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Controle da Helicoverpa Armigera em Soja: Estratégias Monitoramento, Biológico e Químico, Exercícios de Agronomia

Este documento discute as estratégias de manejo da helicoverpa armigera em lavouras de soja, incluindo o uso de plantas bt, pano de batida, monitoramento por armadilhas, controle químico e biológico, e a importância de conhecer o ciclo de vida da praga. Além disso, apresenta as classificações de antixenose, antibiose e tolerância em relação aos insetos e a importância de prevenir a entrada e dispersão de pragas quarentenárias no brasil.

Tipologia: Exercícios

2020

Compartilhado em 10/06/2020

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Exercicio Helicoverpa Armigera
Prof: Jose Antonio Rossato
Aluno: Elisa Jorge Bueno
1. Existem várias formas de manejo que podem ser realizadas para evitar a
dispersão da Helicoverpa Armigera, visto que devemos, principalmente, utilizar
o MIP devido a sua grande capacidade de resistência, ser uma praga polífaga e
atacar toda a fenologia da planta. É de extrema importância que o produtor
conheça o ciclo de vida dessa praga para que possam ser realizadas as
amostragens, monitoramento e controle de forma eficaz.
A primeira estratégia que pode ser utilizada é o uso da tecnologia de
plantas Bt, que são plantas tóxicas para alguns insetos, sendo importante frisar
que devemos manter sempre uma área de refúgio afim de evitar a resistência dos
insetos. E temos também o tratamento de sementes que é usado para retardar as
aplicações biológicas ou químicas.
Após o plantio, devemos monitorar a lavoura semanalmente com o
sistema pano de batida, que consiste em um pano ou plástico branco de 1 m de
comprimento por 1 m de largura, tendo nas bordas uma bainha onde são
inseridos dois cabos de madeira. O pano, devidamente enrolado e sem perturbar
as plantas, é introduzido entre duas fileiras adjacentes e estendido sobre o solo.
Rapidamente, as plantas das duas fileiras de soja são inclinadas sobre o pano e
batidas vigorosamente, com o objetivo de deslocar os insetos das plantas para o
pano e os insetos sobre o pano são contados e registrados em fichas de
monitoramento. Também temos a opção do monitoramento por armadilhas
luminosas ou de ferormônio, mas a pano de batida é a mais utilizada. Após a
realização da amostragem podemos fazer uma previsão do potencial de pressão
da praga na lavoura e se necessário, caso tenha atingido o nível de controle,
entrar com a aplicação de um inseticida de controle biológico ou químico. É de
extrema importância fazer a aplicação destes inseticidas apenas quando o nível
de controle for atingido e utilizar a dosagem especificada no produto, afim de
evitar que a resistência dos indivíduos aumente.
No controle químico é importante lembrar que devemos sempre considerar
3 fatores na escolha do produto: Seletividade, custo e eficiência, e ficarmos
sempre atentos ao modo de ação do produto, sendo muito importante rotacionar
esses sítios de ação a cada aplicação para reduzir a seleção dos insetos.
No controle biológico, temos o Trichogramma sp. que parasitam os ovos
impedindo o nascimento da lagarta, nematoides entomopatogenicos que se
alimentam das pupas no solo, aplicação de Baculovirus, ou Bacillus
Thurgienses.
Existe também uma estratégia que tem se mostrado muito eficaz no
controle da Helicoverpa armigera, que consiste em deixar a lavoura sem plantas
hospedeiras nas entressafras, que esta e uma praga polifaga e sobrevive em
várias culturas diferentes e ataca toda a fenologia da planta. Esse vazio sanitário
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Exercicio Helicoverpa Armigera Prof: Jose Antonio Rossato Aluno: Elisa Jorge Bueno

  1. Existem várias formas de manejo que podem ser realizadas para evitar a dispersão da Helicoverpa Armigera, visto que devemos, principalmente, utilizar o MIP devido a sua grande capacidade de resistência, ser uma praga polífaga e atacar toda a fenologia da planta. É de extrema importância que o produtor conheça o ciclo de vida dessa praga para que possam ser realizadas as amostragens, monitoramento e controle de forma eficaz. A primeira estratégia que pode ser utilizada é o uso da tecnologia de plantas Bt, que são plantas tóxicas para alguns insetos, sendo importante frisar que devemos manter sempre uma área de refúgio afim de evitar a resistência dos insetos. E temos também o tratamento de sementes que é usado para retardar as aplicações biológicas ou químicas. Após o plantio, devemos monitorar a lavoura semanalmente com o sistema pano de batida, que consiste em um pano ou plástico branco de 1 m de comprimento por 1 m de largura, tendo nas bordas uma bainha onde são inseridos dois cabos de madeira. O pano, devidamente enrolado e sem perturbar as plantas, é introduzido entre duas fileiras adjacentes e estendido sobre o solo. Rapidamente, as plantas das duas fileiras de soja são inclinadas sobre o pano e batidas vigorosamente, com o objetivo de deslocar os insetos das plantas para o pano e os insetos sobre o pano são contados e registrados em fichas de monitoramento. Também temos a opção do monitoramento por armadilhas luminosas ou de ferormônio, mas a pano de batida é a mais utilizada. Após a realização da amostragem podemos fazer uma previsão do potencial de pressão da praga na lavoura e se necessário, caso tenha atingido o nível de controle, entrar com a aplicação de um inseticida de controle biológico ou químico. É de extrema importância fazer a aplicação destes inseticidas apenas quando o nível de controle for atingido e utilizar a dosagem especificada no produto, afim de evitar que a resistência dos indivíduos aumente. No controle químico é importante lembrar que devemos sempre considerar 3 fatores na escolha do produto: Seletividade, custo e eficiência, e ficarmos sempre atentos ao modo de ação do produto, sendo muito importante rotacionar esses sítios de ação a cada aplicação para reduzir a seleção dos insetos. No controle biológico, temos o Trichogramma sp. que parasitam os ovos impedindo o nascimento da lagarta, nematoides entomopatogenicos que se alimentam das pupas no solo, aplicação de Baculovirus, ou Bacillus Thurgienses. Existe também uma estratégia que tem se mostrado muito eficaz no controle da Helicoverpa armigera, que consiste em deixar a lavoura sem plantas hospedeiras nas entressafras, já que esta e uma praga polifaga e sobrevive em várias culturas diferentes e ataca toda a fenologia da planta. Esse vazio sanitário

faz com que a planta fique sem alimento, e diminua a pressão da mesma para o próximo plantio.

  1. As três classificações existentes são: a) Antixenose: é verificada quando uma planta ou variedade é menos utilizada pelo inseto que outra para a alimentação, oviposição ou colonização, estando nas mesmas condições. O efeito é manifestado pelo comportamento dos insetos, repercutindo principalmente em redução da atratividade e aceitação do substrato, refletindo-se na redução do número de ovos e da área consumida. b) A antibiose caracteriza-se pelo efeito adverso da planta sobre o inseto, provocando principalmente alterações no seu desenvolvimento. Os principais efeitos da antibiose são: mortalidade das formas jovens, mortalidade na transformação para adulto, redução do tamanho e peso dos indivíduos, redução da fecundidade, alteração da proporção sexual e alteração no tempo de vida. c) Já a tolerância refere-se à capacidade de suportar o ataque do inseto através da regeneração dos tecidos destruídos, emissão de novos ramos ou perfilhos ou por outro meio, desde que não ocasione perda na qualidade e quantidade da produção. Pelo fato de a tolerância não afetar o comportamento ou biologia do inseto, propicia, a longo prazo, aumento na população da praga, podendo resultar em dano econômico à plantação. Entretanto, tal efeito pode ser contornados desde que se utilizem táticas do MIP.
  2. De acordo com o MAPA existem cerca de 600 espécies ou gêneros considerados como pragas ausentes, ou seja, pragas que são exóticas e não se encontram presentes no país, sendo algumas já reportadas em outros países da América do Sul, classificadas com grande potencial de entrada em território nacional. O Brasil possui alguns fatores facilitadores para a entrada destas pragas como: a grande extensão da fronteira com poucos postos de Vigilância Agropecuária Internacional (VIAGRO); a melhoria da infraestrutura de portos, aeroportos e estradas também foram facilitadores por aumentar o fluxo de pessoas, transporte de animais, frutos ou sementes, aumentando também o risco de disseminação da praga. Por essa razão, o MAPA juntamente com a FAO desenvolveram as Normas Internacionais de Medidas Fitossanitárias, com o objetivo de permitir o comércio de forma segura e exercendo certo controle sob a entrada de pragas, sendo necessário atender aos critérios regulamentares, fiscalização, inspeção, controle de qualidade e análise de riscos fixadas pelo MAPA. Também foram criados alguns mecanismos contendo diretrizes e medidas fitossanitárias com o intuito de prevenir a entrada e dispersão de pragas quarentenárias no pais como: Alerta Fitossanitário, plano de erradicação e o plano de contingência, que consistem em uma série de medidas para detectar possíveis pragas de risco, alimentos que venham de áreas infectadas, certificar o tratamento fitossanitário compatível com as exigências, entre outras.