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A anatomia comparativa da articulação temporomandibular (atm), incluindo sua estrutura, morfologia dos côndilos, cápsula articular, ligamentos e disco articular. Além disso, aborda a relação entre a atm e a alimentação em diferentes espécies.
O que você vai aprender
Tipologia: Resumos
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Novembro de 2011
Novembro de 2011
The differentiation of the first reptiles with mammalian characteristics began 300 million years ago. With a few advantages over the classical form of reptile, including increased agility, reptiles evolved giving rise to mammals.
In morphological terms, the biggest change seen in relation to their relatives reptiles occurred with the reformulation of the jaw bones. This change enabled the establishment of more powerful muscles, which allowed the prolonged chewing and the evolution of teeth with specific specialized functions. The appearance of these teeth with different functions allowed the evolution to a more efficient processing of food. Temporomandibular joint (TMJ) is defined as the point between the skull and jaw, allowing the free movement during mastication, speech and swallowing. The anatomical knowledge of adjacent structures by reviewing the literature, allowed us to establish a comparison between the omnivores (man), carnivore (dog) and herbivorous (beef).
The objective of this dissertation was to conduct a comparative study of the species mentioned and understand the anatomical differences in the masticatory system.
Keyword: anatomy, temporomandibular joint, carnivore, herbivore, masticatory system
Não poderia deixar de expressar os mais sinceros agradecimentos às pessoas que directa ou indirectamente contribuíram para a concretização de mais uma etapa particularmente importante na minha vida.
Ao Professor Dr. Paulo Jorge Valejo Coelho pela orientação, afabilidade e compreensão que sempre manifestou. Obrigada pelas criticas construtivas, cientificidade que sempre fomentou e pelo acesso às referências bibliográficas que enriqueceram o conteúdo deste trabalho.
À fantástica família dos escuteiros, Miguel Morais, Liliana Roxo, Inês Moreira e Rui Ribeiro pelas saídas à noite e pela presença e confiança que sempre depositaram em mim.
À gente da minha aldeia, Ricardo Palhares, Pedro Espinha, António Ferreira, Margarida Morgado, Tiago Costa, Magda Ramos e Joana Vieira pelo tempo desperdiçado a ouvirem as minhas preocupações e aturarem o meu excesso de energia. Obrigada por não se fartarem de mim e dos meus desenhos.
À Joaninha pelo apoio incondicional em momentos desorientados. Obrigada pela dedicação e crença que sempre tiveste por mim.
Aos meus padrinhos de batismo, Jú Adães e Eusébio Oliveira pela correção ortográfica e pela motivação constante. Adoro-vos.
À Magda pela energia positiva e por todas as outras coisas incríveis que não me é possível mencionar nesta folha. Agradeço pela dimensão do teu coração que conseguiu aturar a minha má disposição durante este ano.
À Inês lhe pertence um dos maiores agradecimentos. Por todo o tempo dedicado a mim e à dissertação. Pelos conselhos e abraços nas alturas menos motivadoras. Pelas idas à serra. Pelas críticas aos desenhos. Obrigada pelo alojamento e refeições quentes que tanto me confortaram o estômago. Agradeço-te pela nossa eterna amizade.
Ilustração 1. Temporal. Cláudia Adro, imagem adaptada de (Sobotta, 2006) ............................ 16 Ilustração 2. Temporal (face interna). Cláudia Adro, imagem adaptada de (Sobotta, 2006) ..... 17 Ilustração 3. Mandíbula humana. Cláudia Adro, imagem adaptada de (Sobotta, 2006)............ 18 Ilustração 4. Mandíbula. Vista anterior. Cláudia Adro, imagem adaptada de (Sobotta, 2006) .. 19 Ilustração 5. Côndilo da mandíbula do humano. A, vista anterior e B, vista posterior. Cáudia Adro, imagem adaptada de (Okeson, 1992) ............................................................................... 20 Ilustração 6. Articulação temporomandibular (vista anterior). Cláudia Adro, imagem adaptada de (Okeson, 1992) ....................................................................................................................... 21 Ilustração 7. Disco articular. A, vista lateral. B, vista superior (Sobotta, 2006) .......................... 22 Ilustração 8. Articulação temporomandibular. Cláudia adro, imagem adaptada de (Sobotta,
De acordo com Vesalius, a anatomia “deve ser correctamente considerada como a base sólida de toda a arte da medicina e como a sua introdução essencial” (Dyce, Sack, & Wesing, 1990).
Define-se anatomia o ramo da biologia que lida com a forma e a estrutura dos organismos mantendo uma ralação próxima com a fisiologia, que estuda as funções do organismo (Schwarze, 1970).
Desde cedo se começou a analisar a anatomia humana, tendo-se tornado objeto de estudo de vários artistas como Massacio, Raphael, Donatello, Pollaiolo, Leonardo da Vinci e Miguel Ângelo, em diferentes épocas da História (Kickhofel, 2003), (Alves, 1996), (Corrêa, Santos, & Rocha, 2008), (Schiebinger, 1986). O que unia a arte à anatomia era a procura do ideal, despertando interesse aos artistas por encararem o corpo como o ideal da beleza. O Renascimento foi um período marcado por uma intensa produção artística e também pelo choque de ideias humanistas e dos dogmas da igreja. Os artistas deste período trouxeram a ideia do ser humano valorizado, ressaltando o corpo e exaltando o belo (Corrêa, Santos, & Rocha, 2008), (Alves, 1996).
A Anatomia comparada é a descrição e a comparação das estruturas dos animais e estabelece os critérios para a sua classificação. Através deste processo tem sido possível demonstrar a inter-relação genética de vários grupos de animais e elucidar o significado de muitas peculiaridades de estrutura, que de uma maneira ou de outra seriam obscuras. As deduções relacionadas às leis gerais sobre forma e estrutura, que derivam dos estudos da anatomia comparada, constituem a ciência chamada morfologia (Sisson, Grossman, & Getty, 1987).
O principal objetivo desta dissertação é elaborar um estudo anatómico descritivo e ilustrativo da articulação temporomandibular (ATM) estabelecendo uma comparação entre mamíferos de grupos diferentes: omnívoro, herbívoro e carnívoro. Esta monografia inicia-se com a descrição da anatomia morfológica e fisiológica da ATM humana (omnívoro). Comparando-se seguidamente a mesma com a do canino (carnívoro) e do bovino (herbívoro), tentando-se estabelecer uma relação entre a anatomia e o tipo de alimentação próprios de cada grupo.
A representação artística explora, nas diferentes áreas gráficas, as vias mais instintivas de processamento do cérebro humano, mais dado às formas e às dimensões do que às descrições verbais ou textuais. A conjugação das duas formas de expressão confere um enorme poder de comunicação aos temas assim tratados.
O estudo da anatomia é considerado essencial e indispensável para a representação artística da figura humana de forma a se poder atingir o nível de mestria pretendido. A caixa craniana despertou aos artistas mencionados anteriormente especial curiosidade, por ser o osso mais complexo da estrutura esquelética (Alves, 1996), (Schiebinger, 1986).
A ilustração anatómica é a arte associada à ciência. Não existe para a mera contemplação (Mendonça) mas para ser utilizada como instrumento de trabalho, de estudo, de formação e divulgação, simplificando a mensagem e encurtando o tempo necessário à transmissão do conceito que a gerou. Essa é a razão pela qual um ilustrador se dedica a cada um dos seus trabalhos de maneira a criar uma peça, que deverá explicar-se por si (Kickhofel, 2003).
Não é possível criar uma boa ilustração sem a participação empenhada e interativa do autor. A sua disponibilidade para o acompanhamento do artista é determinante para a compreensão da mensagem, sobretudo se este não tiver formação médica ou científica como sucede com a maioria dos profissionais.
O ilustrador anatómico é um artista que domina as técnicas de arte gráfica com conhecimento científico e tem que perceber perfeitamente a linguagem do pensamento médico. Só assim conseguirá o total aproveitamento do seu trabalho. Um dos principais atributos do ilustrador é a capacidade de interpretação e de processamento de conceitos complexos. O talento e a preparação técnica habilitam-no a construir modelos adequados que melhor traduzem a ideia inicial (Mendonça).
Uma imagem exageradamente detalhada, onde abundem elementos decorativos, corre o risco de camuflar os elementos-chave que deveriam sobressair. Por outro lado, uma ilustração pobre e pouco cuidada pode desqualificar a riqueza do conteúdo científico. Assim, neste estudo pretende-se criar um equilíbrio, mantendo as ilustrações cuidadas, mas claras, utilizando a técnica de stipling com caneta tinta-da-china.
O rigor científico não está na representação gráfica, hiper-realista dos órgãos e dos processos microscópicos, físicos ou químicos, mas na capacidade de pôr na imagem os
Os meios de união são constituídos pela cápsula articular e pelos ligamentos. A cápsula é constituída por tecido fibroso e constitui uma manga em torno de todos os elementos articulares. Insere-se pelas extremidades (proximal e distal) isolando a articulação. Nas articulações com maior grau de mobilidade, a inserção da cápsula articular é mais ampla, ao contrário do que acontece nas que têm menos amplitude de movimentos, onde a inserção capsular é praticamente coincidente com a da cartilagem articular (Oliveira & Carvalho, 2002), (Zanini, 1999). Os ligamentos são reforços fibrosos, correspondentes a espessamentos da cápsula e têm por função impedir movimentos anormais. A membrana sinovial é constituída por tecido epitelial e reveste todo o interior da articulação, com exceção das extremidades ósseas em contacto, que são revestidas pela cartilagem articular. Esta membrana tem como função produzir o líquido sinovial, responsável por lubrificar a articulação, e de o reabsorver nas mesmas quantidades. Devido ao papel que desempenha, encontra-se ausente nas articulações imóveis, nas quais só existe movimento em situações patológicas. De referir que o líquido sinovial tem a capacidade de nutrir a cartilagem. O disco articular encontra-se presente nas articulações discordantes em que há correção das superfícies ósseas. É constituído por cartilagem hialina e tem como função tornar coerentes as superfícies ósseas que não se ajustam completamente (Esperança Pina, 1999), (Ramos, Sarmento, Campos, & Gonzalvez, 2004), (Herring, 2003).
Desde a origem dos mamíferos, há aproximadamente 300 milhões de anos, que os vertebrados vêm evoluindo num mundo que se alterou gradualmente. Essas modificações afetaram direta e indiretamente a evolução dos vertebrados (Bell, 1986).
A evolução tem um papel central na biologia dos vertebrados, pois proporciona um princípio que organiza a diversidade observada entre os vertebrados viventes e ajuda a enquadrar as espécies extintas no contexto das atuais. Os processos e eventos evolutivos estão intimamente associados às mudanças que ocorreram na terra ao longo da história dos vertebrados. Estas mudanças são resultado dos movimentos de continentes e dos efeitos de tais movimentos no clima e na geografia (Pough, Janis, & Heiser, 2008).
Através da anatomia comparada e embriologia, determinou-se que a maior parte dos ossos do crânio dos répteis e dos mamíferos são homólogos, ou seja, têm a mesma origem e
conservam, pelo menos nos limites de um grupo, a mesma constituição estrutural e posição relativa, embora executem funções diferentes (Pough, Janis, & Heiser, 2008).
Assim, foram precisos cerca de cem anos para reunir informação suficiente e só recentemente surgiram os primeiros exemplos dos fosseis de mamíferos mais antigos, permitindo assim fazer a importante ligação entre a transição dos répteis primitivos para o inicio da existência dos mamíferos. Esta transição abrange cerca de 120 milhões de anos. Através desta descoberta, juntamente com a evolução de novas técnicas, como a cinefluoroscopia e electromiografia e o estudo das funções do mecanismo da mastigação nos mamíferos começou a compreender-se a evolução do ouvido dos mamíferos e do aparelho mastigatório dos répteis (Crompton & Parker, 1978), (Pough, Janis, & Heiser, 2008).
Considera-se que a locomoção e a alimentação são os dois principais factores responsáveis pelas modificações adaptativas na morfologia dos mamíferos (Zarb, Carlsson, Sessle, & Mohl, 2000), (Pough, Janis, & Heiser, 2008). Alguns autores afirmam mesmo que a articulação da mandíbula dos mamíferos teve um papel fundamental em toda a evolução articular (Zanini, 1999).
Nos vertebrados primitivos, o processo de cefalização (processo evolutivo pelo qual, nos animais, a cabeça se vai diferenciando do corpo, como parte anatómica independente) (Bell, 1986) levou ao desenvolvimento da boca, que se especializou na colecta de alimentos, numa fase muito precoce da evolução. A alimentação é uma função de importância fundamental, pelo que a selecção natural raramente actua com um vigor tão decisivo como neste caso.
A modificação adaptativa da dentição do maxilar e da mandíbula, assim como das suas articulações, desenvolveu-se à medida que cada grupo de animais obteve gradualmente um maior benefício da fonte alimentar disponível. Este processo deu origem à variedade de mecanismos alimentares que agora encontramos entre a fauna atual (Zarb, Carlsson, Sessle, & Mohl, 2000).
A face é constituída por um maciço ósseo, situado adiante da base do crânio e limitando, com este, um conjunto de cavidades, onde se encontram a maior parte dos órgãos dos sentidos (Esperança Pina, 1999), (Figún & Garino, 2000). Os ossos que formam a ATM são a apófise condilar e a fossa mandibular, localizada na face inferior da parte escamosa do osso temporal (Nunes, Maciel, & Babinski, 2005), (Zarb, Carlsson, Sessle, & Mohl, 2000), (Figún & Garino, 2000).
Considerado um dos ossos mais complexos do nosso esqueleto, o osso temporal articula-se com a parte anterior e lateral do occipital, o bordo inferior do parietal, a parte posterior do esfenóide, o malar e a mandíbula. Este osso situa-se na porção inferior e externa do crânio, podendo dividir-se em quatro porções: porção escamosa (Ilustração 1), porção mastóideia, porção timpânica e rochedo (Santos, et al., 2009), (Delmas & Rouviére, 1999), (Esperança Pina, 1999). Ao longo do crescimento (em uníssono) estas porções unem-se através de suturas, permitindo perceber a relação existente entre as diferentes porções do temporal no adulto (Delmas & Rouviére, 1999).
Ilustração 1. Temporal. Cláudia Adro, imagem adaptada de (Sobotta, 2006)
Para este estudo descreveu-se apenas a porção escamosa deste osso (a maior), nomeadamente a face externa, uma vez que é através desta que o temporal se articula com a mandíbula (Norton, 2007). Assim, esta é achatada transversalmente e irregularmente circular,
considerando-se duas faces e uma circunferência: a face externa ou exocraniana, a face interna (ilustração 2) ou endocraniana e o bordo circunferencial (Esperança Pina, 1999), (Delmas & Rouviére, 1999).
A face externa é, então, convexa e lisa. Na sua parte inferior toma volume o zigoma de onde se destaca a apófise zigomática constituída por duas raízes: uma raiz anterior que forma o tubérculo articular e uma raiz posterior que se prolonga por cima da porção timpânica. No ponto de junção das duas raízes existe o tubérculo zigomático anterior, sendo que o espaço existente entre as duas se designa por fossa mandibular (Santos, et al., 2009), (Esperança Pina, 1999), (Norton, 2007). Relativamente à fossa mandibular propriamente dita, esta é limitada posteriormente pelas fissuras timpanoescamosa (união entre a porção timpânica e a porção escamosa) e petrotimpânica (união entre a porção timpânica e o rochedo). Medialmente, a fossa é limitada pela espinha do osso esfenóide e lateralmente pela raiz da apófise zigomática do osso temporal. Anteriormente, é limitada por uma saliência óssea, descrita como um
Ilustração 2. Temporal (face interna). Cláudia Adro, imagem adaptada de (Sobotta, 2006)
uma superfície ligeiramente oval, denominada fossa digástrica na qual se insere o ventre anterior do músculo digástrico (Delmas & Rouviére, 1999), (Esperança Pina, 1999).
Contudo, a face anterior apresenta uma crista mediana, resultante da fusão de duas porções ósseas primitivas, denominada de sínfise mandibular (ilustração 4). Esta prolonga-se para baixo num vértice triangular através da protuberância mentoniana. De cada lado desta face nasce uma linha oblíqua que se dirige posterior e superiormente pelo bordo anterior do ramo mandibular (Santos, et al., 2009). Na face posterior encontram-se duas pequenas depressões, onde se insere o músculo digástrico. O ramo mandibular é rectangular e apresenta duas faces, quatro bordos e quatro ângulos (Esperança Pina, 1999), (Santos, et al., 2009), (Delmas & Rouviére, 1999). A face medial apresenta uma saliência palpável no vivo, a língua mandibular (espinha de Spix) e o buraco mandibular e, imediatamente para cima e para diante. A face lateral serve de inserção ao músculo masséter. Dos bordos, o mais notável é o superior que apresenta uma grande incisura mandibular, adiante da qual se situa a apófise coronóide e atrás a apófise côndilar, encabeçada pelo côndilo da mandíbula (que se articula com o osso temporal). A zona de
Ilustração 4. Mandíbula. Vista anterior. Cláudia Adro, imagem adaptada de (Sobotta, 2006)
Pertuberância mentual
Forame mentual
Côndilo da mandíbula
Apófise condilar
Apófise coronóide
Parte alveolar
Sínfise mandibular
transição do côndilo para o ramo, mais justa, corresponde ao colo, que possui, na sua parte medial, a fossa pterigóide, para o músculo pterigóideu lateral.
O côndilo é a parte da mandíbula que articula na base do crânio com a porção escamosa do osso temporal, ao redor do qual ocorrem os movimentos (Okeson, 1992). Tem uma forma elíptica, factor que está relacionado com o tipo de alimentação do Homem (ilustração 5) (Nunes, Maciel, & Babinski, 2005). No bordo anterior da apófise coronóide está a
crista temporal para o músculo do mesmo nome. O bordo inferior continua para a frente com a base da mandíbula e para trás encontra-se o ângulo mandibular (Santos, et al., 2009), (Delmas & Rouviére, 1999), (Norton, 2007).
É importante desenvolver a descrição das apófises condilares, uma vez que é através destas que se define e distingue a ATM dos humanos, carnívoros ou herbívoros.
Os côndilos são as eminências salientes da mandíbula, alargadas lateralmente e inclinados no sentido medial (Delmas & Rouviére, 1999) (Bell, 1986). Um côndilo adulto tem cerca de 15 a 20 mm de lado a lado e 8 a 10 mm de frente para trás (Bell, 1986), (Nunes, Maciel, & Babinski, 2005). Normalmente é maior no sentido médio-lateral do que no sentido ântero-posterior e tem uma forma que varia desde arredondada até achatada superiormente ou mais alongada posteriormente. Na anatomia superficial pode notar-se a sua saliência.
O côndilo é composto por um osso esponjoso revestido por uma camada de tecido fibrocartilaginoso denso, formado principalmente por colagénio e algumas fibras elásticas. Esse revestimento é mais espesso em áreas de maior demanda funcional, fornecendo condições biológicas adequadas para receber carga durante a mastigação. Quando os dentes
Ilustração 5. Côndilo da mandíbula do humano. A , vista anterior e B , vista posterior. Cáudia Adro, imagem adaptada de (Okeson, 1992)