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Técnica Cirúrgica Nota 1, Notas de estudo de Cirurgia Geral

Matéria abordada na avaliação 1, contendo: Introdução das técnicas cirúrgicas; Terminologias; Assepsia e Antissepsia; Princípios da Técnica Asséptica; Princípios da técnica estéril; Fases fundamentais da técnica cirúrgica; Suturas; Onde e quando utilizar suturas; Fios e agulhas de sutura; Questionário rápido.

Tipologia: Notas de estudo

2022

À venda por 06/03/2024

KissilaGuterres
KissilaGuterres 🇧🇷

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Aula 01 Técnicas Cirúrgicas
Introdução das Técnicas Cirúrgicas
Toda manipulação gera uma
inflamação -> lesão de tecido, manipulações
desnecessárias.
- Introdução: Destruição, invasão,
reconstrução, infra-estrutura, equipe,
preparo do ambiente, preparo do animal.
- Cirurgias do séc. XIX: Sem anestesia,
procedimentos rápidos, sem antissepsia,
alto índice de óbito no pós-cirúrgico,
infecções, ambiente sujo e feitas apenas em
último caso.
- Joseph Lister (pai da cirurgia moderna):
Utilizava ácido carbólico (fenol); Lister e
Pasteur; Listerine; Antissepsia; Diminuição
do número de óbitos; Troca de
paramentação; Higienização do material
cirúrgico.
Funções do cirurgião
Paciente: conhecimento do
paciente e de sua doença.
Auxiliares: Comando e ordens
claras e precisas, exigir ordem e
silêncio, respeitar e exigir respeito,
orientar e apoiar.
Material e equipamento: Verificar
disponibilidade e condições, evitar
acúmulo no campo operatório e
evitar desperdícios.
Técnica: Usar via de acesso
suficiente, operar por etapas
completas, manter limpeza,
movimentos precisos,
conhecimento pleno (técnica e
anatomia), obedecer ao tempo
operatório, velocidade operacional
normal, reconhecer e corrigir
deslizes, etc.
Seguranças no Centro Cirúrgico
Capote, gorro, pijama, calçado adequado,
máscara. Sem brinco, anéis e cordões.
Ergonomia do cirurgião
Mesa na altura do umbigo, largura da mexa
no máx. 70cm, pés separados nas larguras
dos ombros, ombros relaxados, cotovelo
em 90º sem esforço e coluna na curvatura
normal.
- William Stewart Halsted: A única arma com
a qual o paciente inconsciente pode retaliar
imediatamente o cirurgião incompetente é
a hemorragia.
Cirurgia segura, desenvolveu a Escola de
Cirurgia nos EUA, criou as luvas de látex,
desenvolveu diversas técnicas cirúrgicas.
Seus princípios: sutura de acordo com a
necessidade, movimentos mínimos e
precisos, dissecar somente o indispensável,
manipulação suave, hemostasia acurada,
técnica asséptica, evitar espaço-morto e
iluminação adequada.
Sutura sem tensão: Edemas e
cicatrização ruim.
Movimentos mínimos e precisos:
Não cabe a ortopedia, cistotomia,
lesão de tecido e evitar maiores
manipulações.
Utilização de fios de ancoragem para
diminuir a manipulação traumática na
bexiga.
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Aula 01 – Técnicas Cirúrgicas Introdução das Técnicas Cirúrgicas Toda manipulação gera uma inflamação - > lesão de tecido, manipulações desnecessárias.

  • Introdução: Destruição, invasão, reconstrução, infra-estrutura, equipe, preparo do ambiente, preparo do animal.
  • Cirurgias do séc. XIX: Sem anestesia, procedimentos rápidos, sem antissepsia, alto índice de óbito no pós-cirúrgico, infecções, ambiente sujo e feitas apenas em último caso.
  • Joseph Lister (pai da cirurgia moderna): Utilizava ácido carbólico (fenol); Lister e Pasteur; Listerine; Antissepsia; Diminuição do número de óbitos; Troca de paramentação; Higienização do material cirúrgico. Funções do cirurgião
  • Paciente: conhecimento do paciente e de sua doença.
  • Auxiliares: Comando e ordens claras e precisas, exigir ordem e silêncio, respeitar e exigir respeito, orientar e apoiar.
  • Material e equipamento: Verificar disponibilidade e condições, evitar acúmulo no campo operatório e evitar desperdícios.
  • Técnica: Usar via de acesso suficiente, operar por etapas completas, manter limpeza, movimentos precisos, conhecimento pleno (técnica e anatomia), obedecer ao tempo operatório, velocidade operacional normal, reconhecer e corrigir deslizes, etc. Seguranças no Centro Cirúrgico Capote, gorro, pijama, calçado adequado, máscara. Sem brinco, anéis e cordões. Ergonomia do cirurgião Mesa na altura do umbigo, largura da mexa no máx. 70cm, pés separados nas larguras dos ombros, ombros relaxados, cotovelo em 90º sem esforço e coluna na curvatura normal.
  • William Stewart Halsted: A única arma com a qual o paciente inconsciente pode retaliar imediatamente o cirurgião incompetente é a hemorragia. Cirurgia segura, desenvolveu a Escola de Cirurgia nos EUA, criou as luvas de látex, desenvolveu diversas técnicas cirúrgicas. Seus princípios: sutura de acordo com a necessidade, movimentos mínimos e precisos, dissecar somente o indispensável, manipulação suave, hemostasia acurada, técnica asséptica, evitar espaço-morto e iluminação adequada.
  • Sutura sem tensão: Edemas e cicatrização ruim.
  • Movimentos mínimos e precisos: Não cabe a ortopedia, cistotomia, lesão de tecido e evitar maiores manipulações. Utilização de fios de ancoragem para diminuir a manipulação traumática na bexiga.
  • Dissecar somente o indispensável: margem de segurança, evitar perda de tecido sem necessidade, quanto menor a manipulação vai ser melhor.
  • Reduzir exposição de tecidos: Contaminação, desidratação, perda de temperatura e compressas umidecidas.
  • Manipulação suave: Pinças atraumáticas, ancoragem com fios e evitar lesões no tecido.
  • Hemostasia acurada: Ligadura, eletrocoagulação, compressão e tipos de pinças hemostáticas.
  • Técnica asséptica: Antissepsia e assepsia, seguir protocolos, higienização adequada e regras de paramentação.
  • Evitar espaço morto: Walking- Suture, drenagem de ceroma e dreno de penrose.
  • Boa iluminação: Melhor visibilidade de profundidade e coloração dos tecidos. TERMINOLOGIAS a) TOMIA – incisão: Gastrotomia: incisão na parede do estômago para retirada de corpo estranho. Enterotomia: incisão no intestino para retirada de corpo estranho. Pericardiotomia: incisão no pericárdio. Ruminotomia: incisão no rúmen para retirada de corpo estranho. Flebotomia: dissecção de veia. Conchectomia – cirurgia de estética. Laparotomia: Abertura da cavidade abdominal. b) STOMIA – abertura: Construção de novas bocas. Cistostomia: abertura da bexiga para drenagem de urina. Colostomia: abertura do colo (parte do intestino) através da parede abdominal. Gastrostomia: abertura e colocação de uma sonda no estômago através da parede abdominal. Colecistostomia: abertura e colocação de dreno na vesícula biliar. c) ECTOMIA – remoção total ou parcial Esplenectomia: retirada do baço Gastrectomia: remoção parcial ou total do estômago – bariátrica Cistectomia: remoção da bexiga Lobectomia: remoção de um lobo ou de um órgão Histerectomia: remoção do útero Salpingectomia: remoção da trompa Ooforectomia: remoção do ovário d) RAFIA – fechamento Celiorrafia: sutura da parede abdominal Gastrorrafia: sutura do estômago Tenorrafia: sutura do tendão Colporrafia: sutura da vagina Herniorrafia: sutura da hérnia e) PEXIA – fixação ou reposicionamento Gastropexia: torção gástrica – fixa com sutura na parede abdominal.

Aula 02 – Técnicas Cirúrgicas Assepsia e Antissepsia

  • Transmissão de microrganismos: Como ocorre no ambiente cirúrgico? Através do meio ambiente, equipe de hospital, instrumentos e paciente.
  • Diferença entre:
  • Desinfecção: Destruição da maioria dos microrganismos patogênicos em objetos inanimados.
  • Antissepsia: Destruição ou inativação da maioria dos microrganismos patogênicos em objetos animados.
  • Assepsia e Antissepsia: Através de instalação, sítio cirúrgico, equipe cirúrgica e equipamentos cirúrgicos.
  • Assepsia: Medida adotada para prevenir a introdução de microrganismos patogênicos.
  • Antissepsia: Destruição ou inativação da maioria dos microrganismos patogênicos em objetos animados.
  • Técnica Asséptica X Técnica Estéril: Assepsia: Ausência de microrganismos que causam a doença. Estéril: Livre de todo e qualquer organismo vivo. PRINCÍPIOS DA TÉCNICA ASSÉPTICA Lavagem regular das mãos, limpeza ou descarte dos equipamentos, contenção de materiais e equipamentos contaminados, armazenamento adequado, protocolo de limpezas regulares e isolamento de pacientes com microrganismos patogênicos conhecidos.

PRINCÍPIOS DA TÉCNICA ESTÉRIL

Redução do tráfego desnecessário, usar somente item estéril dentro do campo estéril, pessoa estéril deve estar vestida e enluvada, campo estéril mantido e monitorado constantemente, todos os artigos introduzidos no campo estéril devem ser abertos, distribuídos e transferidos por meio de métodos que mantinham a esterilidade e integridade e equipe treinada deve se atentar quando a técnica for quebrada e saber resolver a situação. AMBIENTE CIRÚRGICO Preparo do material, preparo da sala operatória, preparo da equipe cirúrgica, antissepsia do paciente, campo operatório e preparo da mesa cirúrgica. PREPARO DO MATERIAL

  • Material livre de contaminação grosseira: manualmente, após a cirurgia, produtos, água e secagem.
  • Esterilização: Autoclave, estufa, produtos químicos (endoscopia) e plasma (endoscopia).
  • Preparo do pacote cirúrgico: Papel, tecido e plástico. Monitoramento da esterilização Tipos: Indicadores físicos, químicos e biológicos. Ambiente cirúrgico
  • Regras: Alimentos e bebidas, tricotomia e aspiração dos pelos, portas entre áreas limpas e contaminadas, divisão do ambiente, não contaminar o material e se há dúvida sobre esterilidade, considera-se contaminado. O vestuário cirúrgico deve ser com aventais cirúrgicos de tecido ou descartáveis, vendo qualidade e valor.

O preparo da equipe deve remover sujidades e gorduras, reduzir a população bacteriana transitória, reduzir a população bacteriana cutânea, tempo, duração de antissepsia e lavagem de todos os locais da mão.

  • Antissepsia de mãos e braços: Com álcool, gluconato de clorexidina e soluções de iodóforo (iodo-povidona).
  • Luvas estéreis em método aberto, fechado, assistido e troca. Preparo do campo operatório Microrganismos normais ou residentes que vivem nas camadas superficiais da pele e folículos pilosos externos de cães. Staphylococcus epidermis, Corynebacterium spp, Pityrosporium spp, S. Aureus, Staphylococcus intermedius, Escherichia coli, Streptococcus spp e Enterobacter spp. Observar o paciente: Banho, tricotomia (tempo e extensão), aspirador, posicionamento e aplicação do campo estéril.
  • Antissepsia da pele do paciente: Método espinha de peixe e Método circular.
  • Preparo da mesa cirúrgica: Diérese, hemostasia, síntese e especiais. Classificação das feridas operatórias
  • Contaminação:
  • Limpa (orquiectomia): Manobra eletiva, não traumática. Não encontrada nenhuma inflamação aguda, sem falha na técnica asséptica, nenhum acesso ao trato gastrointestinal, urogenital e respiratório.
  • Limpa contaminada: Acesso ao trato intestinal, urogenital ou respiratório sem contaminação significante. Pequena falha na técnica asséptica.
  • Contaminada: Ferida traumática recente (menos do que 4 horas após ocorrido), derramamento do trato gastrointestinal ou urogenital e grande falha na técnica asséptica.
  • Suja (infectada): Ferida traumática recente com mais de 4 horas após o ocorrido ou com tecido desvitalizado ou corpos estranhos. Encontrada víscera perfurada, inflamação bacteriana aguda ou com pus. Tecidos “limpos” cortados para acesso à um abcesso.

Diferença de Pinça Crile e Pinça Kelly é que a Crile possui ranhura em toda a parte interna e a pinça Kelly possui só até metade da face interna com ranhuras. Ambos têm o mesmo tamanho.

  • Rochester: ranhuras na vertical em toda a face interna, grandes feixes de tecido (musculatura, intestino).
  • Satinsky: curva, pinça cardiovascular, locais mais profundos como a cavidade torácica. Compressão tecidual sem cortar a parede dos vasos.
  • Pinça Kocher: Pinça robusta, ranhuras em transversais em face interna, com dente de rato na ponta. Apreensão, tração e suspensão de fáscia. Evitar sangue de refluxo! b) Bisturi elétrico: Monopolar ou bipolar – gerador produz a corrente elétrica (CE). A CE chega ao corpo do paciente – eletrodo ativo. A CE encontra a saída – eletrodo neutro. A CE se transforma em calor.
    • Eletrocoagulação: Oclusão dos vasos por meio de solidificação das substâncias protéicas e da retração dos tecidos.
    • Fulguração: coagulação superficial.
    • Corte/dissecção: separação tecidual, aquecimento dos fluidos celulares de 37 à 100ºC.
    • Hemostasia.
    • Prevenindo queimaduras com o bisturi elétrico: Colocação da placa nas costas do animal, remover objetos metálicos do paciente, aplicação de gel sobre a placa e aterramento elétrico local (centro cirúrgico). c) Hemostasia temporária: esponja hemostática (hemospon), compressões, clampeamento vascular, torniquete/garrote, amputação de falanges/vértebras e remoção de neoplasias em falanges.
  • Esponja: Gelatina liofilizada de origem Porcina, manutenção do coágulo e preenchimento de espaços gerados.
  • Síntese: Visa reconstruir, recompor e restituir a integridade das estruturas, órgãos e tecidos que foram explorados. Contiguidade tecidual, reduzir chance de herniações, eventrações, eviscerações, minimizar as infecções pós-operatórias: sem sutura, com sutura e com prótese. Reconstrói, recompõe e restitui as estruturas. Instrumental para rafia. a) Porta agulhas:
  • Mayo: agulhas curvas, médias e grossas; sulco no interior, serrilhado em várias direções. Usado para agarrar e manipular agulhas curvas, para agulhas médias a grossas, surrilhando em várias direções e trava proximal.
  • Olsen: Usado para agarrar e manipular agulhas curvas; função de corte.
  • Mathieu: agulhas curvas; parece um alicate; para tecidos mais resistentes. Usado para agarrar e manipular agulhas curvas. Serrilhado em várias direções, trava com catraca proximal e permite travamento e destravamento apertando progressivamente os cabos. A manipulação

é com empunhadura de alicate e para tecidos mais resistentes.

  • Castroviejo: empunhadura em lápis, fios menores de 4-0, para tecidos delicados. b) Adesivos cirúrgicos:
  • Biológicos: adesivos de colágeno, fibrinogênio + trombina, gelatina de resorcina.
  • Não-biológicos: cianoarcrilatos. c) Próteses:
  • Grampeador.
  • Bioogicos: pericárdio bovino e equino, túnica vaginal, cartilagem auricular.
  • Sintéticos: poliéster (mersilene), poliuretano (gore-tex), polipropileno (marlex), poliglactina 910 (vicryl). d) Auxiliares:
  • Componentes: Afastadores, pinças vasculares, pinças Allis, Pinças de Antissepsia e Pinças intestinais
    • Clamp intestinal (Doyen): Serrilhado longitudinal/oblíquo/diagonal, reduz trauma, cirurgias intestinais e conteúdo luminal.
    • Pinça duval/Pinça Foester: Preensão de tecidos traumáticos e antissepsia.
    • Pinça Allis: Preensão traumática, suspensão tecidual, não indica em pele ou vísceras ocas e suspender fáscia no acesso à cavidade abdominal.
    • Afastador de Farabeuf: auxilia na ampliação do campo operatório, manual, limite da tração. Pele, subcutâneo e músculo. Usado normalmente.
    • Afastador de Volkmann: Auxilia na ampliação do campo operatório, manual, limite da tração e cirurgia ortopédica. Parece um gancho. - Afastador Henley: Auxilia na ampliação do campo operatório, autoestático, limite da tração, extremidades anguladas e pontas agudas. Parece uma tesoura. - Afastador Gosset: Auxilia na ampliação do campo operatório, autoestático, limite da tração, duas hastes paralelas, parede abdominal e sem catraca. - Afastador de Finochietto: Auxilia na ampliação do campo operatório autoestático, limite da tração e cavidade torácica. - Afastador torácico: Auxilia na ampliação do campo operatório, autoestático e limite da tração. - Pinça Backaus: Pinças de campo, fixa mangueiras de sucção, cabos de bisturi elétrico e equipos. Cirurgia reconstrutiva. - Sugador: Drenagem de abcessos, drenar solução fisiológica para lavagem de cavidades e drenagem de sangue. - Pinças vasculares. - Pinças de antissepsia. - Pinças intestinais: reduz trauma em cirurgias intestinais.

Simples interrompida e “X”.

- Contínua: Vantagens e desvantagens: rápida execução; usa menos fio; em deiscência do ponto, deiscência de toda sutura; pode causar maior isquemia e posterior necrose e fácil remoção. a) Suturas contínuas SIMPLES: Rápida execução; regiões de baixa tensão; aposição tecidual; menor segurança e geralmente usada em tecido subcutâneo. b) Suturas contínuas REVERDIN ou FESTONADA: Maior segurança e resistência; promove hemostasia ou até isquemia; mais difícil de remover e aproxima melhor que a simples contínua. c) Suturas contínuas CUSHING: Invaginante; seromuscular; menor inversão que Lembert; excessiva inversão tecidual; pode reduzir a saída do material do lúmen e para órgãos ocos. d) Suturas contínuas COLCHOEIRO HORIZONTAL: Execução mais lenta; aperto excessivo: everte a borda da ferida; usada em áreas com maior tensão; maior segurança e pele (“U” contínuo). e) Suturas contínuas GUARDA GREGA: Aposicional; redução de espaço morto; subcutâneo; reduz tensão na sutura da pele e pele (intradérmica). f) Suturas contínuas LEMBERT CONTÍNUA: Invaginante; seromuscular; excessiva inversão tecidual; pode reduzir a saída do material do lúmen e órgãos ocos. - Interrompida: Vantagens e desvantagens: execução mais lenta; usa mais fios; em deiscência de um ponto, apenas se ele rompe, o resto da sutura mantém; maior força de tensão e mais nós. Se soltar um ponto, ele já sai. a) Suturas interrompidas SIMPLES: fácil execução, porém lenta; justapostas; não promove isquemia; áreas sem muita tensão; versátil e pele.

b) Suturas interrompidas “X” ou CRUZADA ou SULTAN: fácil execução; para áreas de maior tensão (tensão leve a moderada); aperto exagerado: everte a borda da ferida; pele, fáscia e parede corporal. c) Suturas interrompidas “U” HORIZONTAL: Fácil execução; para áreas com maior tensão, porém tensão leve a moderada; Aperto excessivo: everte a borda da ferida; Pele (Wolf) e órgãos parenquimatosos. d) Suturas interrompidas “U” VERTICAL: Aposicional; mais forte que o “U” na horizontal; para áreas com maior tensão, porém tensão leve a moderada; aperto excessivo: everte a borda da ferida; redução de espaço morto e pele (donatti). e) Suturas interrompidas LEMBERT INTERROMPIDA E HALSTEAD: Execução lenta; invaginante; confere maior resistência e para órgãos ocos. f) Suturas interrompidas GAMBEE: Aposicional; usada em anastomoses intestinais; promove um “ancoramento da submucosa” e pode reduzir a saída do material do lúmen intestinal. g) Suturas interrompidas LONGE- LONGE-PERTO-PERTO e LONGE- PERTO-PERTO-LONGE: Aposicional; usada em áreas de maior tensão e tendões e músculos. h) Suturas interrompidas SUTURA CAPTONADA: Aperto excessivo: everte a borda da ferida; áreas com maior tensão; alívio da tensão sobre o fio e capton pode ser realizado com equipo/sonda estéril.

errado desde que seja proposital dentro de algum sistema que você necessitou fazer).

  • Vantagens e desvantagens das INVAGINANTES: Sutura não contaminante (seromuscular – quando faz seromuscular do intestino ou da vesícula biliar, você não invade a luz do órgão – não entra, vê só a serosa e a muscular, bastante utilizada em vesícula urinária); não permite que o conteúdo interno do órgão transpasse a sutura (“vedação”).
  • Procedimento: Saber dar uma boa sutura simples e interrompida, usar o fio certo, tricotomia, limpou adequadamente, fez a sutura de maneira adequada. Manejo adequado.
    • Outras suturas: a) SWIFT: Nó voltado para a luz esofágica. Região próxima de estruturas nobres e evita aderências. b) BAILARINA: Fixação de dreno e sondas. c) PARKER-KERR: Modificação dos padrões de Cushing e Lembert. Para o coto de uma víscera oca (ex: coto uterino e piometra) e leva à excessiva inversão tecidual. d) BOLSA DE TABACO: Invaginante; usada para vedar temporariamente orifícios naturais (ânus ou vulva) e usado em orifícios produzidos cirurgicamente.

Onde e quando utilizar SUTURAS C CONTÍNUAS: Onde e quanto utilizar SUTURAS INTERROMPIDAS:

densidade média, mais difíceis de penetrar; pode cortar a borda tecidual; utiliza-se agulhas ½, 3/8 e ¼.

  • Triangular reverso: Tecidos mais difíceis de penetrar; um pouco mais fácil de manipular do que a triangular regular. Reduz o corte tecidual e utiliza-se agulhas ½, 3/8 e ¼.
  • Espátula: Tecidos delicados e nobres; microscopia e utiliza-se agulhas 3/8 e ¼. Utilizado por especialistas, muito encontrado na oftalmologia. FIOS DE SUTURA – Qual utilizar?
  • Tecidos diferentes = Fios diferentes Na maioria dos tecidos, é possível utilizar o Monofilamentar inabsorvível, conhecido como Nylon, podendo ser usado em vários tecidos menos na bexiga, tecido urinário, etc. Diferente suporte da sutura. Diferente cicatrização – faz toda a cirurgia e pega o Vicryl (multifilamentar absorvível de média duração), sutura, fecha a musculatura e subcutâneo e separa o Nylon e fechou a pele e não utilizou o Vicryl porque o Vicryl é multifilamentado absorvível, ou seja, multifilamentos, que apesar de ser sintético, é como se fosse uma corda e dentro desses filamentos podem ter bactérias e na pele, o animal vai ter contato com bactérias no ambiente e isso pode virar um problema e então, sutura externa, é sempre fio monofilamentado inabsorvível, na maioria das vezes o Nylon porque ele é inerte. No tendão, tem que ser um fio que aguente semanas. Presença de infecção/contaminação.
  • Classificação:
  • Origem: Sintético X Biológico – o único biológico que ainda existe é o Catiguti (sempre corra dele – feito basicamente de vísceras de carneiro, um dos primeiros fios, fio não seguro) e os sintéticos são os que já conhecemos.
  • Absorção: Absorvível X Inabsorvível
  • Por quê? Porque fica dentro do paciente. Nylon na bexiga – o fio nunca vai sair dali e o nylon é predisponente pro cálculo aderir e acumular.
  • Número de filamentos: Monofilamentar X Multifilamentar
  • Monofilamentar é o mais simples e o mais conhecido é o Nylon, com filamento único e o Multifilamentar.
  • Diâmetro: 12-0 ao 7.
  • Características: Capilares, plasticidade, memória, reação tecidual e força tênsil.
  • Capilaridades e aderência bacteriana:

Primeira imagem: Microscopia eletrônica de aderência bacteriana um fio de nylon. Segunda imagem: Microscopia eletrônica de aderência bacteriana num fio categute cromado.

  • Absorção: Absorvíveis e inabsorvíveis. Absorção por hidrólise x Fagocitose Reação química X Organismo; Tempo indeterminado. O fio quando começa a fazer absorção de hidrólise, ele já perdeu a força tensil há muito tempo.
    • Fio de sutura absorvível: Orgânicos – absorvidos por fagocitose: 1 - Categute (catgut): Orgânico e multifilamentar. Fagocitose em 5- 7 dias. Simples (5-7 dias), cromado (15-20 dias), colágeno, fagocitose, alta reação tecidual, alta capilaridade e baixo custo. Alta reação tecidual (capilares – contaminação) e baixa força tensil. Sintéticos – absorvidos por hidrólise: 1 - Ácido poliglicólico: Sintético multifilamentar. Absorvidos por hidrólise, ácido hidroxiacético, 60- 90 dias (Fossum), 40 - 70 dias (Atallah). Perde maior força tensil em 28 dias, pouca reação tecidual, pouca aderência bacteriana. Não indicado no pâncreas e bom manuseio para o nó. 2 - Poliglactina 910 ou Vicryl: Sintético multifilamentar. Ácido glicólico e lático. 30-40 dias (Atallah), 60- 80 dias (Saito). Mais resistente a hidrólise, maior força tensil que PGA. Pouca reação inflamatória. 3 - Polidioxanona: Sintético multifilamentar. Preparado a partir do poliéster, hidrólise. 180 dias. Força de tensão 42% em 7 dias. Baixa memória, induz pequena reação tecidual, boa segurança no nó, pode ser usado em tecidos infectados e alto custo. 4 - Poliglecaprone: Sintético Monofilamentar. Ácido poliglicólico e épsilon-caprolactona. Ocorre hidrólise. 90-120 dias. 50% da força de tensão 7 dias; 80% em 14 dias. Pouca reação tecidual, força tensil regular, reduzida memória e pliabilidade. Cirurgias no geral. Pode utilizar em quase tudo dentro do abdômen. 5 - V-LOC: Sintéticos Monofilamentar. “Fio escamado” – escamas impedem o retorno do fio não precisando dar nó. Escamas impedem retorno do fio. Absorção 90 - 110 dias. Força de tensão: 7 dias
  • 75%; 14 dias – 90%. Distribui melhor a tensão da ferida. Não é necessário atar o nó e cicatrização até 50% mais rápida.
  • Fios de sutura inabsorvíveis: Orgânicos: 1 - Seda : Orgânico multifilamentar. Tempo indeterminado. Fagocitose em 2 anos. Reação tecidual moderada, mas com risco de inflamação grande. Cirurgia cardíaca. Contraindicadas em enxertos. Vasculares. Baixa memória e baixo custo (maior algodão e linho). 2 - Algodão: Orgânico multifilamentar. 30% algodão e 70% poliéster. Tempo indeterminado. Alta capilaridade. Maior segurança do
  • Irá fazer uma mastectomia. Se esse tumor está aberto, está ulcerado e com bactérias, ao mesmo tempo está lidando com pele, então não dá para ser fios absorvíveis. Pode ser utilizado fio não absorvível, nem sempre inerte e que depois irá remover os pontos.
  • Uma bexiga, uma vesícula urinária, qual fio irá utilizar para fechar essa vesícula? Absorvível com monofilamentos, porque os multifilamentos quando transpassa para dentro da bexiga, absorve por hidrólise, a amônia irá colocar para absorver mais rápido e perder a força tensil. Se gosta de Nylon, irá aderir um monte de micro cálculos. A melhor escolha é monofilamentado e absorvível.
  • Como saber qual fio usar? Fio 0, 1? Irá saber através da sutura que irá utilizar, de acordo com o que você vai acessar. Não adianta pegar um fio 6-0 para fechar um abdômen de uma vaca, porque ele é muito pequeno. O calibre do fio irá ser determinado através da sutura que irá fazer e o local.
  • A castração da fêmea é utilizada DOIS tipos de fio: Um absorvível e um não absorvível para a pele.
  • Se for fazer transfixação ou passar em local contaminado, não pode usar fio multifilamentado.