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TEORIA DAS RELAÇÕES INTERPESSOAIS EM ..., Provas de Enfermagem

Destaca a importância para a sua aplicação na prática dos enfermeiros em vista de ser o processo interpessoal uma etapa primordial na assistência de enfermagem.

Tipologia: Provas

2022

Compartilhado em 07/11/2022

Gisele
Gisele 🇧🇷

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TEORIA DA S RELAÇÕES INTERPESSOAIS EM ENFERMA GEM DE
PEPL AU' ANAL ISE E EVOLÃO
Silvana Sidney Costa Santos15
Maria Miriam Lima da brega 16
RESUMO: Este é um estudo descritivo analítico onde procura-se analisar a
Teoria das Relações Interpessoais em Enfermagem, de Hildegard E.
Peplau. seguindo o modelo conceitual de análise e evolução proposto
por Thibodeau. Descreve os conceitos de pessoa, ambiente, saude e
enfermagem, a origem e a metodologia utilizada para a formação dessa
teoria, além da sua generalização, utilidade, aceitação e significado
dentro da enfermagem. Destaca a imporncia para a sua aplicação na
prática dos enfermeiros em vista de ser o processo interpessoal uma
etapa primordial na assistência de enfermagem.
UNITERMOS: Teoria de enfermagem -Relação interpessoal -Enfermagem.
INTRODUÇÃO
Na década de 60, com a evolução da abordagem científica na
enfermagem, os enfermeiros começaram a questionar os propósitos da
profissão e o valor da prática de enfermagem tradicional e de natureza
intuitiva. Segundo Fa wcett (1987), estes questionamentos levaram os
enfermeiros a discutirem e a escreverem sobre suas bases filosóficas para a
prática, ou seja, ao rem desenvolvimento das teorias de enfermagem e
conseqüentemente a identificação de elementos comuns que inclui a natureza
da enfermagem, o indivíduo como recipiente do cuidado, a sociedade e
ambiente e a saúde. Contudo, merece ser ressaltado que, apesar do consenso
entre estes elementos, as teorias de enfermagem diferem em seus caminhos e
especificidade na qual define seus conceitos. Para a utilização das teorias de
enfermagem, como norteadora da prática de enfermagem, é imprescindível
que o enfermeiro conheça o seu desenvolvimento e introjete os conceitos de
acordo com as especificidades de cada teoria.
15 Professora Adjunto do Departamento de Enfermagem de Saúde Pública e Psiquiatria da
Universidade Federal da Paraíba. Doeente do Mestrado de Enfermagem em Saúde Pública -
UFPB.
16 Professora Adjunto do Depanamento de Ellfermagem de Saúde bliea e Psiquiatria da
Universidade Federal da Paraíba. Doeente do Mestrado de Enfermagem em Saúde Públiea -
UFPB.
SS R. Bras. l�"n/erm. Brasília. v . .t'). n. I p. SS-ú4. jan./mar. 19%
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TEORIA DAS RELAÇÕES INTERPESSOAIS EM ENFERMAGEM DE

PEPLAU' A NALISE E EVOL UÇÃO

Silvana Sidney Costa Santos^15 Maria Miriam Lima da Nóbrega 16

R E S U M O : Este é um est u d o d e s c ritivo a n a lítico o n d e pro c u ra-se a n a l i s a r a T e o ri a d a s R e l a ç õ e s I n terpess o a i s e m E nferm a g e m , d e H i l d e g ard E. P e p l a u. s e g u i n d o o m o d e l o c o n c eitu a l d e a n á l i s e e e v o l u ç ã o proposto p o r T h i b o d e a u. Descreve os c o n c eitos d e pess o a , a m b i e n t e , s a u d e e enferm a g e m , a ori g e m e a m e t o d o l o g i a u t i l i za d a p a ra a form a ç ã o d essa teori a , a l é m d a sua g e n era liza ç ã o , u t i l i d a d e , a c e i t a ç ã o e s i g n ific a d o d e n tro d a e nferm a g e m. Desta c a a i m p o rtâ n c i a p a ra a s u a a p l i c a ç ã o n a prá t i c a d o s e nferm eiros e m vista d e s e r o processo i n terpess o a l u m a eta pa p ri m ord i a l n a assistê n c i a d e enferm a g e m. U N I T E R M O S : Teoria d e enferm a g e m - R e l a ç ã o i n terpess o a l - Enferm a g e m.

I NTRO D U ÇÃO

Na década de 6 0 , com a evol u ção da abordagem científica na enfermagem , os enfermeiros começaram a q uestionar os p ropósitos da p rofissão e o valor d a p rática de e nfermagem tradicional e de n atu reza i ntuitiva. Seg u n d o Fawce tt ( 1 987) , estes q uestionamentos levara m os enferm e i ros a d iscuti re m e a escreverem sobre suas bases fi losóficas para a p rática , o u sej a , ao rem desenvolvimento das teorias de enfermagem e conseqüe nteme nte a identificação de elem entos com u n s q u e inclui a natureza da enferm a g e m , o i n d i v í d u o como reci pie nte do cu idado, a sociedade e a m b iente e a s a ú d e. Contu d o , merece ser ressaltad o q u e , apesar do consenso e ntre estes elementos , as teorias de e nfermagem d iferem em seus ca m i n hos e especificidade na q u a l d efi ne seus conceito s. Para a uti l ização d a s teorias de enfe rmagem , como nortead o ra d a p rática de e nferm a g e m , é i m p resci n d ível que o e nferm e i ro con heça o seu desenvolvime nto e i ntrojete o s con ceitos de acordo com as especificidades de cada teori a.

(^1 5) Professora Adjunto d o Depa rtamento d e E n fermagem d e Saúde Pública e Psiquiat ria da U n i versidade Federal da Paraíba. Doeente do Mest rado de E nfermagem em Saúde Públ ica - U FPB. (^1 6) Professora Adjunto do Depana mento de Ellfermagem de Saúde Públiea e Psiquiatria da Universidade Federal da Paraíba. Doeente do Mestrado de Enfermagem em Saúde Públiea - UFPB.

S S R. Bras. l�"n/erm. B rasíl ia. v. .t '). n. I p. S S -ú4. jan./mar. 1 9%

Para facil itar esta ta refa , vários e nfermeiros têm desenvolvido estudos para análise, avaliação e crítica das teo ri a s , objetivando a com p ree nsão dos con ce itos e ao mesmo tempo pos s i b i l ita ndo a sua uti l ização n a p ráti ca. no ens i no e n a pes q u i s a. Entre as várias p roposta s de modelos de a n a l i s e das teorias destaca m-se os trabalhos de Steven s , Meleis , C h i n n , Thi bodea u , e Wa l ker e Avant ( Cian cíarullo, 1 987). Dentre as teorias de enfermagem exi stentes, a Teoria das Relações I nterpessoa i s em E nfermagem fo i publ icada em 1 952 no l i v ro I nterpersonal Relati o n s i n N u rs i n g , da Dr.a H i ldegard Elizabeth Pepl a u. o q u a l. segundo Ta vlor ( 1 990). revolucionou , de m u itas form a s , o ensino e a p ratica da enfermagem p s i q u i átrica nos Estados U n idos. A partir de uma leitura pre l i m i n a r podemos con statar q u e nesta teoria Peplau enfoca o potencial terapêutico do relacionamento de pessoa-para-pessoa e mostra que, embora o enferm e i ro possa a d m i n i stra r medicamentos e auxiliar em outros trata mentos psiquiátricos , o p rincipal modo como ele i nfl uencia d i retame nte n o ate n d i m ento ao paciente é através do uso q u e faz de si mesmo e n q u a nto l i d a com um cl iente e m i nte rações i n d i v i d u a i s. Para lidar em i nterações i n d i v i d u a i s , a referi da autora apresentou as fases da re lação i nterpessoa l , os papéis nas situações de e nfermagem e os métodos para o estudo da e nfermagem como um processo i nterpessoal com foco no desenvolvim ento das relações e ntre o paciente e o enfermeiro , os q u a i s têm como base o i nte racion i s m o , a fenomenolog i a , o existencial ismo fi losófico e o h u m a n i s m o. A partir de sta constatação, associado ao fato de sermos e nferm e i ras psiquiátrica s , deci d i mos desenvolver este estudo objetivando a n a l i s a r a Teoria das Relações I nterpessoais em Enfermagem de H i ldegard E. Pep l a u , a partir do modelo conceitual de análise e evolução de Thibodea u , visando a uti l ização desta a n á l i s e como s u porte/co nceituação teórica n o trabalho de d i s sertação da autora p ri nci pal do estudo. A escol h a por este modelo de avaliação se deu em virtude do mesmo perm itir a avaliação por mais de uma pessoa , com difere ntes perspectivas e com diferentes fi n s.

M ETODOLOG IA

Trata-se de u m estudo descritivo a n a l ítico , real izado a p a rtir do levantamento n a Rede de co m p utadores da B i b l i oteca da U F P B , n a B i b l i oteca da F E N SG/U P E , na Sala de Leitu ra do Mestrado de l i v ros e periódicos que conte m p l assem a Teoria das Rel ações I nterpessoa is de Pepl a u. A partir desta tentativa. foi fe ito uma leitura seletiva do material coletado de acordo com os objetivos p roposto s , fichamento em resumo · crítico-anal ítico dos textos selecionados para posterior leitura i nterpretativa dos conteúdos dos diferentes autores pesq u i sados e considerações dos pesq u i sadores sobre o fenômeno evidenciado e por fi m a análise obedecendo as seg u i ntes eta pas do modelo de análise e evolução de Th ibodeau ( 1 988) : I - A n á l i se dos conceito s : pessoa , ambiente saúde e e nfermagem, e nfatiza ndo os objetivos da enfermagem e o p rocesso de e nfe rmagem e a relação entre os q uatro conceitos p ri n ci p a i s.

R. Hras. Fnferl1l. B rasí l i a. v. 4 '> , n. I p. 5 5 -64, jan./mar. 1 '> % 56

necessitado de serviços de saúde e u m e nfermeiro p reparado para reco n h ecer e para responder às n ecessidades de ajuda do paciente.

Segundo Stefanelli ( 1 987) , Peplau considera como elementos básicos ou

variávei s , nas situações de e nfermagem, a s necessidades humanas básica s , a frustração, o confl ito e a ansiedade, q u e devem ser tratados, no relacionamento e nferm e i ra-paciente de modo a favorecer o crescimento , ou sej a , o desenvolvimento saudável da personalidade. Peplau enca ra a Enfermagem com o u m a "força de amadurecimento e um instrumento educativo " (G E O R G E , 1 993) , uma vez q u e à medida que o enferm e i ro assiste o paciente uti lizando a relação i nterpessoal como p rincipal ferra menta , cresce, con h ecendo-se mel hor, e aj uda o paciente a crescer tam b é m.

(^5) - COM PARAÇÃO ENTRE OS QUATRO CONCEITOS

Comparando a relação entre os q uatro conceitos a p resentados, verifica-se que todos se adeq uam à visão do fi nal da década de 40 e do i n ício d a década de 50, q u a ndo o livro de Peplau foi pu blicado , ou sej a , não havia ainda uma a m pla i nfl uência a m biental sobre o indivíduo, pois se foca lizava mais as tarefas p sicológ icas individuais do ser necessitado de aj u d a , cuj a aj uda e ra encontrada n u m hospita l. Observa-se, então , q u e os q uatro conceitos da Teoria das Relações I nterpessoais de Peplau baseiam-se n a s teorias desenvolvimenta i s , dos conceitos de adaptação à vida e das reações aos conflitos das relações i nterpessoais.

6 - OUTROS CONCEITOS DA TEORIA

Os outros conceitos d a teoria de Peplau i n cl u e m crescimento , desenvolvimento , com u n icação e papel. Para Boniean ( 1 987) , a com u n icação é um p rocesso de solução de problema usado pelo enferm e i ro n a relação com o cl iente. E ste p rocesso é cOlaborativo, no q u a l o enfermeiro pode assumir m u itos papeis para aj udar o cl iente no atendimento de suas necessidades e desta forma colaborando com o seu crescimento e desenvolvimento. Para atender a assistência de enfermagem, Peplau desenvolveu u m a série de passos q u e seguem determ i nado padrão terapêutico e e m cujo centro está a relação do enfe rm e i ro com o paciente , a q u a l é flexível , está baseada nos p ri ncipios científicos e aquisição de papéis. Estes passos são: ( 1 ) orientação, ( 2 ) identificação, ( 3 ) exploração e (4) solução, os q u a i s superpõem-se e i nterrelacionam-se à medida q u e o p rocesso evo l u i na d i reção de u m a solução ( George, 1 993 ). A fase de orientação é o i n ício d a relação i nterpessoal , e ocorre q uando o paciente/fa m í l i a percebe a necessidade de aj uda. Tanto o enferm e i ro q u a nto o paciente trazem suas bagagens a nteriores (cultu ra , valores , idéias p ré concebidas, etc. ) , q u e devem ser levadas em consideração; a m bos têm papel igualmente i m portante na interação i nterpessoa l. Existe nesta fase todo o aspecto educativo d a relação.

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N a fase de identificação o paciente reage seletivam ente no e nferm e i ro ;

a m bos p recisam esclarecer as percepções e expectativas mútu a s. N o final

desta fase o paciente começa a lidar com o p roblema, o q u e diminui a

sensação de i m potência e desespera nça do e nferm e i ro , criando u m a atitude

de oti m i s m o.

N a fase de exploração^ o paciente começa a sentir-se parte i nteg ra nte do

ambiente provedor de cuidados e pode^ necessita r^ "demais"^ do^ e nferm e i ro

como u m a^ forma^ de^ "conseguir a tenção".^ É^ i m po rtante^ para^ o^ enferm e i ro

saber u s a r os p ri ncípios para técn icas de e ntrevi sta. O p�ciente poderá

apresentar u m confl ito entre dependência-independênci a.^ O^ enferm e i ro

preci sa oferece r u m a atmosfera sem ameaças e uti l izar adequadamente a com u n i caçã o : esclarecendo,^ escutando,^ aceita ndo^ e^ i nterpretando correta mente ; assim o enferm e i ro aj uda o paciente na exploração de todos os cam i n hos da saúde. A fase de solução é a últi m a do p rocesso i nterpessoal. P resu me-se q u e as necessidades do paciente já foram satisfeitas através dos esforços cooperativos do enfermeiro e do paciente. Ocorre a dissolução do elo da relação terapêutica. N a execução destas fases são assumidos d iferentes papéis p rofissionais , os q u a i s podem ser descritos da seg u i nte maneira : P rofessor - aquele q u e parti lha con hecimentos a respeito de u m a necessidade o u i nteresse; Rec u rso

  • aquele que oferece i nformações específica s , necessári a s , que auxi l i a m n a com p reensão d e u m problema ou situação, de determ i n adas habil idades e atitudes, auxi l i a outra pessoa no reconheci mento , e nfrentamento , aceitação e solução de p roblemas q u e i nterfere m e m sua capacidade d e viver feliz e eficientemente; Líder - aquele q u e executa o p rocesso de i n ício e m a n utenção das metas do g ru p o , através da interação; Espe c i a l i sta Téc n i c o - aquele q u e providencia cu idados físicos , exi bindo habilidades cl ínica s e q u e a p resenta a ca pacidade de uti lizar equipame ntos nessa tarefa ; e S u bstituto - aquele q u e a s s u m e o l u g a r do outro ( George, 1 993). Peplau d escreve ainda q uatro experiências psicobiológica s : nece ssidades, frustração, conflito e ansiedade. Estas experiências proporcionam e n e rg i a que é transformada e m a l g u m a forma de ação. Peplau não util iza con ceitos teóricos de e nfermagem para identificar e explicar estas experiências q u e compelem respostas destrutivas ou con strutivas p rovenientes do enferm e i ro e do paciente. Este entendimento providencia u m a base para formação de objetivo e i ntervenções de e nfermagem ( Tomey, 1 989).

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Peplau usou con hecimento e m p restado d a ciência com portamenta l i sta e do que possa ser chamado de modelo psicológico ( Tomev, 1 989). A com posição conceitual dos relacionamentos i nterpessoais procu ra desenvolver as habil idades do e nfe rmeiro usando a orientação através dos eventos de significância psicológica , senti mentos e comportam entos d o paciente. A teoria i nterpessoal de H a rry Stack S u l l i va m ; a teoria da psicod i n â m ica d e S i g m u n d Fre u d ; a teori a de Abra h a m Maslow d a motivação h u m a n a ; o trabalho d e Neal Elgar M i l l e r voltado para a teoria d a personalidade, mecanismos d e aj u ste , psicoterapia e princípios do aprend izado social são a l g u n s dos m u itos recursos que Peplau usou no desenvolvimento da sua com posição conceitua l (TO M EY, 1 989). Peplau estava com p rometida e m incorpora r con hecime ntos Ja estabelecidos dentro da com posição conceitua l d e l a , para assim desenvolver uma teoria baseada no modelo de enferm a g e m , o que conseg u i u com sua Teoria das R e lações I nterpessoais. C u m p re destaca r a i m portâ ncia d o referencial das teorias i nterpessoais para a enfermagem ao se col ocar como uma tentativa de m u d ança de um olhar cl ín ico , meramente , para u m olhar com p reensivo, da enferm e i ra d i rigido ao paciente (AG U IA R , 1 995).

M ETODOLOGIA DA TEORIA DAS RELAÇÕES I N TERPESSOAIS

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Percebe-se a i n d a q u e , a l é m do m étodo i n d utivo , Peplau utilizou também con hecim entos m a i s amplos, de o utras ciênci a s , d a í poder-se afi rma r que o

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método q u e melhor responde pela Teoria das Relações I nterpessoais é o método h ipotético-dedutivo.

UTILIDADE, ACEITAÇÃO E SIGNIFICADO DA TEORIA DAS RELAÇÕES

I N TERPESSOAIS

Peplau trouxe u m a nova perspectiva, u m novo m étodo , · u m a fu ndamentação teorica m ente baseada para a p rática de enfermagem no trabalho tera pêutico com pacientes ( Tomey, 1 989). O trabalho de Peplau é responsável por uma seg u n d a m u d a nça de ordem na cu ltu ra da enfermagem , pois "possibilitou a compreensão de que o cuidado envolve contato, relação e interaçã o" (Aguiar, 1 995). As críticas ao modelo indica m a falta de desenvolvimento dos sistemas sociais que poderiam ampliar o conhecimento base para se entender o problema do paciente. Apesar de Peplau ter usado as teorias i nterpessoal e i ntrapessoal de S u l l ivan e Freud como base teórica para o seu modelo. não levou em consideração os i nterrelacionamentos entre homem e sociedade ( Tomey, 1 98 9). A teoria de Peplau é m u ito aceita em enfermagem p s i q u i átrica , saúde mental e e nfermagem clín i ca , ta nto ao n ivel de ensino, da pesquisa e com menor intensidade na prática. A teoria de Peplau pode ser considerada precis a , poré m há necessidade de ser mais uti l izada a fim de que este g ra u de p recisão a u mente. Qua nto ao s i g n ificado, Peplau é uma das p rimeira s teoristas desde N ig htingale a apresentar uma teoria para enfermagem. Por isso o trabalho dela pode ser considerado como pioneiro dando á enfermagem u m m étodo sign ificativo d a prática do autod i recionamento n u m a época em q u e a medicina domina o campo do cuidado á saúde.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Embora o l ivro de Peplau ten h a sido publicado na década de 50, q uatro décadas atrás, constatamos q u e os conceitos da teoria conti n u a m dando d i reção para a prática da enfermagem , para a educação e a pesq u i s a. Este fato se expl i ca por ter sido esta teoria desenvolvida co base na rea lidade, o q u e tem favorecido a relação existente entre a teoria e os dados e m p í ri cos , os quais perm item a validação e verificação da teoria por outros cientista s. A Teoria de P e p l a u lida c o m relacionamentos do processo i nterpessoal enfe rm e i ro - paciente e experiências psicobiológicas. Cada u m desses relacionamentos é então desenvolvido dentro da teori a , de uma forma compreen síve l. Daí a teoria ser descrita como uma junção de a lto g ra u de s i m p l icidade. A teoria de Peplau é adaptável apenas na e nfermagem · em locais onde possa haver a com u n i cação entre o paciente e o enferm e i ro. O seu uso é l i m itado no trabalho com pacientes inconsciente s , recém-nascidos e a l g u n s pacientes idosos. Portanto , nesta teoria a q u alidade da genera l i d ade não é encontrada. Desta forma podemos concl u i r que o trabalho d e Peplau

R. Bras. Enferm. Brasília. v. 49, n. I p. 55-64. jan./mar. 1 9 96 62

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