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Creio em Deus Padre, todo-poderoso, Criador do céu e da terra. E em Jesus Cristo, um só seu Filho, nosso Senhor, o qual foi concebido do Espírito Santo, ...
Tipologia: Notas de estudo
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Terceiro Catecismo Da Doutrina Cristã
Introdução
Persignar-se
Pelo sinal da santa cruz, livrai-nos, Deus nosso Senhor, dos nossos inimigos. Em nome do Pai , e do Filho e do Espírito Santo. Amém.
Per signun crucis, de inimicis nostris libera-nos Deus noster. In nonime Patris et Fílio et Spitiui Sancto. Amen.
Credo
Creio em Deus Padre, todo-poderoso, Criador do céu e da terra. E em Jesus Cristo, um só seu Filho, nosso Senhor, o qual foi concebido do Espírito Santo, nasceu de Maria Virgem; padeceu sob o poder de Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado; desceu aos infernos; ao terceiro dia ressurgiu dos mortos; subiu aos céus, está sentado à mão direita de Deus Padre todo-poderoso, donde há de vir a julgar os vivos e os mortos; creio no Espírito Santo; na santa Igreja Católica; na comunhão dos santos; na remissão dos pecados; na ressurreição da carne; na vida eterna. Amém.
Credo in Deum, Patrem omnipoténtem, Creatórem caeli et terrae. Et in Jesum Christum, Filium eius únicum, Dóminùm nostrum: qui concéptus est de Spíritu Sancto, natus ex María Virgine, passus sub Pontio Piláto, crucifíxus, mórtuus, et sepúltus: descéndit ad ínferos; tértia die resurréxit a mórtuis; ascéndit ad caelos; sedet ad déxteram Dei Patris omnipoténtis: : inde ventúrus est judicare vivos et mórtuos. Credo in Spiritum Sanctum, sanctam Ecelésiam cathólicam, Sanctórum communionem, remissiónem peccatórum carnis resurrectiónem, vitam aetérnam. Amen.
Padre nosso
Padre nosso, que estais nos céus, santificado seja o vosso nome; venha a nós o vosso reino; seja feita a vossa vontade, assim na terra como no céu; o pão nosso de cada dia nos dai hoje; e perdoai-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores; e não nos deixeis cair em tentação;
R/. Mas livrai-nos do mal. Amém.
Pater noster, qui es in caelis Sanctificétur nomen tuum: Advéniat regnum tuum: Fiat voluntas tua, sicut in caelo, et in terra. Panem nostrum quotidiánum da nobis hódie: Et dimítte nobis débita nostra, sicut et nos dimíttimus debitóribus nostris. Et ne nos indúcas in tentatiónem.
R/. Sed líbera nos a malo. Amen
Ave, Maria
Ave, Maria, Cheia de graça, o Senhor é convosco; bendita sois vós entre as mulheres, e bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus.
R/. Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós, pecadores, agora e na hora da nossa morte. Amém.
Ave, María, grátia plena: Dóminus tecum: benedícta tu in muliéribus, et benedictus fructus ventris tui Jesus.
R/. Sancta María, Mater Dei, ora pro nobis peccatóribus, nunc et in hora mortis nostrae. Amen
Salve, Rainha
Salve, Rainha, Mãe de misericórdia, vida, doçura e esperança nossa, salve! A vós bradamos, os degredados filhos de Eva; a vós suspiramos, gemendo e chorando neste vale de lágrimas. Eia, pois advogada nossa, esses vossos olhos misericordiosos a nós volvei; e depois deste desterro nos mostrai Jesus, bendito fruto do vosso ventre, ó clemente, ó piedosa, ó doce sempre Virgem Maria.
V/. Rogai por nós, santa Mãe de Deus,
R/. Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.
Salve, Regina, Mater misericordiae, vita, dulcédo et spes nostra, salve. Ad te clamamus, éxsules fiIii Evae. Ad te suspirámus geméntes et flentes in hac lacrimárum valle. Eia ergo, advocáta nostra, illos tuos misericórdes óculos ad nos convérte. Et Jesum benedíctum fructun Ventris tui, nobis, post hoc exsílium, osténde. O clemens, o pia, o dulcis Virgo María!
V/. Ora pro nobis, sancta Dei Génitrix.
R/. Ut digni efficiámur promissiónibus Christi.
Glória
V/. Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo.
R/. Assim como era no princípio, agora e sempre, por todos os séculos dos séculos.
Amém.
V/. Glória Patri, et Fílio, et Spíritui Sancto.
R/. Sicut erat in pricípio, et nunc, et semper, et in saécula saeculórum. Amen.
Ato de Contrição
Meu Senhor Jesus Cristo, Deus e homem verdadeiro, Criador, Pai e Redentor meu, Por ser vós quem sois e porque vos amo sobre todas as coisas, pesa-me de todo o meu coração de vos ter ofendido, proponho firmemente a emenda de minha vida para nunca mais pecar, apartar-me de todas ocasiões de ofender-vos, confessar-me e cumprir a penitência que me foi imposta. Vos ofereço, Senhor minha vida, obras, e trabalhos em
Batismo.
Confirmação.
Eucaristia.
Penitência ou Confissão.
Extrema Unção.
Ordem.
Matrimônio.
Lição Preliminar
Da Doutrina Cristã: suas partes principais
Em seguida Barnabé foi para Tarso, à procura de Saulo. Encontrou-o e o levou para Antioquia. Durante um ano estiveram juntos naquela igreja e instruíram muita gente. Foi em Antioquia que, pela primeira vez, os discípulos foram chamados cristãos. (At 11, 25-26).
Sim, sou cristão pela graça de Deus.
Digo: pela graça de Deus, porque o ser cristão é um dom de Deus, inteiramente gratuito, que nós não podemos merecer.
Verdadeiro cristão é aquele que é batizado, crê e professa a doutrina cristã e obedece aos legítimos Pastores da Igreja.
A Doutrina Cristã é a doutrina que Jesus Cristo Nosso Senhor nos ensinou, para nos mostrar o caminho da salvação.
Certamente, é necessário aprender a doutrina ensinada por Jesus Cristo, e cometem falta grave aqueles que se descuidam de o fazer.
Os pais e patrões são obrigados a procurar que seus filhos e dependentes aprendam a Doutrina Cristã; e são culpados diante de Deus, se desprezarem esta obrigação.
Devemos receber e aprender a Doutrina Cristã da Santa Igreja Católica.
Temos a certeza de que a Doutrina Cristã, que recebemos da Igreja Católica, é verdadeira, porque Jesus Cristo, autor divino desta doutrina, a confiou por meio aos seus Apóstolos à Igreja Católica, por Ele fundada e constituída Mestra infalível de todos os homens, prometendo-Lhe a sua divina assistência até à consumação dos séculos.
A verdade da Doutrina Cristã é demonstrada ainda pela santidade eminente de tantos que a professaram e professam, pela heróica fortaleza dos mártires, pela sua rápida e admirável propagação no mundo, e pela sua plena conservação através de tantos séculos de muitas e contínuas lutas.
As partes principais e mais necessárias da Doutrina Cristã são quatro: o Credo, o Padre- Nosso, os Mandamentos e os Sacramentos.
O Credo ensina-nos os principais artigos da nossa santa Fé.
O Padre-Nosso ensina-nos tudo o que devemos esperar de Deus, e tudo o que Lhe devemos pedir.
Os Mandamentos ensinam-nos tudo o que devemos fazer para agradar a Deus; em resumo, amar a Deus sobre todas as coisas, e amar ao próximo como a nós mesmos, por amor de Deus.
A doutrina dos Sacramentos faz-nos conhecer a natureza e o bom uso desses meios que Jesus Cristo instituiu Para nos perdoar os pecados, comunicar-nos a sua graça, e infundir e aumentar em nós as virtudes da fé, da esperança e da caridade.
Primeira Parte
Na vida eterna. Amém
Que quer dizer a palavra Credo, eu creio que dizeis no começo do Símbolo?
A palavra Credo, eu creio quer dizer: eu tenho por absolutamente verdadeiro tudo o que nestes doze artigos se contém; e o creio mais firmemente do que se o visse com os meus olhos, porque Deus, que não pode nem enganar-Se nem enganar-nos, revelou estas verdades à Santa Igreja Católica, e por meio dEla eis revela também a nós.
Os artigos do Credo contêm tudo o que de mais importante devemos crer acerca de Deus, de Jesus Cristo e da Igreja, sua Esposa.
É utilíssimo rezar freqüentemente o Credo, para imprimirmos cada vez mais no coração as verdades da Fé.
CAPÍTULO II
Do primeiro artigo do Credo
Assim podeis comportar-vos de maneira digna do Senhor, procurando agradar-lhe em tudo, frutificando em boas obras e crescendo no conhecimento de Deus, confortados pelo poder de sua glória para tudo suportar com paciência, firmeza e alegria. Agradecei a Deus Pai que vos tornou capazes de participar da herança * dos santos na luz. Ele nos livrou do poder das trevas e nos transportou ao reino de seu Filho amado, no qual temos a libertação: o perdão dos pecados. (Cl 1, 9-14)
§ 1o - De Deus Padre e da Criação
O primeiro artigo do Credo ensina-nos que há um só Deus, o qual é todo-poderoso, e criou o céu e a terra e todas as coisas que no céu e na terra se contêm, isto é, todo o universo.
Sabemos que há Deus, porque a nossa razão no-lo demonstra, e a fé no-lo confirma.
Dá-se a Deus o nome de Pai:
porque Deus é Pai de todos os homens, que Ele criou, conserva e governa;
porque, finalmente, é Pai, pela graça, de todos os cristãos, os quais por isso se chamam filhos adotivos de Deus.
Por que o Padre é a primeira Pessoa da Santíssima Trindade?
O Padre é a primeira Pessoa da Santíssima Trindade, porque não procede de outra Pessoa, mas é o princípio das outras duas Pessoas, isto é, do Filho e do Espírito Santo.
A palavra todo-poderoso quer dizer que Deus pode fazer tudo o que quer.
Diz-se que Deus pode fazer tudo, embora não possa pecar nem morrer, porque o poder pecar ou morrer não é eleito de potência mas de fraqueza, a qual não pode existir em Deus, que é perfeitíssimo.
Criar quer dizer fazer do nada; portanto, Deus diz-se Criador do céu e da terra, porque fez do nada o céu e a terra, e todas as coisas que no céu e na terra se contêm, isto é, todo o universo.
O mundo foi criado igualmente por todas as três Pessoas divinas, porque aquilo que uma Pessoa faz relativamente às criaturas, fazem-no com um só e o mesmo ato também as outras.
Atribui-se a criação particularmente ao Padre, porque a criação é efeito da onipotência divina a qual se atribui particularmente ao Padre, como se atribui a sabedoria ao Filho e a bondade ao Espírito Santo, embora todas as três Pessoas tenham a mesma onipotência, sabedoria e bondade.
Sim, Deus cuida do mundo e de todas as coisas que criou, conserva-as e governa-as com a sua infinita bondade e sabedoria, e nada sucede no mundo, sem que Deus o queira, ou o permita.
Diz-se que nada sucede no mundo, sem que Deus o queira, ou o permita, porque há coisas que Deus quer e manda, e outras que Ele não quer, porém, não impede, como o pecado.
Os Anjos não foram todos fiéis a Deus, mas muitos por soberba pretenderam ser iguais a Ele, e independentes do seu poder; e por este pecado foram excluídos para sempre do Paraíso, e condenados ao Inferno.
Os Anjos excluídos para sempre do Paraíso e condenados ao Inferno, chamam-se demônios, e o seu chefe chama-se Lúcifer ou Satanás.
Sim, os demônios podem fazer-nos muito mal à alma e ao corpo, se Deus lhes der licença, sobretudo tentando-nos a pecar.
Os demônios tentam-nos pela inveja que nos têm e que lhes faz desejar a nossa eterna condenação, e por ódio a Deus, cuja imagem em nós resplandece. E Deus permite as tentações, a fim de que nós, vencendo-as com a sua graça, pratiquemos as virtudes e alcancemos merecimentos para o Céu.
Vencem-se as tentações com a vigilância, com a oração e com a mortificação cristã.
Os Anjos que se conservaram fiéis a Deus chamam-se Anjos bons, Espíritos celestes, ou simplesmente Anjos.
Os Anjos que se conservaram fiéis a Deus, foram confirmados em graça, gozam para sempre da vista de Deus, amam-No, bendizem-No e louvam-No eternamente.
Sim, Deus serve-se dos Anjos coma seus ministros, e especialmente confia a muitos dentre eles o ofício de nossos guardas e protetores.
Sim, devemos ter particular devoção ao nosso Anjo da guarda, honrá-lo, implorar o seu auxílio, seguir as suas inspirações rações e ser-lhe reconhecidos pela assistência contínua que nos dá.
§ 3o - Do Homem
O Senhor Deus formou, pois, o homem do barro da terra, e inspirou no seu rosto um sopro de vida, e o homem tornou-se alma (pessoa) vivente. Ora, o Senhor Deus tinha plantado, desde o princípio um paraíso de delícias, no qual Pôs o homem que tinha formado. E o Senhor Deus tinha produzido da terra toda a casta de árvores formosas à vista, e de frutos doces para comer; e a árvore da vida no meio do paraíso, e a árvore da ciência do bem e do mal. Deste lugar de delícias saía um rio para regar o paraíso, o qual dali se divide em quatro braços. O nome do primeiro é Fison, e é aquele que torneia todo o país de Evilat, onde se encontra o ouro. E o ouro deste pais é ótimo; ali (também) se acha o bdélio e a pedra ônix. O nome do segundo rio é Gion; este é aquele que torneia toda a terra de Etiópia. O nome, porém, do terceiro rio é Tigre, que corre para a banda dos assírios. E o quarto rio é o Eufrates. Tomou Pois, o Senhor Deus o homem, e colocou-o no paraíso de delícias, para que o cultivasse e guardasse. E deu-lhe este preceito, dizendo: Come de todas as árvores do paraíso mas não comas do fruto da árvore da ciência do bem e do mal; porque em qualquer dia que comeres dele, morrerás indubitavelmente.
"Disse mais o Senhor Deus: Não é bom que o homem esteja só; façamos-lhe um adjutório semelhante a ele Tendo, pois, o Senhor Deus formado da terra todos os animais terrestres, e todas as aves do céu. levou-os diante de Adão, para este ver como os havia de chamar; e todo o nome que Adão pôs aos animais vivos, esse é o seu verdadeiro nome. E Adão pôs nomes convenientes a todos os animais, a todas as aves do céu, e a todos os animais selváticos; mas não se achava para Adão um adjutório semelhante a ele.
Formação da mulher e instituição do matrimônio.
Mandou, pois, o Senhor Deus um profundo sono a Adão; e, enquanto ele estava dormindo, tirou uma das suas costelas, e pôs carne no lugar dela. E da costela, que tinha tirado de Adão, formou o Senhor Deus uma mulher; e a levou a Adão. E Adão disse: Eis aqui agora o osso de meus ossos e a carne da minha carne; ela se chamará Virago, porque do varão foi tomada. (Gn 2, 7-23)
A criatura mais nobre que Deus colocou sobre a terra, é o homem.
O homem é uma criatura racional, composta de alma e corpo.
A alma é a parte mais nobre do homem, porque é substância espiritual, dotada de inteligência e de vontade, capaz de conhecer a Deus e de O possuir eternamente.
Não se pode ver nem apalpar a nossa alma, porque é espírito.
Estes dons não eram devidos por nenhum título ao homem, mas eram absolutamente gratuitos e preternaturais; e por isso, tendo Adão desobedecido ao preceito divino, Deus pôde, sem injustiça, privar deles a Adão e a toda a sua descendência.
Este pecado não é só de Adão, mas é também nosso, embora por diverso título. É próprio de Adão, porque ele o cometeu com um ato da sua vontade, e por isso nele foi pessoal. É nosso, porque tendo Adão pecado como cabeça e fonte de todo o gênero humano, é transmitido por geração natural a todos os seus descendentes, e por isso para nós é pecado original.
O pecado original transmite-se a todos os homens, porque tendo Deus conferido ao gênero humano, em Adão, a graça santificante e os outros dons preternaturais, com a condição de que ele não desobedecesse, e tendo este desobedecido tia sua qualidade de cabeça e pai do gênero humano, tornou a natureza humana rebelde a Deus. Por isso a natureza humana é transmitida a todos os descendentes de Adão num estado de rebeldia contra Deus, privada da graça divina e dos outros dons.
Sim, todos os homens contraem o pecado original, exceto a Santíssima Virgem que dele foi preservada por Deus, com singular privilégio, na previsão dos merecimentos de Jesus Cristo Nosso Salvador.
Depois do pecado de Adão, os homens já não poderiam salvar-se, se Deus não tivesse usado para com eles de misericórdia.
A misericórdia de que Deus usou para com o gênero humano, foi prometer logo a Adão um Redentor divino, ou Messias, enviá-Lo depois a seu tempo, para libertar os homens da escravidão do demônio e do pecado.
O Messias prometido é Jesus Cristo, como nos ensina o segundo artigo do Credo.
CAPÍTULO III
Do segundo artigo do Credo
Imediatamente Jesus obrigou os seus discípulos a subir para a barca e a passarem antes dele à outra margem do lago, en quanto ele despedia as turbas, Despedidas as turbas, subiu só a um monte para orar. Quando chegou a noite, achava-se ali. Entretanto, a barca achava-se a muitos estádios da terra e era batida pelas ondas, porque o vento era
contrário. Porém, na quarta vigília da noite, foi Jesus ter com eles, andando sobre o mar. E (os discípulos), quando o viram andar sobre o mar, turbaram-se dizendo: É um fantasma. E, com medo, começaram a gritar. Mas Jesus falou-lhes imediatamente, dizendo: Tende confiança; sou eu, não reinais. Respondendo Pedro, disse: Senhor, se és tu, manda-me ir até onde estás por sobre as águas. Ele disse: Vem. Descendo Pedro da barca, caminhava sobre a água para ir a Jesus. Vendo, porém, que o vento era forte, temeu, e, começando a submergir-se, gritou, dizendo: Senhor, salva-me! Imediata mente Jesus estendendo a mão, o tomou e lhe disse: Homem de pouca fé, porque duvidaste? Depois que subiram para a barca, o vento cessou. Os que estavam na barca aproximaram-se dele e o adoraram, dizendo: Verdadeiramente tu és o Filho de Deus. (Mt 14, 22-33).
O segundo artigo do Credo ensina-nos que o Filho de Deus é a segunda Pessoa da Santíssima Trindade; que Ele é Deus eterno, todo-poderoso, Cria for e Senhor, como o Padre; que se fez homem par nos salvar; e que o Filho, de Deus feito homem se chama Jesus Cristo.
A segunda Pessoa chama-se Filho porque é gerada pelo Padre por via de inteligência, desde toda da ti eternidade; e por este motivo se chama também Verbo eterno do Padre.
Jesus Cristo chama-se Filho único de Deus porque só Ele é por natureza seu Filho, e nós seus filhos por criação e por adoção.
Chama-se Jesus Cristo Nosso Senhor não se porque, enquanto Deus, juntamente com o Padre e o Espírito Santo, rios criou, como também porque, em enquanto Deus e homem rios remiu com seu Sangue.
O Filho de Deus feito homem chama-se Jesus que quer dizer Salvador, porque nos salvou da morte eterna que merecíamos por nossos pecados.
Foi o mesmo Padre Eterno que deu o nome de Jesus ao Filho de Deus feito homem, por meio do Arcanjo São Gabriel, quando este anunciou à Virgem Santíssima o mistério da Encarnação.
pela doutrina dos Apóstolos;
pela tradição constante da Igreja Católica.
Quais são os principais milagres operados por Jesus Cristo?
Os principais milagres operados por Jesus Cristo são, além da sua ressurreição, a saúde restituída aos enfermos, a vista aos cegos, o ouvido aos surdos, a vida aos mortos.
CAPÍTULO IV
Do terceiro artigo do Credo
No sexto mês, o anjo Gabriel foi enviado da parte de Deus para uma cidade da Galiléia, chamada Nazaré, a uma virgem, prometida em casamento a um homem, chamado José, da casa de Davi. O nome da virgem era Maria. Entrando onde ela estava, o anjo lhe disse: Deus te salve, cheia de graça, o Senhor está contigo! Ao ouvir as palavras, ela se perturbou e refletia no que poderia significar a saudação. Mas o anjo lhe falou: Não tenhas medo, Maria, porque encontraste graça diante de Deus. Eis que conceberás e darás à luz um filho e lhe porás o nome de Jesus. Ele será grande e será chamado Filho do Altíssimo. O Senhor Deus lhe dará o trono de Davi, seu pai. Ele reinará na casa de Jacó pelos séculos e seu reino não terá fim. Maria perguntou ao anjo: Como acontecerá isso, pois não conheço homem? Em resposta o anjo lhe disse: O Espírito Santo virá sobre ti e o poder do Altíssimo te cobrirá com sua sombra; e por isso mesmo Santo que vai nascer de ti será chamado Filho de Deus. Eis que também Isabel, tua parenta, concebeu um filho em sua velhice, e este é o sexto mês daquela que era considerada estéril, porque para Deus nada é impossível. Disse então Maria: Eis aqui a serva do Senhor. Aconteça comigo segundo tua palavra! E o anjo afastou-se dela. (Lc 1, 26-33)
O terceiro artigo do Credo ensinam-nos que o Filho de Deus tomou um corpo e uma alma, como nós temos, no seio puríssimo de Maria Santíssima, Pelo poder do Espírito Santo, e que nasceu desta Virgem.
Sim, para formar o corpo e para criar a alma de Jesus Cristo, concorreram todas as três Pessoas divinas.
Diz-se só: foi concebido pelo poder do Espírito Santo, porque a Encarnação do Filho de Deus é obra de bondade e de amor, e as obras de bondade e de amor atribuem-se ao Espírito Santo.
O Filho de Deus, fazendo-se homem, não deixou de ser Deus.
Sim, o Filho de Deus encarnado, isto é, Jesus Cristo, é Deus e homem ao mesmo tempo, perfeito Deus e perfeito homem.
Sim, em Jesus Cristo, que é Deus e homem, há duas naturezas, a divina e a humana.
No Filho de Deus feito homem há só uma Pessoa, que é a divina.
Em Jesus Cristo há duas vontades, uma divina, outra humana.
Sim, Jesus Cristo tinha vontade livre, mas não podia fazer o mal, porque poder fazer o mal é defeito, e não perfeição da liberdade.
O Filho de Deus e o Filho de Maria Santíssima são a mesma Pessoa, isto é, Jesus Cristo, verdadeiro Deus e verdadeiro homem.
Sim, Maria Santíssima é Mãe de Deus, porque é Mãe de Jesus Cristo, que é verdadeiro Deus.
Maria veio a ser Mãe de Jesus Cristo unicamente por virtude do Espírito Santo.
Sim, é de fé que Maria Santíssima foi sempre Virgem, e é chamada a Virgem por excelência.
CAPÍTULO V
Do quarto artigo do Credo
Levaram, pois, Jesus da casa de Caifás ao Pretório. Era de manhã. Não entraram no Pretório para se não contaminarem, a fim de comerem a Páscoa. Pilatos, pois, Saiu fora para lhes falar e disse: Que acusação apresentais contra este homem? Responderam e
Jesus Cristo padeceu enquanto homem somente, porque enquanto Deus não podia padecer nem morrer.
O suplício da cruz era, naqueles tempos, o mais cruel e ignominioso de todos os suplícios.
Quem condenou Jesus Cristo a ser crucificado foi Pôncio Pilatos, governador da Judéia, o qual no entanto reconhecera a sua inocência; mas cedeu covardemente às ameaças dos judeus.
Sim, Jesus Cristo podia livrar-Se das mãos dos judeus ou de Pilatos; mas, conhecendo que a vontade do seu Eterno Padre era que Ele padecesse e morresse pela nossa salvação, submeteu-Se voluntariamente, e até saiu ao encontro dos seus inimigos, e deixou-Se espontaneamente prender e conduzir à morte.
Jesus Cristo foi crucificado sobre o monte Calvário.
Jesus Cristo na Cruz orou pelos seus inimigos, deu por Mãe ao discípulo São João, e na pessoa dele a nós todos, a sua mesma Mãe, Maria Santíssima; ofereceu a sua morte em sacrifício, e satisfez à justiça de Deus pelos pecados dos homens.
Não bastava que viesse um Anjo satisfazer por nós, porque a ofensa feita a Deus pelo pecado era, sob certo aspecto, infinita; e para satisfazê-la requeria-se unia pessoa que tivesse merecimento infinito
Sim, era necessário que Jesus Cristo fosse homem para poder padecer e morrer, e era necessário que fosse Deus, para que os seus sofrimentos fossem de valor infinito.
Era necessário que os merecimentos de Jesus Cristo fossem de valor infinito, porque a majestade de Deus, ofendida pelo pecado, é infinita.
Não era absolutamente necessário que Jesus Cristo padecesse tanto, porque o menor dos seus sofrimentos bastaria para a nossa redenção, pois cada um dos seus atos era de valor infinito.
Jesus quis sofrer tanto, para satisfazer mais abundantemente à justiça divina, para nos mostrar mais claramente o seu amor, e para nos inspirar maior horror ao pecado.
Sim, na morte de Jesus obscureceu-se o sol, tremeu a terra, abriram-se algumas sepulturas, e muitos mortos ressuscitaram.
O corpo de Jesus Cristo foi sepultado num túmulo novo, escavado na rocha do monte, pouco distante do lugar onde Ele foi crucificado.
Na morte de Jesus Cristo a divindade não se separou nem do corpo nem da alma; mas só a alma se separou do corpo.
Jesus Cristo morreu pela salvação de todos os homens, e satisfez por todos.
Jesus Cristo morreu por todos, mas nem todos se salvam, porque nem todos O reconhecem, nem todos seguem a sua lei, nem todos se servem dos meios de santificação que nos deixou.
Para nos salvarmos não basta que Jesus basta que Jesus Cristo tenha morrido por nós, mas é necessário que sejam aplicados, a cada um de nós, o fruto e os merecimentos da sua Paixão e morte, aplicação que se faz, sobretudo, por meios dos Sacramentos, instituídos para este fim pelo mesmo Jesus Cristo; e como muitos ou não recebem os Sacramentos, ou não os recebem com as condições devidas, eles tornam inútil para si próprios a morte de Jesus Cristo.
CAPÍTULO VI
Do quinto artigo do Credo