Docsity
Docsity

Prepare-se para as provas
Prepare-se para as provas

Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity


Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos para baixar

Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium


Guias e Dicas
Guias e Dicas

Três Odes de Horácio: 1.1, 1.5 e 1.14 - Tradução de Beethoven Alvarez, Notas de estudo de Tradução

Excerto de três odes de horácio traduzidas por beethoven alvarez, publicadas em 'tradução poética de poesia latina: exercícios e práticas'. Através destes textos, horácio aborda temas como a proteção de mecenas, a beleza da natureza e a perigosa vida marítima.

Tipologia: Notas de estudo

2022

Compartilhado em 07/11/2022

PorDoSol
PorDoSol 🇧🇷

4.5

(272)

654 documentos

1 / 4

Toggle sidebar

Esta página não é visível na pré-visualização

Não perca as partes importantes!

bg1
TRÊS ODES DE HORÁCIO (1.1, 1.5 E 1.14)
(Tradução Beethoven Alvarez)
Publicadas em: Tradução poética de poesia latina: exercícios e práticas. In: SILVA, A.C. et alii (Orgs.). As
fronteiras da Antiguidade Clássica... Rio de Janeiro: Metáfora, 2017, p. 318-331.
1.1
Maecenas, atauis edite regibus,
o et praesidium et dulce decus meum:
sunt quos curriculo puluerem Olympicum
collegisse iuuat, metaque feruidis
euitata rotis palmaque nobilis 5
terrarum dominos euehit ad deos;
hunc, si mobilium turba Quiritium
certat tergeminis tollere honoribus;
illum, si proprio condidit horreo
quidquid de Libycis uerritur areis; 10
gaudentem patrios findere sarculo
agros Attalicis condicionibus
numquam demoueas, ut trabe Cypria
Myrtoum pauidus nauta secet mare;
luctantem Icariis fluctibus Africum 15
mercator metuens otium et oppidi
laudat rura sui, mox reficit rates
quassas, indocilis pauperiem pati;
est qui nec ueteris pocula Massici
nec partem solido demere de die 20
spernit, nunc uiridi membra sub arbuto
stratus, nunc ad aquae lene caput sacrae;
multos castra iuuant et lituo tubae
permixtus sonitus bellaque matribus
detestata, manet sub Ioue frigido 25
uenator tenerae coniugis inmemor,
seu uisa est catulis cerua fidelibus
seu rupit teretes Marsus aper plagas.
Me doctarum hederae praemia frontium
dis miscent superis, me gelidum menus 30
Nympharumque leues cum Satyris chori
secernunt populo, si neque tibias
Euterpe cohibet nec Polyhymnia
Lesboum refugit tendere barbiton.
quod si me lyricis uatibus inseres, 35
sublimi feriam sidera uertice.
1.1
Mecenas, de real linhagem descendente,
oh! minha proteção, minha querida honra:
há alguns a quem o pó olímpico, nas corridas,
levantar os apraz a meta com as rodas
pf3
pf4

Pré-visualização parcial do texto

Baixe Três Odes de Horácio: 1.1, 1.5 e 1.14 - Tradução de Beethoven Alvarez e outras Notas de estudo em PDF para Tradução, somente na Docsity!

TRÊS ODES DE HORÁCIO (1.1, 1.5 E 1.14)

(Tradução Beethoven Alvarez) Publicadas em: Tradução poética de poesia latina: exercícios e práticas. In: SILVA, A.C. et alii (Orgs.). As fronteiras da Antiguidade Clássica... Rio de Janeiro: Metáfora, 2017, p. 318-331.

Maecenas, atauis edite regibus, o et praesidium et dulce decus meum: sunt quos curriculo puluerem Olympicum collegisse iuuat, metaque feruidis euitata rotis palmaque nobilis 5 terrarum dominos euehit ad deos; hunc, si mobilium turba Quiritium certat tergeminis tollere honoribus; illum, si proprio condidit horreo quidquid de Libycis uerritur areis; 10 gaudentem patrios findere sarculo agros Attalicis condicionibus numquam demoueas, ut trabe Cypria Myrtoum pauidus nauta secet mare; luctantem Icariis fluctibus Africum 15 mercator metuens otium et oppidi laudat rura sui, mox reficit rates quassas, indocilis pauperiem pati; est qui nec ueteris pocula Massici nec partem solido demere de die 20 spernit, nunc uiridi membra sub arbuto stratus, nunc ad aquae lene caput sacrae; multos castra iuuant et lituo tubae permixtus sonitus bellaque matribus detestata, manet sub Ioue frigido 25 uenator tenerae coniugis inmemor, seu uisa est catulis cerua fidelibus seu rupit teretes Marsus aper plagas. Me doctarum hederae praemia frontium dis miscent superis, me gelidum menus 30 Nympharumque leues cum Satyris chori secernunt populo, si neque tibias Euterpe cohibet nec Polyhymnia Lesboum refugit tendere barbiton. quod si me lyricis uatibus inseres, 35 sublimi feriam sidera uertice.

Mecenas, de real linhagem descendente, oh! minha proteção, minha querida honra: há alguns a quem o pó olímpico, nas corridas, levantar os apraz — a meta com as rodas

em brasa ultrapassada —, e a palma da vitória, 5 como donos do mundo, os conduz entre os deuses; a um, se a turba dos inconstantes cidadãos disputa para alçar três vezes magistrado; a outro, se armazenou no seu próprio celeiro cada grão que varreu dos canteiros da Líbia; 10 quem se alegra em sulcar com arados os pátrios campos, mesmo com o ouro ofertado do Rei Átalo, nunca demoverás para em cíprio madeiro, como pávido nauta, o Mirtoo singrar; enquanto o Áfrico vento aspera as ondas de Ícaro, 15 temente, o mercador louva o repouso e os campos da cidade natal, depois repara as naves quebradas, não sujeito a sofrer da pobreza; há quem nunca despreza um copo, um velho Mássico, nem reservar à folga uma parte do dia 20 despreza, agora sob o verde medronheiro deitado, agora em foz gentil de água sagrada; a muitos lhes apraz o combate e da tuba, em meio à corneta, os sons, e as guerras, pelas mães odiadas; mantém-se atento sob o frio 25 o caçador, da tenra esposa imemorado: ou a corça pelos cães fiéis foi divisada, ou o marso javali irrompeu as finas redes. A mim coroas de hera – em frontes sábias, prêmios – mesclam-me aos deuses do alto, a mim o bosque gélido 30 das Ninfas e os corais suaves com os Sátiros separam-me do povo, acaso se nem das tíbias Euterpe se abstiver e se nem Poliímnia rejeitar-se a tanger a cítara de Lesbos. Porém se tu me incluis entre os líricos vates, 35 tocarei com cabeça erguida as estrelas.


Quis multa gracilis te puer in rosa perfusus liquidis urget odoribus grato, Pyrrha, sub antro? cui flavam religas comam, simplex munditiis? heu quotiens fidem 5 mutatosque deos flebit! ut áspera nigris aequora ventis emirabitur insolens, qui nunc te fruitur credulus aurea, qui semper vacuam, semper amabilem 10 sperat, nescius aurae

fidit. tu, nisi ventis 15 debes ludibrium, cave. nuper sollicitum quae mihi taedium, nunc desiderium curaque non levis, interfusa nitentis vites aequora Cycladas. 20

Novas ondas ao mar vão levar-te outra vez, ó nau! Que vais fazer? Toma sem tibiez este porto. Pois não vês tudo? dos remos o flanco desnudo? pelo Áfrico veloz o mastro ferido além? 5 e as antenas gemendo? e que às quilhas também suportar é muito custoso, sem as cordas, o imperioso mar? Íntegros não tens os linhos e nem mais os deuses justos são, a quem clamas por paz. 10 Embora pôntica madeira, filha duma selva altaneira, vanglorias-te da estirpe e nome assim em vão: sem coragem o nauta em proas pintadas não crê. Cuida-te para não seres 15 senão dos ventos bel-prazeres. Tu, que recentemente era a mim um penoso tédio e ora é saudade e desvelo zeloso, evita as águas confluentes das Cícladas resplandescentes. 20