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Um estudo comparativo entre os programas esportivos da rede globo, incluindo esporte espetacular, globo esporte e o quadro esportivo do fantástico. O autor explora como e quando o entretenimento passou a ser prioridade em esses programas jornalísticos. O texto aborda a diferença entre notícia, informação e entretenimento, e realiza uma análise observacional para entender as mudanças nos programas esportivos da rede globo.
Tipologia: Exercícios
Compartilhado em 07/11/2022
4.6
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Giuliana Yolle Silva de Jesus
Monografia apresentada como requisito para conclusão do curso de Bacharelado em Jornalismo pela Faculdade de Tecnologia e Ciências Sociais Aplicadas Centro Universitário de Brasília – UniCEUB. Orientador: Cláudia Busato
Brasília 2013
Primeiramente, a Deus, a razão de tudo. Aos meus pais, pelas orações e pelo apoio afetivo e financeiro. A minha irmã, que me deu força pra continuar lutando. A orientadora, professora Claudia Busato, pelo apoio. A meu melhor amigo, Lucas Magalhães, por sempre me apoiar e me incentivar. A professora Renata Carvalho, que deu início como orientadora da minha pesquisa.
O objeto desta pesquisa são as práticas do jornalismo esportivo e a inserção do entretenimento neste segmento. Para esse trabalho foi feita uma análise nos programas esportivos da Rede Globo como o Esporte Espetacular, Globo Esporte e o Quadro Esportivo do Fantástico. Foi possível observar que estes programas passaram a dar prioridade ao entretenimento, esquecendo-se muitas vezes do fazer jornalístico, que é trazer informação. O objetivo desta pesquisa é mostrar de que maneira e a partir de que momento o entretenimento passou a ser prioridade nos programas jornalísticos esportivos da Rede Globo. Foram escolhidos os programas da Rede Globo porque a emissora usa de quadros irreverentes, fazendo com que os programas jornalísticos de esporte pareçam mais com um show de humor e entretenimento, uma maneira fácil de atrair os telespectadores de todas as idades.
Palavras-chave: jornalismo esportivo, entretenimento, Rede Globo, futebol, esportes.
O presente trabalho tem como tema o entretenimento no jornalismo esportivo: um estudo comparativo dos programas esportivos da Rede Globo (Globo Esporte, Esporte Espetacular e o Quadro Esportivo do Fantástico) e vai mostrar como o entretenimento causou mudanças nos programas jornalísticos esportivos da emissora. O que se vê muito nos dias de hoje, principalmente no campo televisivo, é a difusão do ‘jornalismo-entretenimento’. O Sistema Globo de Televisão usa em sua grade de programação inúmeros programas que fogem necessariamente de uma cobertura informativa, uma maneira fácil de atrair a massa e ganhar audiência. “Na era do entretenimento acima de todas as coisas, o jornalismo esportivo como um todo virou entretenimento esportivo” (BOAS, 2005, p.24). Os programas esportivos que eram apresentados com formalidade, como na apresentação da voz marcante de Léo Batista na década de 1980 e 90, hoje são irreverentes, informais e sem a seriedade necessária. “O que se percebe nos dias de hoje é uma certa perda da identidade entre os veículos esportivos. O pior pecado da nossa mídia é desprezar as raízes” (BOAS, 2005, p. 52). Um bom exemplo disso são os programas: Globo Esporte, Esporte Espetacular e os quadros esportivos do Fantástico. A emissora explora quadros irreverentes, com o ‘João Sorrisão’, alguns quadros sem qualquer informação como o ‘Chico, o Torcedor’ e o quadro ‘Artilheiro Musical’, como intitulou o apresentador Tadeu Schimidt no dia 20 de maio de 2012, do Fantástico. Os programas esportivos estão mais preocupados em ganhar audiência do que passar alguma informação. Parece mais um programa de humor e entretenimento do que um programa esportivo, jornalístico acima de tudo. “Jornalismo é jornalismo, seja ele esportivo, político, econômico, social. A essência não muda porque sua natureza é única e está intimamente ligada às regras da ética e ao interesse público” (BARBEIRO E RANGEL, 2006, p.13). Podemos perceber que a maneira que os programas são apresentados, se torna uma forma mais fácil para atrair e ao mesmo tempo entreter o público.
Em 1978 quando o Globo Esporte era apresentado por Léo Batista, era um telejornal de esportes, apresentado de forma tradicional, atrás da bancada, com o texto sendo passado no teleprompter, como no Jornal Nacional. Hoje, com o avanço das tecnologias, o Globo Esporte virou apenas um programa de televisão. Os textos que eram lidos foram substituídos pelo improviso e o entretenimento e a ausência da bancada deu mobilidade ao âncora, permitindo
Dando introdução à análise, o terceiro capítulo trata da “invasão” do entretenimento no jornalismo esportivo. Com a chegada de Tiago Leifert ao Globo Esporte, o programa teve grandes mudanças. De acordo com Leifert, o programa estava em um formato quadrado e chato, era como “estivesse usando smoking em uma rave”. Pode-se dizer que Leifert levou o entretenimento para o programa. No quarto e último capítulo, é feita a análise do Globo Esporte, Esporte Espetacular e o Quadro Esportivo do Fantástico sendo eles comparados com outras edições, de diferentes anos, em diferentes décadas, a fim de se estabelecer parâmetros de comparação que demonstrassem de forma clara como ocorreram as mudanças nestes programas.
1. Notícia, Informação e Entretenimento
Neste capítulo será abordado o significado de notícia, informação e entretenimento. É importante diferenciar os três assuntos para que se possa entender as mudanças ocorridas nos programas jornalísticos esportivos da Rede Globo. No tópico 1.1 traz o apontamento de vários autores explicando o que é notícia e como ela deve ser passada ao público. Da mesma forma, os tópicos 1.2 e 1.3 trazem, detalhadamente, diversas definições de informação e entretenimento, respectivamente.
1.1 O que é notícia?
Notícia é um gênero da informação utilizada no campo do jornalismo. Em suma, deve retratar algo novo ou que seja de importância para o cotidiano das pessoas e que seja relevante, ou seja, que não seja uma mera informação. “Notícia identifica-se apenas com o que é surpreendente, absolutamente inédito. Em geral, a notícia se move com o motor da surpresa, mas não exclusivamente” (HENN, 1996, p. 31 e 32). Para que uma notícia seja bem elaborada e, principalmente, que atraia o receptor, deve-se levar em consideração a observação e a resposta de determinadas questões, como ‘o quê?’, ‘quem?’, ‘quando?’, ‘onde?’, ‘como?’, ‘e por quê?’, que no cotidiano do jornalismo é chamado de lead. Nilson Lage arrolou algumas definições de notícia consideradas clássicas: a) um cachorro morde um homem, não é notícia; mas se um homem morde um cachorro, aí então, a notícia é sensacional (Alberto Cumming). b) é algo que não se sabia ontem (Turner Cateldge). e) é tudo o que o público necessita saber; tudo aquilo que o público deseja falar; quanto mais comentário suscite, maior é o seu valor; é a inteligência exata e oportuna dos acontecimentos que interessam aos leitores; são os fatos essenciais de tudo o que aconteceu ou ideia que tem interesse humano (Colliers Weekly).(HENN, 1996, p. 31) Pode-se levar em consideração duas teorias e hipóteses que foram criadas por Walter Lippman e Mauro Wolf a respeito da comunicação. Agenda- setting , que nada mais é que um tipo de efeito social das mídias sobre os
No entanto, nos dias atuais, o que se vê é um sensacionalismo por parte da mídia. Tais questões são respondidas com o intuito de atrair ainda mais a massa. Tanto é que nos programas televisivos, o que mais se vê é uma deturpação da notícia, visando somente a visão editorial, sem perceber ambos os lados.
1.2 O que é informação?
A informação e responsável pela organização de sistemas e identidades. Ela conecta o mundo, direciona a sociedade. Hoje em dia é praticamente impossível viver sem a informação.
A informação sintoniza o mundo. Como elemento organizador, a informação referencia o homem ao seu destino. A importância que a informação assumiu na atualidade pós- industrial recoloca para o pensamento questões sobre sua natureza, seu conceito e os benefícios que podem trazer ao indivíduo e seu relacionamento com o mundo em que vive (apud BARRETO, 1994). 1
O entendimento de informação, segundo Machado & Machado (1996), “depende muito da condição de interpretação dos fatos e da determinação da inerência do dado pelo analista de sistemas” (MACHADO, 1996, p.69). Ou seja, “é necessário saber interpretar o que um dado caracteriza, ou a quem este se relaciona, para que, durante um acesso, tal dado obtido seja, efetivamente, uma informação dentro do que se chama modelo entidade-relacionamento” (apud SOBRINHO, 2007). No início do século XX, respectivamente na década de 80, após a Era Industrial, incorporou-se à sociedade uma nova era, denominada a Era da Informação, mais conhecida como a Era Digital, caracterizada principalmente pela evolução da tecnologia, como por exemplo, a chegada do celular. Com a Era Digital em ascensão, a facilidade de troca de informações se tornou imprescindível, principalmente com o surgimento da Internet no Brasil na década de 90, onde a comunicação se tornou mais rápida e espontânea.
(^1) Esta é uma citação retirada de um artigo que não contém páginas. Link disponível em: http://aldoibct.bighost.com.br/quest/quest2.pdf
A informação, quando adequadamente assimilada, produz conhecimento, modifica o estoque mental de informações do indivíduo e traz benefícios ao seu desenvolvimento e ao desenvolvimento da sociedade em que ele vive (apud BARRETO, 1994) 2
Como um dos primeiros meios de comunicação para transmissão de informações foi o rádio em meados do século XIX, a era Digital no século XX entrou no mercado midiático como uma grande evolução, principalmente pela rápida transmissão de dados e informações. Com a chegada da internet, a facilidade e a espontaneidade da informação ficou marcada como um dos principais pontos de transmissão de notícias. O esforço para a apuração de uma informação, ou até mesmo em fazê-la chegar ao público. Para os veículos de imprensa atualmente, o que vale não é mais a qualidade que a notícia será repassada ao público, mas sim a espontaneidade que ela chegará aos mesmos.
1.3 O que é entretenimento? Segundo Neol Glaber (2000), “entretenimento se refere àquilo que diverte com distração ou recreação. Um espetáculo público ou mostra destinada a interessar ou divertir”. Ou também “um estado de felicidade ilusória” (2000, P. 19). O autor Luiz Gonzaga Trigo, em seu livro Entretenimento – Uma Crítica Aberta compartilha da mesma opinião de Glaber: Entretenimento é palavra de origem provavelmente latina e vem inter (entre) e tenere (ter). Atente-se ao fato de que, segundo o Aurélio, o verbo entreter tem o sentido de “deter, fazer demorar ou esperar com promessas ou conversas vás, etc., para desviar a atenção; para distrair”. Dos dez sentidos apontados pelo dicionário, a maioria deles tangencia o campo de “iludir, enganar”, como se vê no exemplo citado: “É obra medíocre, mas a sua leitura a entretém” (...) o entretenimento é mesmo divertido, fácil, sensacional, irracional, previsível e subversivo. É um espetáculo para as massas (...) (TRIGO, 2003, p.10).
(^2) Esta é uma citação retirada de um artigo que não contém páginas. Link disponível em: http://aldoibct.bighost.com.br/quest/quest2.pdf
paixão, mas também de negócio bilionário. Nem todo jogador acha legal comemorar gol imitando João Sorrisão. Nem todo torcedor é bobo. E isso não tem nada a ver com bom ou mau humor, com gostar ou não de piadas. (STYCER, 2012) O que se pode notar é que os programas esportivos estão se esquecendo da essência do futebol e estão mais preocupados com o que interessa o público e o que da Ibope. Jornalismo esportivo não é só entretenimento. Assim como qualquer área no jornalismo, o esportivo também deve trazer informação. Na TV arreganhada – quero dizer, na TV aberta-, então, mais importante que a câmera é quem vai estar à frente dela. Se loira de saias curtas e olhos claros, melhor. Na falta de melhor material, o apresentador deve ter um sorriso bonito. Muito mais que o conteúdo, é preciso agilizar a informação. A deformação. A formação. É preciso colorir o jogo, dourar a pílula, chumbar os olhos do telespectador (BOAS, 2005, p.24). Pode se dizer que o jornalismo esportivo não é mais passado ao público com formalidade e sim como uma forma para descontrair e entreter o telespectador.
2. A história do futebol
Até hoje não existe um registro definido de quando e onde foi criado o futebol, o que se pode afirmar é que há muito tempo atrás, em algumas culturas, a população fazia algo que era parecido com o futebol de hoje. Algumas brincadeiras chutando a bola, mas sem nenhuma regra. No século XX o futebol começou a se oficializar na Inglaterra com algumas regras, onde o objetivo do jogo era chutar a bola para o gol.
De acordo com Paulo Vinicius Coelho, o esporte mais popular no século XX, no Brasil, era o remo. Graciliano Ramos, dizia que “o que vinha de fora não poderia pegar com facilidade no Brasil. E nada mais inglês do que o futebol. Pelo menos o futebol jogado naquele tempo” (COELHO, 2004, p. 7).
A Rede Globo transmitiu a novela Lado a Lado, que teve fim no mês de março de 2013, que relatava uma parte da história brasileira. O futebol chegou ao Brasil em 1894 quando Charles Willian Miller trouxe da Inglaterra duas bolas. A novela mostrou que o esporte era praticado apenas pela elite branca e somente em 1920 os negros foram aceitos no jogo. O primeiro time de futebol no Brasil que teve um jogador negro foi o Clube de Regatas Vasco da Gama.
Até que o Vasco, em 1923, venceu a Segunda Divisão apostando na presença dos negros em seus quadros. Era a popularização que faltava. Os negros entravam de vez no futebol, tomavam a ponta no esporte. O Vasco foi campeão carioca pela primeira vez em 1924 (COELHO, 2004, p. 9). Por ser um esporte novo até então, “pouca gente acreditava que o futebol fosse assunto para estampar manchetes. Imaginava-se que até mesmo o remo, o esporte mais popular da época, jamais estamparia as primeiras páginas de jornal” (COELHO, 2004, p.7).
Em 1925, pesquisas mostravam que o futebol já era considerado esporte e paixão nacional. “No Brasil, o futebol, mais especificamente, é um esporte profissional desde 1933. No início do século XXI, tornou-se a maior atração da indústria mundial de entretenimento” (UNZELTE, 2009, p.6).
O Brasil conquistou o bi campeonato sul americano em 1979 e em 1927 seria realizada a primeira Copa do Mundo, mas “o profissionalismo só chegaria
2.1 O espaço do futebol na mídia
O futebol demorou para ganhar espaço nos jornais, revistas, TVs e rádios. No meio do século XX, muitos jornalistas que escreviam matérias para cadernos específicos nos jornais, duvidavam que o futebol pudesse ganhar um espaço grande. Mais um palpite errado, como o de Graciliano Ramos quando disse que a moda do futebol não pegaria facilmente no Brasil. “No final dos anos 60, um aventureiro resolveu lançar não um caderno, mas uma revista inteiramente dedicada ao futebol. Placar nunca sairia dos primeiros números, imagina João Saldanha” (COELHO, 2004, p.8). Em 1910 o jornal Fanfulla (jornal de São Paulo) fazia algumas páginas dedicadas ao esporte. Era um jornal que “não formava opinião, mas atingia um público cada vez mais numeroso na São Paulo da época: os italianos” (COELHO, 2004, p.8). No século passado, “dirigir redação esportiva queria dizer tourear a realidade. Lutar contra o preconceito de que só os de menor poder aquisitivo poderiam tornar-se leitores desse tipo de diário” (COELHO, 2004, P.9). Mesmo com o futebol já sendo considerado paixão nacional, revistas e jornais que se dedicaram ao esporte iam surgindo e com a mesma facilidade iam sumindo e saindo do mercado. Só no fim da década de 1960, os grandes cadernos de esportes tomaram conta dos jornais. Ou melhor: em São Paulo, surgiu o Caderno de Esportes, que originou o Jornal da Tarde, uma das mais importantes experiências de grandes reportagens do jornalismo brasileiro (COELHO, 2004, p. 10). A partir dos anos 40 o futebol “o futebol ganhou os relatos apaixonados em espaços cada dia maiores. Nos diários cariocas, especialmente. E com colunistas como Mário Filho e Nelson Rodrigues” (COELHO, 2004, p. 15). Nelson Rodrigues e Mario Filho eram irmãos. Mário Filho era o mais velho, e todos percebiam sua paixão pelo Rubro Negro (Flamengo), embora ele não dissesse claramente que era torcedor do time. “Foi ele o fundador do Jornal dos Sports, no início dos anos 30, na mesma época em que o futebol ganhou de vez cara de profissional” (COELHO, 2004, p. 15).
3. O entretenimento invade o jornalismo esportivo
O que podemos notar nos programas esportivos dos dias atuais é que o entretenimento ganhou um espaço muito grande e talvez por isso não seja levado a sério como outras áreas do jornalismo. “Jornalismo é jornalismo, seja ele esportivo, político, econômico, social. A essência não muda porque sua natureza é única e está intimamente ligada às regras da ética e ao interesse público” (BARBEIRO E RANGEL, 2006, p.13). Os programas esportivos estão mais preocupados em ganhar audiência do que passar alguma informação. Parece mais um programa de humor e entretenimento do que um programa esportivo, jornalístico acima de tudo. Afinal, quem falou que um programa esportivo tem que ser passado de uma maneira engraçada? O jornalismo esportivo deveria ser levado a sério, assim como era nas décadas de 1980 e 90. No programa Esporte Espetacular, apresentado pela Rede Globo aos domingos pela manhã, não é preciso acompanhar toda semana para ver que a vida de um jogador que está no seu auge vira notícia. Fazem matérias sobre a nova namorada, a lancha que custou milhões de reais, e por aí vai. Falta de pauta ou um jeito mais fácil de ganhar a atenção dos telespectadores?
A tática de um jogo e de um time não é interessante. Mas é importante. É função básica da imprensa tornar interessantes os assuntos importantes. Como a tática de um jogo; como as jogadas de bastidores. É chato, mas é preciso falar, criticar, questionar, procurar. Poucos veículos e ainda menos jornalistas conseguem entrar de sola nas questões de campo e extracampo. Os jargões “o público não se interessa”, “isso não da ibope”, tiram o assunto da pauta, e o futebol, do sério (BOAS, 2005, p 17).
O jornalismo esportivo deve ser passado de uma forma mais leve, mas não deve se esquecer da essência e das raízes. “A mídia está o que está no novo milênio pela ditadura do Ibope. Os índices de audiência pautam a cobertura. Logo, manda na mídia quem manda na arquibancada, mais que no campo” (BOAS, 2005, p.28). Podemos perceber que a maneira que os programas são apresentados, se torna uma forma mais fácil para atrair e ao mesmo tempo entreter o público.