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Um estudo preliminar sobre a necessidade de estudos ergonômicos aplicados a ônibus de transporte público, com ênfase na população obesa. O objetivo é verificar se é possível analisar os ônibus de transporte urbano com um foco no usuário obeso, buscando sugerir melhorias ergonômicas no espaço interno do ônibus. O estudo foi realizado em recife – pe, analisando as dimensões dos ônibus e seus elementos, como assentos, portas, escadas e catracas, que podem dificultar ou impedir o uso eficaz por pessoas obesas.
Tipologia: Exercícios
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Priscila Gabriele Calsavara
Caruaru, 2018
Priscila Gabriele Calsavara
Projeto de Graduação de Design apresentado como requisito parcial de obtenção do grau de Bacharel em Design pela Universidade Federal de Pernambuco, no Centro Acadêmico do Agreste.
Orientador: Bruno Xavier da Silva Barros
Caruaru, 2018
“TRANSPORTE PÚBLICO E INDIVIDUOS COM OBESIDADE: contribuições para uma análise da usabilidade .”
A comissão examinadora, composta pelos membros abaixo, sob a presidência do primeiro, considera o aluno PRISCILA GABRIELE CALSAVARA
_________________
Caruaru, 04 Julho e 2018.
Profº. (Bruno Xavier da Silva Barros).
Profª. (Ademario Santos Tavares).
Profº. (Marcela Fernanda de Carvalho Galvão Figueiredo Bezerra).
Dedico este trabalho à minha família, por me apoiar e me entender, nesta caminhada que foi tão conturbada em minha vida.
“Os maiores inimigos do crescimento profissional são a falta de motivação e o comodismo. É quando a pessoa não sabe onde quer chegar e se contenta em ficar onde está.” Susanne Diniz.
A obesidade no Brasil cresce mais a cada dia, assim como nos Estados Unidos já é considerada como uma epidemia, e estes indivíduos obesos tem inúmeras limitações tanto física como psicológica. Observa-se a dificuldade de várias pessoas com excesso de peso, residentes em cidades grandes como Recife e Caruaru, que necessitam fazer o uso do transporte público diariamente. As dificuldades são inúmeras. Citando os exemplos de degraus de tamanhos irregular, catracas muito pequenas, assentos muito pequenos e a falta das pegas de apoio para quem utiliza o veículo em pé. Todos estes problemas vêm sendo os vilões de vários indivíduos com esta condição que já sofreram acidentes, possuem lesões ou até mesmo passaram por constrangimento público. Viu-se a necessidade de um estudo voltado à ergonomia aplicável aos ônibus de transporte público, que venha contribuir para que pessoas com obesidade tenham menos dificuldades na utilização do meio de transporte. Entre as metodologias adotadas estão às qualitativas, Estruturalista, a problematização Ergonômica, Estudo de caso, o método observacional e o estudo piloto, que me ajudaram a chegar aos resultados esperados. Este projeto teve o objetivo de verificar a possibilidade de análise dos ônibus de transporte urbano voltados à pessoas obesas. Este projeto foi feito a partir de tais análises e, por fim, foi sugerida uma série de melhorias para o transporte urbano sob a ótica do usuário obeso.
Palavras-chave: Obesidade. Ergonomia. Ônibus de transporte urbano.
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Ônibus de transporte urbano foram desenvolvidos para transportar pessoas de um local a outro, com um custo acessível a toda a população. Com isso o transporte deve atender as necessidades de toda a população, porém podemos perceber que a população obesa enfrenta grandes dificuldades de acessibilidade e constrangimentos ao precisar fazer uso dos ônibus de transporte urbano.
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A população obesa no Brasil cresce cada vez mais e pessoas nestas condições também trabalham, estudam, tem sua vida social como qualquer outro ser humano, de forma alguma deveriam ser privadas da utilização do transporte público. Se for público, deve ser direcionado a toda população e não somente uma maioria. Um dos fatos mais comuns entre as inúmeras pessoas obesas do mundo, que necessitam fazer o uso do transporte urbano, é o de ficar preso nas catracas e precisar da ajuda de terceiros para ser liberado. Enquanto o indivíduo fica preso na catraca e faz força para tentar se soltar, outras pessoas que presenciam o acontecimento ajudam o prejudicado, empurrando-o. Tal situação gera muito constrangimento para o usuário obeso, além do mesmo poder se machucar ao tentar se soltar, chegar a cair ou até mesmo necessitar da ajuda de equipe especializada para se desvencilhar.
Além das catracas, temos os assentos que nem sempre são adequados para pessoas obesas. A intenção dos ônibus coletivos parece ser que os assentos sejam estreitos para comportar a maior quantidade de passageiros, com isso acabam excluindo a população obesa que não cabe neles. Tais assentos têm delimitações e o espaçamento entre um banco e o de sua frente também é pequeno. Quando uma pessoa com certo nível de obesidade consegue se sentar e acomodar os membros inferiores, acaba tendo que ocupar um assento e meio ou, dependendo do caso, até dois. Caso o usuário obeso não consiga se sentar, acaba se deparando com problemas nas pegas de apoio, que deveriam proporcionar o mínimo de segurança, mas nem sempre isso acontece. Comumente os ônibus não possuem pegas específicas, somente hastes cilíndricas tubulares de alumínio dispostas como apoio para o passageiro se segurar.
De fato a obesidade acaba reduzindo a flexibilidade das pessoas. Em muitos casos, os indivíduos não conseguem alcançar a haste horizontal de apoio que fica no alto do ônibus. As hastes verticais nem sempre presentes, fazem com que se utilize como apoio os encostos das cadeiras dos passageiros. O equilíbrio corporal de pessoas obesas também é reduzido, o que dificulta o ato de se segurar em apenas uma haste de metal, sem apoio correto e sem pegas ergonômicas, de forma que tais indivíduos ficam sujeitos
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a quedas e lesões. Dentro deste contexto também é válido destacar que um usuário com nível de obesidade elevada tem dificuldade para se locomover nos degraus dos ônibus, que são altos, de uma forma ágil. Tal situação pode acarretar então que motorista feche a porta enquanto o obeso ainda está realizando a ação de subir, descer ou a desistência de utilizar o transporte por parte do indivíduo obeso. Falta visibilidade ao motorista quando o ônibus está muito cheio, ocasionando mais acidentes.
Diante do exposto, acreditamos que a verificação da possibilidade de uma análise formal no intuito de poder sugerir melhorias ergonômicas no espaço interno do ônibus pode ajudar a promover e estimular melhorias com foco no usuário obeso, fornecendo assim, subsídios para conforto e segurança desta parcela da população.
1.1 Objetivos
1.1.1 Objetivo Geral Verificar, através de um estudo piloto, a possibilidade de análise formal do espaço interno dos ônibus, bem como a produção de recomendações assistivas à luz do usuário obeso.
1.1.2 Objetivos Específicos Compreender a utilização dos ônibus por pessoas obesas. Verificar riscos posturais e constrangimentos causados aos usuários obesos dos ônibus; Verificar a possibilidade de geração de recomendações que auxiliem um norteamento adaptativo do espaço interno do ônibus, com foco no usuário obeso.
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desperdício de materiais e o retrabalho, uma vez que os ônibus não precisaram ser readaptados.
O resultado deste estudo apresenta inúmeras vantagens para a sociedade. Tenta-se mostrar os problemas que ocorrem através da análise de casos e propostas de soluções ergonômicas, para que constrangimentos sejam evitados. São sugeridas uma série de melhorias aplicáveis aos ônibus, para que usuários obesos possam ter uma usabilidade adequada e possível dentro de suas cidades e evitando riscos à sua saúde. Tais melhorias consideram desde o tamanho das catracas, até o tamanho dos acentos disponibilizados, também a inclusão de pegas de apoio, espaçamento entre os bancos e altura dos degraus.
1.3 Metodologia Geral
A pesquisa possui caráter teórico e o objetivo da mesma é o de verificar a possibilidade de uma análise formal dos ônibus de transporte urbano à luz do usuário obeso. O estudo tem finalidade de investigar as necessidades e dificuldades dos passageiros obesos dos ônibus, buscando melhorias sob a ótica deste público. Desta forma a investigação se trata de um fenômeno real e atual e é baseada em dados obtidos pelo próprio pesquisador, não se baseando apenas em teorias. Um estudo experimental analítico se fez necessário, para que fique claro todas as dificuldades físicas que o usuário obeso passa dentro dos ônibus, para só assim sugerir adequações ergonômicas para este público com propriedade.
A fase explicativa, onde são analisadas as principais irregularidades, observam-se então os elementos que estão faltando para que o usuário se sinta confortável no ambiente em que está interagindo. É de extrema importância que a interação entre o passageiro obeso e o ônibus seja prazerosa e confortável, além de eficaz.
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A realização do estudo de caso foi de extrema importância, pois é neste estudo que deixaremos claro os reais problemas para depois chegarmos às soluções adequadas. Foi necessário para a visualização real sobre as dificuldades dos usuários, em um contexto qualitativo. Este estudo de caso piloto foi feito com apenas dois indivíduos obesos simulando o uso do ônibus de transporte público em Recife – PE.
Também fez-se necessária a utilização de um método de abordagem, o Indutivo. O método indutivo é um processo mental no qual são analisados fatos e acontecimentos específicos para que se possa no final tirar conclusões generalizáveis. No caso dos ônibus de transporte público, foram analisados casos de pessoas obesas fazendo o uso dos ônibus para assim então observar e poder provar se os problemas de adequação acontecem realmente em todos os casos.
Segundo Gil (2008), no processo indutivo, a generalização não deve ser buscada de modo apriorístico, mas sim comprovada a partir de análises de casos suficientemente comprovadores da verdade. O autor afirma que neste método, observam-se fatos ou fenômenos cujo à causa é o objeto da pesquisa, em sequencia são comparados com a intenção de descobrir as relações entre os casos, e por fim a relação entre os fatos e fenômenos é generalizada. No caso desta pesquisa, o objetivo foi analisar as dimensões dos ônibus de transporte urbano na cidade do Recife – PE, sob a ótica do usuário obeso.
Para a condução deste estudo também utilizou-se da pesquisa bibliográfica, ou seja, consulta a livros e artigos científicos, com a finalidade de buscar opiniões de autores para que as ideias e resultados sejam discutidos. Desta forma, buscou-se dados de áreas do Design, como Ergonomia e também dados sobre os ônibus de transporte urbano e obesidade no Brasil.
Algumas ferramentas foram necessárias para os registros dos fenômenos, como câmera fotográfica para registrar todas as dificuldades dos usuários obesos dentro dos ônibus, trena e um paquímetro para a realização das medições.