Docsity
Docsity

Prepare-se para as provas
Prepare-se para as provas

Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity


Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos para baixar

Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium


Guias e Dicas
Guias e Dicas

TEORIA DA CONTINGÊNCIA, Trabalhos de Administração Empresarial

A Teoria da Contingência, ou Teoria Contingencial, surgiu como uma evolução da teoria dos sistemas, orientada para a análise da influência dos fatores ambientais externos sobre o desempenho organizacional. Os principais fatores contingenciais, de acordo com os teóricos da administração, referem-se à influência do mercado e da tecnologia.

Tipologia: Trabalhos

2019

Compartilhado em 16/11/2019

glaucia-aquino-8
glaucia-aquino-8 🇧🇷

4.7

(3)

4 documentos

1 / 17

Toggle sidebar

Esta página não é visível na pré-visualização

Não perca as partes importantes!

bg1
FACULDADE MASTER DE PARAUAPEBAS
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
TEORIA DA CONTINGÊNCIA
PARAUAPEBAS PA
2019
pf3
pf4
pf5
pf8
pf9
pfa
pfd
pfe
pff

Pré-visualização parcial do texto

Baixe TEORIA DA CONTINGÊNCIA e outras Trabalhos em PDF para Administração Empresarial, somente na Docsity!

FACULDADE MASTER DE PARAUAPEBAS

CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM

TEORIA DA CONTINGÊNCIA

PARAUAPEBAS – PA

Aline da Silva Kawagoe Daniel da Paschoa lima Emerson Lucas Caldas Gecicleide Silvério dos Santos Glaucia de Cassia Aquino Pereira Klesiane do nascimento Silva Ludmila Galvão de Oliveira Duarte Maria Aparecida Rodrigues Feitosa Milena Mendonça de Sousa Rosineide Conceição Pinheiro Vivian Oliveira de Moraes

TEORIA DA CONTINGÊNCIA

O presente trabalho é de natureza avaliativa para obtenção da 1º nota na disciplina de Gerenciamento de Recursos Humanos.

Orientador (a): Prof. Enfermeiro Esp. Mauro Francisco Brito Filho.

PARAUAPEBAS – PA

RESUMO

A Teoria da Contingência, ou Teoria Contingencial, surgiu como uma evolução da teoria dos sistemas, orientada para a análise da influência dos fatores ambientais externos sobre o desempenho organizacional. Os principais fatores contingenciais, de acordo com os teóricos da administração, referem-se à influência do mercado e da tecnologia. O mercado é o balizador para as tomadas de decisão e para os processos de mudança que podem envolver, além dos profissionais, decisões relacionadas ao planejamento, à criação e ao desenvolvimento da empresa. A Teoria Contingencial busca demonstrar a importância da visualização de dentro para fora da organização, considerando que as características ambientais é que determinam as características organizacionais.

Palavras-chave: Teoria, Contingência, Administração, Organização.

ABSTRACT

Contingency Theory, or Contingency Theory, emerged as an evolution of systems theory, oriented towards an analysis of the influence of external external factors on organizational performance. The main contingency factors, according to management theorists, refer to the influence of the market and technology. The market is the beacon for decision making and change processes that may involve, besides the professionals, decisions related to the planning, creation and development of the company. Contingency Theory seeks to demonstrate the importance of responses within a forum, considering that environmental resources are determined as organizational resources.

Keywords: Theory, Contingency, Administration, Organization.

INTRODUÇÃO

A teoria contingencial é uma das teorias mais modernas no ramo da administração de empresas e consiste em afirmar que tudo é relativo, ou seja, que existe uma relação entre os fatores ambientais (externos) e a gestão de uma organização (interno) para alcançar os objetivos traçados pela empresa.

A teoria contingencial pretende coordenar os princípios básicos da administração que são as atividades, estruturas, tecnologia e meio ambiente. A principal dúvida sobre teoria contingencial é a sua definição, pois contingência significa fenômeno incerto ou eventual, passível ou não de suceder.

A TEORIA DA CONTINGÊNCIAL OU TEORIA CONTINGENCIAL

A teoria da contingência se originou a partir da abordagem de sistemas. Ela parte do princípio de que não existe um modelo organizacional único, uma forma única de se organizar uma empresa para alcançar objetivos. De acordo com várias pesquisas sobre as empresas contemporâneas e complexas, uma nova perspectiva surge com relação à estrutura organizacional: as empresas dependem das suas relações com o ambiente externo. Cada empresa deve desenvolver um modelo que contemple e atenda às suas necessidades. Dessa forma, a teoria da contingência evidencia uma nova marca na teoria geral da administração (TGA). Ela integra o movimento que demonstra a importância da visualização de dentro para fora da organização, partindo do princípio de que as características ambientais é que determinam as características organizacionais, assumindo a inexistência de receitas. Assim, a teoria da contingência representa um avanço em relação à teoria de sistemas, na medida em que procura analisar as relações dentro dos subsistemas e entre eles (CHIAVENATO, 2014b, p. 414).

Segundo Matos e Pires (2006, p. 510): [...] este modelo, dotado de grande flexibilidade, descentralização e desburocratização, é colocado como opção para ambientes em constante mutação e condições instáveis, contrapondo-se, de certa forma, ao modelo mecanicista que prevalece em situações e ambientes relativamente estáveis. A abordagem contingencial considera as influências ambientais determinantes para o desenvolvimento das atividades na organização. No que se refere à complexidade, a abordagem contingencial não apresenta uma única forma de se compreender a realidade.

A escola contingencial deu mais amplitude à análise dos assuntos administrativos que foram inicialmente abordados pela escola sistêmica. De acordo com Oliveira (2010), a escola contingencial surgiu na teoria geral da administração por três razões principais, que você pode ver a seguir.

 Identificação da rápida adaptação que as organizações devem ter em relação às contingências apresentadas pelo ambiente organizacional: seguramente, essa foi a principal razão do surgimento da escola contingencial e se refletiu, principalmente, na teoria da contingência.  Melhoria da qualidade do processo decisório: a questão da amplitude de análise das questões administrativas gerou a necessidade de um conjunto de técnicas decisórias que facilitassem a atuação dos profissionais das organizações nesse contexto. Inclusive, a escola contingencial criou alguns parâmetros que podem auxiliar no entendimento dos fatores e variáveis que influenciam a realidade das

Ambiente geral

É o macroambiente, ou seja, o ambiente genérico e comum a todas as organizações. De acordo Lacombe (2009), o macroambiente é um amplo sistema que envolve as organizações, abrangendo os aspectos demográficos, científicos, tecnológicos, ecológicos, físicos, políticos, econômicos, sociais e culturais.

Tudo o que acontece no ambiente geral afeta direta ou indiretamente todas as organizações. O ambiente geral é constituído de um conjunto de condições semelhantes para todas as organizações. Conforme Chiavenato (2014b, p. 426), tais condições incluem as listadas a seguir.

- Condições tecnológicas: para não perder a sua competitividade, as empresas precisam se atualizar, incorporando a tecnologia do ambiente geral por meio da inovação. - Condições legais: constituem a legislação vigente e que afeta direta ou indiretamente as organizações, auxiliando-as ou impondo restrições às suas operações. - Condições políticas: decisões e definições políticas tomadas em níveis federal, estadual e municipal, que influenciam as organizações e orientam as condições econômicas. - Condições econômicas: conjuntura que determina o desenvolvimento econômico ou a retração econômica que condiciona fortemente as organizações. - Condições demográficas: taxa de crescimento, população, raça, religião, distribuição geográfica, distribuição por sexo e idade, que determinam as características do mercado atual e futuro. - Condições ecológicas: condições relacionadas ao ambiente natural que envolve a organização. O ecossistema refere-se ao sistema de intercâmbio entre os seres vivos e o seu meio ambiente. - Condições culturais: a cultura de um povo penetra nas organizações por meio das expectativas de seus participantes e de seus consumidores.

Ambiente da tarefa

O ambiente da tarefa é constituído pelos fornecedores de entradas, pelos clientes ou usuários, pelos concorrentes e pelas entidades reguladoras. É o segmento do ambiente geral do qual cada organização extrai as suas entradas e no qual deposita as suas saídas.

A análise ambiental é específica de cada organização e necessita de uma definição que inclui as características próprias de cada empresa e a parte do ambiente a que ela está exposta. Para compreender melhor, veja, a seguir, como os ambientes podem ser classificados.

Estrutura: os ambientes são considerados homogêneos quando existe pouca diferenciação dos mercados e a maioria dos fornecedores, clientes e concorrentes é semelhante. Já nos ambientes heterogêneos existe grande diversidade de mercados, fornecedores, clientes e concorrentes.  Dinâmica: o ambiente é considerado estável quando apresenta poucas mudanças. Se estas ocorrem, são lentas e previsíveis. Já os ambientes instáveis são aqueles em que a mudança ocorre de forma constante.

Dessa forma, uma empresa que está situada em ambientes homogêneos apresenta uma estrutura organizacional simples e centralizada no espaço. Em contrapartida, uma empresa que está situada em ambientes heterogêneos precisa de uma estrutura organizacional mais complexa, diferenciada e descentralizada no espaço.

De acordo com a teoria da contingência, não há uma única maneira de organizar e estruturar as organizações. Enquanto a tecnologia impõe desafios internos à organização, o ambiente impõe desafios externos. Diante desses desafios, é possível identificar três níveis organizacionais nas empresas, como você pode ver a seguir:

Nível institucional ou nível estratégico: é considerado o nível mais elevado da empresa, composto por diretores, proprietários ou acionistas e altos executivos. É o nível em que as decisões são tomadas e em que os objetivos da organização são estabelecidos, bem como as estratégias para alcançá-los. É o nível que mantém a interface com o ambiente.  Nível intermediário (mediador ou gerencial): esse nível está entre o institucional e o operacional e cuida da articulação interna entre eles. É responsável pela escolha e pela captação dos recursos necessários, bem como pela distribuição e pela colocação do que foi produzido pela empresa nos diversos segmentos do mercado. Lida também com os problemas de adequação das decisões tomadas pelo nível institucional e com as operações realizadas pelo nível operacional. Em geral, esse nível é composto por administradores, e são eles que fazem a ligação do nível operacional com o

Desenho organizacional

Em razão da influência da abordagem dos sistemas abertos, a teoria da contingência preocupou-se com o desenho dos cargos. Dessa forma, o desenho retrata a configuração da estrutura organizacional e implica o arranjo dos órgãos, objetivando maximizar a eficiência e a eficácia organizacionais (CHIAVENATO, 2014b).

Estrutura matricial

Oliveira (2010) salienta que a estruturação matricial surgiu porque as formas tradicionais de organizar as empresas não eram eficazes ao lidar com atividades complexas, que envolvem várias áreas do conhecimento científico e têm prazos determinados para serem realizadas.

A estrutura matricial apresenta vantagens e desvantagens no seu desenho e na sua estrutura funcional. Um aspecto particular da estrutura matricial é a dupla ou múltipla subordinação. Determinado especialista responde simultaneamente ao gerente funcional da área técnica, na qual está alocado, e ao gerente do projeto para o qual está prestando serviço (VASCONCELOS; HEMSLEY, 1997).

A estrutura matricial visa a reunir as vantagens das estruturas funcionais (chefe do departamento) e divisionais (chefe do projeto), neutralizando fraquezas, enfatizando a especialização e não o negócio, mantendo a identificação por especialidade e para os resultados. Ela ainda objetiva maximizar resultados e é a forma mais utilizada por grandes organizações, pois possibilita um ambiente mais participativo, já que depende da colaboração de muitos profissionais com diferentes formações. Os funcionários que estão alocados no nível mais baixo da escala hierárquica também possuem mais oportunidades de tomar decisões. Na estrutura matricial, há maior contribuição pessoal, seja por meio das oportunidades de delegação ou da interdependência.

Organização por equipes

Cada vez mais as organizações vêm implementando o trabalho em equipe. Ele permite a flexibilização das atividades, favorece o desenvolvimento organizacional e apresenta diversas vantagens. Entre elas, você pode considerar: a redução de barreiras entre os setores, o aproveitamento dos recursos investidos em treinamento, o desenvolvimento de atividades e projetos criativos e a redução de custos.

Estrutura em rede

A estrutura em rede oportuniza a transferência de algumas das funções tradicionais para empresas ou unidades separadas interligadas por um órgão coordenador, que constitui o núcleo central. Assim, tais unidades são conectadas eletronicamente a um escritório central. A estrutura em rede apresenta como

CONCLUSÃO

A teoria da contingência leva em consideração aspectos da dependência das organizações em relação ao ambiente em que estão inseridas, ou seja, percebe-se que as características das organizações não dependem delas próprias, mas sim das circunstâncias ambientais em que estão submetidas.

Portanto, o pressuposto básico da teoria da contingência é o fato de as características da organização serem dependentes do ambiente, relacionando assim a importância do estudo do ambiente com as organizações.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CHIAVENATO, I. Teoria geral da administração. 9. ed. Barueri: Manole, 2014ª

CHIAVENATO, I. Introdução à teoria geral da administração. 4. ed. Barueri: Manole, 2014b.

LACOMBE, F. Teoria geral da administração. São Paulo: Saraiva, 2009.

MATOS, E.; PIRES, D. Teorias administrativas e organização do trabalho: de Taylor aos dias atuais, influências no setor saúde e na enfermagem. Texto & Contexto Enfermagem, v. 15, n. 3, 2006. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/tce/v15n3/v15n3a17.pdf. Acesso em: 14 set. 2019.

VASCONCELOS, E.; HEMSLEY, J. R. Estrutura das organizações: estruturas tradicionais, estruturas para inovação, estrutura matricial. 3. ed. São Paulo: Pioneira, 1997.

OLIVEIRA, D. P. R. Sistemas, organização e métodos: uma abordagem gerencial. 19. ed. São Paulo: Atlas, 2010.