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Trabalho de conclusão sobre ergonomia.
Tipologia: Esquemas
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**Aracaju – SE
**Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Coordenação do Curso de Engenharia de Produção da FANESE, como requisito parcial para obtenção do grau de bacharel em Engenharia de Produção. Orientadora: MSc. Sandra Patrícia Bezerra Rocha Coordenador do Curso: MSc. Alcides Anastácio de Araújo Filho. Aracaju – SE
Agradeço primeiramente a Deus, que me guia, me sustenta e dá sentido a todas estas realizações. A minha amada mãe, Edite, meu modelo de mulher, de fidelidade, amor a Deus acima de tudo, e minha base na vida. Ao meu amado pai, Iranildo, por me ensinar a alegria, o respeito e o amor ao próximo e por ser meu refúgio e segurança em todos os momentos. Ao meu irmão, Gabriel, por me transmitir Deus nos pequenos gestos me dando força para nunca desistir. Obrigada por cada abraço irmão! Ao meu amigo e namorado, Neto, meu exemplo de fé e companheirismo. Obrigada por todo apoio e oração, você faz parte dessa conquista! Ao meu tio, Arnaldo, que sempre me ensinou a ser melhor me aconselhando, guiando e sendo exemplo na minha vida. Obrigada por todo cuidado e incentivo! E a todos os professores, colegas de classe e amigos que me apoiaram direta ou indiretamente durante essa trajetória.
Figura 5 – Pontuações dos antebraços de acordo com amplitude de movimento
LISTA DE QUADROS LISTA DE GRÁFICOS
4 .1 Processo de Classificação/Embalagem........................................................... 44 4 .2 Avaliação dos Riscos no Processo de Classificação/Embalagem............... 45 4 .2.1 Aplicação do Método RULA........................................................................... 50 4 .2.1.1 Tarefa do classificador trabalhando sentado............................................ 50 4 .2.1.2 Tarefa do classificador trabalhando em pé............................................... 56 4 .2.1.3 Tarefa do embalador pegando a caixa na esteira..................................... 58 4 .2.1.4 Tarefa do embalador organizando o palete............................................... 59 4 .2.1. 5 Tarefa do embalador executando o enfitamento...................................... 61 4 .2.2 Aplicação do Questionário............................................................................ 63 4 .2.3 Sugestões de Melhoria Ergonômica para o Posto de Trabalho................. 70 4 .2.4 Sugestões de Melhoria Ergonômica para a Realização da Atividade de Embalagem............................................................................................................... 71 5 CONCLUSÃO......................................................................................................... 74 REFERÊNCIAS.......................................................................................................... 75 APÊNDICE – Questionário dos riscos ergonômicos presentes no posto de trabalho e nas posturas dos colaboradores.......................................................... 78 ANEXOS.................................................................................................................... 82 ANEXO A – Aplicação do método RULA na tarefa do classificador trabalhando em pé......................................................................................................................... 83 ANEXO B – Continuação aplicação do método RULA na tarefa do classificador trabalhando em pé.................................................................................................. 84 ANEXO C – Aplicação do método RULA na tarefa do embalador pegando a caixa na esteira........................................................................................................ 85 ANEXO D – Continuação da aplicação do método RULA na tarefa do embalador pegando a caixa na esteira..................................................................................... 86 ANEXO E – Aplicação do método RULA na tarefa do embalador organizando o palete......................................................................................................................... 87 ANEXO F – Continuação da aplicação do método RULA na tarefa do embalador organizando o palete............................................................................................... 88 ANEXO G – Aplicação do método RULA na tarefa do embalador executando o enfitamento............................................................................................................... 89 ANEXO H – Continuação da aplicação do método RULA na tarefa do embalador executando o enfitamento...................................................................................... 90
13 Por isso, os conceitos ergonômicos relacionado ao bem-estar, conforto e segurança durante a execução das tarefas estão sendo cada vez mais aplicados nas organizações, pois, identificar os riscos ergonômicos existentes no ambiente laboral da indústria, é essencialmente importante para uma produção mais eficaz e, por conseguinte, promover o sucesso organizacional. 1.1 Situação Problema O foco desse estudo é o setor de Classificação/Embalagem de uma indústria de cerâmicas que é uma das etapas finais da linha de produção desta organização, que tem como incumbência analisar os defeitos superficiais e visíveis, transportar e empilhar os pisos e revestimentos fabricados para os paletes e que em seguida são levados para o setor de expedição. Todo este processo exige dos classificadores e embaladores deslocamentos e movimentos que podem causar complicações em relação a saúde e segurança do trabalhador e consequências relacionadas aos riscos ergonômicos. Diante do exposto, surge a seguinte indagação: quais riscos ergonômicos estão expostos os colaboradores do setor de classificação/embalagem em uma indústria de cerâmicas? 1.2 Objetivo Geral Realizar análise ergonômica do trabalho no setor de Classificação/Embalagem de uma indústria de cerâmicas utilizando o método RULA.
1. 2 .1 Objetivos específicos − Caracterizar o processo de Classificação/Embalagem de uma Indústria de Cerâmica em Sergipe. − Identificar os riscos ergonômicos existentes no processo de Classificação/Embalagem de uma Industria de Cerâmica em Sergipe. − Propor um plano de melhorias ergonômicas no processo de Classificação/Embalagem de uma Indústria de Cerâmica em Sergipe.
14 1.3. Justificativa As empresas estão sempre em busca de novos meios para manter a produtividade eficiente e têm utilizado a análise ergonômica do trabalho, como ferramenta de avaliação e aprimoramento, tanto de seus procedimentos quanto de seus colaboradores, pois essa análise revela quais processos precisam de modificações para que se obtenha um desempenho cada vez mais eficaz dos colaboradores. Por isso, a partir da observação realizada no setor de Classificação/Embalagem, decidiu-se pelo tema abordado que é a análise ergonômica do trabalho, pois um estudo desta natureza além de proporcionar a ampliação dos conhecimentos acadêmicos nesta área, apresenta de maneira científica as possíveis estratégias ergonômicas que podem impulsionar a empresa a solucionar eventuais dificuldades ou falhas existentes no posto ou na organização do trabalho. Além disso, este estudo contribui também para a melhoria da qualidade de vida dos colaboradores do setor de Classificação/Embalagem, uma vez que detectará riscos ergonômicos a que estes estejam submetidos propondo mudanças ou melhorias na realização de suas tarefas proporcionando assim bem-estar e sucesso profissional. Por fim, esta pesquisa justifica-se por acrescentar ao meio acadêmico e a toda comunidade interessada pelo tema, conhecimentos sobre as condições atuais de riscos ergonômicos a que estão submetidos os trabalhadores da indústria, especificamente de cerâmicas, sendo também útil para estudos futuros. 1.4 Caracterização da Empresa Este estudo de caso foi realizado em uma indústria de revestimentos cerâmicos esmaltados, não refratários, para uso em construção civil, atualmente instalada no distrito industrial de Nossa Senhora do Socorro – Sergipe. Como consta em seus registros internos, a empresa, em foco, foi fundada em fins de 1993 onde sua produção era de 100.000 m²/mês. Em 2005 , com as melhorias nos equipamentos, Matéria-prima e espaço físico, sua produção aumentou de 300.000 m²/mês para 500.000 m²/mês. Aproximadamente em 2008 ocorreram
Para um maior embasamento teórico de toda a pesquisa, nesta seção, serão apresentados os conceitos relacionados à ergonomia. 2 .1 Conceitos e Objetivos da Ergonomia A ergonomia é conceituada como sendo a adaptação do trabalho ao ser humano e, segundo Couto (2002, p. 11), ela “[...] procura o ajuste mútuo entre o ser humano e seu ambiente de trabalho de forma confortável e produtiva, basicamente procurando adaptar o trabalho às pessoas” Para realizar determinada tarefa que exija muita precisão e atenção, Andrade; Santos (2015, p. 167) afirmam que o colaborador necessita que todo o ambiente organizacional proporcione o seu bem-estar. E a ergonomia vem suprir esta necessidade a partir do momento em que ela se apresenta como um campo do conhecimento que tem como objetivo avaliar situações de trabalho, propondo a união entre o conforto, a segurança e a ciência no trabalho. Aprofundando este conceito a Associação Brasileira de Ergonomia esclarece que a ergonomia tem como objetivo alterar os processos de trabalho para “[...] adequar a atividade nele existentes às características, habilidades e limitações das pessoas com vistas ao seu desempenho eficiente, confortável e seguro [...]” (ABERGO, 2000, p.1). Essa adequação exige um olhar mais direcionado a individualidade de cada colaborador que exerce sua função de acordo com suas limitações e aptidões. É de primordial importância esclarecer que, quando se fala em adaptação, refere-se sempre a adequação do trabalho ao homem. Esta afirmação é explicada por Iida (2005, p.2) quando afirma que, seria sacrificar o trabalhador, orientá-lo a se adaptar ao trabalho, não respeitando suas limitações nem contemplando suas capacidades. Isso resultaria em máquinas difíceis de operar e condições adversas do trabalho. Sendo assim, os ergonomistas apresentam o ser humano como um
17 construtor do seu fazer e não como um símbolo de ajustamento, pois segundo Abrahão (2009, p. 18) o ser humano ao realizar suas análises, precisa interferir nas atividades do trabalho de modo a incorporar em suas avaliações os aspectos humanos, físicos e cognitivos que são próprios dos seres humanos. Bem como os aspectos organizacionais e do trabalho que são inerentes a empresa. Os aspectos físicos mencionados acima são analisados pela ergonomia física que se ocupa com as características relacionadas a atividade física. Já os aspectos cognitivos referem-se à atuação da ergonomia cognitiva que analisa os processos mentais como a percepção, memória e raciocínio. Por fim, os aspetos organizacionais como a otimização dos processos e estruturas da empresa, com suas tarefas e a programação do trabalho em si, abordados pela ergonomia organizacional conforme Iida (2005, p.3). É de extrema importância salientar, neste momento, que esse estudo da ergonomia vem evoluindo no ambiente industrial. E cabe mencionar que percorrendo a história da ergonomia, em um breve relato, percebe-se que ela surgiu com o propósito de preservar o trabalhador de riscos e incidentes decorrentes dos trabalhos nas fábricas durante as revoluções industriais. Couto (2002, p.15) afirma que “[...] até 1960, as fábricas e postos de trabalho eram construídos sem qualquer consideração sobre o ser humano que iria ali trabalhar.” Pois, neste período, o ser humano era visto e tratado como uma máquina que deveria proporcionar e aumentar a produtividade. E diante das exigências desta era industrial onde as fábricas estabeleciam um ritmo de trabalho acelerado, trabalhadores fixos em determinada posição e produção de grandes volumes, que era o modelo de trabalho do século XX criado por Henri Ford; surge o conceito ergonômico do trabalho, para ajudar a reduzir os riscos e os distúrbios posturais e osteomusculares por sobrecarga funcional a que foram acometidos os trabalhadores conforme Couto (2002, p.15). O distúrbio osteomolecular relacionado ao trabalho (DORT) refere-se a doença causada pela postura constantemente inadequada, movimentos repetitivos e excesso de cargas. A luz do exposto, entende-se que é de grande importância o aprofundamento sobre os riscos a que os trabalhadores estão submetidos em ambiente organizacional. 2 .2. Riscos Ambientais Decorrentes do Posto de Trabalho e da Atividade Exercida
19 05 CIPA. (BRASIL, 2009, P.20) Os riscos físicos pertencentes ao grupo 1 e de cor verde também são mencionados e conceituados pela Norma Regulamentadora NR 09, em seu item 9.1.5.1 como sendo “[...] as diversas formas de energia a que possam estar expostos os trabalhadores [...]” (BRASIL, 1994, p.20). Esta norma, em seu item 9.1 5.2 afirma que “Consideram-se agentes químicos as substâncias, compostos ou produtos que possam penetrar no organismo pela via respiratória [...]” (BRASIL, 1994, p.20) nas formas descritas no Quadro 1. E com relação aos riscos biológicos Bertoldi (2014, p.21) diz que “[...] podem vir a desencadear doenças provenientes da contaminação ou do próprio ambiente de trabalho.” Para maior embasamento dos riscos existentes no posto de trabalho, são acrescentados os riscos mecânicos definidos por Rodrigues; Santana (2010, p.32) como “[...] condições de construção, instalação e funcionamento da empresa, assim como as máquinas, equipamentos ou ferramentas que não apresentam adequadas condições de uso.” São os riscos existentes no arranjo físico e iluminação inapropriados e instalações elétricas deficientes. Os riscos de acidentes, segundo Santos (2014, p.2), “[...] ocorrem em função das condições físicas (do ambiente físico e do processo de trabalho) e tecnológicas, impróprias, capazes de provocar lesões à integridade física do trabalhador.” O risco de acidente acontece enquanto o colaborador executa seu trabalho a serviço da empresa. Já os riscos ergonômicos, receberão mais ênfase neste estudo uma vez que se apresenta como fator preponderante para a realização de uma análise ergonômica, sendo detalhado na seção seguinte. 2 .2.1 Riscos ergonômicos Estes riscos são caracterizados por Rodrigues; Santana (2010, p.33) “[...] pela relação homem/ambiente de trabalho e aparecem em decorrência de posturas assumidas ou esforços exercidos na execução das atividades.” É o emprego de posturas inadequadas e rígidas com contrações e esforço muscular adotados pelos trabalhadores, pois segundo Abrahão (2009, p. 90) todo profissional, ao executar uma tarefa, realiza um trabalho muscular, desde uma simples postura a realização de gestos e movimentos.
20 O trabalho pesado, oriundo das tarefas que exigem esforço físico, consome muita energia do trabalhador, afetando diretamente seu sistema circulatório e respiratório. E ainda durante o manuseio de cargas o esforço pode acarretar risco no segmento lombar da coluna vertebral, sendo assim Abrahão (2009, p. 101) recomenda. Inspecionar o objeto, as bordas, a regularidade; decidir a partir da forma, do peso, tamanho e localização, o ponto ou os pontos de pega; eliminar os objetos que se interponham no trajeto a seguir durante o transporte de carga; ter uma representação correta do destino da carga; posicionar os pés de forma a possibilitar uma base de sustentação para a manutenção do equilíbrio do corpo; Dobrar os joelhos e não a coluna; colocar o objeto próximo ao centro do corpo; levantar o peso gradualmente sem movimentos bruscos e evitar girar o tronco e colocar a carga, quando possível, em superfície que se aproxime da altura dos cotovelos (ABRAHÃO, 2009, p. 101). Quando estas recomendações não são cumpridas, colabora-se para o aparecimento de lesão muscular em decorrência do grande esforço ao executar a tarefa, pois o manuseio da carga é uma atividade física diretamente associada as posturas corporais conforme Abrahão (2009, p.102). E entende-se que ao levantar, sustentar e deslocar uma carga, o trabalhador executa movimentos automáticos que segundo Ferreira e Nascimento (2015, p. 209) se repetem diariamente e que exigem do organismo grande esforço, por isso, no Brasil, a quantidade de carga é limitada em conformidade com a idade, sendo adultos 18 a 35 anos, homens 40 kg e mulheres 20 kg; de 16 a 18 anos, homem 16 kg e mulher 8 kg. O esforço físico intenso e, o levantamento e transporte manual de peso, se executados de forma errada, podem gerar dores e, conforme Iida (2005, p.163), as dores “[...] podem ocorrer também com o alongamento excessivo e inflamação dos músculos, tendões e articulações. São associadas a forças, posturas e repetições exageradas dos movimentos[...]. ” É comum os trabalhadores serem acometidos por estas dores, pois a repetitividade dos movimentos e deslocamentos e as posturas errôneas são praticadas durante diversas jornadas de trabalho. Os movimentos repetitivos podem causar os Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT) que, conforme Siqueira (2014, p, 35), são “[...] doenças do sistema músculo-esquelético, principalmente de pescoço e membros superiores [...],” quando o trabalhador é submetido a condições de ritmo de trabalho acelerado, força excessiva e posturas inadequadas. A postura adotada pelo trabalhador segundo Abrahão (2009, p. 95) ajuda a