Docsity
Docsity

Prepare-se para as provas
Prepare-se para as provas

Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity


Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos para baixar

Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium


Guias e Dicas
Guias e Dicas

Olhar para o Sintoma na Linguagem: A Importância do Cinema na Clínica Fonoaudiológica, Notas de estudo de Psicanálise

Este texto discute a importância de utilizar o cinema como ferramenta de pesquisa na clínica fonoaudiológica para estudar o sintoma na linguagem. O autor argumenta que o cinema é um lugar singular para expressar diferenças, transformações e desafios na vida dos sujeitos, e pode retratar as relações entre pessoas. O olhar para o sintoma na linguagem é importante para a clínica fonoaudiológica, pois permite ouvir várias vozes e analisar a especificidade do sujeito em diferentes contextos narrativos. O texto também discute a importância de estudar o distúrbio de linguagem vinculado ao sujeito que o constitui.

O que você vai aprender

  • Qual é a importância de utilizar o cinema na clínica fonoaudiológica?
  • Por que o cinema é uma ferramenta útil para estudar o sintoma na linguagem?
  • Como o olhar para o sintoma na linguagem beneficia a clínica fonoaudiológica?
  • Como o cinema retrata as relações entre pessoas?
  • Qual é a importância de estudar o distúrbio de linguagem vinculado ao sujeito?

Tipologia: Notas de estudo

2022

Compartilhado em 07/11/2022

Gustavo_G
Gustavo_G 🇧🇷

4.6

(43)

226 documentos

1 / 84

Toggle sidebar

Esta página não é visível na pré-visualização

Não perca as partes importantes!

bg1
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE ODONTOLOGIA / INSTITUTO DE PSICOLOGIA
CURSO DE FONOAUDIOLOGIA
.
MARIELE PERUZZI FELIX
CINEMA E FONOAUDIOLOGIA: UM OLHAR PARA O SINTOMA
FONOAUDIOLÓGICO
Porto Alegre
2014
pf3
pf4
pf5
pf8
pf9
pfa
pfd
pfe
pff
pf12
pf13
pf14
pf15
pf16
pf17
pf18
pf19
pf1a
pf1b
pf1c
pf1d
pf1e
pf1f
pf20
pf21
pf22
pf23
pf24
pf25
pf26
pf27
pf28
pf29
pf2a
pf2b
pf2c
pf2d
pf2e
pf2f
pf30
pf31
pf32
pf33
pf34
pf35
pf36
pf37
pf38
pf39
pf3a
pf3b
pf3c
pf3d
pf3e
pf3f
pf40
pf41
pf42
pf43
pf44
pf45
pf46
pf47
pf48
pf49
pf4a
pf4b
pf4c
pf4d
pf4e
pf4f
pf50
pf51
pf52
pf53
pf54

Pré-visualização parcial do texto

Baixe Olhar para o Sintoma na Linguagem: A Importância do Cinema na Clínica Fonoaudiológica e outras Notas de estudo em PDF para Psicanálise, somente na Docsity!

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE ODONTOLOGIA / INSTITUTO DE PSICOLOGIA

CURSO DE FONOAUDIOLOGIA

MARIELE PERUZZI FELIX

CINEMA E FONOAUDIOLOGIA: UM OLHAR PARA O SINTOMA

FONOAUDIOLÓGICO

Porto Alegre 2014

MARIELE PERUZZI FELIX

CINEMA E FONOAUDIOLOGIA: UM OLHAR PARA O SINTOMA

FONOAUDIOLÓGICO

Trabalho de conclusão de curso apresentado como requisito parcial à conclusão do Curso de Fonoaudiologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul para obtenção do título de bacharel em Fonoaudiologia.

Orientador: Profª. Drª. Luiza Milano

Porto Alegre 2014

MARIELE PERUZZI FELIX

CINEMA E FONOAUDIOLOGIA: UM OLHAR PARA O SINTOMA

FONOAUDIOLÓGICO

Este Trabalho de Conclusão de Curso foi julgado e aprovado para obtenção do título em Bacharel em Fonoaudiologia no Curso de Graduação em Fonoaudiologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

Porto Alegre, 3 de dezembro de 2014.

Profª. Drª. Déborah Salle Levy Coordenadora COMGRAD Fonoaudiologia

Banca Examinadora

Profª. Drª. Luiza Milano


Orientador - UFRGS

Profª. Drª. Liliane Froemming


Examinador - UFRGS

Profª Mª. Leila Rechenberg


Examinador - UFRGS

Dedico este trabalho a todos os leitores que buscam um novo olhar, um olhar que se reinventa e que reconhece a singularidade do sujeito.

"Assim como em todas as formas de arte, quando estudamos um filme, estudamos a nós mesmos" (Gabbard, 1997, p. 433)

RESUMO

O Cinema e a Fonoaudiologia são dois campos em que o sintoma encontra lugar de escuta e de atenção. Este trabalho tem como objetivo investigar a forma com que o sintoma fonoaudiológico é retratado no cinema, buscando um olhar para o sintoma fonoaudiológico, identificando as particularidades dos sujeitos, seus sofrimentos e dificuldades. Para tanto, foram selecionados filmes específicos que ilustram a temática do sujeito que apresenta algum sofrimento na linguagem. Busca-se contribuir com uma reflexão sobre os aspectos ligados à relação entre Cinema e Fonoaudiologia. Não se propõe falar de um sintoma focando na visão da patologia, mas, sim, estar atento ao que não vai bem na linguagem do sujeito, e isso é algo que interessa à clínica de linguagem. O que se propõe é pensar nessa singularidade do ato enunciativo como a forma de o sujeito se colocar no discurso e de se reconhecer como sujeito falante da língua. A escolha de utilizar o cinema como ferramenta de pesquisa se deve ao fato de ser esse um lugar singular para expressar diferenças, transformações e desafios que ocorrem na vida dos sujeitos e, também, por ali termos retratadas

  • ainda que quase sempre de forma ficcional – as relações dos homens com outros homens.

Palavras-chave: Cinema; Fonoaudiologia; Sintoma; Clínica.

SUMÁRIO

4. CONSIDERAÇÕES ACERCA DO SINTOMA FONOAUDIOLÓGICO NO

    1. INTRODUÇÃO.........................................................................................
    1. CINEMA...................................................................................................
    • 2.1 Cinema e Clínica.........................................................................
    • 2.2 Cinema e Psicanálise..................................................................
    • 2.3 Cinema e Análise Fílmica....................................................,.......
    • 2.4 Cinema e Fonoaudiologia............................................................
    1. SINTOMA.................................................................................................
    • 3.1 Sintoma na Área Médica.............................................................
    • 3.2 Sintoma na Psicanálise................................................................
    • 3.3 A Escuta do Sintoma na Fonoaudiologia.....................................
      • 3.3.1 Sintoma na Clínica de Linguagem.................................
  • .................................................................................................................... CINEMA
    • 4.1Filme Meu pé esquerdo...............................................................
    • 4.2 Filme O discurso do rei...............................................................
    • 4.3 Filme O escafandro e a borboleta...............................................
    • 4.4 Filme Meu filho, meu mundo.......................................................
    • 4.5 Filme Mr. Holland, adorável professor........................................
    • 4.6 Filme Nell....................................................................................
    • 4.7 Filme Um golpe do destino.........................................................
    1. CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................
    1. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................................................
    1. IMAGEM EM MOVIMENTO....................................................................

10

1. INTRODUÇÃO

O Cinema e a Fonoaudiologia são dois campos em que o sintoma encontra lugar de escuta e de atenção.

O cinema lida com expressividade. Ao contar uma história, utiliza recursos visuais e sonoros que simbolizam informações de intenção comunicativa, histórica e emocional (Souza, 2010).

Um filme tem o poder de avançar sobre critérios em relação ao que pode ou deve ser olhado na tela do cinema, permitindo que o espectador possa criar um olhar em cima do olhar do diretor e tirar suas conclusões e entendimentos, sem precisar ser o protagonista. No cinema, pode-se ver nos filmes que o sofrimento se expressa de forma simbólica, que muitas vezes é metaforizada.

Uma forma de se viver o cinema é vê-lo como uma oportunidade singular de busca e desvendamento do próprio mundo interior, com uma forma de introspecção, um meio revelador dos estados da alma (Hausen, 2006). Esse olhar que traz essa descoberta ajuda também no reconhecimento da singularidade do sujeito que está sendo visto no filme, a busca pelo reconhecimento do sujeito na linguagem e de como a relação do sujeito com a linguagem se marca na forma que ele fala e se expressa.

A escolha de buscar o cinema como ferramenta de pesquisa se deve ao fato de ser esse um lugar singular para expressar diferenças, transformações e desafios que ocorrem na vida dos sujeitos e, também, por ali termos retratadas

  • ainda que quase sempre de forma ficcional – as relações dos homens com outros homens.

Como bem falou Oscar Wilde, “A vida imita a arte muito mais do que a arte imita a vida" (Wilde, 1992). Pensando nisso, acredita-se ser de grande relevância observar o que e como os filmes estão mostrando o que não vai bem na linguagem do sujeito que está representado em um filme.

12

que, em sua trama, ilustram a temática do sujeito que apresenta algum sofrimento na linguagem. O percurso desse trabalho será o de tentar refletir sobre a forma através da qual o sintoma é mostrado nesses filmes e como é abordado especificamente o sintoma na fala.

Alguns filmes ficaram de fora desse trabalho por não apresentarem o foco que é buscado, que é o de ver/analisar de que forma o cinema mostra o sofrimento do sujeito na ordem da linguagem, como é mostrado o sintoma desse sujeito, como ele instancia suas particularidades. Ou seja, embora alguns filmes, apesar de apresentarem uma temática que tangencia alterações de linguagem no contexto de transtornos globais, eles abordam desde outra perspectiva (psicológica, por exemplo).

13

2. CINEMA

No começo do século XX, o cinema inaugurou uma era de predominância das imagens. Mas quando apareceu, por volta de 1895, não possuía um código próprio e estava misturado a outras formas culturais, como os espetáculos de lanterna mágica, o teatro popular, os cartuns, as revistas ilustradas e os cartões-postais (Costa, 2006).

O advento do cinema no final do século XIX tem o caráter tanto de uma inovação tecnológica quanto do surgimento de uma nova arte. Uma linguagem específica começa a se produzir e, derivada ou combinada a ela, a emergência de um novo sujeito (Froemming, 2002).

O cinema se formou, antes de mais nada, a partir de si mesmo. Inventou a si mesmo e imediatamente se copiou, se reinventou e assim por diante (Carrière, 1994). O cinema sofre modificações em função do tempo, por exemplo, mas o que ocorre com ele é um autoconhecimento do como fazer e de que forma fazer, usando o que tem de disponível, arriscando e criando variações de si mesmo.

Há cerca de oito décadas, os espectadores que frequentavam as salas de cinema ainda não eram tão habilidosos com a linguagem própria que o cinema inventou para entender realmente o que se passava na tela do cinema. Um trem na tela, por exemplo, era motivo de pânico para o público, como se fosse sair das telas e invadir o espaço real dos espectadores (Souza, 2010).

Após tantas décadas, essa linguagem faz parte do inconsciente coletivo. Hoje, se uma personagem é focalizada a olhar através de uma janela alguém que passa na rua, por meio da expressão facial do ator que a representa, é possível prever que ele esteja pensando em algo relacionado à pessoa que passa. Não é necessário que alguém, um locutor, explique a cena (Carrière, 1995). O cinema desenvolveu a sua própria linguagem e os espectadores

15

uma gramática de incrível variedade. Nenhuma outra mídia ostenta um processo como esse (Carrière, 1994). O cinema soube criar a sua linguagem.

Essa linguagem do cinema é uma linguagem que está em constante descoberta, experimentação, uso e desuso. Muito do que já se utilizou de meios fílmicos, já sofreu uma grande transformação com a tecnologia, a evolução e melhoria dos instrumentos do qual o cinema e os filmes se utilizam.

O cinema faz uso de cenas e imagens. Influencia por meio de estratégias fílmicas necessárias para o que se quer comunicar - a sua verdadeira intenção comunicativa - o cinema buscou uma nova linguagem para que isso pudesse acontecer.

A linguagem cinematográfica é entendida por todas as pessoas de maneira espontânea. Os espectadores de cinema geralmente compreendem facilmente que o tempo da história está redimensionado ou que o personagem está fantasiando uma cena que gostaria que acontecesse, devido a ajustes visuais realizados pelas câmeras e edição de imagem. É uma linguagem em grande parte visual, entretanto o som tem grande responsabilidade (Carrière, 1995).

O cinema, algo que foi inventado pelo homem, é uma manifestação social que faz uso da linguagem para comunicar. É por meio da linguagem que se consegue expressar sentimentos, desejos e sintomas. É na linguagem que o homem conseguirá se constituir como sujeito.

(...) a comparação da linguagem com um instrumento, (...), deve encher-nos de desconfiança, como toda noção simplista a respeito da linguagem. Falar de instrumento, é por em oposição o homem e a natureza. A picareta, a flecha, a roda não estão na natureza. São fabricações. A linguagem está na natureza do homem, que não a fabricou (Benveniste, 1958/1988, p. 285). Como aponta Benveniste, a linguagem está na natureza do homem. Constata-se que é dessa forma que a linguagem constitui o homem, algo que remete ao que é único e singular. Já o cinema, forma igualmente singular de manifestação da linguagem, produz suas histórias e narrativas para um dizer

16

que faz uso de tramas e de roteiros acerca de formas de ser dos sujeitos. E a intenção do cinema é comunicar, produzir efeitos, levar para os espectadores a arte, o seu trabalho, seja com o uso de imagens, de sons, ou de ambos. A linguagem não foi fabricada pelo homem, mas essa “fábrica de filmes”, que é o cinema, está intimamente ligada à linguagem e às formas de manifestações e de representações dela.

O cinema faz uso de diversas ferramentas para mostrar o que se propõe, seja em uma cena, em um cenário especial, em uma trilha sonora, com o uso de efeitos especiais, entre outros. A variedade de formas que o cinema usa para se comunicar com seu público é imensa e só é possível pelo uso da linguagem (em suas diferentes formas de manifestação).

A questão do limite entre ilusão e realidade sempre ocupou um lugar central nos estudos sobre cinema. Desatar o nó que entrelaça ilusão e realidade e mostrar a emaranhada teia que aí se tece é apreender no cinema e nas artes em geral a possibilidade de olhar o olhar na dimensão meta-teórica do cinema (Guimarães, 1993).

Por meio do cinema pode-se observar diferentes situações que costumam aparecer na clínica. O cinema consegue mostrar aos seus espectadores muito do que faz parte da realidade e muito do que não faz. Ele tem a capacidade de poder transitar pelo imaginário do espectador, trazendo um olhar singular ao que é apresentado, pela forma com que é exibida – fazendo relações com situações reais, como de atendimento, de clínica, de vivência e de reconhecimento do sujeito. É a vida sendo representada nas telas e de uma forma que faz mexer com o público que assiste e que traz para esse olhar as suas particularidades e experiências.

É esse olhar para um fazer clínico e para o sujeito que busca atendimento que se estudará na seção intitulada Cinema e Clínica.

18

vai dar para esse tema que buscará apresentar em um filme. Tratando assim, o sintoma como algo que é singular do sujeito e não como uma patologia, e mostrando o olhar que será dado para esse sofrimento.

Ao se falar em não tratar o sintoma como patológico na clínica, e sim como uma manifestação singular do sujeito, busca-se olhar para a linguagem como forma de manifestação desse sujeito. Isso reflete no fato de se poder oferecer um olhar diferenciado para o sintoma que se apresenta. Pensar o cinema, e em especial os filmes escolhidos para esse trabalho, é destacar a representação daquilo que possa ser retratado acerca do sintoma de linguagem em que o sujeito está exposto através de suas singularidades, receios e dúvidas. Isso se dará procurando buscar o olhar para esse sujeito na maneira que as produções cinematográficas mostram, fazendo um paralelo com a clínica de linguagem¹ onde também de pode ter o momento da escuta, do olhar para o paciente.

Escutar e interpretar faz parte de momentos diferentes, mas complementares, seja em um filme, seja na clinica. Em um filme, temos as imagens que podem ser voltadas ou passadas para frente, pausadas para ver de novo, interpretar de novo. Em um filme, a interpretação pode ser realizada por inúmeros recursos, seja uma cena, um objeto, o contexto, a relação de um personagem com o outro. A interpretação em um filme passa pelo olhar do próprio personagem, do roteirista, do diretor, do espectador e de quem analisa o filme.

____________________

¹ A expressão clínica de linguagem é proposta pelas fonoaudiólogas integrantes do grupo de pesquisa “Aquisição daLAEL/PUC-SP. Neste trabalho, essa expressão está sendo utilizada para referir a um campo específico linguagem e patologias da linguagem”, orientado por Maria Francisca Lier-De Vitto, no da área de atuação clínica da Fonoaudiologia, na especificidade dos transtornos de linguagem.

19

Na clinica, a escuta e a interpretação se dão de forma diferente. Tudo acontece em um espaço de tempo no aqui e agora, a escuta está submetida e essas variáveis. Ocorrem interpretações durante as sessões e essas interpretações irão delimitar, dar um caminho para o caso no momento do atendimento. As interpretações posteriores, trarão um outro olhar para o clínico sobre o sujeito em questão que acabou de ser atendido, por exemplo.

2.2 Cinema e Psicanálise

Cinema e psicanálise, duas criações do final do século XIX que se atualizam permanentemente. Ambas surgem para o mundo com o alvorecer do século XX, o cinema buscando a melhor imagem para expressar a palavra, o texto, o roteiro, o conto inspirador. A psicanálise ao contrário, tendo a imagem, através do sonho, via régia de acesso ao psiquismo, e buscando a palavra. Palavra que dê um significado àquele sonho, àquela imagem, àquele registro de memória que é apenas uma imagem, sem um significado, esperando que seja atribuído um sentido. Um filme da alma, contando a história dos seus desejos (Hausen, 2012).

O cinema é considerado por alguns estudos da psicanálise como o inconsciente de uma época, pois faz o ser humano mergulhar no mal ou bem- estar de uma cultura. É o sonhar de olhos abertos, o brincar na tela e na retina (Droguett, 2004).

Como vaticinou Lou Andreas Salomé, o cinema, ao lado da psicanálise, contribuiu para a construção do olhar e do sujeito, ao longo de todo o século XX e do século que se inicia (Rivera, 2006).

Uma das motivações mais profundas que estão por trás da invenção técnica do cinema é induzir no espectador percepções socialmente