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Tuberculose: Sintomas, Diagnóstico e Tratamento, Notas de aula de Medicina

Uma detalhada descrição da tuberculose, uma doença infecciosa causada pelo bacilo mycobacterium tuberculosis. O texto aborda a transmissão da doença, os sintomas, o diagnóstico e o tratamento, incluindo esquemas de medicamentos e critérios clínicos e radiológicos. Além disso, o documento discute as complicações da tuberculose, como a meninge e a pleural, e fornece informações sobre vacinação e controle de contatos.

Tipologia: Notas de aula

2024

À venda por 12/05/2024

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ana-helena-florentino 🇧🇷

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Tosse crônica
Tuberculose
Ana Helena
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Tosse crônica

Tuberculose

Ana Helena

Aguda: até 3 semanas. Infecções, irritação e congestão.

Subaguda: entre 3 e 8 semanas

Crônica: mais de 8 semanas. Tosse de vias aéreas superiores, DRGE, asma,

IECA, tuberculose, câncer.

Tuberculose

Agente: Mycobacterium tuberculosis. Infecção: doença de alta infectividade, mas baixa patogenicidade. A transmissão ocorre por aerossóis do paciente bacilífero, quando em ambiente fechado e em contato constante (doença urbana). Primoinfecção: mais comum de ocorrer na infância. Nas primeiras 8 semanas, ocorre a disseminação do bacilo. Ao passar esse intervalo de tempo, há desenvolvimento de imunidade celular (linfócitos T e interferon-gama) e formação do granuloma caseoso. O exame PPD detecta a presença dos linfócitos T, enquanto o teste IGRA detecta o interferon-gama. Controle da infecção (90%): ou mata o bacilo ou o mantém latente. Desenvolvimento da doença (10%): maior chance de ocorrer nos primeiros dois anos do contato com a doenla. Pode caminhar para TB primária (doente desde a primoinfecção) ou TB pós-primária (reativação de foco latente).

Doença: 80-85% desenvolvem a forma pulmonar, e 15-20% formas

extrapulmonares.

Doença pulmonar primária: ocorre mais em crianças (associada à

primoinfecção).

Quadro clínico: pneumonia arrastada (infiltrado há mais de 2

semanas sem resposta aos antibióticos), linfonodomegalia hilar

unilateral (bilateral sugere sarcoidose). Esta é a forma paucibacilífera.

TB miliar: forma disseminada pelo parênquima pulmonar, ocorre em

menores de 2 anos e nos não-vacinados ou imunodeprimidos.

BCG: protege contra as formas graves da tuberculose (miliar e

meníngea).

Tratamento: Esquema RIPE: não usar etambutol se paciente com menos de 10 anos. Esquema básico: para casos novos ou retratamento. RIPE por 6 meses, divididos em 2 meses de RIPE e 4 meses de RI. Se paciente entre 3 meses e 16 anos de idade, com forma não-grave da doença, fazer 4 meses (2+2). Para formas meníngea e osteoarticular: RIPE por 12 meses, sendo 2 meses de RIPE e 10 meses de RI. No caso da meníngea, acrescentar corticóides por 4 a 8 semanas. Se coinfecção TB/HIV: iniciar com RIPE e, 7 dias depois, iniciar a TARV Acompanhamento: Oferecer rastreio para HIV no primeiro mês. Realizar baciloscopia mensal (ideal) ou a cada 2 meses (mínimo). Não fazer TRM- TB para o acompanhamento (detecta porções do bacilo, podendo dar falsos- positivos). RX tórax: realizar no 2º e no 6º mês. Efeitos adversos dos fármacos: RIP: hepatotoxicidade. Suspender as medicações e reintroduzir uma de cada vez (R-I-P). Suspender definitivamente a que for hepatotóxica. R: urina e suor alaranjados (normal), citopenias e nefrite (suspender neste caso). I: neuropatia (fazer reposição de vitamina B6; se gestante em uso de RIPE, iniciar reposição desde o início do tratamento). P: hiperuricemia (avaliar necessidade de tratar) e rabdomiólise (suspender). E: neurite óptica (suspender). Controle na comunidade: Todo paciente com tosse crônica deve ter TB pesquisada como possível diagnóstico. Tratamento diretamente observado: tomadas assistidas da medicação. Vacinação com BCG. Controle dos contactantes: Contactante sintomático: pesquisa de TB ativa (escarro e RX tórax). Contactante assintomático: pesquisa de TB latente. Se PPD ≥ 5mm ou IGRA positivo, tratar como TB latente.

Infecção latente por tuberculose: infecção sem doença (IGRA positivo ou

PPD ≥ 5mm).

Tratar se paciente com alto risco de doença: contactante de paciente

bacilífero, baixa imunidade, profissionais de saúde com incremento ≥

10mm no PPD.

Esquemas:

Principal: isoniazida + rifapentina por 3 meses, 1 dose por semana

(total de 12 doses).

Isoniazida por 6-9 meses, em doses diárias (total de 270 doses).

Rifampicina por 4 meses, em doses diárias (total de 120 doses).

Prevenção (quimioprofilaxia primária): para RN contactante de paciente

bacilífero.

Não vacinar com BCG ao nascer.

Usar isoniazida ou rifampicina por 3 meses.

Fazer PPD após: se < 5mm, pode vacinar com BCG (não foi infectado). Se

≥ 5mm, foi infectado e se deve terminar o tratamento de ILTB (mais 3

meses de isoniazida ou mais um mês de rifampicina); não precisa

vacinar com BCG.