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Texto Tetralogia de Fallot, Notas de estudo de Enfermagem

Texto - Texto

Tipologia: Notas de estudo

2010

Compartilhado em 26/08/2010

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julcimara-feijo-2 🇧🇷

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Tetralogia de Fallot
Seus quatro componentes são:
* Defeito da parte alta do septo ventricular;
* Dextroposição da aorta que cavalga o defeito septal e recebe o sangue
tanto do lado direito como do esquerdo;
* Estenose da válvula pulmonar ou a chamada estenose pré-pulmonar, ou
estenose do infundíbulo pulmonar, abaixo da válvula;
* Hipertrofia do ventrículo direito. Está é a cardiopatia congênita mais
comumente associada à cianose acentuada e aos dedos hipocráticos.
A embriogenia desta combinação de alterações acha-se intimamente ligada
à formação do septo interventricular. A porção membranosa do septo
interventricular origina-se do septo que divide o tronco arterial em artéria
pulmonar e aorta. O desenvolvimento anômalo desse septo, portanto, pode
originar anomalias da aorta, da artéria pulmonar e do septo interventricular.
Uma posição errada do septo origina uma aorta exageradamente grande e
uma artéria pulmonar estreita, com estenose pulmonar ou subpulmonar.
Além disso, uma distorção excessiva de todo o tronco arterial lança a aorta
para a direita, de sorte que ou ela fica totalmente à direita, comunicando-se
diretamente com o ventrículo direito, ou ultrapassa o tanto do lado direito
como do lado esquerdo. Nas formas mais graves desta anomalia há
transposição não corrigida dos grandes vasos.
Devido a estenose pulmonar e ao defeito do septo interventricular, há
considerável aumento da pressão sanguínea do lado direito do coração,
levando a hipertrofia ventricular direita, o quarto componente da tetralogia.
Assim as características da Tetralogia de Fallot são:
* Transposição da Aorta;
* Estenose Pulmonar;
* Defeito do septo interventricular;
* Hipertrofia ventricular direita.
Quando a estenose pulmonar ou pré-pulmonar é grave, a sobrevivência só
é possível em virtude da existência de um ducto arterial patente. O sangue
flui através desse canal para a rede vascular pulmonar, onde será
oxigenado.
Clinicamente, estes pacientes são fortemente cianóticos (doença azul), em
geral desde o nascimento. O fluxo do sangue através dos pulmões é
reduzido seriamente pelas lesões pulmonares e o sangue aórtico deriva
tanto no ventrículo direito como do esquerdo, sendo assim, em parte,
desprovido de oxigênio.
A anóxia geral provoca a policetemia (caracterizada por um número muito
alto de células vermelhas no sangue. Esta condição aumenta a viscosidade
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Tetralogia de Fallot

Seus quatro componentes são:

  • Defeito da parte alta do septo ventricular;
  • Dextroposição da aorta que cavalga o defeito septal e recebe o sangue tanto do lado direito como do esquerdo;
  • Estenose da válvula pulmonar ou a chamada estenose pré-pulmonar, ou estenose do infundíbulo pulmonar, abaixo da válvula;
  • Hipertrofia do ventrículo direito. Está é a cardiopatia congênita mais comumente associada à cianose acentuada e aos dedos hipocráticos.

A embriogenia desta combinação de alterações acha-se intimamente ligada à formação do septo interventricular. A porção membranosa do septo interventricular origina-se do septo que divide o tronco arterial em artéria pulmonar e aorta. O desenvolvimento anômalo desse septo, portanto, pode originar anomalias da aorta, da artéria pulmonar e do septo interventricular. Uma posição errada do septo origina uma aorta exageradamente grande e uma artéria pulmonar estreita, com estenose pulmonar ou subpulmonar. Além disso, uma distorção excessiva de todo o tronco arterial lança a aorta para a direita, de sorte que ou ela fica totalmente à direita, comunicando-se diretamente com o ventrículo direito, ou ultrapassa o tanto do lado direito como do lado esquerdo. Nas formas mais graves desta anomalia há transposição não corrigida dos grandes vasos. Devido a estenose pulmonar e ao defeito do septo interventricular, há considerável aumento da pressão sanguínea do lado direito do coração, levando a hipertrofia ventricular direita, o quarto componente da tetralogia. Assim as características da Tetralogia de Fallot são:

  • Transposição da Aorta;
  • Estenose Pulmonar;
  • Defeito do septo interventricular;
  • Hipertrofia ventricular direita.

Quando a estenose pulmonar ou pré-pulmonar é grave, a sobrevivência só é possível em virtude da existência de um ducto arterial patente. O sangue flui através desse canal para a rede vascular pulmonar, onde será oxigenado. Clinicamente, estes pacientes são fortemente cianóticos (doença azul), em geral desde o nascimento. O fluxo do sangue através dos pulmões é reduzido seriamente pelas lesões pulmonares e o sangue aórtico deriva tanto no ventrículo direito como do esquerdo, sendo assim, em parte, desprovido de oxigênio. A anóxia geral provoca a policetemia (caracterizada por um número muito alto de células vermelhas no sangue. Esta condição aumenta a viscosidade

do sangue), os dedos hipocráticos (baqueta de tambor), o retardamento do desenvolvimento, com insuficiência constitucional. O prognóstico é geralmente grave, a não ser que as anomalias sejam corrigidas pelo tratamento cirúrgico. A maioria dos pacientes sucumbe na infância ou nos primeiros anos da vida, sendo a média da sobrevida de cerca de 12 anos. Raros sobrevivem até a maturidade. As causas mais comuns da morte são:

  • Insuficiência cardíaca direita;
  • Endocardite bacteriana localizada nas anomalias;
  • Abscesso do cérebro;
  • Infecções respiratórias intercorrentes, em pacientes cronicamente debilitados. Vários procedimentos cirúrgicos têm sido aperfeiçoados para fechar o defeito do septo e melhorar a posição da aorta.

Depois da cirurgia cardíaca, a criança é transferida para a unidade de terapia intensiva (UTI) para receber monitoramento constante e rigoroso durante vários dias.

A criança deverá ter:

  • (^) Um tubo nas vias aéreas (endotraqueal) conectado a um respirador para que tenha respiração assistida, por 1 ou 2 dias. A criança é mantida sedada enquanto precisar do respirador;
  • Um ou mais cateteres pequenos em uma veia (acesso intravenoso) para fornecer líquidos e medicamentos;
  • Um cateter pequeno em uma artéria (acesso arterial) para medir o funcionamento do coração;
  • Um ou dois drenos no tórax (sondas torácicas) para drenar o ar, o sangue os líquidos durante vários dias;
  • Uma sonda que vai do nariz até o estômago (sonda nasogástrica ou SNG) para esvaziar o estômago e administrar medicamentos ou, ainda, para fornecer alimentação durante vários dias;
  • Uma sonda na bexiga, para drenar e medir a urina durante vários dias. A criança pode ter:
  • Cabos de marca-passo no tórax, no caso de haver necessidade de manter regulares os batimentos e o ritmo cardíaco.