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Terry Eagleton traceja a história daquilo que se entende por literatura. No decorrer, ele expõe as diversas escolas acadêmicas que abordam a literatura como objeto de estudo. Mas, o que é literatura? A resposta não é tão simples, o autor não a conceitua, o que se entende por ela, sempre depende de uma época, de um contexto, de uma situação. No livro há algumas tentativas de definições mencionadas pelas escolas, as quais acabam por estruturar a ideia de literatura de acordo com
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DOSCENTE: Jonas Leite DISCENTE: Neilsa dos P M M Silvestre TURMA:A Terry Eagleton "O que é literatura” Terry Eagleton traceja a história daquilo que se entende por literatura. No decorrer, ele expõe as diversas escolas acadêmicas que abordam a literatura como objeto de estudo. Mas, o que é literatura? A resposta não é tão simples, o autor não a conceitua, o que se entende por ela, sempre depende de uma época, de um contexto, de uma situação. No livro há algumas tentativas de definições mencionadas pelas escolas, as quais acabam por estruturar a ideia de literatura de acordo com uma abordagem específica proposta. Em Teoria da Literatura o autor apresenta a literatura como escrita imaginativa, no entanto, tal definição não procede, pois deve-se considerar a distinção entre fato e ficção. No decorrer de um momento, o que era ficção passa a ser compreendido como realidade, ou não dependendo do contexto. Ele levanta hipótese de que não existe uma “teoria literária” no sentido de um corpo teórico que se origine da literatura. Eagleton discute também o que vem a ser a literatura e o porquê de algumas obras literárias serem literaturas e outras não: “Alguns textos nascem literários, outros atingem a condição de literários, Outra possibilidade de conceituação seria pelo emprego da linguagem de uma maneira peculiar, no sentido de que "a literatura transforma e intensifica a linguagem comum, afastando-se sistematicamente da fala cotidiana", mas isso também não seria suficiente para uma conceituação definitiva. Seu argumento é muito simples, na verdade. Não existe algo como a literatura. Essa definição varia conforme a sociedade que analisamos. Ou seja, um texto que nasce filosófico, com o passar do tempo pode se tornar literatura. O mesmo acontece com uma novela, poema, etc. Ao definir o que participa do âmbito da literatura, e excluindo outros textos, estamos falando mais de nós mesmos do que da "natureza" da literatura. Até mesmo o apelo a uma característica formal sofre essa influência.
Assim, não se pode dizer que a literatura seja isso ou aquilo, já que, conforme aduz o autor, "não existe uma "essência" da literatura", pois "qualquer fragmento de escrita pode ser lido "não-pragmaticamente", se é isso o que significa ler um texto como literatura, assim como qualquer escrito pode ser lido "poeticamente". Quanto à afirmação do autor que, Alguns textos nascem literários, outros atingem a condição de literários, e a outros tal condição é imposta. Sob esse aspecto, a produção do texto é muito mais importante do que o seu nascimento. O que importa pode não ser a origem do texto, mas o modo pelo qual as pessoas o consideram. “Se elas decidirem que se trata de literatura, então, ao que parece, o texto será literatura, a despeito do que o seu autor tenha pensado” Acredito que a importância dada a um texto é o que diz que ele é. Toda a problematização de uma postura relativa acerca da literatura é bem explanada pelo autor, assim como também é exposta a problemática em se adotar uma postura estritamente objetiva da questão. É uma das razões pelas quais o autor não fornece um conceito próprio da literatura. Antes, trabalha expondo e problematizando várias conceituações existentes. O conceito de literatura pode sofrer modificações, mas não tão graves a ponto de renegarmos completamente o que outros pensavam. Mesmo que cada época reescreva os clássicos ao lê-los também é verdadeiro. Não no sentido de que a descoberta parta do zero, mas que cada novo avanço do saber implica em releitura e reorganização do passado. Acredito que também seja necessário mencionar um ponto importante levantado pelo autor acerca da questão: Para o autor, uma teoria literária "pura" seria meramente um mito acadêmico. A teoria literária deveria "refletir a natureza da literatura e da crítica literária". Mesmo porque a língua é viva, é modificada constantemente e imaginar que determinada característica é superior à outra chega a ser ingênuo. "Como os filósofos diriam, literatura e mato são termos antes funcionais do que ontológicos: falam do que fazemos não do estado fixo das coisas. Eles nos falam do papel de um texto ou de um cardo num contexto social, suas relações com o ambiente e suas diferenças com esse mesmo ambiente. “O que descobrimos até agora não é apenas que a literatura não existe da mesma maneira que os insetos, e que os juízos de valor que a constituem são historicamente variáveis, mas que esses juízos têm, eles próprios, uma estreita relação com as ideologias sociais.”