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Técnicas de acessibilidade web, Notas de estudo de Desenvolvimento de Jogos Digitais

Técnicas de acessibilidade web

Tipologia: Notas de estudo

2012

Compartilhado em 24/08/2012

wellington-11
wellington-11 🇧🇷

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Técnicas de Acessibilidade

Criando uma web para todos

Jalves Mendonça Nicácio

Desde 1999 o SENAI Nacional desenvolve com sucesso, através da Unidade de Educação Profissional - UNIEP, Programa SENAI de Ações Inclusi- vas - PSAI, que estabeleceu o amplo atendimento a pessoas com deficiência física, intelectual, auditiva, visual ou múltipla, bem como, superdotados (altas habilidades) nas unidades operacionais dos seus 27 Departamentos Regio- nais. O PSAI, além de atender ao contingente de pessoas com necessidades especiais, promove o acesso aos cursos do SENAI para mulheres, negros e índios e a re-qualificação profissional de pessoas idosas.

O grande foco do PSAI é oportunizar a educação profissional para todos os cidadãos que por algum motivo sócio-cultural, econômico ou por preconceito, são tolhidos de exercer este direito constitucional.

No que se refere à inclusão digital de pessoas com necessidades especiais, o Brasil tem adotado uma política favorável a ações que procuram promover a educação inclusiva, amplamente defendida pela legislação brasi- leira. Desta forma, o SENAI Nacional, através do PSAI, vem capacitando seus docentes para utilização dos “softwares leitores de tela” mais usados no Bra- sil. Tais softwares são utilizados pelas pessoas cegas em sua interação com o computador e a informática. Assim, os docentes do SENAI foram habilitados para receber, nos cursos de informática, alunos deficientes visuais, tornando possível para essas pessoas o acesso a mídias digitais como a Web.

Em Alagoas, o SENAI vem desenvolvendo com sucesso várias ações dentro do PSAI desde 2002. Além de oferecer cursos de capacitação profissio- nal para pessoas com deficiência física ou sensorial, o SENAI/AL tem ampliado suas ações no sentido de aumentar a participação dessas pessoas no mercado de trabalho. Um dos maiores exemplos desta atuação é a publicação do Guia Alagoas Inclusiva, uma cartilha informativa com perguntas e respostas para orientação de empregadores na contratação de pessoas com deficiência.

No âmbito da informação digital, o SENAI/AL, numa promoção da Rede de Inclusão Social da Pessoa com Deficiência em Alagoas, criou o site Alagoas Inclusiva, que traz informações e serviços para empresas e comuni- dade. O Site conta com um banco de profissionais composto por pessoas com

A Web acessível como um caminho para auxiliar na
Educação Inclusiva

deficiência que foram qualificadas e certificadas pelo SENAI e outras institui- ções de educação que compõem a Rede de Inclusão Social.

No entanto, mesmo diante de todas as iniciativas já mencionadas, fazem-se necessários a difusão e o ensino de técnicas que viabilizem a cons- trução e publicação na Web de páginas com conteúdo acessível, preparando desta forma os futuros construtores de páginas da Internet na perspectiva da inclusão.

A edição especial desse livro, patrocinada pelo SENAI em parceria com a EDUFAL e o Banco do Nordeste do Brasil, com a devida anuência do autor e também colaborador do SENAI em Alagoas, Jalves Mendonça Nicácio, é mais uma etapa dessa estratégia educativa. É imprescindível pensar numa Web que possibilite o acesso a qualquer pessoa, independente de suas limita- ções. Mais ainda: contribuir para que este ideal se realize deve ser considera- do uma obrigação de todos que queiram compartilhar informações através de uma página na Internet.

Entendemos que com a publicação desta edição especial, o SENAI ratifica seu compromisso com a construção da cidadania, por intermédio da educação profissional, e oportuniza a qualificação não apenas dos seus edu- candos, mas também do seu quadro docente, que faz a diferença no processo de inclusão de pessoas com necessidades especiais.

Marben Montenegro Loureiro Diretor Regional do SENAI/AL

Sumário

viii

  • Capítulo vii
  • sível Diretrizes para construção de conteúdo aces-
      1. Diretrizes W3C
      1. Diretrizes Brasileiras: E-MAG
      1. Diretrizes WCAG Samurai
  • Capítulo
  • Regras simples, ótimos resultados!
      1. Identificando a linguagem utilizada
      1. Trabalhando com texto alternativo
      1. Trabalhando com CSS
      • Um exemplo prático:
      1. Trabalhando com medidas relativas
      1. Pensando na estrutura da página
      • Descrição de página
      1. Tabelas
      • Como um leitor de tela deve ler uma tabela:
      1. Formulários
      1. Acrônimos e Abreviações...........................................
  • Capítulo Sumário
  • Técnicas para aplicação de acessibilidade
      1. Teclas de Atalho.......................................................
      1. Skip links
      1. Controle do tamanho da letra
      1. Problemas de acessibilidade com CAPTCHA..................
      1. Breadcrumbs Trail
      1. Menu de Acessibilidade
  • Capítulo
  • Cinto de Utilidades!
      1. Ferramentas de avaliação/validação de acessibilidade
      1. Softwares para avaliação de acessibilidade
      1. Ferramentas validadoras de HTML/CSS
        • Validadores de sintaxe HTML/XHTML
      • -Validadores de CSS.............................................................................
      1. Softwares leitores de tela
      1. Complementos de acessibilidade para Firefox
      1. Ferramentas que úteis para teste e desenvolvimento
      1. Ítens de leitura Obrigatória.......................................
      1. Ítens de leitura recomendada

Apresentação

xi

global que a Internet criou, divulgando seus produtos, serviços ou até mesmo pensamentos, nessa grande rede. Para todo esse público, a presente obra pode contribuir com valiosas informações, com o intuito de possibilitar a cria- ção de espaços na Web que possam ser acessados com a maior abrangência possível.

Ampliar a acessibilidade das informações disponíveis na rede im- plica o aumento de visitas e, logicamente, de possíveis usuários ou clientes adicionais, gerando resultados e contribuindo para uma maior inclusão social. A adesão ao tema aqui abordado é um dos raros exemplos em que todos saem ganhando. Mas, apesar de ser uma ferramenta útil para todos, pouco se faz em termos de acessibilidade no cenário global. Há outro sonho incubado nes- sa obra: de que um dia a Web seja amplamente acessível, incluindo jovens e idosos, pessoas carentes de atenção e aquelas mais autoconfiantes. O livro é a contribuição do seu autor, jovem idealista e visionário, para a transformação de uma realidade, para mudar o mundo. É a sua decisão pessoal de interferir nessa realidade, optando por tentar fazer alguma diferença nesse universo midiático, em que a Web se transformou.

Por todas essas questões, esta obra tem um mérito louvável. É o primeiro livro no cenário nacional sobre esse assunto e, como toda iniciativa pioneira, abre espaço para novas pesquisas e trabalhos no tema abordado. Pode ser adotado como livro texto para cursos de desenvolvimento de apli- cações para a Web e, até mesmo, para cursos de graduação em Sistemas de Informação e Ciências da Computação.

Espera-se que o leitor não se detenha apenas a conhecer os recur- sos de acessibilidade aqui tratados e que se una a um grupo cada vez maior de profissionais que trabalham para melhorar as condições de acesso ao con- teúdo da Web. Se cada um de nós der um simples passo nessa caminhada, a sinergia gerada pelos pequenos esforços individuais poderá contribuir para um considerável aumento do número de pessoas que podem tirar proveito de todas as tecnologias inclusivas que já existem e que estão à nossa disposição, para construir um mundo cada vez mais acessível a todos nós.

MARCUS DE MELO BRAGA

Internet, e-mail, site, home page, servidor, navega- dor, links por toda parte! Quem nunca ficou confuso com toda esta tecnologia? Mesmo quem já nasceu na geração “on-line”, algumas vezes pode se sentir perdido, até porque esta é uma tecnologia em constante desenvolvimento desde sua criação.

Na verdade, desde a primeira vez que o mundo ou- viu falar de Web, nada tem sido como antes. A Internet, e a Web por sua vez, vem a cada ano provocando mudanças radicais na maneira como os homens se relacionam, trocam informações, resolvem problemas, estudam ou simplesmente se divertem. Muitas vezes, a Web substitui antigos serviços conhecidos pelo homem, como os correios e o telefone. Desta forma, não há como negar a importância da Web nos dias de hoje.

Do que trata este livro?

INTRODUÇÃOINTRODUÇÃO

xiv

Capítulo INTRODUÇÃO - Do que trata este livro?

Uma vez um amigo dela a apresentou a um site onde ela poderia fazer as mesmas compras que ela fazia no super- mercado pela internet. Ela tentou usar o site algumas vezes e logo descobriu uma série de dificuldades: o site nunca dei- xava claro em que seção ela estava, nem como encontrar um determinado produto. Em algumas seções o layout da página muda completamente e a Sandra fica na dúvida se ainda está no mesmo site ou não.

Caso 3:

A primeira vez que o Henrique usou um programa leitor de tela foi uma comoção só! Pela primeira vez em muito tempo ele sentia que poderia fazer alguma coisa sem ajuda de ninguém. Henrique é cego e acabou de ser apresentado a um programa capaz de ler todo texto que se encontra na tela.

Imaginem quanta coisa agora ele será capaz de fa- zer! Através da tecla TAB do teclado ele pode navegar de link em link e encontrar o que deseja. Com este programa, agora ele poderá acessar os serviços da Web, ele pode pagar suas contas, comprar produtos, fazer pesquisas, mandar e-mails, etc.

Mas sua fascinação não durou muito tempo. Logo Marcos descobriu que nem todos os sites permitiam que o leitor de telas acessasse adequadamente seu conteúdo.

Todos estes exemplos servem para evidenciar uma

Capítulo INTRODUÇÃO - Do que trata este livro?

xv

realidade vivida por milhões de pessoas em todo mundo. Quando privamos estas pessoas do acesso aos serviços e in- formações que circulam na Web, estamos criando um sério problema de exclusão social e digital. Encare da seguinte for- ma: Para pessoas sem deficiência, sistemas da Web facilitam a vida, mas para quem não pode ver ou ouvir ou andar, estes mesmos sistemas são mais do que facilitadores. Para essas pessoas, ter acesso a esses sistemas, muitas vezes significa tornar possível a realização de tarefas que, de outra forma, exigiriam um esforço imenso ou até mesmo seriam impossí- veis de serem realizadas.

Então, o que podemos fazer para que o conteúdo das páginas e sistemas da Web seja acessível a pessoas portado- ras de necessidades especiais? É exatamente disso que trata este livro. Abordaremos aqui os principais conceitos que pre- cisamos saber para tornar ou construir sites acessíveis.

2. Quem deveria ler este livro?

Nem todas as pessoas que publicam algum conteúdo na Web estão ligadas à área de Informática e, por isso, não necessariamente tem conhecimento das tecnologias utilizadas para construir sites. Contudo, todas as pessoas que publicam conteúdos na Web, seja texto, áudio ou vídeo, deveriam se preocupar com a questão da acessibilidade.

Então, mesmo que você não entenda nada de HTML, CSS ou qualquer outra tecnologia da Web, ainda assim você pode compreender quais são os pontos críticos na acessibi-

O mínimo que você

deve saber...

Para que você entenda claramente do que estamos tratando aqui, é necessário que primeiro compreenda alguns conceitos básicos. De nada vai adiantar começarmos a expli- car a aplicação de algumas técnicas em códigos de páginas da Web sem antes definirmos alguns termos que geralmente causam bastante confusão.

Tais conceitos são muito importantes para que você possa ter uma visão ampla sobre porque alguns sites são ina- cessíveis para algumas pessoas e o que já tem sido feito para resolver este problema.

Capítulo 1 - O mínimo que você deve saber...

19

1. Afinal, o que é “Web Acessível”?

O que quer dizer Web?

Para começar, não confunda mais Internet com Web. Apesar de serem extremamente ligadas, são coisas bem dis- tintas e tem propósitos diferentes. Quem veio primeiro na história foi a Internet, criada inicialmente para fins militares. Sua função era, e ainda é, conectar computadores. A Internet fez isso tão bem que hoje temos uma rede mundial de compu- tadores. Alias, “rede mundial de computadores” define muito bem o que é Internet.

Uma vez que já temos uma rede de comunicação bem estruturada entre computadores, agora precisamos de programas que permitam a troca de mensagens entre esses computadores. Assim, surgiram os servidores de e-mail e os programas clientes de e-mail. Basicamente funcionam como o sistema de correio convencional, só que ao invés de termos agência de correios, temos servidores de e-mail. No lugar do carteiro, temos a internet com todo seu cabeamento e proto- colos, e os remetentes e destinatários são sempre computa- dores.

Mas trocar informações por e-mails não era suficien- te. Até então, em termos práticos, a Internet era pouco mais do que uma ferramenta para troca de correspondências e dis- ponibilização de arquivos. Além disso, não havia compatibi- lidade entre os diversos sistemas de informação utilizados. O problema era: dado às circunstâncias, como compartilhar

Capítulo 1 - O mínimo que você deve saber...

21

nos dá uma sensação de que estamos lidando com algo que pode fugir ao controle. A gente vai seguindo os links e, quan- do menos esperamos, voltamos para a primeira página, de onde saímos inicialmente. Se formos pensar em um gráfico ilustrando esse emaranhado de links, esse gráfico seria algo parecido com uma teia de aranha (em inglês, web). Daí o nome dado à invenção de Tim Berners-Lee.

Enfim, a Web nada mais é do que este mar de links, sites e sistemas on-line onde milhões de pessoas diariamente navegam e procuram encontrar tudo aquilo que desejam. É uma tecnologia criada para tornar qualquer tipo de informa- ção ou serviço acessível a qualquer hora do dia ou da noite.

O que quer dizer acessível?

Geralmente, quando ouvimos falar que algo é “Aces- sível”, nós primeiramente pensamos em deficientes físicos. Você provavelmente já ouviu alguém dizer: “aquela passarela nova é acessível” ou “aquele ônibus é acessível”. Mas com uma olhadinha rápida no Aurélio, logo descobrimos que algo é acessível quando é fácil de aproximar, tratar ou obter. Isto sem dúvida melhora a compreensão do que é “ser acessível”, ou seja, é bem mais do que pensávamos inicialmente.

Por exemplo: nem tudo que é fácil para um adulto normal é fácil para uma criança, ou um idoso, ou um deficien- te físico e assim por diante. Nem tudo que é acessível para um cego é também acessível para um paraplégico ou simples- mente para alguém com a perna engessada. Cada pessoa,

22

Capítulo 1 - O mínimo que você deve saber...

independente de ser deficiente física ou não, possui um grau diferente de necessidade para poder acessar alguma coisa.

Quando dizemos, portanto, que algo é acessível, isto deveria significar que qualquer pessoa, independente de sua necessidade, terá facilidade em entrar, aproximar, subir, uti- lizar, etc.

O que quer dizer Web acessível?

Web acessível é a representação de uma Web ideal, onde todas as pessoas teriam acesso ao seu conteúdo. Não só pessoas, mas também sistemas, uma vez que sistemas tam- bém acessam conteúdos de páginas na internet para algum propósito, dependendo do sistema.

Um exemplo: o sistema de buscas mais utilizado no mundo e que vale mais de dois bilhões de dólares, o Google. Ele garimpa toda a Web procurando os resultados mais rele- vantes para uma busca. Alguém aí pode estar se perguntando “como o Google faz isso?”. Bom, uma forma de se fazer isso é entrar em cada página e “ler” seu conteúdo, da mesma forma que os leitores de telas utilizados por cegos. Quando o siste- ma não consegue acessar alguma página ou site, este ou é indexado de maneira equivocada ou é simplesmente deixado de lado.

Acessibilidade Web também está ligada a diversos dispositivos. Hoje em dia, páginas da web também podem ser exibidas em celulares, palmtops e até em televisão. Se não