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Descreve as etapas pré-clínicas e clínicas para o desenvolvimento de um novo medicamento.
Tipologia: Notas de aula
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Não perca as partes importantes!
Todo medicamento que irá ser comercializado no mercado farmacêutico, passa por variadas fases de pesquisa e testes até poder ser aprovados pelo orgão responsável do país que no caso do Brasil, é a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Esse processo é longo, rigoroso e custa muito caro, e deve ser comprovado que o produto estudado não irá gerar reações prejudiciais ao ser humano. Nessa fase, teremos o fornecimento de informações sobre os efeitos biológicos do novo fármaco, terá a verificação se a substãncia é eficaz e segura, além de avaliar quanto a absorção, distribuição e eliminação (processos farmacocinéticos). Os testes pré-clínicos são realizados primeiramente in vitro (ensaios laboratoriais sem uso de animais) e depois in vivo (ensaios que utilizam animais), este é muito importante, pois analisa a atividade do fármaco em um ser vivo, e revela se o efeito desejado realmente ocorre em dosagens que provocam pouca ou nenhuma toxicidade. A toxicidade é avaliada associada com: Uso agudo ou crônico; Lesões genéticas (mutagenicidade); Produção de tumores (carcinogenicidade); Defeitos fetais (teratogenicidade). Nesse teste, já se nota uma quantidade muito pequena de novos fármacos adequados para o uso em humanos. De 1000 substâncias testadas em animais, aproximadamente 10 são aprovadas para continuar nos testes de desenvolvimento. Fase I – O medicamento será testado pela primeira vez em seres humanos, mais especificamente em voluntários sádios. Os principais objetivos são: verificar se os efeitos indesejáveis são suportáveis, verificar o melhor método de administração e como o organismo reage ao novo fármaco, se os efeitos observados nos cobaias também ocorrem nos seres humanos. Essa fase dura em média 3 anos. Fase II – O medicamento experimentado é dado pela primeira vez para pacientes selecionados contra a doença investigada. Os objetivos são: analisar a eficácia, determinar uma dose ótima, um intervalo adequado entre doses, o método de administração, e informações sobre a toxicidade daquele medicamento em curto prazo. Se o efeito benéfico for comprovado nessa fase, e os efeitos adversos forem em níveis aceitáveis, o medicamento segue para a próxima fase. Essa etapa dura em média 3 anos. Fase III – Essa fase envolve um grupo maior de voluntários, em que irá comparar o sucesso terapêutico do novo fármaco com o tratamento usual já existente. Geralmente, os pacientes selecionados são divididos em dois grupos, o grupo controle (que recebe o tratamento usual existente, ou o placebo em casos de novas substâncias) e o grupo investigacional (recebe o novo fármaco). Essa fase dura aproximadamente 4 anos. No final dessa fase, é necessário enviar um requerimento de registro e pedido de licença de fabricação e comercialização para o órgão regulador vigente, que aqui no Brasil é a Anvisa. REGISTRO É necessário para que o medicamento chegue no mercado. Nesse requerimento, deve haver os resultados de todas as fases pré-clínicas e clínicas que comprovem a eficácia e a segurança do novo medicamento, como também que a forma farmacêutica atende os padrões de qualidade. Após a
aprovação pelo órgão regulador, o medicamento pode ser comercializado para os pacientes. FASE DE PÓS COMERCIALIZAÇÃO – FARMACOVIGILÃNCIA Durante a utilização do medicamento pela população, continua a vigilância do seu comportamento e para verificar se confirma as expectativas. Essa vigilância ocorre durante anos para reconhecer e evitar riscos ao longo prazo que podem não ter sido evidenciados, caso haja suspeitas de efeitos adversos, deve ser comunicado a Anvisa por meio de um formulário. Esse processo é realizado pela farmacovigilância. Nos primeiros dois anos, em que o novo medicamento será utilizado pela população ainda será um número muito limitado de indíviduos, porém já pode ser observado casos de hipersensibilidade. Entretanto, somente a partir de 10 anos de uso pela população será possível analisar os efeitos crônicos e acumulação de dose nos pacientes. É importante frisar que se o novo medicamento apresentar poucas vantagens sobre medicamentos já existentes, deve-se considerar o custo-benefício; e se os benefícios for só um pouco maior, também deve ser considerado esta relação.