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Este artigo discute a coletânea de textos clandestinos como um objeto de pesquisa na literatura clandestina do século xviii. A análise se inicia com a descoberta de gustave lanson em 1912, que levou à discussão sobre a filosofia clandestina e a prevalência dos manuscritos em relação aos textos impressos. No entanto, essa discussão mostrou-se frágil e inexata, ampliando a complexidade do trabalho de constituição do corpus dos textos clandestinos dos tempos modernos. A análise também aborda a escolha dos textos, o modo de colocá-los em conjunto e as pessoas envolvidas na sua elaboração, bem como a transformação do texto de manuscrito para impresso.
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Tipologia: Transcrições
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Leandro de Araújo Sardeiro
Especiaria - Cadernos de Ciências Humanas. v. 16, n. 28,jan./jun. 2016, p.380-393.
Leandro de Araújo Sardeiro Doutorando em Formas e História dos saberes filosóficos na Europa moderna Università del Salento / Université Paris-Sorbonne. Professor assistente da Universidade Estadual do Piauí. E-mail: leosardeiro@yahoo.com.br
Recebido em: 06/06/2015. Aprovado em: 16/02/2016.
Resumo: Toda a discussão sobre a assim chamada “Literatura clandestina” está fundada sobre a descoberta feita em 1912 nas bibliotecas parisienses por Gustave Lanson de um corpus de manuscritos que circulavam na Europa muito antes da época das Luzes e que já continham todas as discussões dos seus textos mais importantes. O presente trabalho pretende apresentar uma discussão sobre as “coletâneas” como parte privilegiada de tal corpus , de modo a colocar em evidência as suas especificidades e papel na difusão das ideias filosóficas do Setecentos.
Palavras-chave: Manuscritos filosóficos clandestinos. Século XVIII. Gustave Lanson.
The collection of clandestine texts: constitution of a research object
Abstract: The whole discussion about the so-called “clandestine literature” is founded on the discovery made in 1912 in the Parisian libraries by Gustave Lanson of a corpus of manuscripts that circulated in Europe long before the time of the Enlightenment and which already contained all discussions its most important texts. This work intends to present a discussion of the “collections” as a privileged part of such a corpus, in order to put in evidence their specificities and role in the dissemination of philosophical ideas of the eighteenth century.
Keywords: Clandestine philosophical manuscripts. XVIII century. Gustave Lanson.
A coletânea de textos clandestinos: constituição de um objeto de pesquisa
Especiaria - Cadernos de Ciências Humanas. v. 16, n. 28,jan./jun. 2016, p.380-393.
Falar de “Filosofia clandestina” em relação ao século XVIII é falar de uma parte específica da Literatura desse momento histórico e, sobretudo, é falar necessariamente de manuscritos. Desde que Gustave Lanson publicou o seu artigo magistral sobre as “ Questions diverses sur l’histoire de l’esprit philosophique en France avant 1750” em 1912 1 , os manuscritos estão na ordem do dia para os estudiosos desse período. Com efeito, Lanson traz à luz a existência de uma enorme quantidade de manuscritos que circulavam na França e que defendiam muitos dos temas caros às Luzes posteriores. O primeiro estudo a aprofundar sistematicamente as “questões” de Lanson e a assumi-las de fato como tais é aquele de Ira Owen Wade, em 1938, intitulado “The Clandestine Organization and diffusion of philo- sophic ideas in France from 1700 to 1750”^2. Foram precisos vinte e seis anos a partir da descoberta de Lanson, mas daquele momento em diante, os manuscritos assumiram uma denominação utilizada até hoje, e que será responsável por muitas discussões, qual seja, a denominação de “manuscritos clandestinos”. A reação foi imedia- ta. Já em 1939, Norman Torrey^3 lançava a dúvida sobre a exatidão dos elementos gerais da discussão que se abria. Aqueles que eram os pontos de chegada seguros seja para Lanson seja para Wade – a saber, a anterioridade do manuscrito e a sua prevalência em relação aos textos impressos na primeira metade do Setecentos – acabaram por se mostrarem frágeis e inexatos. A discussão assim se alarga e nos faz compreender a complexidade do trabalho de constituição do corpus dos textos “clandestinos” dos tempos Modernos. Do que se disse até agora, podemos compreender que o método de trabalho sobre a assim chamada “Filosofia clandestina” se inicia, para os estudiosos do Setecentos, partindo do nível mais básico possí- vel: a constituição do seu corpus de textos e definição do seu campo de pesquisa. Considerar todas as coleções manuscritas da Europa, sobre- tudo as do século XVIII, resultaria em uma massa muito heterogênea de escritos. Sendo assim, se não se encontrassem critérios precisos de definição para estabelecer quais dentre estes são os “ manuscritos filosóficos clandestinos” (que é precisamente a denominação que lhes é dada atualmente), correr-se-ia o risco de trabalhar sobre um objeto amorfo, sobre um corpus inexistente. Um dos critérios sobre os quais os estudiosos estão de acordo para assumir um manuscrito qualquer no corpus proposto seria a confirmação da sua circulação e difusão nos círculos letrados da época. O número de cópias distribuídas nas bibliotecas e arquivos nos faria a prova necessária.
A coletânea de textos clandestinos: constituição de um objeto de pesquisa
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das pesquisas a respeito deles, tantos outros estudos importantes foram publicados. Sobretudo, as primeiras edições críticas de alguns textos importantes – como foram por exemplo as edições de “ L’âme matérielle ”, devida a Alain Niderst em 1969, e das “ Difficultés sur la religion proposées au Père Malebranche ”, devida a Roland Mortier em 1970 – possibilitaram um conhecimento muito mais acurado de tudo aquilo que fora sinalizado por Lanson. Era preciso esperar o trabalho incansável de Miguel Benítez, com as suas listas de localização dos manuscritos nas bibliotecas europeias^7 , para que nós nos déssemos conta da amplitude da circulação dos textos dito “clandestinos”. É verdade que Lanson já havia verificado a existência de um número enorme de títulos manuscritos nas bibliotecas francesas. Wade encon- trara tantos outros não somente na França e diversas outras cópias de alguns títulos já conhecidos. Benítez, porém, nos apresenta um repertório muito mais vasto e diversificado, com a inclusão e exclu- são de títulos e de cópias, partindo das bibliotecas distribuídas por toda a Europa. Com tal instrumento, ora é possível compreender a capilaridade do “movimento clandestino” dos manuscritos no século XVIII. Atualmente, a revista La lettre clandestine – cujo primeiro núme- ro remonta a 1992 – se ocupa de mantê-lo atualizado, informando as cópias descobertas pelo desenvolvimento das pesquisas hodiernas.
As diversas alterações sofridas pelos repertórios de manuscritos com o passar dos anos colocam em evidência a necessidade da exe- cução de um método sempre empírico de trabalho. Empírico porque os textos, apesar de semelhantes, não são quase nunca iguais. Com muita frequência, o leitor aproveitava para acrescentar as suas mo- dificações, segundo suas ideias e segundo o uso que pretendia fazer do texto. Às vezes, tais modificações eram tão amplas e profundas que o texto se transformava completamente, de modo mesmo a re- ceber um outro título. Isso é ainda mais visível para aqueles que se dedicam a observar a passagem do manuscrito ao impresso, mas não somente. O exemplo talvez mais famoso seria o das “ Difficultés sur la religion proposées au Père Malebranche ”, publicadas em 1767 pelas prensas de Marc-Michel Rey sob a direção de Jacques-André Naigeon e com o título de “ Le militaire philosophe ”. Não somente o seu título é completamente alterado, mas também toda a sua abordagem em relação à religião. Aquele que antes era um longo tratado de fundo
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Deísta se transforma em um curto manifesto Ateu, instrumento da propaganda política da segunda metade do Setecentos.
É nessa passagem do manuscrito ao impresso que se faz sentir o papel especial da coletânea na construção de um movimento filo- sófico clandestino. A organização para a publicação dos manuscritos filosóficos clandestinos pode ser observada sobretudo nos esforços de Voltaire, Naigeon e d’Holbach^8 – ou seja, por volta dos anos 1760-1770 –, momento em que um dos modelos editoriais mais usados foi a coletânea^9. A constituição de coletâneas era muito usual no século XVIII^10 – até mesmo como técnica de documentação pes- soal – e não era de modo algum um expediente exclusivo do nosso corpus clandestino, embora se fizesse importante para a constituição deste último. Wade, ao falar sobre os títulos que recenseara no seu repertório inicial, apresenta-nos o esquema de análise da presen- ça de tais textos nas diversas bibliotecas e então chega à seguinte compreensão: “cinquenta e nove [entre os cento e dois títulos que apresenta] aparecem somente uma vez. Destes cinquenta e nove, cinquenta e dois estão em Coletâneas , às vezes com obras que cir- cularam profusamente no século” (WADE, p. 18-19). Dessa forma, pode-se perceber a consideração da coletânea como um elemento a mais para determinar a difusão de um manuscrito. Lanson acreditava que a mudança nos números do comércio livreiro na segunda metade do século XVIII era devida a uma mudança de estratégia, mais do que ao surgimento de novas ideias. É verdade, porém, que nos demos conta de que não devemos analisar as discussões colocadas pelos manuscritos filosóficos clandestinos esperando sempre encontrar elementos do movimento propagandista posterior. Daí resulta que o confronto entre as redes manuscritas e as redes impressas de difusão deve ser feito com cautela, mas permanece a ideia de compreender as estratégias de organização deste movimento. A constituição de uma coletânea faz emergir alguns elementos que apresentam sempre a necessidade de uma análise especí- fica. A escolha dos textos recolhidos, o modo de colocá-los em conjunto, as pessoas implicadas na sua elaboração... A partir de tais análises, poderemos compreender a organização das ideias nos contextos manuscritos e impressos, bem como a
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MS. TOURS 971 et MS. BNF fr. 14696^1 I. « Recueil de pièces diverses sur les opinions des anciens philosophes » 1°. Sur le monde [6] Opinion des anciens sur le monde Sur l'origine du monde Sur la fin du monde Sur la terre Sur les révolutions de la terre Sur les habitants de la terre 2°. Sur l'âme Sur l'immortalité de l'âme [4] Sur la nature de l'âme [32] II. Lettre à M. *** sur les Juifs [4] III. Dissertation sur les martyrs [2] IV. De l'âme [2]
Tais títulos são a analisar. Observando a quantidade de suas cópias individuais, compreendemos que todos, exceto “ Sur la nature de l’âme ”, contaram com uma difusão pouco impressionante. Os dois últimos, “ Dissertation sur les martyrs ” e “ De l’âme ”, em particular, foram encontrados até o momento somente nessas duas coletâneas. Malgrado a sua pequena difusão, o grupo de textos recolhidos aqui deveria ter um efeito bastante corrosivo quando lido em conjunto. A sua verdadeira difusão é dada após a publicação das “ Dissertations mêlées ” proposta por Jean-Frédéric Bernard em 1740 em Amsterdam. Os textos recolhidos no primeiro tomo das Dissertations mêlées são quase os mesmos encontrados nos manuscritos que aca- bamos de citar. Ao colocarmos lado a lado os títulos recolhidos nos três casos, isso fica imediatamente evidente:
A coletânea de textos clandestinos: constituição de um objeto de pesquisa
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MS. TOURS 971 et MS. BNF fr. 14696
I. « Recueil de pièces diverses sur les opinions des anciens philosophes » 1°. Sur le monde
Tome I I. Dissertation sur l’origine du Monde &c. II. Lettre du R. P....... sur quelques Auteurs qui ont travaillé à prouver la vérité de la Religion Chrétienne. III. Lettre où l’on prouve que le mépris dans lequel les Juifs Sont tombés depuis plusieurs siècles est antérieur à la malédiction de J. C. &c. IV. Dissertation sur le Martyre. V. Dissertation sur l’Immortalité de l’Âme.
O primeiro texto das Dissertations , que seria a “ Dissertation sur l’origine du Monde ”, congloba o texto Sur le monde , das coletâneas manuscritas. O terceiro texto das Dissertations é um testemunho da “ Lettre à M. sur les juifs ”. O quarto não tem o seu título muito mo- dificado em relação às coletâneas manuscritas, “ Dissertation sur le martyre ”, e nem o quinto, “ Dissertation sur l’immortalité de l’Âme ”. Os demais textos das coletâneas manuscritas não são levados em con- sideração pelas Dissertations mêlées. Fazendo uma comparação entre as cópias simples dos títulos encontrados nas bibliotecas europeias e a quantidade de exemplares das Dissertations mêlées, compreende- -se a sua importância para a difusão dos textos recolhidos: são ao menos 38 exemplares distribuídos por toda a França, mas também na Inglaterra, Holanda, Alemanha, Irlanda, etc.
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textos da coletânea. Assim, o único texto não clandestino do primeiro tomo das Dissertations mêlées desempenhará ao fim o papel de agre- gador da coletânea; lançará o fio condutor de uma chave de leitura dos outros textos, de modo a tornar possível o aprofundamento das suas críticas. O primeiro texto da coletânea impressa, a “ Dissertation sur l’origine du Monde ”, é correntemente atribuído a Jean-Baptiste de Mirabaud. Tal texto desmonta toda a autoridade histórica dos textos bíblicos. Sob o pretexto de apresentar uma abordagem histórica sobre a formação do mundo e a origem dos homens, o texto passa em revista as ideias dos antigos. Para atingir os seus objetivos, utiliza diversas fontes. Não faz distinção entre as informações encontradas nas obras dos historiadores cristãos e as dos historiadores pagãos. Assim pretende recolher todas as ideias que se formaram sobre o mundo, as ideias sobre sua origem e seu fim, sobre a compreensão geral da geografia do globo, sobre as revoluções que criaram o mundo e finalmente, as ideias sobre a origem dos homens e dos outros animais. Como usa fontes pagãs e cristãs, sem distinções, crê que a sua discussão tenha apresentado razões uni- versalmente difusas na Antiguidade. A presença deste texto no início da coletânea, colocado imediatamente antes da “ Lettre au R. P. ... sur quelques auteurs [...]”, mina todas as suas afirmações. Não obstante ela afirme a necessidade da utilização de provas históricas para fundar a exatidão da Religião cristã, a sua discussão não demonstra nem a metade da profundidade e erudição de Mirabaud na “ Dissertation sur l’origine du monde ”. Assim, não consegue fazer-se respeitar nos seus próprios termos. A tese forte encontrada entre as discussões da “ Dissertation sur l’origine du Monde ” é aquela que afirma uma relação de descendên- cia em linha reta entre os hebreus e os egípcios. Será o argumento mais utilizado no terceiro texto das Dissertations mêlées , intitulado “ Lettre sur les juifs ” – esse também atribuído a Mirabaud – para jus- tificar o tratamento hostil recebido pelos hebreus frente a todos os outros povos da época. De igual modo, a erudição do autor nesse texto lança uma dúvida profunda sobre as certezas históricas das narrativas bíblicas. Sendo assim, as provas da correção da Religião cristã – segundo o modelo proposto pela “ Lettre au R. P. [...]” – per- dem todas as suas forças. Por sua vez, a “Dissertation sur le Martyre” lançará a dúvida sobre a santidade dos mártires da religião cristã e, assim, sobre a
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validade dos fatos históricos encontrados nos evangelhos. Vê-se então que a coletânea, na construção do seu conjunto de textos, consegue organizar uma crítica completa de todos os pressupostos de uma defesa histórica da religião. Qualquer que seja a direção assumida pela prova histórica, a coletânea de textos – através da reunião dos textos apropriados – a enfraquece. Sob re as provas Metafísicas, por sua vez, o texto da “Lettre au R. P. [...]” não nos apresenta exemplos claros. Podemos compreender, porém, que é comum encontrarmos discussões nos demais textos das Dissertations mêlées que falam sobre a metafísica em algum modo. Em tais momentos, a “metafísica” considerada será sempre a de Platão. Quando se refere aos textos antigos usados como provas em favor da religião cristã, será geralmente a Platão que se fará referência. Por tal razão, podemos compreender bem a escolha de inserir a “ Dissertation sur l’immortalité de l’âme ” nas Dissertations mêlées , e não o tratado “De l’âme”. Após considerar a imortalidade da alma como algo dettrcd nx suma importância para a explicação do nascimento dos Mártires de uma religião qualquer – tese defendida na “ Disser- tation sur le Martyre ” –, a coletânea nos apresenta um texto como a “ Dissertation sur l’immortalité de l’âme ”. Este último fundamenta toda a sua discussão sobre a tentativa de demonstrar os pressupostos falazes da teoria da imortalidade lida no Fédon de Platão.
De tudo quanto ficou dito, espera-se ter demonstrado a importância de um estudo específico sobre a Coletânea de textos clandestinos como objeto autônomo de discussão.
1 Questions diverses sur l’histoire de l’esprit philosophique en France avant 1750, Revue d’Histoire littéraire de la France , XIX, 1912, p. 1-29, 293-317. 2 The clandestine organization and diffusion of philosophic ideas in France from 1700 to 1750. Princeton, 1938 (nova impressão, 1967). 3 Resenha do livro de Ira O. Wade, in The Romanic Review, XXX (1939): 205-09. 4 Todos esses problemas já foram amplamente discutidos em diversas ocasiões. Estes três problemas foram especificamente discutidos nos artigos sobre atribuição, identificação, datação dos tratados clandestinos em Olivier Bloch (dir.). Le matérialisme du XVIIIe^ siècle et la littérature clandestine , Paris : J. Vrin, 1982 e em Miguel Benítez. La face cachée des Lumières. Paris, Oxford : Universitas, Voltaire Foundation, 1996 (edição espanhola: La cara oculta de las luces. Valencia: Biblioteca Valenciana,
Leandro de Araújo Sardeiro
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BLOCH, Olivier (dir.). Le matérialisme du XVIIIe^ siècle et la littérature clandestine. Paris: J. Vrin, 1982.
BENITEZ, Miguel. La face cachée des Lumières : Recherches sur les manuscrits philosophiques clandestins de l’âge classique_._ Paris: Universitas; Oxford: Voltaire Foundation, 1996. Existe uma edição espanhola: La cara oculta de las luces. Valencia: Biblioteca Valenciana, 2003.
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______. Matériaux pour un inventaire des manuscrits philosophiques clandestins des XVIIe^ et XVIIIe^ siècles. Rivista di storia della filosofia. n. 43, 1988, p. 501-
LA LETTRE CLANDESTINE_. L’identification du texte clandestin aux XVIIe_^ et XVIIIe^ siècles. n. 7, Paris: PUPS, 1998.
LANSON, Gustave. Questions diverses sur l’histoire de l’esprit philosophique en France avant 1750, Revue d’Histoire littéraire de la France , n. XIX, 1912, p. 1-29, 293-317. Existe uma tradução brasileira : Questões diversas sobre a história do espírito filosófico na França antes de 1750. Problemata : Revista Internacional de Filosofia. v.4, n.3, 2013. p. 382-441. Disponível em: http://doi.org/brjx. Acesso em: 13 set. 2016.
MCKENNA, Antony. Réflexions sur un recueil de manuscrits philosophiques clandestins. In: MOUREAU, François (ed.). De bonne main : la communication manuscrite au XVIIIe^ siècle. Paris: Universitas; Oxford: Voltaire Foundation, 1993, p. 51-57.
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MUZZARELLE, Danielle. Le recueil Conrart à la Bibliothèque de l’Arsenal. XVIIe^ siècle : Les usages du manuscrit, juil./sept. 1996, p. 477-487.
TORREY, Norman. Review: WADE, Ira Owen. The clandestine organization and diffusion of philosophic ideas in France from 1700 to
WADE, Ira Owen. The clandestine organization and diffusion of philosophic ideas in France from 1700 to 1750. Princeton: Princeton University, 1938. Nova impressão: New York: Octagon Books, 1967.