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Temas em Pediatria - Temas em Pediatria
Tipologia: Trabalhos
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Departamento Científico de Pneumologia (2019-2021) • Sociedade Brasileira de Pediatria
prévios de sibilos e pneumonias, ausência de aleitamento materno, vacinação incompleta, e infecções virais respiratórias¹. Apesar do desenvolvimento de vacinas efica- zes e novos testes de diagnósticos rápidos para detectar agentes virais e bacterianos, a PAC e suas complicações representam uma importante causa de morbidade e mortalidade na população pediátrica². Define-se PAC complicada como a PAC que evolui de forma grave, apesar do uso de antibió- ticos, com uma ou mais das seguintes complica- Departamento Científico de Pneumologia Presidente: Maria de Fatima Bazhuni Pombo Sant‘Anna Secretária: Regina Terse Trindade Ramos Conselho Científico: Carlos Antonio Riedi, Cássio da Cunha Ibiapina, Débora Carla Chong e Silva, Gilvan da Cruz Barbosa Araujo, José Dirceu Ribeiro, Patricia Gomes de Matos Bezerra
O termo pneumonia adquirida na comunida- de (PAC) refere-se à pneumonia que ocorre em crianças que não foram hospitalizadas no último mês, portanto não colonizadas por germes hos- pitalares e, sim, provenientes do meio domiciliar, escolar ou comunitário¹. Em relação ao hospedeiro há variáveis de risco para a PAC, como: desnutrição, baixa idade, comorbidades, baixo peso ao nascer, episódios
D e p a r t a m e n t o C i e n t í f i c o d e P n e u m o l o g i a ( 2 0 1 9 - 2 0 2 1 ) Nº 7, 09 de Fevereiro de 2022 (atualização)
Pneumonias Adquiridas na Comunidade Complicadas mocóccica 7 valente (PCV7), sua substituição pela PCV10 e PCV13 manteve a queda da incidência da doença. Um estudo italiano com 502 crianças com PAC complicada concluiu que não houve au - mento dos sorotipos inexistentes na PCV13 após implantação da vacina. No entanto, outros auto- res consideram a possibilidade de aumento des- ses sorotipos7,8. Por outro lado, no Brasil, o estudo sobre transporte nasofaríngeo de Streptococcus pneumoniae (pneumococos) em crianças saudá- veis que foram ao Posto de Saúde para imuniza- ção rotineira, após implantação da PCV10 na rede pública em 2010, mostrou que, houve aumento de colonização nasofaríngea por sorotipos de pneu- mococo não contidos na vacina como 6C, 15B, 19A, 15A e 16F^9. O efeito da vacina sobre a ocor- rência de PAC deve sempre levar em consideração a situação epidemiológica de cada região. A vacina anti Haemophylus influenza B – im- plantada no Brasil em 1999 - gerou grande dimi- nuição dos casos de PAC por este agente. O Hae- mophylus influenza não tipável é pouco frequente em PAC e pode acometer os imunodeprimidos. O isolamento do agente etiológico das PAC complicada, no sangue e no líquido pleural, por reação em cadeia de polimerase em tempo real ( RT-PCR em inglês) permite identificação das bac- térias com melhor sensibilidade que a cultura e traz novas perspectivas para a decisão terapêuti- ca^7. Na prática pediátrica, em nosso meio, na maio- ria das vezes só são disponíveis bacterioscopia e cultura, com baixa sensibilidade de isolamento.¹ Os agentes etiológicos mais frequentes nas PAC complicada são os pneumococos, Staphylo- coccus aureus (sensíveis à meticilina, resisten- tes à meticilina (MRSA) e os MRSA adquiridos na comunidade (CA-MRSA) - especialmente os produtores de PVL-leucocidina penta valentine), Streptococcus do grupo A, Haemophylus influen- za , outras bactérias Gram-negativas, anaeróbios, e outros agentes menos comuns. Em crianças menores de dois meses de vida, os seguintes agentes devem ser considerados: Streptococcus do grupo B, bactérias intesti- nais gram-negativas, Listeria monocytogenes e ções: derrame parapneumônico (DPP), empiema pleural (EP), pneumonia necrosante (PN) e com abscesso pulmonar (AP). A PAC complicada é caracterizada como doen- ça grave de curso e hospitalização prolongados. Entretanto, a maioria dos pacientes se recupera completamente. As complicações sistêmicas das PAC complicada são: sepse e choque séptico, in - fecção metastática, falência de múltiplos órgãos, síndrome do desconforto respiratório agudo, coagulação intravascular disseminada e óbito³. A British Thoracic Society relata a prevalência de 3% de PAC COMPLICADA no total das PAC^4. O DPP e o EP em pediatria são considerados estágios diferentes do mesmo processo fisiopa- tológico, no qual a inflamação pleural faz com que o líquido se acumule na cavidade pleural. A PN resulta da necrose e liquefação do tecido pulmonar. Em adultos é de mal prognóstico e foi inicialmente considerada uma complicação rara em crianças. Esta quando associada ao AP, repre- senta o espectro de uma doença; entretanto, a etiologia e o curso clínico diferem quando com- parados ao de adultos.^5 Em princípio, o antibiótico de primeira esco- lha para o tratamento de PAC complicada com DPP e EP é a penicilina cristalina (150.000- 200.000 U/kg/dia 6/6h ou de 4/4h) ou ampici- lina (150-200mg/kg/dia 8/8 ou 12/12h) endo- venosa associada à conduta cirúrgica adequada, obtendo-se sucesso na resolução da maioria dos casos^6. Quando a evolução não é satisfatória é ne- cessária a troca do tratamento com antibióticos. Este documento apresenta uma proposta de padronização de tratamento das PAC complicada.
Embora a epidemiologia das PAC tenha sofrido alteração após implantação da vacina anti-pneu-
Pneumonias Adquiridas na Comunidade Complicadas Há extensa destruição e liquefação do teci- do pulmonar e perda da arquitetura do parên- quima pulmonar. Especula-se que a redução do fluxo sanguíneo dos vasos trombosados, diminui as concentrações de antibióticos no tecido pul- monar afetado, determinando assim a infecção persistente e posterior destruição do tecido pul- monar. A PN encontra-se em um espectro entre o AP e gangrena pulmonar^14. A mudança do espec- tro de cepas pneumocócicas após a introdução da vacina anti-pneumocócica, o surgimento de S. aureus MRSA e o uso ampliado de TC de tórax que permite a detecção mais precoce da PN, po- dem contribuir para a incidência crescente deste diagnóstico^15. As crianças com PN, geralmente, são menores de cinco anos de idade e previamente saudáveis. Os principais achados clínicos são: febre, tosse, dor torácica, taquipneia, macicez à percussão, di- minuição dos sons respiratórios e/ou respiração brônquica^14. Os sintomas podem estar presentes por vários dias antes da apresentação e, apesar do tratamento, as crianças costumam ficar des- proporcionalmente doentes, com febre persis- tente, desconforto respiratório e sinais clínicos e/ou radiográficos de pneumonia progressiva ou não responsiva12,14,16. A maioria dos pacientes (63% a 100%) evolui com EP associado, e, tam- bém são frequentes complicações associadas à presença de fístula bronco-pleural (17% a 67%), diagnosticada pela presença de pneumotórax na radiografia de tórax ou pela perda persistente de gás (por mais que 24 h) em drenos torácicos14, 17. O diagnóstico de PN deve ser considerado na criança com PAC grave que não apresenta me - lhora, apesar de estar há pelo menos 72 horas em uso de antibióticos. Devem ser procurados locais extrapulmonares de infecção, como pele e tecidos moles ou sistema músculo-esquelético. Ocasionalmente os pacientes poderão deterio- rar rapidamente com sepse grave, incluindo cho- que séptico, insuficiência de múltiplos órgãos e insuficiência respiratória hipoxemica.^14 A síndrome hemolítico-urêmica (SHU) que ocasiona anemia hemolítica microangiopática, trombocitopenia e insuficiência renal aguda, poucos dias após o início dos sintomas é com- plicação rara^18. São sinais de alerta: a presença de hemorragia pulmonar, hemoptise, erupção cutânea eritematosa e contagem diminuída de leucócitos periféricos^19. Abscesso pulmonar A evolução do AP, frequentemente, é insidio- sa. O AP, após aspiração, por exemplo, geralmen- te se manifesta entre uma a duas semanas após o evento^20. Usualmente os pacientes apresentam- -se com sintomas inespecíficos à semelhança da PAC não complicada. São características que su - gerem a evolução para AP: persistência de febre, toxemia, hipoxemia persistente, sem resposta ao tratamento antimicribiano. A tosse geralmente é seca, mas, com a ruptura espontânea do absces- so no brônquio, e pode tornar-se maciçamente produtiva chegando à vômica^21. O diagnóstico diferencial de AP pode ser feito com: tuberculo- se, nocardiose, infecções fúngicas, melioidose, paragonimíase e abscesso amebiano, bem como certas doenças não infecciosas, como tumores, sarcoidose e infarto pulmonar^3. Pneumonias aspirativas As pneumonias aspirativas ocorrem por pas- sagem de material da cavidade oral, do esôfago ou do estômago para o trato respiratório. Nas crianças as principais causas são distúrbios da deglutição, malformações congênitas e RGE. A etiologia engloba bactérias gram positivas, gram negativas e anaeróbios, devendo ser tratadas com antibióticos de largo espectro. Cabe lembrar as pneumonias lipoides, causa- das pela aspiração de óleo mineral e geralmente estudadas no capítulo das pneumonias crônicas. O uso de óleo mineral para tratamento de cons- tipação crônica é considerado iatrogênico e deve ser abolido. As pneumonias atípicas e virais serão abor- dadas com mais detalhes no documento sobre PAC não complicadas.
Departamento Científico de Pneumologia (2019-2021) • Sociedade Brasileira de Pediatria
Diagnóstico microbiológico Culturas de sangue periférico, testes so- rológicos para patógenos, como por exemplo, Mycoplasma pneumoniae , e investigações do lí- quido pleural, como coloração de Gram, cultura e outros testes de detecção como PCR, são úteis no estabelecimento do agente etiológico. Destes, o líquido pleural fornece o maior rendimento micro- biológico, especialmente quanto ao diagnóstico molecular ou às técnicas rápidas para detecção de antígeno. O líquido pleural pode ser obtido no mo- mento da inserção de um tubo intercostal para dre- nagem do espaço pleural, no momento da cirurgia, ou por aspiração com agulha intercostal se houver derrame pleural^14. Culturas de escarro geralmen- te são difíceis de serem obtidas em crianças e não são confiáveis, pois patógenos potenciais, como pneumococos, são encontrados com frequência em crianças saudáveis. Da mesma forma, embora a identificação de vírus nas secreções respiratórias seja importante para obter um melhor entendi- mento da patogênese das complicações envolvi- das, e, possivelmente, para medidas de controle de infecção, é improvável que os resultados positivos tenham uma grande influência no manejo tera- pêutico (como a suspensão de antibióticos)^3. O líquido pleural normalmente tem caracte- rísticas de EP quando se apresenta com pus fran- co, organismos visíveis na coloração de Gram ou leucócitos aumentados (≥15,0 × 10^6 /L, predomi- nantemente neutrófilos) e é caracterizado por pH <7,20, proteína > 30 g/L, níveis de glicose <2,2 mmol/L e concentrações de lactato desidro- genase frequentemente ≥1000 U/L, esta última refletindo lesão do parênquima pulmonar^14.
Radiografia de tórax A radiografia de tórax (RXT) em decúbito la- teral (incidência de Hjelm-Laurelll ) poderá dife- renciar o DP livre de coleções loculadas, conso- lidação pulmonar e espessamento pleural. No entanto, não diferencia o DPP do EP³. Em crianças com PAC complicada como PN, a RXT pode mostrar a consolidação subjacente ao DPP e, mesmo havendo um desvio secundário do mediastino, só é diagnosticada em menos de 40% das crianças. Pode detectar pneumatoceles pequenas, em média 4 a 8 dias após a hospitaliza- ção^14. Sua baixa sensibilidade deve-se ao fato das lesões cavitárias serem preenchidas com líquido após necrose de liquefação com mesma densida- de do pulmão consolidado adjacente. As lesões se tornam mais visíveis posteriormente no curso da PN, quando o líquido necrótico drena para os brô- nquios comunicantes e acaba sendo substituído por gás. A compressão do pulmão, com desvio da traqueia para o hemitórax contralateral só é obser- vada quando o volume do DPP excede 1000 ml²². Ultrassonografia do tórax (US) A US é a modalidade de imagem mais sensível para avaliar o espaço pleural em crianças com PAC complicada. Também identifica o pulmão consoli- dado e, quando combinada com doppler colorido, detecta regiões hipoperfundidas do pulmão^17. É o método recomendado para estimar a quantidade de líquido pleural, pois o tamanho do DP é sig- nificativo para a decisão da conduta. Também é considerada superior à TC de tórax em sua capa- cidade de demonstrar componentes internos do derrame, como loculações e presença de fibrina²³. A US tem características atrativas de portabilida- de, sem exposição à radiação, baixo custo, ampla disponibilidade e sem necessidade de sedação no paciente jovem. Portanto, isso deve ser conside- rado quando a realização da TC de tórax não for segura e nem viável e quando o diagnóstico pre- coce de PN influenciar o manejo do paciente^14. A detecção de lesões hipoecoicas ou de per- fusão regional prejudicada, usando US pulmonar combinada com o doppler colorido, prediz a alta probabilidade de PN subjacente e formação de pneumatoceles. Também ajuda a diferenciar AP preenchido de líquido, do EP. No entanto, essa
Departamento Científico de Pneumologia (2019-2021) • Sociedade Brasileira de Pediatria As doses de antibióticos para tratamento hospitalar das PACC estão descritas no quadro 1 1,4,26,27. Quadro 1. Doses e intervalos de antibióticos por via intravenosa para tratamento de PAC complicadas Antibiótico Dose Intervalo da via IV Ampicilina 150 a 200 mg/kg/dia 6/6 h Amicacina 15 mg/kg/dia 12/12 h Amoxicilina + clavulanato 50-90 mg/kg/dia de amoxicilina 8/8 h Amoxicilina + sulbactam 50-90 mg/kg/dia de amocilina (máximo 2 g/dose) 8/8 h Azitromicina 10 mg/kg/dia 24/24 h Cefotaxima 100 a 200 mg/kg/dia 6/6 h ou 8/8 h Ceftriaxona 100 mg/kg/dia 12/12 h Cefuroxima 100 a 150 mg/kg/dia 8/8 h ou 12/12 h Cefepima 50mg/kg/dia 8/8 h Clindamicina 30 a 40 mg/kg/dia 6/6 h ou 8/8 h Claritromicina 15 mg/kg/dia 12/12 h Gentamicina 3 a 7,5 mg/kg/dia 8/8 h Penicilina cristalina 150.000 a 200.000 UI/kg/dia 4/4 h ou 6/6 h Vancomicina 40-60mg/kg/dia 6/6 h Metronidazol 7,5 mg/kg/dose ou 500 mg/dose (em maiores de 12 anos) 8/8 h Fonte: os autores Seguem-se orientações de antibioticoterapia em situações especiais no Quadro 2. Quadro 2. Sugestão de antibioticoterapia empírica das PAC complicadas em situações especiais. Situações especiais Antibióticos recomendados Suspeita de Staphylococcus aureus sensível à meticilina
Pneumonias Adquiridas na Comunidade Complicadas Em geral o tratamento do AP é conservador com o uso dos antimicrobianos por pelo menos 3 a 4 semanas. No AP periférico (sem contato com a via aérea) alguns sugerem a aspiração percutâ- nea da lesão guiada por US para esvaziamento do material purulento e consequente resolução mais rápida do quadro, bem como maior possibilidade de identificação do agente etiológico²². A Vide- otoracoscopia assistida (VTCA) e toracotomia são raramente necessárias, salvo em situações espe- ciais como abscessos grandes que exigem exére- se ou muito periféricos, com risco de FBP. A PN deve ser tratada com abordagem ci- rúrgica como está descrito no texto que segue abaixo e no fluxograma que consta na figura 2. A antibioticoterapia venosa deve ser de amplo espectro com 3 a 4 semanas de duração: vanco- micina associada à cefotaxima ou ceftrixona ou cefepime. Algumas condições de risco de pneumonias complicadas na infância e possíveis agentes etiológicos estão descritas na tabela 1.^27 Figura 2. Fluxograma para tratamento cirúrgico de pneumonias necrosantes Tabela 1. Condições de risco de pneumonias complicadas na infância e possíveis agentes etiológicos.^27 Condição de risco Agente etiológico possível Menores de 1 ano ou com porta de entrada cutânea Staphylococcus aureus Menores de 5 anos com vacinações incompletas (principalmente anti H.influenza .) Haemophylus influenzae tipo B continua...
Pneumonias Adquiridas na Comunidade Complicadas ta de material para culturas e identificação do líquido pleural e distinguir o tipo de líquido do derrame. Deve ser retirado o máximo possível de líquido no procedimento. O DP complicado ocorre quando apenas o tra- tamento com antimicrobianos não é suficiente para sua resolução. Cursa com valores de pH e glicose baixos, e DHL elevado devido a atividade metabó- lica das células inflamatórias e bactérias. Esses va- lores são preditivos para PAC graves^15. O pH abaixo de 7,0 indica alto risco de formar septações^22. Na primeira fase do DP a toracocentese é importante para diagnóstico do exsudato e para esvaziamento da cavidade pleural. Há a possibi- lidade de se fazer toracocenteses seriadas para retirada de líquido pleural, mas pelo maior im- pacto traumático para o paciente, é pouco utili- zado em crianças32, 33. Drenagem Pleural Simples Caracteriza-se pela introdução de dreno em espaço pleural, o qual deve ser retirado apenas na conclusão do tratamento. Permite retirar o lí- quido da cavidade pleural e o que vai sendo pro- duzido nos dias seguintes à drenagem. Indicado quando o volume se excede a 1cm na visualiza- ção pela USG^32. Deve ser colocado em declive de tórax e co- nectado a uma pressão de água entre 15 e 20cm, uma vez que a pressão negativa facilita a expan- são pulmonar e tende a fechar a cavidade do EP^31. Pode ser guiado por ultrassonografia, em especial quando há lojas de líquido no espaço pleural. O diâmetro do tubo varia de acordo com a idade: 8-10 a 12-14, levando-se em conside- ração também a espessura do líquido pleural (Tabela 2). Tabela 2. Tamanho recomendado do tubo de drenagem pleural. Peso Derrame loculado Derrame não loculado < 3kg 8 – 10 10 – 12 3 – 8Kg 10 - 12 12 – 16 9 – 15kg 12 – 16 16 – 20 16 – 40kg 16 – 20 24 – 28 Maior 40Kg 24 - 28 28 – 36 Fonte: Martin^32 O volume da drenagem deve ser avalia- do a cada 24 horas. Pode-se retirar o tubo de drenagem quando o débito do líquido for mí - nimo: 40 a 60ml em 24 horas ou inferior a 1 a 1,5 ml/kg/dia^32. Drenagem torácica com fibrinolíticos Os fibrinolíticos têm a capacidade de romper as septações pela quebra da fibrina que pode se acumular no líquido pleural no decorrer da evo- lução do EP. Apenas a drenagem pleural simples pode não ser suficiente para retirar esse material espesso. Alguns autores recomendam a inter- venção não operatória com uso de fibrinolíticos como primeira opção em DP complicado e EP8,22. Os fibrinolíticos disponíveis são: a estrepto- quinase, a uroquinase e o fator ativador de plas- minogenio (Alteplase). A uroquinase é o mais descrito na literatura e promove menos efeitos alergênicos e pirogênicos31,32. A administração é realizada pelo dreno pleural mantido pinçado por 4 horas, tempo durante o qual o paciente deve fazer mudanças posturais. A uroquinase e estreptoquinase devem ser administradas duas
Departamento Científico de Pneumologia (2019-2021) • Sociedade Brasileira de Pediatria vezes ao dia. O fator ativador de plasminogênio uma vez ao dia, durante três dias, podendo esse ciclo ser repetido mais três dias, a depender da necessidade. A dose recomendada de uroquinase é: 10.000UI em 10ml de soro fisiológico 0,9% para menores de 1 ano e 40.000UI em 40ml de soro fisiológico 0,9% para maiores de um ano^27. Videotoracoscopia assistida (VTCA) Trata-se de procedimento no qual se reali- za visualização direta da cavidade pleural e do pulmão adjacente através de microcâmeras. Re- quer aparelhagem de alto custo e equipe treina- da para sua realização. Permite limpeza do es- paço pleural incluindo septações e loculações, redução de população bacteriana em estágios iniciais, posiciona adequadamente o dreno to- rácico, e visualiza os pulmões e sua expansibili- dade, com menor agressividade cirúrgica, menor dor no pós-operatório e melhor resultado cos- mético. Há relatos de resultados positivos entre 83% e 97%^30. Permanecem dúvidas quanto ao momento correto da realização desse procedi- mento. Alguns autores defendem logo no início do diagnóstico do DP e outros apenas se houver falha na drenagem pleural e ou no uso dos fibri- nolíticos. Recomenda-se o VTCA em pacientes que não respondem à drenagem de tórax com uso de fibrinolíticos e apresentam persistência de febre, sinais de septicemia, insuficiência res- piratória ou persistente coleção de pus em fase organizada8, 22. Decorticação por toracotomia Permite a visualização direta da cavidade pleural e do pulmão adjacente a céu aberto. Pode ser realizada a limpeza da cavidade pleural com a retirada de tecidos fibróticos. É um proce- dimento agressivo que gera cicatriz e tempo de recuperação maior que a drenagem pleural. Fre- quentemente realizado em serviços sem a dis- ponibilidade de VTCA e fibrinolíticos, é utilizado nas fases mais crônicas do DP, quando há mate- rial fibrótico envolvido. Apresenta bons resulta- dos, mas é uma cirurgia de grande porte, sujeita a complicações, cicatriz grande e pós operatório difícil13, 32. A figura 2 propõe fluxograma sobre a aborda- gem das pneumonias necrosantes.
Indicações de drenagem pleural simples^32 :
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Pneumonias Adquiridas na Comunidade Complicadas Diretoria
www.sbp.com.br PRESIDENTE: Luciana Rodrigues Silva (BA) 1º VICE-PRESIDENTE: Clóvis Francisco Constantino (SP) 2º VICE-PRESIDENTE: Edson Ferreira Liberal (RJ) SECRETÁRIO GERAL: Sidnei Ferreira (RJ) 1º SECRETÁRIO: Ana Cristina Ribeiro Zöllner (SP) 2º SECRETÁRIO: Paulo de Jesus Hartmann Nader (RS) 3º SECRETÁRIO: Virgínia Resende Silva Weffort (MG) DIRETORIA FINANCEIRA: Maria Tereza Fonseca da Costa (RJ) 2ª DIRETORIA FINANCEIRA: Cláudio Hoineff (RJ) 3ª DIRETORIA FINANCEIRA: Hans Walter Ferreira Greve (BA) DIRETORIA DE INTEGRAÇÃO REGIONAL Fernando Antônio Castro Barreiro (BA) COORDENADORES REGIONAIS NORTE: Bruno Acatauassu Paes Barreto (PA) Adelma Alves de Figueiredo (RR) NORDESTE: Anamaria Cavalcante e Silva (CE) Eduardo Jorge da Fonseca Lima (PE) SUDESTE: Rodrigo Aboudib Ferreira Pinto (ES) Isabel Rey Madeira (RJ) SUL: Darci Vieira Silva Bonetto (PR) Helena Maria Correa de Souza Vieira (SC) CENTRO-OESTE: Regina Maria Santos Marques (GO) Natasha Slhessarenko Fraife Barreto (MT) COMISSÃO DE SINDICÂNCIA TITULARES : Gilberto Pascolat (PR) Aníbal Augusto Gaudêncio de Melo (PE) Maria Sidneuma de Melo Ventura (CE) Isabel Rey Madeira (RJ) SUPLENTES: Paulo Tadeu Falanghe (SP) Tânia Denise Resener (RS) João Coriolano Rego Barros (SP) Marisa Lopes Miranda (SP) Joaquim João Caetano Menezes (SP) CONSELHO FISCAL TITULARES: Núbia Mendonça (SE) Nelson Grisard (SC) Antônio Márcio Junqueira Lisboa (DF) SUPLENTES: Adelma Alves de Figueiredo (RR) João de Melo Régis Filho (PE) Darci Vieira da Silva Bonetto (PR) ASSESSORES DA PRESIDÊNCIA PARA POLÍTICAS PÚBLICAS: COORDENAÇÃO: Maria Tereza Fonseca da Costa (RJ) MEMBROS: Clóvis Francisco Constantino (SP) Maria Albertina Santiago Rego (MG) Donizetti Dimer Giamberardino Filho (PR) Sérgio Tadeu Martins Marba (SP) Alda Elizabeth Boehler Iglesias Azevedo (MT) Evelyn Eisenstein (RJ) Paulo Augusto Moreira Camargos (MG) João Coriolano Rego Barros (SP) Alexandre Lopes Miralha (AM) Virgínia Weffort (MG) Themis Reverbel da Silveira (RS) DIRETORIA DE QUALIFICAÇÃO E CERTIFICAÇÃO PROFISSIONAL Maria Marluce dos Santos Vilela (SP) Edson Ferreira Liberal (RJ) COORDENAÇÃO DE CERTIFICAÇÃO PROFISSONAL José Hugo de Lins Pessoa (SP) COORDENAÇÃO DE ÁREA DE ATUAÇÃO Mauro Batista de Morais (SP) Kerstin Tanigushi Abagge (PR) Ana Alice Ibiapina Amaral Parente (RJ) COORDENAÇÃO DO CEXTEP (COMISSÃO EXECUTIVA DO TÍTULO DE ESPECIALISTA EM PEDIATRIA) COORDENAÇÃO: Hélcio Villaça Simões (RJ) MEMBROS: Ricardo do Rego Barros (RJ) Clovis Francisco Constantino (SP) Ana Cristina Ribeiro Zöllner (SP) Carla Príncipe Pires C. 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Bellotti de Oliveira (RJ) CONSULTORIA EDITORIAL: Ana Cristina Ribeiro Zöllner (SP) Fábio Ancona Lopez (SP) Dirceu Solé (SP) Joel Alves Lamounier (MG) EDITORES ASSOCIADOS: Danilo Blank (RS) Paulo Roberto Antonacci Carvalho (RJ) Renata Dejtiar Waksman (SP) COORDENAÇÃO DO PRONAP Fernanda Luísa Ceragioli Oliveira (SP) Tulio Konstantyner (SP) Cláudia Bezerra de Almeida (SP) COORDENAÇÃO DO TRATADO DE PEDIATRIA Luciana Rodrigues Silva (BA) Fábio Ancona Lopez (SP) DIRETORIA DE ENSINO E PESQUISA Joel Alves Lamounier (MG) COORDENAÇÃO DE PESQUISA Cláudio Leone (SP) COORDENAÇÃO DE GRADUAÇÃO COORDENAÇÃO: Rosana Fiorini Puccini (SP) MEMBROS: Rosana Alves (ES) Suzy Santana Cavalcante (BA) Angélica Maria Bicudo-Zeferino (SP) Silvia Wanick Sarinho (PE) COORDENAÇÃO DE RESIDÊNCIA E ESTÁGIOS EM PEDIATRIA COORDENAÇÃO: Ana Cristina Ribeiro Zöllner (SP) MEMBROS: Eduardo Jorge da Fonseca Lima (PE) Fátima Maria Lindoso da Silva Lima (GO) Paulo de Jesus Hartmann Nader (RS) Victor Horácio da Costa Junior (PR) Silvio da Rocha Carvalho (RJ) Tânia Denise Resener (RS) Delia Maria de Moura Lima Herrmann (AL) Helita Regina F. 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