O ato de escrever é uma arte que perdura por séculos e mesmo os tempos modernos não conseguem desenvolver uma maneira diferente tão eficaz de estabelecer a comunicação entre pessoas sem a escrita. Neste ensaio, tento escrever para descrever um pouco sobre uma mulher, mulher a qual o futuro me reservava e inesquecíveis momentos de amor. Mesmo sem a conhecer de perto, sabia que algo diferente nela havia que me deixava inquieto, trazia um sentimento de que era uma mulher diferente das quais eu conheci. Talvez seus atributos causassem esta sensação tão forte. Seus cabelos pretos marcantes como uma noite sem lua; quiçá, seu jeito meigo, por hora, de agir, ou seu jeito firme de encarar as coisas controversas. Não sei! Quem sabe sua beleza interna tenha causado este avassalador sentimento em mim. Sua estética externa impecável com um rosto modelado de mulher; seu batom vermelho marcante sem ser vulgar, ou sua elegância na forma de vestir ou se portar. Não sei! O que me recordo é apenas do primeiro momento em que me percebi atento a tudo isso já dito sobre ela. Seu jeito; seu olhar penetrante; sua forma de expressão; seu porte; foram marcantes para mim. Jamais esqueço! Após esta percepção e singela discrição sobre belo ser, tive o maior zelo para não lhe afastar de mim e como comportamento natural passei a olhar mais, observar mais, apreciar mais tudo o que ela fazia. Para mim tudo tinha sentido, tudo era quase perfeito. A primeira vez que toquei a sua mão senti um prazer que me deixou uma satisfação semelhante a um gozo. Em outros momentos a nossa troca de olhar me permitia enxergar dentro dela o manancial intocado existente. Sua capacidade de amar e ser amada era abundante, infindável! Jamais me passou a noção de sua grandiosidade! Nossas conversas eram as melhores coisas que aconteciam.

Mais e mais era o desejo de estabelecer contato. No mínimo para cumprimentá-la, saber onde estava. Pois, em mim o zelo por sua pessoa já era presente e tão natural como o acontecimento das estações. Diante deste turbilhão de acontecimentos e sentimentos, vem a nossa primeira troca de carícias. A possibilidade do nosso primeiro beijo Sempre fui convicto do que fazia e faria em qualquer outra situação Mas, naquele momento sua presença pujante me desmontou e fiquei sem reação diante daquela situação. Isso jamais acontecera antes! Nunca uma mulher havia me tirado o chão daquela forma. Isso me deixou ainda mais intrigado em saber quem era aquela mulher! Nossas conversas fluíam como o rio corre para o mar. Eu era folha seca no seu vento forte. Ela propôs o nosso primeiro beijo de uma forma tão natural Que quando percebi estava entrelaçado a ela Um beijo suave, Quente, Macio Daqueles que nos deixam leves, flutuando sem sair do chão. Foi ali que me percebi dominado, Percebi o quão era a sua grandiosidade enquanto mulher Jamais esqueço! Depois dali a ansiedade ao próximo momento sublime era uma loucura O desejo era estar cada vez mais próximo Cuidar daquele ser ímpar Daquela mulher incomparável! Diante de tudo isso, a nossa primeira noite de amor é algo que não sairá da mente até o fim dos meus dias Antes de tudo, nossos olhares já anunciavam o que estava por vir. Nossos toques Nossa forma de comunicação Seu perfume era excitante A nossa primeira noite de amor está até hoje na minha mente Aquele frio na barriga de quando não queremos errar com a pessoa amada Era presença constante Naquela noite o nosso beijo teve mais sabor Nossos toques foram mais quentes Nossa respiração mais ofegante A cada peça de roupa tirada uma expectativa diferente Uma ânsia incontrolável (...)