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Este texto é baseado em um trabalho escolar para a disciplina de sociologia. Os autores desenvolvem temas relacionados à cultura e suas múltiplas facetas, analisando o filme 'delírios de consumo de becky bloom' em conjugação com o texto 'indústria cultural, cultura industrial' de teixeira coelho. A sinopse do filme, a história de rebecca bloomwood, uma jovem compradora compulsiva, é apresentada, além de uma análise sobre como a indústria cultural manipula o consumidor.
O que você vai aprender
Tipologia: Slides
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Não perca as partes importantes!
Revista Perspectiva Sociológica , n.º 8, 2º Sem./2011.
Pensando um filme, pensando um mundo... Amanda Gomes Monique Moledo Roberto Barcellos Thaís Ribeiro* “ Eu gosto de fazer compras. Há alguma coisa tão errada nisso? As lojas estão lá para serem aproveitadas. A experiência é agradável. Bem, mais do que agradável. É linda! O brilho da seda ostentada num manequim. O cheiro do couro de uns sapatos italianos novos. A emoção que se sente quando se passa o cartão... Então é aprovado. E é tudo nosso! A alegria que se sente quando se compra alguma coisa, e é só você e as compras. Basta entregar um cartãozinho. Não é a melhor sensação do mundo? (...) Nós nos sentimos tão confiantes, e vivos, e felizes, e confortáveis. ”
(Rebecca Bloomwood, Delírios de Consumo de Becky Bloom )
*Alunos da 3ª série do Ensino Médio do Colégio Pedro II da Unidade Descentralizada Niterói.
Introdução
Este texto é resultado de um trabalho escolar para a disciplina Sociologia. Nele estão desenvolvidos temas relacionados à cultura e às suas muitas facetas, fundamentadas na análise do filme Delírios de Consumo de Becky Bloom (Confessions Of A Shopaholic ; 2009) em sua conjugação com o texto Indústria cultural, cultura industrial , extraído do livro “O que é industria cultural”, de Teixeira Coelho (1985).
Sinopse: Delírios de Consumo de Becky Bloom
Rebecca Bloomwood é uma jovem jornalista compradora compulsiva, que se vê, de repente, desempregada e com uma dívida de U$$ 16.000, conseqüência de seu consumismo. Seu sonho é trabalhar em sua revista de moda favorita ( Alette ), e esse parece ser o momento oportuno para tentar torná-lo realidade. Mas, por ironia do destino, ela consegue emprego como colunista em uma revista de finanças publicada pela mesma editora, trabalho que ela aceita acreditando ser uma chance de estar mais próxima de entrar para a Alette. Nesta função, acaba ganhando destaque por escrever sobe economia de modo simples, geralmente fazendo analogias com o mercado capitalista, mas sempre escondendo seu grande fracasso em administrar as próprias finanças. Para controlar a situação, Becky procura um grupo de ajuda (Consumistas
trocados por moeda; promove a deturpação e a degradação do gosto popular; simplifica ao máximo seus produtos, de modo a obter uma atitude sempre passiva do consumidor; assume uma atitude paternalista, dirigindo o consumidor ao invés de colocar-se a sua disposição. Pode-se então concluir que a indústria cultural, objetivando lucro, distorce a imagem do que é e do que não é necessário para o indivíduo, utilizando-se de marcas e preços (liquidações, por exemplo), persuadindo o consumidor a consumir. Caracteriza-se assim uma forma de alienação: do que eu preciso, do que eu não preciso?
Em outra cena, Becky é convidada a um evento onde poderá encontrar Alette Naylor. Seu plano é surpreendê-la de modo a estar mais próxima de ser transferida da revista de economia em que trabalha para a revista de moda de seus sonhos. Sua primeira reação é a aparente necessidade de comprar um novo vestido. A amiga consegue impedi-la e sugere um vestido já comprado. Rebecca aceita a ideia, dizendo ter esquecido que tinha o vestido. Aqui fica explícito a menção que se relaciona à deturpação do que é necessário ou não para o indivíduo na sociedade capitalista. Os meios de comunicação de massa como a televisão, o cinema, as revistas e a internet promovem esta predisposição ao impulso consumista, à reação inicial de que o produto oferecido é necessário, como se ele fosse passar a fazer parte da personalidade do indivíduo depois de adquirido. Em um momento curioso do filme, Rebecca elucida uma das faces do capitalismo: “ Diziam que eu era uma cliente valiosa. Agora me enviam cartas odiosas ”, referindo-se às contas de cobrança de dívidas. Aqui percebemos a transformação do consumidor em produto; ele é apenas mais peça do sistema,
“vale o que gasta”.
Personagem: Por que você compra? Rebecca: Porque quando faço compras, o mundo fica melhor. O mundo é melhor. E depois já não é mais. E eu preciso comprar de novo. A partir do diálogo acima chegamos a um ponto crucial do filme: a diferença entre custo e valor. Rebecca nos mostra que o produto oferecido pela indústria cultural (neste caso, a moda) perde o valor depois de comprado. Ele é uma ideia, uma construção ideológica. Os meios de comunicação a fazem acreditar que tudo será melhor se ela adquirir determinado produto, mas, na prática, o que acontece é que depois de adquirido, o produto perde seu valor, frustra o consumidor. E então recomeça o ciclo da necessidade alienada por novos produtos do mercado, a compra e a consequente frustração.
Podemos definir a diferença entre custo e valor como o primeiro sendo o preço associado a um produto para que ele se torne “propriedade privada” e o segundo como o significado simbólico que algo adquire em determinada circunstância. No início do filme, temos o exemplo da écharpe verde associado a um custo de U$$120; ao final do filme, a écharpe tem um grande valor simbólico para Becky, tendo se tornado um importante elemento da história. Chegando ao final do filme, há uma cena em que Alette Naylor visita Rebecca e a oferece uma coluna na revista Alette , o que era tudo que ela sempre quis. A coluna se chamaria “ Moda Acessível ”, mas temos um impasse quando Alette Naylor
Bibliografia
TOMAZI, Nelson Darcio. Sociologia para Ensino Médio , SP: Editora Atual, 2007. COELHO, Teixeira. O que é indústria cultural , SP: Brasiliense, 2003.
Ficha Filmográfica: Os Delírios de Consumo de Becky Bloom Título original: Confessions of a Shopaholic Duração: 104 min Gênero: Comédia romântica Direção: P. J. Hogan Ano: 2009 País de Origem: EUA Roteiro: Tracey Jackson, Tim Firth e Kayla Alpert (baseado em livros de Sophie Kinsella) Elenco: Isla Fisher (Rebecca Bloomwood), Hugh Dancy (Luke Brandon) e Krysten Ritter (Suze)