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UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA
GABRIELA FRAGA TEIXEIRA
AVALIAÇÃO DA ACEITABILIDADE E ADESÃO DA ALIMENTAÇÃO ESCOLAR
OFERECIDA POR UMA SEMANA AOS ESCOLARES DE UMA ESCOLA PÚBLICA
MUNICIPAL DE TUBARÃO
Tubarão
2018
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Aceitação e Adesão à Alimentação Escolar em Escola Municipal de Tubarão, Notas de aula de Nutrição
Um trabalho de conclusão de curso (tcc) realizado na universidade do sul de santa catarina, no curso de nutrição, sobre a avaliação da aceitabilidade e adesão à alimentação escolar oferecida aos estudantes de uma escola pública municipal de tubarão. O estudo utilizou métodos de observação e coleta de dados primários, com a participação de 138 alunos. Os resultados mostraram uma média de aceitabilidade de 96,65% e de adesão de 69,16%, indicando alta aceitabilidade e média adesão.
Tipologia: Notas de aula
2022
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UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA
GABRIELA FRAGA TEIXEIRA
AVALIAÇÃO DA ACEITABILIDADE E ADESÃO DA ALIMENTAÇÃO ESCOLAR
OFERECIDA POR UMA SEMANA AOS ESCOLARES DE UMA ESCOLA PÚBLICA
MUNICIPAL DE TUBARÃO
Tubarão 2018
GABRIELA FRAGA TEIXEIRA
AVALIAÇÃO DA ACEITABILIDADE E ADESÃO DA ALIMENTAÇÃO ESCOLAR
OFERECIDA POR UMA SEMANA AOS ESCOLARES DE UMA ESCOLA PÚBLICA
MUNICIPAL DE TUBARÃO
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de graduação em Nutrição, da Universidade do Sul de Santa Catarina, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel.
Orientadora: Profª Maria Helena Marin, Msc.
Tubarão 2018
APRESENTAÇÃO
A presente pesquisa intitulada “ Avaliação da aceitabilidade e adesão da alimentação escolar oferecida por uma semana aos escolares de uma escola pública municipal de Tubarão”, foi previamente submetida e aprovada na disciplina de Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) I, do curso de nutrição. Como forma de atender as normas estabelecidas para a disciplina de TCC II, a mesma está estruturada conforme o periódico estabelecido para submissão (Revista Segurança Alimentar e Nutricional). Em anexo estão apresentadas as orientações repassadas para os autores (ANEXO A) e a carta de recomendação do trabalho para banca e defesa pública (ANEXO B).
SUMÁRIO
- PÁGINA DE TÍTULO..............................................................................................................
- RESUMO...................................................................................................................................
- INTRODUÇÃO.........................................................................................................................
- METODOLOGIA.....................................................................................................................
- RESULTADOS E DISCUSSÃO............................................................................................
- CONCLUSÕES.......................................................................................................................
- REFERÊNCIAS......................................................................................................................
- APÊNDICES............................................................................................................................
- APÊNDICE A – Termo de assentimento livre e esclarecido....................................................
- APÊNDICE B - Termo de consentimento livre e esclarecido..................................................
- APÊNDICE C – Formulário para coleta de dados....................................................................
- ANEXOS..................................................................................................................................
- ANEXO A - Instruções aos autores..........................................................................................
- pública....................................................................................................................................... ANEXO B - Carta de recomendação do trabalho para banca e defesa
- ANEXO C - Parecer substanciado do CEP...............................................................................
RESUMO
Introdução: Alimentação escolar compreende todo alimento servido no ambiente escolar, independentemente de sua origem, durante o período letivo, devendo estar de acordo com a Lei nº 11.470 de 2009 e Resolução nº 26 de 2013. Objetivo: Avaliar a aceitabilidade e adesão ao cardápio da alimentação escolar oferecida aos escolares de uma escola pública municipal de Tubarão. Metodologia: O presente estudo é observacional, descritivo do tipo transversal, utilizando dados primários. Foi realizado em uma escola municipal no município de Tubarão, com 138 alunos. O estudo contou com a avaliação da aceitabilidade pelo método resto ingestão, devendo atingir no mínimo 90% de aceitabilidade segundo a Resolução nº 26. A adesão foi aferida através do número de alunos presentes na escola e o número de alunos que consumiram a alimentação ofertada, devendo atingir no mínimo 70% de adesão. Resultados e conclusões: Os resultados mostraram que a alimentação escolar oferecida obteve uma média de aceitabilidade e adesão de 96,65% e 69,16% respectivamente, concluindo que houve alta aceitabilidade e média adesão da alimentação escolar oferecida, não ocorrendo desperdício De alimentos. Palavras-chave: Alimentação escolar. PNAE. Adesão.
ABSTRACT Introduction: school feeding comprehends every food served in the school environment, apart from its origin, during the school year, and should be in accordance with the law Nº 11.470/2009 and resolution Nº 26/2013. Objective: to evaluate the acceptability and adherence to the school feeding menu offered to students of a public school in the city of Tubarão. Methods: the present study consists in a observational, transversal type of descriptive work, that uses primary data. It was conducted in a public school in the city of Tubarão, counting with 138 students. The study included the evaluation of acceptability by the waste and intake method, wich must reach at least 90% of acceptability, according to resolution Nº 26. Adhesion was measured through the number of students present at the school and the number of students who consumed the offered meal, wich should reach at least 70% of coherence. Results and conclusions : the results showed that the school meals offered obtained an average of acceptability and adherence of 96,65% and 69,16% respectively, concluding that there was high acceptability and medium adherence of the school meals offered, not occurring waste of food. Keywords: School feeding, PNAE, Adherence.
INTRODUÇÃO
A Alimentação escolar é fornecida pelo Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), reconhecido mundialmente como um dos maiores programas na área de alimentação, atualmente é o único com atendimento universalizado, visando suprir parcialmente as necessidades nutricionais dos estudantes bem como a formação de hábitos alimentares saudáveis. 1; A alimentação escolar atualmente é regulamentada pela Lei nº 11.947 de 16 de junho de 2009 e pela Resolução no 26 de 17 de junho de 2013. 3; A Resolução nº 26, entre outras determinações estabelece que os cardápios devem ser elaborados pelo responsável técnico, nutricionista, de acordo com as necessidades nutricionais dos estudantes pré estabelecidas na resolução, ofereça três porções de frutas e hortaliças por semana, veda a compra de bebidas artificiais, restringe a compra de produtos enlatados, embutidos, doces, alimentos compostos e, preparações semiprontas ou prontas. 4 A referida Resolução também determina a aplicação de teste de aceitabilidade aos alunos, sempre que for introduzido um novo alimento ou ocorrer modificação no modo de preparo, utilizando as metodologias Resto Ingestão ou Escala Hedônica Facial obtendo índice de aceitabilidade de no mínimo, 90% e 85% respectivamente. Entretanto, estudos tem demonstrado que a aceitabilidade não tem atingido os índices preconizados. Observou-se baixa aceitabilidade, pois os alunos não gostam da alimentação servida.5;6;7; Além do índice de aceitabilidade, o Centro Colaborador em Alimentação e Nutrição do Escolar (CECANE), da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) recomenda que seja verificado o índice de adesão a alimentação escolar. Este índice é verificado através do número de alunos presentes na escola e o número de alunos que referiram comer a alimentação servida. Será considerada alta adesão quando esta for superior a 70%. 9 Estudos pertinentes a adesão indicam tanto adesão adequada quanto não adequada segundo o preconizado pelo PNAE. 6;8;10^ Por esta razão e a partir do exposto acima objetivou- se avaliar a aceitabilidade e adesão ao cardápio da alimentação escolar oferecida aos escolares de uma escola pública municipal de Tubarão. Os dados encontrados serão entregues a Fundação Municipal de Educação do município de Tubarão para que medidas cabíveis possam ser adotadas, visando melhorar o funcionamento e aprimoramento do PNAE, evitando o uso indevido de dinheiro público com refeições não aceitas pelos estudantes.
RESULTADO E DISCUSSÃO
O estudo contou com 138 crianças de ambos os sexos de uma escola municipal de Tubarão por uma semana nos turnos matutino e vespertino no ano de 2017, com estudantes do pré-escolar ao quinto ano, com idade entre quatro a 11 anos. Os resultados apresentados na tabela n 1, referem-se a aceitabilidade pelo teste de resto-ingestão e a adesão a alimentação escolar ofertado no período avaliado.
Tabela n 1: distribuição das preparações servidas aos alunos por período e dia da semana, segundo aceitabilidade e adesão. Tubarão, 2017
Período/Dia da semana Preparações^ Aceitabilidade^ Adesão
MATUTINO Segunda feira Arroz com frango e farofa 96,61% 65,21%
Terça feira Achocolatado com biscoito maisena 98,03% 71,01%
Quarta feira Arroz, feijão, frango assado, salada de tomate e cebola e maçã
98,60% 51,42%
Quinta feira Pão integral, frango refogado e suco de abacaxi 97,75% 65,2% Sexta feira (^) Arroz, feijão, carne com batata e mamão 97,77% 73,01%
VESPERTINO
Segunda feira Arroz com frango e farofa 96,76% 86,25%
Terça feira Achocolatado com biscoito maisena 97,84% 61,54%
Quarta feira Arroz, feijão, frango assado, salada de tomate e cebola e maçã
92,90% 71,42%
Quinta feira Pão integral, frango refogado e suco de abacaxi 97,00% 62,3%
Sexta feira Arroz, feijão, carne com batata e mamão 93,31% 84,28% Fonte: Elaborado pela autora da pesquisa, 2017.
Ao analisar a tabela 1 observa-se média de aceitabilidade de 96,65%. Segundo a Resolução nº 26 de 2013, o teste de aceitabilidade da alimentação escolar por Resto Ingestão deve obter aceitabilidade mínima de 90%, estando portando acima do preconizado 4 Com relação a adesão verificou-se média de 69,16%, sendo considerado média adesão, vez que a UNIFESP classifica como média adesão valores entre 50 a 70%.^9 Ao analisar a aceitabilidade por período, observa-se no período matutino que arroz, feijão, frango assado, salada de tomate e cebola e maçã de sobremesa, apresentam maior aceitabilidade (98,60%) e menor aceitabilidade para arroz com frango e farofa (96,61%). Neste período todas as refeições obtiveram boa aceitabilidade, com valores superiores ao preconizado pelo PNAE. 4 No período vespertino a maior aceitabilidade foi para o produto achocolatado com biscoito maisena (97,84%), e menor aceitabilidade a preparação arroz, feijão, frango assado, salada de tomate e cebola e maçã de sobremesa (92,90%). Sendo assim, todas as preparações obtiveram resultados superiores ao preconizado pelo PNAE.^4 Ao analisar a adesão por período verifica-se alta adesão no período matutino para preparação arroz, feijão, carne com batata e mamão de sobremesa (73,01%), e média adesão para preparação arroz, feijão, frango assado, salada de tomate e cebola e maçã de sobremesa (51,42%). Sendo assim, todas as preparações obtiveram resultados superiores ao preconizado pelo PNAE.^9 Já no período vespertino a maior adesão foi do produto arroz com frango e farofa (86,25%) e a menor adesão do produto achocolatado com biscoito maisena (61,54%). Revelando alta e média adesão as preparações nesse período. Um detalhe que pode ter sido determinante para a obtenção dos resultados acima do preconizado, é de que a escola aconselha os pais a não enviarem lanches de casa, pois a mesma diz gostar de fazer trabalhos de alimentação saudável com as crianças. Vários autores tem avaliado a alimentação escolar com crianças de escolas públicas com a mesma faixa etária deste estudo, obtendo resultados semelhantes, ou seja, acima do preconizado. 7;11;12;13^ Entretanto, Nascimento et al^6 , Santos e Vieira^10 , realizaram estudos em escolas públicas em que a alimentação não foi aceita pelos alunos, obtendo índice de aceitabilidade menor que 85%. Valores divergentes dos encontrados neste estudo e inferiores ao preconizado pelo PNAE. Gois et al^5 realizaram teste de aceitabilidade pelo método resto-ingestão, com 300 crianças de idade escolar de duas instituições filantrópicas da cidade de Aracaju, Sergipe. Todas as preparações prontas foram pesadas previamente, e ao final da distribuição, os restos
REFERÊNCIAS
1- Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação - FNDE. Portal do FNDE. Programa Alimentação Escolar. [citado em 2017 mar 27]; Disponível em:http://www.fnde.gov.br/programas/alimentacao-escolar/alimentacao-escolar-historico.
2-Sturion GL, Silva MV, Ometto AMH, Furtuoso COM, Pipitone MAP. Fatores condicionantes da adesão dos alunos ao Programa de Alimentação Escolar no Brasil. Revista de Nutrição. 2005;18, 2:167-181.
3-Brasil. Lei nº 11.947, de 16 de junho de 2009. Dispõe sobre o atendimento da alimentação escolar e do Programa Dinheiro Direto na Escola aos alunos da educação básica. [citado em 2017 mar 27 ]; Disponível em: https://www.fnde.gov.br/fndelegis/action/UrlPublicasAction.php?acao=abrirAtoPublico&sgl_ tipo=LEI&num_ato=00011947&seq_ato=000&vlr_ano=2009&sgl_orgao=NI.
4-Brasil. Resolução nº 26 de 17 de junho de 2013. Dispõe sobre o atendimento da alimentação escolar aos alunos da educação básica no âmbito do Programa Nacional de Alimentação Escolar PNAE. [citado em 2017 mar 27]; Disponível em: https://www.fnde.gov.br/fndelegis/action/UrlPublicasAction.php?acao=abrirAtoPublico&sgl_ tipo=RES&num_ato=00000026&seq_ato=000&vlr_ano=2013&sgl_orgao=FNDE/MEC.
5-Gois ICM, Vieira DAS, Reis BZ, Silva DD, Netto RSM. Aceitabilidade de alimentos regionais em grupo de escolares [Monografia]. São Cristóvão: Universidade Federal de Sergipe; 2011.
6-Nascimento MCPS, Oliveira JB, Fontan GCR, Silva MV. Avaliação da adesão e aceitabilidade dos cardápios do Programa de Alimentação Escolar em escolas municipais de Itapetinga – BA: indicadores de desperdício de alimentos. Revista Eletrônica em Gestão, Educação e Tecnologia Ambiental Santa Maria. 2016; 20,1: 73-85.
7-Silva CCCC, Bassani L, Antunes MT. Aceitabilidade da alimentação em uma instituição de ensino de Porto Alegre. Caderno pedagógico. 2015;12,1:148-160.
8-Teo CRPA, Corrêa EM, Gallina LS, Fransozi C. Programa nacional de alimentação escolar: adesão, aceitação e condições de distribuição de alimentação na escola. Nutrire: revista da sociedade brasileira de alimentação e nutrição. 2009; 34,3:165-185.
9- Universidade Federal de São Paulo - CECANE. Manual para aplicação dos testes de aceitabilidade no Programa Nacional de Alimentação Escolar – PNAE. Centro Colaborador em Alimentação e Nutrição Escolar CECANE – UNIFESP. 2010.
10-Santos DP, Vieira ARR. Avaliação da adesão e aceitabilidade da merenda escolar em uma escola estadual de Aragarças – GO. Interdisciplinar: Revista Eletrônica da UNIVAR. 2015; 1,13:87 – 93.
11-Scherer KW, Téo CRPA. Adesão e Aceitabilidade da Alimentação Escolar no Município de São Carlos [Monografia]. São Carlos: Universidade Comunitária da Região de Chapecó;2013. [citado em 2017 abr 20]; Disponível em: http://www.uniedu.sed.sc.gov.br/wp- content/uploads/2013/10/Kathleen-Werlang-Scherer.pdf.
12-Gusman J, Maziero C, Deolindo S, Oliveira V, Storck CR. Aceitabilidade da alimentação escolar por alunos de escolar públicas no município de Santa Maria (RS) [Monografia]. Santa Maria: Centro Universitário Franciscano; 2012.
13-Cruz LD, Santos AJAO, Gomes ABL, Andrade FAM, Marcellini OS. Análise de aceitação da alimentação escolar dos alunos das escolas municipais urbanas de Itabaiana-SE. Scientia plena. 2013; 9,10: 1-6.
APÊNDICE A – Termo de assentimento livre e esclarecido
APÊNDICE B – Termo de consentimento livre e esclarecido
ANEXOS
ANEXO A – Instruções aos autores
Segundo a Plataforma Sucupira, da Capes, a Revista Segurança Alimentar e Nutricional (e-ISSN 2316-297X) apresenta a qualificação “B 5 ” na área de avaliação de nutrição. As referidas informações, que são de domínio público, estão disponíveis para consulta em: https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/veiculoPublicacaoQualis/listaC onsultaGeralPeriodicos.jsf. Acesso em 02/05/2018 as 10:05 horas. Abaixo estão apresentadas as normas para os autores, estabelecidas pela revista.