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Os resultados obtidos com testes psicológicos aplicados na seleção de alunos para formação profissional, especificamente com testes de papel e lápis. O autor discute os coeficientes de correlação entre as provas psicológicas e as notas escolares, além de apresentar médias e desvios-padrão dos testes utilizados. O texto também descreve os testes empregados, incluindo testes de papel e lápis, memória de formas, eletricidade, forja, e outros.
Tipologia: Notas de estudo
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o candente problema do aproveitamento dos recursos humanos está trazendo à tona entre nós, com acentuado vigor, a questão da orientação e seleção para escolas de cunho industrial. Pareceu-nos oportuno, no mo- mento atual, apresentar os resultados de uma experiência nesse setor da Psicologia aplicada, a qual, embora antiga, desenrolou-se em circunstâncias em que também se lutava pelo desenvolvimento, através de aperfeiçoa- mento da mão-de-obra. Procurava-se, no caso, obter produtores qualifi- cados em adolescentes com poucas possibilidades, ao menos econômicas, de ingressarem em escolas secundárias de formação acadêmica.
I. HISTÓRICO
A experiência deu-se, há vinte anos, na Escola de Formação Profis- !iÍonal Virgem de la Paloma, de Madri, cujo laboratório psicotécnico coube ao autor destas linhas a honra de organizar. Foi a escola-pilôto de muitas outras que se estenderam pelo país. Começou em 1945, seguindo os moldes das velhas escolas do Ministério do Trabalho, destinadas a preparar jovem para quatro profissões fundamentais: marcenaria, mecânica, forja e ele- tricidade. Em rápida evolução, poucos anos depois, já preparava jovens para mais de 30 especialidades, atingindo um corpo discente de mais de 2 mil alunos em tempo integral, além dos de cursos noturnos, para adultos, montados mais tarde com aproveitamento integral das instalações. A seleção para ingresso na Escola processava-se pelos métodos tradi- cionais, apurando-se os conhecimentos gerais, de vernáculo e aritmética. Concomitantemente, e a título de experiência, aplicavam-se testes psico- lógicos. Os alunos admitidos, com idade entre 12 e 14 anos, na maioria, eram classificados em dois grupos, de acôrdo com a idade e o resultado das provas escolares: uma parte era encaminhada ao Curso Preparatório ou pré-profissional onde aprimoravam sua instrução primária e se iniciavam nos trabalhos manuais; o grupo mais amadurecido seguia diretamente o
Arq. bras. Psic. ap!. Rio de Janeiro, 21 (3):33-52 (^) ju!./set. 1969
chamado Curso de Orientação em que os alunos, além de estudar matérias teóricas, passavam em rodízio pelas quatro oficinas básicas mencionadas. Terminada a passagem pelas quatro oficinas, era feita a orientação para o prosseguimento de formação profissional específica, de acôrdo com dois critérios: o interêsse do aluno, apoiado em sua própria vivência, embora rudimentar, e a opinião dos instrutores e professôres, fundamentada na observação sistemática do comportamento do aluno. Os testes psicológicos não eram, inicialmente, levados em conta para a seleção de candidatos, salvo como elemento informativo em caso de dúvidas. Isso permitia maior liberdade na aplicação experimental de tes- tes diversos, não apenas na fase de admissão, como durante o ano escolar, em que se aplicavam de preferência testes de aparelhos. Por outro lado, a colaboração da Escola com o gabinete de Psicologia era total, sem res- trições, pondo à disposição do laboratório, sem entraves burocráticos, ser- viços de desenho e impressão e oportunidades para a aplicação de testes e mesmo para a construção de pequenos aparelhos. Por sua vez, o labo- ratório procurava não perturbar o andamento das aulas ou das práticas, evitando também prejudicar os alunos em seus descansos. A cada ano, introduziram-se algumas modificações nos testes de seleção, ~empre com finalidades experimentais. No primeiro ano, foi aplicada a bateria empregada pelo Instituto Nacional de Psicotécnica, para a seleção nas escolas de Formação Profissional do Ministério do Trabalho. No se- gundo, administrou-se bateria quase idêntica, com pequenas alterações. No terceiro, sugeriu-se que a Escola deveria contar com uma bateria pró- pria de testes, para o que foi elaborado o caderno denominado Héndeka. Mais adiante, damos a descrição dos testes empregados.
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QUADRO 11 - Admissão 1946 (Grupo 11) CORRELAÇÃO ENTRE TESTES DE ADMISSÃO E NOTAS DE CURSO
NOTAS TEÓRICAS NOTAS^ DE^ OFICINA Com- TESTES DF. ADMISSÃO Arit.mética^ ment. ple- Mecânica :\1arcenaria.^ Eletricidade^ Forja
Média I Prova (^) Média Tempo Quali- Nota (^) Tempo Quali- Not" (^) Tempo I Quali- Nota (^) Temp c I Quali- Nota mensal final dade global dade global dade global Idade global --- ------^ ------^ ------- CONHECIMENTOS
Cultura Geral (^) .22 .31 .15 (^) .00 I .12 .10 .40 .44 .48 .25 .01 .09 -.01 -.22 -. Aritmética (^) .05 .08 .11 -.21 -.09 -.09 .13 .29 .20 .10 .07 .02 .03 -.03. Média de Conhecimentos (^) .08 .16 .13 -.14 -.04 -.O~ .28 .42 .34 .12 .04 .06 -.02 -.15. --- ---^ --- (^) --- ---^ --- ---^ ---^ --- (^) ------ ---^ ---.---^ --- PSICOLÓGICOS
OTlS (^) .57 .53 .53 .09 .03 .17 .2G (^) .33 .28 (^) .15 .48 .45 .04 (^) -.1G. Decompor um texto .27 (^) .37 .15 .07 '-.10 (^) .10 .25 (^) .59 .42 (^) .34 .34 .37 .31 (^) .05. Labirintos MCQUARRIE (^) .35 .43 (^) -.09 .64 .41 .63 .41 .30 .37 .16 .50 .36 .21 -.10. Percepção Espacial .26 .34 .19 .25 .38 .21 .26 .20 .27 -.09 .42 .35 -.03 -.18 -. Cubos de YERKES (^) .33 .27 .14 .49 .48 .46 .21! .31 .50 .07 .09 .03 .22 -.07 -. Continuar um detrenho (^) .45 .48 .30 .52 .67 .63 .37 .:l2 .47 .06 .36 .30 .0) -.11 -. Sombreado de Rupp (^) .49 .47 .47 .37 .51 ,47 (^) .27 .55 .40 .15. .50 .35 -.05 -.05 -.
QUADRO III - Admissão 1947 (Grupo 11I) CORRELAÇÃO ENTRE TESTES PSICOLóGICOS E NOTAS DE CURSO
NOTAS TEÓRICAS
I
NOTAS DE OFICINA NOTA TESTES PSICOLOGICOS Média^ das^ notas^ mensais^ Notas^ do^ exame^ final^ Notas^ globais^ MÉDIA Técn. Gra- Reli- MÉ- TOOn. Gra- Reli- MÉ- Mecâ- Marce- Ele- For- Art. Cons- MÉ- GERAL gráf. (^) mática Geog.^ gião Compl.^ DIA gráf. (^) mática Geog.^ gião (^) DIA nica Daria tric. ia gráf. trucão DIA ---------------- ---- -- (^) ---- ---- -- --- -- -- -- ---- -- -- --------
PROVA HÉNDEKA
QUADRO V - Admissão 1945 (Grupo I)
MÉDIA E DESVIO-PADRÃO
Idade 11 12 13 14 15 16- TESTES ------^ ---^ ---^ ---^ ---^ --- N 44 442 343 147 43 28 --- ---------^ ------
u 16.1 14.6 12.4 15. Decompor texto - R Upp X- 120.6^ 127.2^ 144.7^ 152. u
u THURSTOXE-J ONES^ - X U
Alavancas X u Continuar desenho-R upp X u Memória de Formas-WHITHEY X u
QUADRO VI - Admissão 1946 (Grupo lI) MÉDIA E DESVIO· PADRÃO
Idade 10
51.8 50.4 39. 8.8 9.0 9. 3.9 3.1 4. 8.3 10.1 ll. 6.6 78 8. 4.9 5.3 5. 2.7 2.5 2. 8.0 8.6 9. 5.9 4.5 4. 36.0 35.0 36. 5.2 6.1 5.
11 12 13 TESTES --- --- --- ---^ --- N 34 203 476 277
OTIS elementar - X 14.9 20.4 22.0 27. u 8.9 11.7 12.3 15. Decompor texto-R upp (^) X - 105.5 120.2 134.6' u - 49.6 48.0 61. Labirintos MCQUARRIE - 8'45" - X 18.2 27.3 30.4 34. u 10.8 11.0 13.2 13. Percepção espacial X - 4.8 5.3 6. u - 3.4^ 3.4^ 3. Cubos de YERKES (^) X 72 7.8 8.0 8. u ~ 3.2 4.0 3.9 4. Continuar desenho-R upp X 8.8 9.5 9.4 10. u 7.5 4.0 4.5 4. Sombreado de Rupp (^) X^ - - 9.2 10.2 ll. u - 4.1^ 3.8 4.
33.3 37. 12.6 15. 169.8 - 59.1 - 10.2 11. 1 4.8 (^) 4. 16.2 18. 8.1 7. 6.6 - 2.9 (^) - 10.0 - 7.0 - 378 -
(^15) 16- --- (^) --- 52 24
32.4 32. 15.5 14. 169.2 - 62.3 - 36.4 (^) - 11 .2 (^) - 7.0 - 3.9 (^) - 10.8 - 4.1 - 13.0 - 4.1 - 12.4 (^) - 4.5 -
QUADRO VIII - Cursos Preparatório, Orientação e 4. 0 ano NOTA: O número (N) antes da barra refere-se ao FELDER; depois da barra, ao
- Idade 10 11 12 13 14 CADERNO HÉNDEKA MÉDIA E DESVIO-PADRÃO - N 45 243 403 229 104 TESTES -- ------------ --- --- - I. Riscado de barr88 I X - 3.9 4.3 5.0 5.0 6.3 6. ------ --- --- ------ - .!! 1.8 1.9 2.2 2.6 2.8 3. - 2. Ordens X 6.8 7.4 8.2 8.7 8.8 9.
I. 4. THURSTONE-jONES Pouco conhecida, é uma prova espacial. Pede-se imaginar (vide figura abaixo) em qual dos seis losangos da direita ficaria o losango à esquerda
e em qual dos quatro ângulos dês se losango se localizaria o círculo. Tempo dado: 4 minutos
deveu ao fato de serem suas instruções de difícil compreensão, e sua exe- cução, uma vez compreendida a tarefa, no entanto, relativamente fácil.
A B
Colocado um pêso P no lugar indicado no desenho, para onde se deslocará o extremo E?
Tempo: 3 minutos
I. 6. CONTINUAR .UM DESENHO Prova de Rupp. Consta de quatro modelos que devem ser continuados pelo examinando, dos quais reproduzimos o primeiro. Concedem-se três
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A.B.P.A. 3/
minutos para cada um dos dois primeiros desenhos, e quatro minutos para cada um dos últimos.
I ----
o teste consta de duas fôlhas, ou pagmas; a primeira, apresentada durante três minutos, contém 25 figuras geométricas do teor das reprodu- zidas abaixo; na segunda fôlha reaparecem essas figuras misturadas com mais 25. O examinando dispõe de um minuto para reconhecer as pri- meiras 25 figuras. O teste é de autoria de WHITNEY.
Descrito anteriormente (I. 1)
Forma paralela à descrita anteriormente (I. 2), com algumas modifi- cações. A mais importante foi a divisão do tempo de execução em quatro períodos iguais, de dois minutos e trinta segundos, com a finalidade de se obter uma curva de rendimento para apreciar os efeitos de fadiga, ou de aprendizagem.
Seleção para formação prOfissional (^) 43
A mesma prova acima mencionada, sem modificações.
II. 7. SOMBREADO
Prova também devida a Rupp. O candidato deve continuar o som- breado, já iniciado, nos quatro modelos que se lhe apresentam.
O tempo para cada figura varia de dois a quatro minutos, avaliando-se cada figura com notas de 1 a 5.
Foi aplicado o caderno chamado Héndeka, conjunto de testes compi- lados pelo Autor, que se inspirou em outros testes já existentes, não se tratando, conseqüentemente, de testes originais, embora grande parte de seus itens o seja.
Seleção para formação profissional (^) 45
Compunham a bateria os seguintes testes:
Inspirado em VERMEYLEN. Consistia em riscar as barras seguindo instruções diferentes para cada uma das nove linhas, por exemplo, na reproduzida abaixo, deveria riscar o examinando um de cada dois pauzi- nhos com bola preta na base. Os tempos para cada linha variavam de 12 a 25 segundos.
I j Iljj!/j!/!j!jjJ!j!!jj
In. 2. ORDENS
Inspirado nas ordens do Army Alpha. Formam o teste três séries iguais de CInCO figuras, perfazendo um total de 15 itens. A figura primeira de cada série é reproduzida abaixo. As ordens variam. Para a figura em pauta eram as seguintes: Primeira ordem, item 1: "Risque com um traço todos os pontos", (três segundos). Segunda ordem, item 6 "Risque quatro cruzes se hoje fôr domingo" (três segundos). Terceira ordem, item 11: "Se dois mais dois são quatro, forme uma cruz com as linhas; caso contrário, risque tôdas as cruzes" (oito segundos).
•
46 A.H.P.A.^ 3/
Embora com problemas diferentes, a sistemática do teste é idêntica à do teste mencionado anteriormente com o mesmo nome (I. 5). Foi também modificada a forma de resposta, oferecendo-se cinco opções. Tempo: quatro minutos e trinta segundos.
UI. 8. COMPREENSÃO DE SITUAÇÕES
A idéia foi tomada de BINET.
Três grupos de situações deviam ser emparelhadas com as interpreta- ções propostas. Por exemplo: "O que devia fazer Guilherme? Viu dois homens brigando. Passeando pela cidade em dia de domingo foi surpreendido por uma chuvarada violenta. Seu pai fôra à estação para uma viagem. Guilherme, que ti- nha ficado em casa, percebeu dez minutos antes da hora da saída do trem, que seu pai esquecera em casa o dinheiro e a documentação. Seu patrão lhe pediu para en- tregar um embrulho a certa pessoa de um grande magazine. Mas quando chegou ao magazine tinha esquecido o nome da pessoa.
lU. 9. PERCEPÇÃO DE FORMAS
I. Chamar um guarda
Além de completar quadrados, ao modo do teste de percepção de tamanhos antes descrito (U. 4), devem-se formar outras figuras geomé- tricas, num total de 15 itens. Tempo: dois minutos.
lU. 10. COMPARAÇÃO DE TAMANHOS
Propõem-se diversas tarefas de visualização, encontradas em testes de diversos autores, como apreciação de comprimentos e tamanhos, pro- longamento de linhas e localização de centros. As instruções para cada um dos 15 itens concedem de dois a cinco segundos por item. Reprodu- zimos um dêles, em que se deve responder qual das linhas que incidem sôbre a circunferência passaria pelo seu centro se fôsse prolongada.
(^48) A.B.P.A. 3/
2
8 o
Consta de 15 figuras, tomadas do teste não-verbal de BUYSE, com objetos, animais ou pessoas. O examinando deve assinalar o que sobra, falta ou esteja mal desenhado em cada figura. Concedem-se 40 segundos.
Reprodução do Riscado de Barras I. O objetivo da inclusão do mesmo teste ao final do exame era o de verificar a resistência à fadiga. Em geral, esta não se manifestou, tendo havido, pelo contrário, aumento médio de produtividade de 45%, o que demonstrou que a bateria não era cansativa, ao contrário do que se esperava.
A. FOCALIZANDO OS TESTES
Revelam, em geral, em ambas as amostras onde aparecem (quadros I e lI), um valor preditivo mais fraco do que a maioria das provas psico- lógicas.
Seleção para formação prOfissional (^) 49
são francamente nulas. No grupo III foram levemente superiores, man- tendo-se todavia próximas do coeficiente nulo, se bem que sempre positivas.
No grupo I, onde as correlações em geral são bastante fracas, a prova de continuar um desenho apresenta alguns resultados relativamente satis- fatórios, sendo sua correlação com mecânica mais alta do que as dos outros testes da bateria. A mesma prova no grupo IH apresenta correlações bastante melhores. São, todavia, negativas com forja. Neste grupo lI, as correlações da prbva de sombreado se assemelham bastante às de continuar um desenho. A prova de continuar um modêlo (prova 3 do caderno Héndeka) mostra resultados surpreendentes com relação ao desempenho em oficinas. Com apenas uma exceção, pouco significativa, a mão esquerda apresenta constantemente coeficientes de correlação mais elevados do que a direita. Já com as matérias teóricas, as correlações da mão direita são em média algo mais elevadas do que as da mão esquerda.
Os resultados foram fracos para os labirintos no grupo I, mas bem satisfatórios no lI, especialmente com a mecânica (lembramos que esta prova teve seu tempo de aplicação alongado no grupo 11). Por sua parte, decompor um texto foi a prova que apresentou no grupo I os coeficientes de correlação mais elevados, depois do OTIS e da cultura geral com as notas teóricas. A mesma prova, no grupo 11, nos dá a correlação mais alta com marcenaria, sendo bastante razoáveis suas correlações com as outras matérias, tanto teóricas como de oficina, se se excetuar a de mecânica. No grupo IH, as provas de atenção (riscado de barras e ordens) desempenham um papel positivo destacado, ficando atrás apenas do vocabulário FELDER no referente às matérias teóricas, sendo que ocasio- nalmente o supera.
Só foi aplicada, no grupo I, uma prova de memória de figuras geo- métricas. Apenas com marcenaria e religião (!) apresenta correlações debilmente satisfatórias.
Em geral, as provas aplicadas são mais válidas para predizer o desem- penho escolar do que a eficiência no trabalho manual. As provas que melhor prognosticam o êxito escolar, dentre as psico- lógicas, são quase sempre as de inteligência geral e atenção, e, não raro,
Seleção para formação prOfissional (^) 51
as de execução. Poderia interpretar-se que a boa execução de certas tarefas é indício de uma tendência a submeter-se à disciplina? Quanto ;:6 oficinas, há umas mais predizíveis do que outras. Forja e construção são indiscutivelmente as mais avêssas a oferecer correlações razoáveis. A seleção para essas profissões deve tentar-se, provàvelmente, com outros testes. Mecânica oferece correlações razoáveis com as provas de atenção, as de execução e algumas espaciais. A mesma coisa se pode dizer de marce- naria, embora as provas não coincidam com as que melhor servem à mecânica. Para eletricidade, parece oferecer prognóstico razoável as de inteli- gência, além das de atenção e de execução. Para artes gráficas, a diferenciação é pequena.
o A. apresenta, seguidos de breve comentário, diversos grupos de correlações entre provas culturais e psicológicas e critérios escolares e de oficina, em pesquisa realizada em escolas de aprendizagem. Entre os resultados que merecem destaque estão os relativamente elevados coeficientes de correlação obtidos por provas de vocabulário (coeficientes ao redor de .60), e de algumas provas de atenção e de execução. As provas de inteligência geral confirmam-se como de maior validade para o prognóstico do êxito em matérias teóricas do que nas de oficina. As provas de conteúdo espacial apresentam resultados variáveis.
SUMMARY
The A. presents severa I correlation groups between cultural and psychological tests and scholastic and shop cri teria, followed by a brief comment on a research made in training schools. Relatively high correlation coefficients (about .60) were obtained between vocabulary tests (particularly by a new model specifically designed for this study) and the criterion measures. Some of the attention and performance tests also showed high correlations with the cri teria. The general intelligence tests demonstrated higher predictive validity for success in theoretical subjects than in practical areas. The spatial tests present variable results.
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