüência de uma nova forma de compreender a educação das crianças pequenas” (COELHO; BARBOSA; FERREIRA, 2012, p. 93) e, para que isso ocorra, é necessário entender o processo de avaliar como fundamental para compartilhar opiniões e para tomada de decisões importantes no contexto educativo. c) Transformações a partir do parecer descritivo/avaliação Questão 5: Quem lê a avaliação/parecer descritivo? Essa questão é para perceber quais as pessoas da família que leem a avaliação, cujas respostas são fundamentais para esta pesquisa. Nas leituras prévias, não encontramos nenhuma pesquisa relacionada a esse questionamento, o que justifica a sua inclusão neste roteiro e a sua importância para entendermos a quem interessa a avaliação (comunicação) que é entregue à família. Segundo Moyles (2010, p. 184), “[...] a criação e o cultivo de redes de comunicação entre pais e equipe esclarecem expectativas em relação à escola, melhoram a comunicação e ajudam os pais a ficar mais confiantes e a participarem da aprendizagem dos filhos”. Questão 6: A partir do momento em que a família lê a avaliação/parecer descritivo, o que muda? É necessário conhecer qual é a importância que a avaliação representa para os pais das crianças. Sendo esta mais uma forma de envolvimento da família com a creche, torna-se primordial ter esse canal de comunicação aberto e não apenas algo unilateral. Depois das perguntas formuladas, selecionamos algumas famílias e procuramos mesclar as idades das mães que foram de 21 a 45 anos, com profissões distintas, como: diaristas, professoras, design de modas, jornalistas, enfermeiras, dentre outras. Portanto, mesmo que algumas dessas famílias sejam fragilizadas no contexto social ou afetivo, entrevistamos, também, famílias de um padrão social mais elevado e com vários pais da composição familiar, tendo formação de nível superior. No total, 26 famílias com contextos e classes sociais diferentes participaram da pesquisa.
Realizamos as primeiras entrevistas nos lares de algumas famílias, onde fomos muito bem recebidas e acolhidas de forma bem espontânea. Contudo, com a indisponibilidade de horário de algumas mães, tivemos que realizar as demais na creche no momento em que a família chegava para apanhar a criança e por ser esse um horário mais tranquilo. Em todas as entrevistas utilizamos um gravador e um roteiro (ver Apêndice A) para que as informações que interessavam fossem abordadas; assim, as questões elencadas foram analisadas e anotadas antes de iniciar o contato com as famílias. Após o contato para a solicitação da autorização para a realização da entrevista, cada família assinou o Termo Consentimento Livre e Esclarecido (ver Apêndice B), iniciando, assim, a coleta de dados. Com as entrevistas realizadas e gravadas, ouvimos diversas vezes para depois fazer um registro manuscrito (ver Apêndice C). As respostas foram, então, digitadas e analisadas e, em seguida, montamos os quadros^1 separando as respostas obtidas em relação a cada questionamento para iniciarmos a análise dos dados coletados (ver Apêndice D). Mantivemos os nomes dos participantes com letras fictícias para preservar o anonimato dos envolvidos. Ao selecionarmos esse grupo de famílias para as entrevistas, visamos contemplar todas as idades das crianças que são atendidas na creche, as quais variam de 5 meses a 3 anos e optamos por pequenos grupos que tivessem a participação de representantes dos berçários I (2), berçário II, maternal I e maternal II, totalizando as cinco turmas existentes na creche, como apresentadas no quadro 1 a seguir, em que constam as idades das crianças e as profissões das respectivas mães. (^1) Utilizamos cores diferentes para identificar o conjunto de respostas. Assim sendo, os quadros utilizados no corpo desta dissertação acompanham as cores dos quadros das respostas obtidas os quais se encontram no Apêndice C deste trabalho.
(2009), sobre a relação creche/família em uma visão sociológica, de 44 famílias, apenas quatro pais levavam os seus filhos à creche. Isso mostra o papel da mulher na sociedade contemporânea. Silva (2011, p. 84) considera que “[...] conforme a mulher ganha espaço e reconhecimento na carreira docente enquanto profissional e educadora, muda-se a concepção de atendimento e educação infantil”. Conseguimos observar que o apoio da família por meio da sua participação dentro da creche vem crescendo de forma gradativa, porém ainda de forma muito lenta. Essa participação coopera para a valorização do trabalho realizado em cada instituição infantil e, com isso, pode surgir à ideia de uma gestão compartilhada que favoreça uma interação entre todos os protagonistas desse processo. “[...] a aproximação entre elas [as mães e as professoras da creche] decorre da desejável edificação de um projeto de formação humana e social, que se sustenta, justamente na colaboração” (ALVES, 2012, p. 32), em que pode ocorrer, também, uma valorização por parte da família acerca do parecer descritivo. A creche pode propor, por meio do relatório, algumas possibilidades, considerando o que a criança na sua vivência familiar tem para acrescentar ao grupo. Em alguns momentos, podem ocorrer confusões nos papéis desenvolvidos pela creche e pela família, ressaltadas na falta de esclarecimento das funções que cada uma deve ocupar, talvez ocasionadas pela similaridade nas atividades realizadas. Então, é necessário aproveitar os espaços para criar possibilidades entre os envolvidos. Segundo Alves: [...] para que se firmem possibilidades de uma relação colaborativa produtiva se estabelecer, beneficiando todos os envolvidos, é necessário dar o primeiro passo: educadores e equipes escolares precisam se perceber como responsáveis pela organização e acolhimento das crianças e de suas famílias, vendo-se como responsáveis por criar oportunidades/possibilidades para que as famílias se sintam valorizadas em suas opiniões e inclinadas a discutir, decidir e produzir junto com a escola. (ALVES, 2012, p. 34). Essa cooperação entre a creche e a família pode proporcionar resultados positivos. Para que isso aconteça, os profissionais em educação podem considerar como um dos benefícios dessa parceria o compartilhamento da responsabilidade nas tomadas de decisões, afinal “[...] salvo raras exceções, o primeiro ambiente social em que a criança se vê é o familiar” (ALVES, 2012, p. 22). A família, portanto, tem um grande potencial de contribuição para o trabalho realizado na creche,
ficando claro que é preciso haver uma reciprocidade de confiança de ambas as partes.