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Debilidade Psicomotora: grande dificuldade para relaxar voluntariamente um grupo muscular. Caracteriza-se pela presença de paratonia e sincinesia. - Paratonia: ...
Tipologia: Notas de estudo
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Não perca as partes importantes!
Por: Miriã da Silva Antunes
Orientador Profª. Ms. Fátima Alves
Rio de Janeiro 2012
Apresentação de monografia à AVM Faculdade Integrada como requisito parcial para obtenção do grau de especialista em psicomotricida. Por: Miriã da Silva Antunes
... A Deus em primeiro lugar e a minha querida mãe Marilúcia da Silva Antunes.
Este presente trabalho vem falar sobre o que é a psicomotricidade e quais são distúrbios psicomotores que possam vir a aparecer em alunos de 2 a 5 anos que estão com idade de cursar a educação infantil e como ela poderá a virem auxiliar os profissionais da educação em seu contexto escolar. Pretende também estudar quais são alguns benefícios que a educação e a reeducação psicomotora possam vir a oferecer as aulas para as crianças dessa faixa etária que estão neste segmento da educação, bem como analisar aspectos motrizes dessas crianças, buscando referências para possíveis diagnósticos, para um possível tratamento.
Há muito tempo vem se falando sobre a imobilidade das crianças dentro das escolas e como estes corpos são tolhidos de se movimentar. Por muitas vezes essa imobilidade e esse tolhimento e causado por alguns educadores que seguem regras e procedimentos muitas das vezes não cabíveis a uma lógica que se pretende dentro dos objetivos da Educação Infantil, que é um pleno desenvolvimento motor, psicológico, social e afetivo de uma criança.
Movimentar-se é uma necessidade natural da criança, principalmente nesta faixa etária de 2 a 5 anos de idade, subir, balançar, se pendurar, equilibrar, entre outras, são habilidades naturais, porém, que precisam ser trabalhadas e é nesta vertente que a psicomotricidade vem se respaldar.
Entendemos o ser humano como um todo, sendo assim é um ser holístico possuidor de corpo, mente e emoção. E sabendo disso é que trataremos no primeiro capítulo sobre o que é a psicomotricidade e a importância dela nas etapas inicial da Educação Básica e como ela poderá servi de auxilio durante aulas no período do ano letivo.
Dentro desta perspectiva falaremos no segundo capítulo sobre a Educação Psicomotora, como ela atuará no desenvolvimento motor da criança desde o maternal até a idade da pré-escolar. Como essa educação pode viabilizar um bom desenvolvimento das funções psicomotoras preparando-as para experiências. Deste modo poderemos perceber se os alunos possuem algumas dificuldades que podem ser chamados de distúrbios e nesses casos Distúrbios psicomotores.
No terceiro capítulo abordaremos sobre esses distúrbios, como aparecem e quais são eles. Comentaremos também sobre a Reeducação Psicomotora e como ela pode vir a sanar esses distúrbios ou ao menos amenizá-
Atualmente muito vem se falando sobre a educação e como ela tem o poder de influenciar e transformar as pessoas e principalmente na faixa etária de 2 a 5 anos de idade, em todos os seus aspectos (físico, social, intelectual, dentre outros) e graças a isso as escolas estão com um olhar diferenciado e desafiador, utilizando-se de novas vertentes para fazer com que este indivíduo que está dentro da escola possa se tornar um ser completo e pleno em todos os âmbitos de sua vida. E para que tal aconteça, aproximadamente na década dos anos 70, para ser mais precisa nos anos de 1978, introduziu-se nas aulas de educação física o conteúdo chamado Psicomotricidade, que segue essa linha de trabalho.
A psicomotricidade no início era um termo de domínio médico, especificamente utilizado pela neurofisiologia. Eles tinham um pensamento racional e dicotômico do homem, ou seja, o ser humano era divido em corpo e mente e esses vivem separadamente um do outro.
Segundo LUSSAC, 2008 p.1, em 1870, os médicos nomeiam a psicomotricidade, como uma expectativa de tentar caracterizar fenômenos patológicose clínicos, porém sua 1ª pesquisa tem enfoque neurológico.
Segundo SOUZA, 2004, p.2, Dupré um psiquiatra francês, formulou a noção de psicomotricidade através de uma filosofia psiquiátrica evidenciando o paralelismo psicomotor, ou seja, a associação estreita entre o desenvolvimento da motricidade, inteligência e afetividade.
De acordo com LUSSAC, 2008, p.1, em seu artigo Psicomotricidade: História, desenvolvimento conceitos, definições e intervenções profissionais a
psicomotricidade nas escolas brasileiras foi norteada pela escola francesa na primeira década do século XX, na época da 1ªGuerra Mundial, quando as mulheres dos militares brasileiros precisaram entra no mercado de trabalho, e precisaram deixar seus filhos em creches e escolas francesas.
Em 19 de abril de 1980 é fundada a SBTP (Sociedade Brasileira de Terapia Psicomotora), por vários profissionais brasileiros incentivados por profissionais estrangeiros ela está diretamente ligada a Sociedade Internacional de Terapia Psicomotora (SITP). A SBTP tem por finalidade agregar os que vêm formados e trabalham na área. Não possuí fins lucrativos. Seu caráter e de cunho científico-cultural.No dia 08 de maio de 1986 ocorre a mudança do nome SBTP (Sociedade Brasileira de Terapia Psicomotora) para Associação Brasileira de Psicomotricidade, porém mantendo o nome fantasia de SBP, tudo isso para poder se cumprir o Novo Código Civil Brasileiro. (SBP)
É a ciência que tem como objetivo de estudo o homem por meio do seu corpo em movimento e em relação ao seu mundo interno e externo, bem como suas possibilidades de perceber, atuar, agir com o outro, com os objetivos e consigo mesmo. Está relacionada ao processo de maturação, onde o corpo é a origem das aquisições cognitivas, afetivas e orgânicas. (S.B.P.,1990)
Com base na citação assim podemos dizer que a Psicomotricidade é a relação do corpo de um indivíduo com o meio onde vive sendo influenciado pelas relações afetivas e como esse corpo lida com suas emoções expressando- se em formas motrizes.
Há muitos anos já se vinha falando a respeito do ser humano da importância do corpo e sobre como estudar esse corpo. Platão apud Lorenzo (1995,17) apresenta a dicotomia psico-mototricidade pela cisão corpo e alma. (SOUZA, 2004, P.1)
...o meio ambiente envolvente onde o indivíduo nasce e se desenvolve e reproduz, pressupõe, necessariamente, uma transcendente mediatização social e uma elaborada transferência e aprendizagem cultural. (FONSECA, 2010,P.13)
A fase mais importante do desenvolvimento de um ser humano é a infância, pois é nela que acontece a aquisição de conhecimento e da aprendizagem. Vamos nos atentar neste momento a faixa etária de 2 a 5 anos que compreende as turmas de maternal e pré-escolar. Ao observamos esta crianças podemos ver o quão grande poder de movimentação possuem essas crianças, elas experimentam e deixam se experimentar a toda sorte de novidades. Sua interação com o meio em que vive (escola) e as suas relações interpessoais são intensas.
Essa faixa etária de 2 a 5 anos compreende as fases Sensório-Motor e Pré-operatório na teoria Piagetiana. O estágio Sensório –Motor que compreende a faixa etária de 0 a 2 anos e o estágio em que o bebê encontra-se em um mundo desconhecido com várias oportunidades e possibilidades a serem descobertas, seu grau de afetividade e totalmente relacionado a figura materna. Ao longo desses 2 anos a criança diferencia o que é dela do que é do mundo, adquire noção de casualidade, espaço e tempo, interage com o meio demonstrando uma inteligência fundamentalmente prática.(PALANGA, 2001,p.24)
Já no estagio Pré-operatório que compreende as idades de 2 a 7 anos podemos observa que o aparecimento da função simbólica, ou seja, o aparecimento da linguagem. PALANGA, 2001, p.25, o principal processo desse período é a capacidade simbólica instalada em suas formas diferentes: a linguagem, o jogo simbólico, a imitação postergada, etc. A criança nesta fase á capaz de distinguir um significante (imagem, palavra ou símbolo) do seu significado (objeto ausente). A criança começa a diferenciar a fantasia do real. Há também a predominância da conduta egocêntrica, ou seja, a criança vê o mundo
de acordo com suas próprias expectativas, pensamento centrado no próprio ponto de vista. Instala-se também o desejo de explicações dos fenômenos denominada fase dos “porquês”.
Com base nisso vemos que esses períodos são totalmente apropriados para que o assunto psicomotricidade venha a ser inserido no contexto escolar para que possa vir a auxiliar os professores dessas turmas tanto aos professores regentes quanto aos profissionais de educação física.
De acordo com VIEIRA, 2010, ASSUNÇÃO E COELHO, 1997, p.108, diz que a psicomotricidade é a educação do movimento com atuação sobre o intelecto, numa relação entre pensamento e ação, englobando funções neurológicas e psíquicas.
A Psicomotricidade no contexto escolar principalmente na primeira etapa da Educação Básica que a Educação infantil, tem como objetivo auxiliar no desenvolvimento motor, afetivo e social do aluno, através de atividades lúdicas que possam alcançar os educando, fazendo com que eles se exercitem de forma lúdica e espontânea.
Sabemos que o corpo fala se sentimos algo que não podemos dizer com palavras ele irá se expressar por movimentos, através da dor ou de um sorriso. A psicomotricidade não busca somente a eficiência de movimentos, mais também a eficiência psicológica.
A criança por meio da psicomotricidade terá possibilidade de vivencia este corpo através da pratica corporal do movimento. Ela por si só já se alto experimenta e através de atividades que explorem a expressão corporal e o esquema corporal através de brincadeiras, serão de grande valia para que este corpo vivido se interaja consigo com o outro.
No meio escolar encontramos várias opções de conteúdo a serem abordados dentro das escolas de acordo com cada modalidade de ensino. Restringiremos-nos nesta pesquisa ao primeiro nível escolar da Educação Básica, que é a Educação Infantil, mais precisamente com crianças de 2 a 5anos de idade, pois entendemos ser a fase onde a criança tem uma maior gana de aprendizagem, pois tudo é novo, interessante. E como umas das opções de conteúdos para esta fase, vemos como primordial a Educação Psicomotora, que poderá ser trabalhada de forma conjunta com outros conteúdos.
A educação infantil é a fase escolar que tem maior importância, pois é quando ainda é possível melhorar a estrutura para uma boa adaptação à realidade, com menos defesas neuróticas. (LAPIERRE, 1986, p.74)
De acordo com CAMPÃO, 2008, p.1, quase todas as teorias do desenvolvimento humano admite que a idade pré-escolar é de fundamental importância na vida, por ser esse período em que fundamentos da personalidades do indivíduo começam a tomar formas claras e definidas, e é nessa visão que a educação psicomotora vem se integrar, ou seja, oferecer atividades para que essa formação de personalidade possa acontecer.
A educação psicomotora tem um papel importante no processo ensino- aprendizagem na vida de uma criança, pois nela existe uma oportunidade de que em cada atividade proposta, se apresenta situações desafiadoras para os alunos, para que eles possam transpassar seus limites e dificuldades.
Podemos definir a Educação psicomotora como um conjunto de atividades recreativas e lúdicas, com objetivos pré-estabelecidos e que possibilitam o desenvolvimento cognitivo, afetivo, social e motor da criança. O fator principal da educação psicomotora deve ser o desenvolvimento global do aluno. Devemos priorizar o desenvolvimento do educando como um todo não separando a parte cognitiva da motora, nem a afetiva do social.
Entendemos também que a educação psicomotora pode ser associada como uma educação pelo movimento, pois pelo movimento a criança aprende sobre os limites de seu corpo, até onde ele pode ir. A consciência corporal, e o esquema corporal, traz essa possibilidade de experimentação.
Segundo LE BOULCH, 1987, p.15, o objetivo central da educação pelo movimento é contribuir ao desenvolvimento psicomotor da criança, de quem depende, ao mesmo tempo, a evolução de sua personalidade e o sucesso escolar. Uma educação pelo movimento possibilita ao aluno um desenvolvimento global através do próprio movimento, da ação e da experiência de troca de aluno professor e professor-aluno.
Neste contexto podemos observar que uma criança que explore bem seu corpo, através da criatividade da expressão corporal e seja capaz de entendê-lo, tem grandes possibilidades de ter grande êxito na sua vida escolar no que se diz respeito à parte cognitiva.
Consideramos que um excelente e importante instrumento de trabalho para a Educação Psicomotora são os jogos e as brincadeiras, pois de acordo com CAMPÃO, 2008, p.1, eles servem para auxiliar o desenvolvimento das crianças, seja no plano motor, afetivo ou cognitivo com finalidade de promover um estilo de vida ativo e saudável, conduzindo a uma qualidade de vida satisfatória.
FREIRE, 2009, p.37, diz que segundo teorias, a criança tem acesso ao símbolo entre um e dois anos mais ou menos. Nesta faixa etária a criança já esta começando a frequentar o espaço escolar e é através dos brinquedos simbólicos, da convivência com outras crianças, que ela poderá desenvolver área cognitiva, motora, afetiva e social. De acordo com COSTA, 2010, Segundo ARNOLD GESELL (1985) a criança de quatro anos têm espírito vigoroso e afirmativo, avançam por jatos de imaginação e movimento dominando seu equipamento motor, incluindo voz, por isso é muito faladora. As crianças de cinco anos já conseguem lidar melhor com turbilhão das descobertas do ano anterior, o que já pode trazer sentimentos de calma e segurança, seu domínio motor delicado evoluiu e ela mostra-se sincera, risonha, sensível e responsável, verdadeiramente à vontade em seu mundo, com certa tendência para uma grande “faladora”, expressando e criando ideias e ações.
O brinquedo simbólico é tão rico para o desenvolvimento da criança que uma análise superficial nem de longe chega a apreender todas as suas possibilidades. (FREIRE, 2009, p.40)
No brinquedo simbólico poderemos observa que o corpo será o instrumento de trabalho, não somente ele, mais consideramos o primordial, pois é através dele que a criança irá se expressar. Neste contexto podemos dizer também que a expressão corporal e a imagem corporal também estão em evidência neste aspecto, o da simbologia.
A criança não só brinca, ela joga também. O jogo é outro recurso importante durante as atividades físicas das crianças que estão na educação infantil para ser mais precisa, entre crianças de 2 a 5 anos. O jogo tem sua importância devida contribuir para o desenvolvimento integral da criança. É através do jogo que poderão acontecer mudanças nos aspectos físicos, intelectuais, morais, afetivos, dentre outros. A criança pelo jogo poderá vivenciar e experimentar situações de conflitos, tomadas de decisões, e outros.
Segundo o Referencial Curricular Nacional (1998), para a Educação Infantil, o desenvolvimento da criança acontece através do lúdico. Ela precisa brincar ter prazer e alegria para crescer, precisa do jogo como forma de equilíbrio entre ela e o mundo, portanto, a atividade escolar deverá ser uma forma de fazer e de trabalho, fazendo com que a criança tenha um desenvolvimento completo.
Segundo GIOCA, 2001, p.7, a criança repete no jogo as impressões que vivência no cotidiano. O jogo é uma atividade que a criança necessita para atuar em tudo que a rodeio e desenvolve seu conhecimento.
O jogo proporciona as crianças um domínio das habilidades físicas, motoras e até mesmo da comunicação. Por meio dele, a vivência dele a criança desenvolve seu intelecto, através da à atenção que é imposto pelo próprio jogo. Sua imaginação também é ativada, pois todos os seus desejos e vontades são expressos pelo jogo. Podemos dizer que o jogo é essencial na vida de uma criança toma posse daquilo que ela vê da realidade.
Segundo GIOCA, 2001, p.27, na faixa etária de 2 a 4 anos, aproximadamente, onde se verifica a presença dos verdadeiros jogos simbólicos, instala-se uma forma de jogo aparente mente diferente, caracterizada pela projeção de esquema de imitação.
De acordo com PIAGET (1946), o jogo simbólico, faz parte da fase pré- operatória (dos 2 aos 6 anos de idade), onde a criança, além do prazer, começa a utilizar a simbologia. A função simbólica já está estruturada e começa a fazer imagens mentais e já domina a linguagem falada. Com base no trecho assim podemos dizer que os jogos simbólicos que necessitam de representação, ou seja, a criança precisa diferencia o significante do significado. Nos jogos simbólicos a uma presença muito grande do prazer e a descoberta do significado das coisas.
A criança a todo o momento vivência o jogo simbólico. Podemos citar aqui algumas situações, quando a criança imita sua mãe ou seu cuidador nos serviços