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uma breve estudo da geografia biblica no decorrer do tempo
Tipologia: Esquemas
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A Geografia da Terra Santa é prodigiosa. Mas onde está o seu prodígio? Onde o seu milagre? A possessão de Jacó não é um grande território; é um dos países mais exíguos do mundo. Na federação brasileira, seria menor que o menor de nossos estados. Sua pequenez, porém, não impede que seus montes e vales, planaltos e campinas, rios e lagos, estejam entre os mais conhecidos do mundo. Quando lemos a Bíblia, deparamo-nos com centenas de nomes de lugares da Terra Santa, onde se desenvolveu a maravilhosa História da Salvação. Movidos por irreprimível curiosidade, desejamos conhecer tudo isso “in loco”. Nem sempre, porém, é possível fazê- lo. – E por que não visitá-los, então, espiritualmente? Apelemos, pois, à Geografia Bíblica. Nas asas de suas minuciosas e exatas descrições, voemos a Israel. II. O QUE É A GEOGRAFIA. Durante séculos, a Geografia limitou-se a descrever a Terra. A partir do século XIX, entretanto, assumiu um caráter mais científico. Hoje, não se limita a descrever; propõe-se também a explicar os fatos e suas diversas relações.Etimologicamente, a palavra geografia vem de dois vocábulos gregos: geo , terra e graphein , descrever. Por conseguinte, Geografia é a ciência que tem por objeto a descrição sistemática e ordenada da superfície da Terra. Detém-se ela no estudo dos seus acidentes físicos, solos, vegetações e climas. III. A GEOGRAFIA BÍBLICA E SUA IMPORTÂNCIA. Parte da Geografia Geral, tem a Geografia Bíblica, por objetivo o conhecimento das diferentes áreas da Terra relacionadas com as Sagradas Escrituras. A Geografia Bíblica, definida por J. Mackee Adams como o “painel bíblico em que o Reino de Deus teve o seu início e onde experimentou seus triunfos”, é indispensável a todos os estudiosos da Bíblia. IV. A HISTÓRIA DE ISRAEL COMEÇA NO CRESCENTE FÉRTIL. O Crescente Fértil, não obstante sua vital importância à História da Salvação, é um insignificante retângulo localizado na Ásia Ocidental. Encerrando uma área de 2.184. km, representa apenas a 234ª^ parte da superfície da Terra. Essa região estende-se em forma semicircular entre o Golfo Pérsico e o Sul da Palestina. No Crescente Fértil, conhecido, também como Mesopotâmia (literalmente “entre rios”), floresceram duas grandes civilizações: ao Norte, a Assíria; ao Sul, a Babilônia ou Caldéia. Os rios Tigres e Eufrates cercam esse misterioso território, ocupado, atualmente, pelo Iraque. O Jardim do Éden, segundo a narrativa bíblica, localizava-se nas nascentes de ambos os rios. Foi em Ur dos Caldeus, uma das mais progressistas e desenvolvidas cidades do Crescente Fértil, que teve início a história de Israel. Tudo começou com a chamada de Abraão, o pai do povo escolhido. A) NOMES DE ISRAEL: Canaã. Após a dispersão da humanidade, ocorrida quando da construção da Torre de Babel, os descendentes de Canaã, filho de Cam e neto de Noé, fixaram-se na terra que seriam entregues a Abraão. Isso ocorreu há mais de dois mil anos a.C. Nessas paragens, conhecidas por sua fertilidade e riquezas naturais, os cananeus multiplicaram-se sobremaneira.
Esse país, a partir de então, passou a ser conhecido como Canaã, o mais antigo nome do território israelita. Eis o significado literal desse nome: “habitantes de terras baixas”. Tendo em vista essa etimologia, concluímos: os cananeus adoravam as planícies! Os descendentes de Canaã, dominavam do Mediterrâneo ao rio Jordão. Com o passar dos séculos, Canaã passou a Ter uma conotação poética. (Êx 3.8). Terra dos amorreus. O território que Deus entregou aos judeus era conhecido na antiguidade, também como Terra dos Amorreus. Essa designação é encontrada tanto no Antigo Testamento, como nos escritos profanos. É um dos mais antigos nomes da Terra Santa. Terra dos hebreus. De conformidade com a árvore genealógica de Sem, os israelitas são descendentes de Héber. O território judaico, por esse motivo, era conhecido, ainda como Terra dos Hebreus. Terra de Israel. Sob o comando de Josué, os israelitas tomaram Canaã, no Século XV a.C. A partir de então, passaram as possessões cananéias a ser designadas desta forma: Terra de Israel. Esse é o nome mais comum da Terra Santa. Após o cisma do reino salomônico, essa nomenclatura passou a designar, apenas, as terras ocupadas pelas 10 tribos do Norte. Com os Exílios, a Terra de Israel torna-se um nome esquecido. No entanto, com a criação do moderno Estado de Israel, em 1948, todo escárnio que pesava sobre os descendentes de Jacó foi tirado. Terra de Judá. Depois de vencer os cananeus, Josué passou a dividir a Terra da Promessa. Coube à tribo de Judá, uma herança localizada no Sul dessas inebriantes possessões. O território herdado pelo mais intrépido e bravo filho de Israel ficou conhecido como Terra de Judá. Contudo, após o cisma do reino davídico, ocorrido no ano 931 a.C., essa designação passou a incluir, também, as terras de Benjamim. Terminado o cativeiro babilônico, em 558 a.C., o povo de Judá retorna à sua herança, sob o comando de Zorobabel. Inspirados pela liderança eficaz de Neemias, pela erudição de Esdras, pelo zelo sacerdotal de Josué e pelo fervor profético de Ageu e Zacarias, os judeus reorganizam-se nacionalmente. E, seus habitantes, consequentemente, começaram a ser chamados de judeus. Terra Prometida. No Século XX a.C., Deus fez uma grande promessa a Abraão, registrada em Gênesis, 12.1-
bíblicos, entretanto, prefere classificá-la de planície mesmo. É uma das áreas mais estratégicas de Israel. Constitui-se numa via de comunicação natural entre a cidade de Damasco e o Mar Mediterrâneo. Nessa planície, o povo de Deus sofrerá as mais lancinantes dores de sua história. Jesus Cristo, todavia, escolheu esse lugar para reconciliar-se com os filhos de Israel. Quando isso ocorrer, os israelitas livrar-se-ão, para sempre, de seus algozes. Outras Planícies Deparamo-nos, na Terra de Israel, com outras planícies, tais como as de Jericó, Dotam, Moabe, Genezaré, etc. Mas, por serem pequenas, não são muito importantes no contexto histórico-bíblico. D) VALES DA TERRA SANTA. Israel é uma terra abundante em vales. Vale é uma depressão alongada entre montes ou quaisquer superfícies. Essa palavra é bastante comum no A.T. Encontramo-la 188 vezes nas escrituras hebraicas. No N.T., contudo, é mencionada apenas uma vez. Estudaremos, apenas os principais: Vale Do Jordão. Eis o maior vale de Israel. Começa no sopé do monte Hermom (no Norte) e vai até o mar Morto (no Sul). Constituindo-se de uma grande fenda geológica, esse portentoso vale, em seu ponto inicial, tem uma largura de 100 metros. Alarga-se, porém, pouco a pouco, nas proximidades do mar da Galiléia, chega a três quilômetros; e, nas imediações do mar Morto, a 15. Depois, no entanto, começa a estreitar-se novamente. Nesse vale, corre o rio Jordão, onde Jesus foi batizado. O Jordão é, ainda, o mais profundo vale de toda a Terra: encontra-se a 426 metros abaixo do nível do mar Mediterrâneo. Vale De Jezreel. Começa nas nascentes do ribeiro de Jalud e termina no vale do Jordão, nas cercanias de Bete-Seã. Nas proximidades desse vale, localiza-se a moderna cidade de Zerim. Vale De Acor. O pecado de Acã trouxe sérios prejuízos a Israel. A punição, de acordo com o livro de Josué, deu-se no Vale de Acor. (Js 7.24-26). Nesse vale, localizado entre as terras de Judá e Benjamim, ficavam as fortalezas de Midim, Secacá e Nibsam. Acor, informa o Novo Dicionário da Bíblia, é o primeiro nome locativo a ser mencionado no rolo de cobre de Qumram. Vale De Aijalom. Foi palco de um dos maiores milagres já presenciados por qualquer ser humano. Foi nessa região que, por uma ordem de Josué, o Sol deteve-se sobre os amorreus, possibilitando às forças israelitas, estrondosa vitória. Nesse mesmo lugar, no Século II a.C., Judas Macabeu obteve decisivo triunfo sobre as forças de Antíoco Epífanes, tirano grego da Síria. Aijalom localiza-se nas imediações de Sefelá, a 24 km a noroeste de Jerusalém. Com 18 km de comprimento e nove de largura, esse vale abrigou, no ano 70 de nossa era, as tropas romanas, comandadas pelo general Tito. Desse vale, os romanos saíram para destruir Jerusalém e o Templo. Localiza-se, nessa área, atualmente, a cidade de Yalo, onde há importantes indústrias. Vale De Escol. Uma região fértil e abundante em vinhedas. John Davis fornece-nos mais algumas informações acerca desse lugar de fartura: “...celebrizou-se pela exuberância de vinhedos, produtores de dulcíssimos cachos. Ignora-se se este nome era já conhecido antes dos tempos de Moisés. Como quer que seja, Hebrom relembrava aos israelitas o local onde os espias enviados por Moisés para reconhecer a terra, cortaram o famoso cacho de uvas, que
dois deles trouxeram enfiado em uma vara.” Atualmente, rende consideráveis divisas ao Estado de Israel, com suas uvas, romãs e figos. Escol, em hebraico, significa cacho. Vale De Hebrom. Durante suas constantes e árduas peregrinações, o piedoso patriarca Abraão fixou-se, certa feita, no Vale de Hebrom, onde fica um lugar chamado Manre. Abraão construiu um altar; recebeu a divina promessa de um filho; e, intercedeu pelos concupiscentes sodomitas. O Vale de Hebrom serviu também de sepulcro à família patriarcal. Na saliente sepultura de Macpela, repousam os ossos dos primeiros ancestrais do povo escolhido. Localizado a 30 km a sudoeste de Jerusalém, o vale de Hebrom está a quase mil metros acima do nível do nível do Mediterrâneo. Sua extensão é de 30 quilômetros. Vale De Sidim. Nesse Vale, localizado na extremidade meridional do mar Morto, ficavam as impenitentes cidades de Sodoma e Gomorra. Nesse lugar, a coligação de Quedorlaomer defrontou-se com os exércitos dos cinco reis. A intervenção de Abraão, nesse combate, foi decisiva. O piedoso patriarca mostrou que, além de homem de fé, era, também, um intrépido guerreiro. Nessa região, havia muitos poços de betume, segundo informa-nos Moisés no livro de Gênesis 14.3-8. Hodiernamente, o Vale de Sidim é aridificado, sem vida. Nos dias de Ló, contudo, parecia o próprio Éden. Recentemente, a arqueologia, com o auxílio de outras ciências, encontrou, no vale de Sidim, vestígios de antiquíssimas cidades. De acordo com as pesquisas científicas, esses povoados foram destruídos por uma grande explosão. Uma vez mais, a veracidade das escrituras Sagradas é corroborada pela ciência. Vale De Siquém. Nesse vale, Jesus falou do Reino de Deus a uma pobre e sedenta samaritana. – Onde fica o Poço de Jacó? – No Vale de Siquém. Com os seus 12 quilômetros de comprimento, de seu solo explode exuberante vegetação. Foi o primeiro lar do patriarca Abraão. Nesse lugar, cujo nome significa ombro em hebraico, Jacó armou a sua tenda, ao voltar de Harã; Diná foi deflorada pelo imprudente príncipe Siquém; Simeão e Levi cometeram grande chacina para vingar a irmã; e o governador José foi sepultado. Nesse vale, localizado entre os montes Gerizim e Ebal, no centro de Israel, fica a moderna cidade de Nablus. Vale De Moabe. É o Vale de Moabe o mais dilatado dos três vales que desembocam na planície moabita. Localizada a nordeste do mar Morto, essa região era habitada pelos incestuosos filhos de Ló, que muitos danos causaram aos israelitas. Moisés morreu em Moabe. Dessas terras, o maior legislador do Antigo testamento avistou Canaã. E, então, com a serenidade própria dos anjos, adormeceu. Não obstante amaldiçoados, a misericórdia alcançou os filhos de Moabe por intermédio de Rute. Nessa região, foi encontrada a famosa Pedra Moabita, em 1868 nas ruínas de Dibom, antiga cidade Moabita. E) PLANALTOS DA TERRA SANTA. Em Israel, há dois grandes planaltos: o Central e o Oriental. O primeiro é, praticamente, uma continuação dos famosos montes Líbanos; sai do centro do país em direção norte-sul. O segundo é considerado pela maioria dos geógrafos um apêndice do Ante-Líbano; segue a mesma direção do anterior. Ambos, têm uma altitude média que varia entre 700 a 1. metros. O que é um planalto? Grande extensão de terreno plano ou pouco ondulado, elevado, cortado por vales nele encaixados. O Planalto Central compreende os planaltos de Naftali, Efraim e Judá. O Planalto Oriental, de igual modo, possui três importantes planaltos: Basam, Gileade e Moabe. MONTES DA TERRA SANTA. Os montes sempre exerceram fortíssima influência sobre o espírito do povo de Deus. Nessas elevações, vislumbravam os israelitas a magnitude divina. Foi no Sinai, aliás, que os hebreus adquiriram seu corpo doutrinal.
Monte Tabor. Localizado também na Galiléia, o Tabor tem 320 metros de altura. Trata-se de um monte solitário, plantado na luxuriante Esdraelom. Visto do Sul, lembra-nos um semicírculo. Dista a apenas 10 quilômetros de Nazaré e a 16 do mar da Galiléia. Situa-se a 615 metros acima do nível do Mediterrâneo. O Tabor é muito importante no Antigo testamento. Em suas cercanias, os exércitos de Débora e Baraque combateram as forças de Sísera. Mais tarde, Gideão, nessa mesma área, colocou em fuga os batalhões dos midianitas. Nos dias de Oséias, foi construído um santuário pagão sobre o monte Tabor. (Os 5.1). A partir do Século III de nossa era, renomados teólogos começaram a ventilar esta hipótese: A transfiguração de Cristo deu-se no Monte Tabor. Hoje, todavia, acredita-se que a transfiguração ocorreu nas encostas sulinas do monte Hermom. Monte Gilboa. Com 13 quilômetros de comprimento e com uma largura que varia entre 5 a 8 quilômetros, o Monte Gilboa está localizado no Sudeste da planície de Jezreel. Sua forma é alongada. Situa-se a 543 metros de altitude. Em Gilboa, que significa fonte borbulhante em hebraico, morreram o rei Saul e seu filho Jônatas, quando combatiam com os incircuncisos filisteus. ( Sm 1.21). Monte Hatim. Localizado nas proximidades do mar da Galiléia, o monte Hatim compõe o chamado Cornos de Hatim. Sua altitude não ultrapassa os 180 metros. É um lugar bastante atrativo. De seu topo, pode-se avistar o Mar da Galiléia. Seus dois picos principais têm a aparência de chifres. Acredita-se Ter sido esse o monte, do qual Cristo pronunciou o célebre Sermão da Montanha. O Hatim é conhecido, de igual modo, como o Monte das bem-aventuranças. MONTES TRANSJORDANIANOS. Monte de Gileade. Trata-se de um conjunto montanhoso. Vai do Sul do Rio Yarmuque ao mar Morto. Gileade é dividido pelo Ribeiro de Jaboque, onde Jacó lutou com o Anjo do Senhor. O profeta Elias é originário dessa terra. No tempo de Jesus, esse território era conhecido como Peréia. Monte de Basam. Basam é um dilatado e fertilíssimo conjunto de montanhas. Ao norte, limita-se com o monte Hermom. Ao leste, com a região desértica da Síria e da Arábia. A oeste, com o Jordão e o mar da Galiléia. E, ao sul, com o Vale do Yarmuque. Assim refere-se Davi a esse monte: “O monte de Deus é como o monte de Basam, um monte elevado como o monte de Basam”. (Sl 68.15). Nos dias de Abraão, o monte Basam era habitado pelos temidos refains, um povo constituído de homens de elevada estatura. O último soberano dessa nação foi executado pelos israelitas. Trata-se de Ogue, cuja cama media aproximadamente quatro metros de comprimento e quase dois de largura. Essa área foi destinada, por Moisés, aos manassitas. Monte Pisga. Do cimo do monte Pisga, contemplou Moisés a Terra Prometida. (Dt 34.1,6). O Pisga está localizado na planície de Moabe. Dista 15 quilômetros do Leste da foz do rio Jordão. Moisés vislumbrou o solo da promissão de uma altura de 800 metros. É conhecido também como Nebo. Monte Peor. Está localizado nas imediações do Nebo. Em hebraico, “Peor” significa abertura. Nesse monte era adorado o imoral Baal-Peor. Do Monte Peor, tentou Balaão amaldiçoar os filhos de Israel. No entanto, seus esforços foram em vão. Como último recurso para prejudicar a marcha dos israelitas, induziu-os a participar das sensuais cerimônias de adoração de Baal- Peor. Não fosse a ação pronta e enérgica de Moisés, os hebreus teriam se corrompido completamente. (Dt 4.3).
Monte Sinai. O Sinai constitui-se de uma península montanhosa, localizada entre os golfos de Suez e Acaba. Nessa região, Deus apareceu a Moisés e o comissionou a libertar Israel do jugo faraônico. Em frente a esse monte, ficaram os israelitas acampados por quase um ano. Nesse santo lugar, o Senhor entregou a Lei aos filhos de Israel (Êx 19 e Nm 10). Conhecido também como Horebe, o monte Sinai serviu de refúgio a Elias. Nele, Elias escondeu-se da perversa Jezabel. “Sinai”, segundo os exegetas, significa sarça ardente., fendido ou rachado. Nas Sagradas Escrituras, esse monte recebe três diferentes designações: Monte Sinai, Horebe e Monte de Deus. Essa sagrada elevação tem uma forma triangular. Seus vértices superiores repousam nos territórios asiático e africano. Ao Leste, é banhada pelo Golfo de Acaba. Ao Ocidente, pelo Golfo de Suez. A área da península do Sinai mede 35.000 quadrados. O Sinai pertencia ao Egito. No entanto, na Guerra dos Seis Dias, em 1967, Israel capturou toda essa região. Segundo a Palavra de Deus, a região do Sinai pertence, de fato, aos israelitas. F) DESERTOS DA TERRA SANTA. A palavra hebraica mais traduzida como deserto é “midbar”. Ela tem vários significados: região plana e apropriada à criação de gado; área meio fértil e meio árida e deserto propriamente dito. Atualmente, contudo, o termo deserto designa, segundo a Enciclopédia Mirador, regiões de escassas precipitações e nas quais a cobertura vegetal é praticamente nula ou, então, está reduzida a algumas plantas isoladas. Deserto Do Sinai. Os filhos de Israel caminharam no deserto durante quarenta anos. Nesse período, aprenderam a conviver com as agruras do Sinai. Não obstante a aridez daquele solo, nada lhes faltou. Supriu-lhes o Senhor todas as necessidades. Durante essas quatro décadas, os israelitas deixaram de ser um bando de escravos e transformaram-se em uma forte e robusta nação. O Deserto do Sinai recebe, ainda, estes nomes: Sur, Parã, Cades, Zim e Berseba. Vai do Noroeste da península do mesmo nome ao golfo do Suez. Nesse lugar, recebeu Israel a lei de Moisés. Deserto Da Judéia. As áreas localizadas do Leste dos montes de Judá ao rio Jordão e ao mar Morto formam o deserto da Judéia. Nessa árida região, perambulou Davi quando era perseguido pelo rei Saul. Nesse território, o rei Josafá obteve estrondosa vitória sobre as forças moabitas e amonitas. Nessa mesma região, o profeta Amós exerceu o seu ministério e João Batista clamou contra seus reticentes contemporâneos. Desertos De Jericó, Bete-Áven E Gabaom. Fica no território benjamita. Esse desolado território forma, segundo descreve o pastor Tognini, um longo desfiladeiro rochoso de cerca de 15 quilômetros que desce de Jerusalém a Jericó. Nessa área, há muitas cavernas, nas quais escondem-se malfeitores. Essa região serviu de cenário para a Parábola do Bom Samaritano, contada por Jesus Cristo. Bete-Áven e Gabaom são outros importantes desertos de Jericó. Em gabaom, por exemplo, obteve Josué importante vitória sobre os inimigos dos israelitas. Israel Vence Os Desertos. Cinquenta por cento das terras israelenses compõem o Deserto do Neguev. No entanto, o moderno Estado de Israel está vencendo a aridez de seus desertos e transformando-os em uns vergéis. “Os progressos obtidos por Israel na transformação do Neguev em um jardim regado são, de fato, impressionantes. Desde o início da década de 80 vêm sendo aplicados mais de três bilhões de dólares na construção de estradas, aquedutos e linhas de comunicação, a fim de abrigar novas instalações militares e cerca de uma centena de novos povoados agrícolas. E a chave para toda essa revitalização do deserto reside no aumento das fontes hidrológicas. Há inclusive, um projeto arrojado, que objetiva conduzir mais de um bilhão de toneladas de água por ano do Mediterrâneo para o mar Morto, através de um canal cortando o neguev. Esse grande canal levaria água fresca à indústria local e água dessalinada aos agricultores, além de resolver um sério problema: a alarmante evaporação
setentrional, divide-se em dois braços pela Península do Sinai. O braço ocidental é conhecido como Golfo de Suez. O oriental, Golfo de Akaba. Com quase dois mil quilômetros de comprimento, entre o estreito de Bad al-Mandeb e o Suez, no Egito, e cerca de 300 quilômetros de largura, somando uma área de 450.000 km2, o Mar Vermelho banha o Sudão, o Egito, e a Eritréia, a oeste; e a Arábia Saudita e o Iêmen, a leste. Uma pequena faixa do Golfo de Aqaba banha Israel e a Jordânia. No Mar Vermelho, encontramos o estreito de Bab al-Mandeb, que liga o extremo sul do mar ao oceano Índico. Essa passagem que faz do Mar Vermelho uma rota entre a Europa e a Ásia, é mantida aberta por meio de explosões e dragagens. Sobre o Golfo de Suez, discorre Buckland: “O Golfo de Suez gradualmente se tem estreitado desde a era cristã (Isaías 11.15 e 19.5), secando-se a língua do Mar Vermelho em uma distância de 50 milhas. Por isso vai-se tornando maior a dificuldade de determinar onde atravessaram os israelitas o Mar Vermelho; mas provavelmente devia ter sido perto dos atuais lagos Amargos. O livramento dos israelitas, na travessia do Mar Vermelho, tornou-se, no espírito da nação judaica, o maior fato da sua história”. Outros mares. A Bíblia fala também sobre o Mar Adriático, Mar Cáspio e o Mar Negro. G) RIOS DA TERRA SANTA: Na Terra Santa, os recursos hídricos são escassos. Uma das maiores preocupações do governo israelense é manter estável o abastecimento de água no país. Dos rios existentes em Israel, somente o Jordão merece, de fato, esse nome. Os outros seriam chamados de riachos por qualquer geógrafo brasileiro ou americano. A Bacia do Mediterrâneo é composta pelos seguintes rios: Belus, Quisom, Cana, Gaás, Serec e Besor. A Bacia do Jordão é formada pelos seguintes rios: Jordão, Querite, Cedrom, Iarmuque, Jaboque e Arnom. CONCLUSÃO. Sabemos que a Geografia Bíblica abrange muitos outros assuntos de relevância como: O estudo do Clima, a Economia, a Geografia Humana e Política, as Cidades e Estradas da Terra Santa. Todavia, o aluno poderá pesquisar sobre todos os assuntos que são encontrados em livros publicados em nosso país.