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Conceitos de Taxa de Variação Média e Derivada como Taxa de Variação Instantânea, Provas de Cálculo

Este documento aborda a definição de taxa de variação média e derivada como taxa de variação instantânea, além de fornecer interpretações geométricas da derivada em um ponto e exemplos de cálculo de taxas médias e instantâneas em diferentes situações. Também é apresentada a noção de reta tangente a uma curva em um ponto.

Tipologia: Provas

2022

Compartilhado em 07/11/2022

Salamaleque
Salamaleque 🇧🇷

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CÁLCULO I
Prof. Marcos Diniz | Prof. André Almeida |Prof. Edilson Neri Júnior | Prof. Emerson Veiga | Prof. Tiago Coelho
Aula n
o
10: Taxa de Variação. Derivadas. Reta Tangente.
Objetivos da Aula
Denir taxa de variação média e a derivada como a taxa de variação instantânea;
Conhecer a interpretação geométrica da derivada em um ponto.
1 Taxa de Variação
Suponha que
y
seja uma quantidade que depende de outra quantidade
x
. Assim,
y
é uma função de
x
e escrevemos
y=f(x)
. Se
x
variar de
x1
a
x2
, então a variação em
x
(também chamada de incremento)
será
x=x2x1
e a variação correspondente em
y
será
y=f(x2)f(x1).
De posse destas informações, denimos:
Denição 1
(Taxa média de variação de
y
em relação a
x
)
.
O quociente das diferenças
y
x=f(x2)f(x1)
x2x1
é denominado taxa média de variação de
y
em relação a
x
no intervalo
[x1, x2]
Vejamos alguns exemplos:
Exemplo 1.
Consideremos a reação
A+BC
onde
A
e
B
são os reagentes e
C
é o produto. A concentração de um reagente
A
é o número de mols por
litro e é denotada por
[A]
. A concentração varia durante a reação, desse modo,
[A]
,
[B]
e
[C]
são funções
do tempo
t
. A taxa média da reação do produto em um intervalo de tempo
t1tt2
é dada por
∆[C]
t=[C](t2)[C](t1)
t2t1
Uma observação importante é que na reação acima, a taxa de reação do produto é positiva e dos reagentes
é negativa (Por quê?).
Exemplo 2.
A temperatura Fahrenheit
F
é dada em termos da temperatura Celsius
C
pela rmula
F= 1,8C+ 32.
Determine a taxa média de variação de
F
em relação a
C
quando a temperatura passa de 20
C a 30
C.
1
pf3
pf4
pf5
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pf9
pfa

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CÁLCULO I

Prof. Marcos Diniz | Prof. André Almeida |Prof. Edilson Neri Júnior | Prof. Emerson Veiga | Prof. Tiago Coelho

Aula no^ 10: Taxa de Variação. Derivadas. Reta Tangente.

Objetivos da Aula

  • Denir taxa de variação média e a derivada como a taxa de variação instantânea;
  • Conhecer a interpretação geométrica da derivada em um ponto.

1 Taxa de Variação

Suponha que y seja uma quantidade que depende de outra quantidade x. Assim, y é uma função de x e escrevemos y = f (x). Se x variar de x 1 a x 2 , então a variação em x (também chamada de incremento) será ∆x = x 2 − x 1

e a variação correspondente em y será

∆y = f (x 2 ) − f (x 1 ).

De posse destas informações, denimos:

Denição 1 (Taxa média de variação de y em relação a x). O quociente das diferenças

∆y ∆x =^

f (x 2 ) − f (x 1 ) x 2 − x 1

é denominado taxa média de variação de y em relação a x no intervalo [x 1 , x 2 ]

Vejamos alguns exemplos:

Exemplo 1. Consideremos a reação A + B → C

onde A e B são os reagentes e C é o produto. A concentração de um reagente A é o número de mols por litro e é denotada por [A]. A concentração varia durante a reação, desse modo, [A], [B] e [C] são funções do tempo t. A taxa média da reação do produto em um intervalo de tempo t 1 ≤ t ≤ t 2 é dada por

∆[C] ∆t

= C^ −^ C t 2 − t 1

Uma observação importante é que na reação acima, a taxa de reação do produto é positiva e dos reagentes é negativa (Por quê?).

Exemplo 2. A temperatura Fahrenheit F é dada em termos da temperatura Celsius C pela fórmula

F = 1, 8 C + 32.

Determine a taxa média de variação de F em relação a C quando a temperatura passa de 20◦^ C a 30◦^ C.

Solução: Considerando o intervalo dado: [20, 30], temos:

∆F ∆C =^

F (30) − F (20)

10 = 1,^8 F/

◦C.

Isto signica que no intervalo considerado, cada aumento de 1◦^ C corresponde a um aumento de 1,8 F, ou seja, a temperatura em Farenheit aumenta 1,8 vezes mais rapidamente que em Celsius. 

Exemplo 3. Considere um círculo de área A e raio r. Determine a taxa de variação média da área desse círculo em relação ao seu raio quando r varia de 2 a 2 , 1.

Solução: Sabemos que A(r) = πr^2

Logo, ∆A ∆r

= A(2,^ 1)^ −^ A(2)

=^4 ,^41 π^ −^4 π 0 , 1

=^0 ,^41 π 0 , 1

= 4, 1 π.



Exemplo 4. Se uma barra ou pedaço de o forem homogêneos, sua densidade linear será uniforme e estará denida como a massa por unidade de comprimento.

ρ = mL

onde ρ é a densidade linear, m é a massa e L é o comprimento. Suponha que a barra não seja homogênea, mas que sua massa, medida a partir da extremidade esquerda até um ponto x seja m = f (x). A massa da parte da barra que está situada entre x 1 e x 2 é dada por

∆m = f (x 2 ) − f (x 1 )

Logo, a densidade média daquela parte da barra é

∆m ∆x

= f^ (x^2 )^ −^ f^ (x^1 ) x 2 − x 1

Considere agora que f (x) = 3

x e que x 1 = 1 e x 2 = 1, 1. Então, a densidade média da parte da barra entre x 1 e x 2 é dada por

∆m ∆x =^

f (1, 1) − f (1) 1 , 1 − 1 =

0 , 1 ≈^

0 , 1 ≈^

0 , 1 ≈^0 ,^32 kg/m 

2 Taxa Instantânea de Variação

Se uma quantidade y é função de uma quantidade x, isto é, y = f (x), já vimos que a taxa média de variação de y por unidade de variação em x, no intervalo [x 1 , x 1 + ∆x], é dada por:

∆y ∆x

= f^ (x^1 + ∆x)^ −^ f^ (x^1 ) ∆x

O "limite" deste quociente, quando ∆x → 0 , isto é,

∆^ limx→ 0 f^ (x^1 + ∆x)^ −^ f^ (x^1 ) ∆x

é o que denimos como a taxa (instantânea) de variação de y em relação a x em x = x 1.

Velocidade e Aceleração

Suponha que uma partícula se move ao longo de uma reta horizontal com sua posição no instante t dada pela função posição x(t). Quando o tempo sofre uma variação de t a t + ∆t, a partícula se move da posição x(t) a x(t + ∆t). O deslocamento da partícula, neste intervalo de tempo, é então dado por:

∆x = x(t + ∆t) − x(t).

Calculamos a velocidade média v da partícula, dividindo o deslocamento pelo tempo gasto neste deslo- camento. Assim,

v =

x(t + ∆t) − x(t) ∆t E denimos a velocidade instantânea v da partícula no instante t, como o limite da velocidade média, quando ∆t → 0 , isto é,

v(t) = (^) ∆limt→ 0 x(t^ + ∆∆t)t^ −^ x(t)= dxdt. (2)

De modo análogo, denimos a aceleração a da partícula como a taxa de variação instantânea de sua velocidade:

a(t) = (^) ∆limt→ 0

v(t + ∆t) − v(t) ∆t =^

dv dt.^ (3) Além desses exemplos, podemos abordar outros que conrmam e enfatizam a importância de estudarmos as taxas de variações instantâneas, entre eles podemos citar ainda:

  • Corrente elétrica
  • Compressibilidade
  • Taxa de crescimento Instantâneo
  • O custo marginal
  • Taxa do uxo de calor
  • Gradiente de temperatura
  • Potência
  • Gradiente de velocidade do sangue
  • Taxa de divulgação de um boato
  • Taxa de desenvolvimento de desempenho

Mesmo com nomes diferentes, todos eles são a derivada. Segue a denição de derivada da função f num ponto x = p.

Denição 2. Seja y = f (x) uma função real e p ∈ Df. Dizemos que a função f é derivável em x = p se existir a taxa de variação instantânea de f em x = p e caso ocorra, escrevemos

f ′(p) = df dx

(p) = (^) ∆limx→ 0 ∆f ∆x

= (^) ∆limx→ 0 f^ (p^ + ∆x)^ −^ f^ (p) ∆x

Exemplo 7. O custo em real da fabricação de x brinquedos é dado pela função:

C(x) = 110 + 4x + 0, 02 x^2

Encontre a taxa com a qual o custo está variando quando x = 40.

Solução: A taxa pedida é a derivada da função custo C em x = 40.

C′(40) = lim ∆x→ 0

∆C

∆x = (^) ∆limx→ 0 C(40 + ∆x)^ −^ C(40) ∆x = (^) ∆limx→ 0 110 + 4(40 + ∆x) + 0,^ 02(40 + ∆x)

∆x = (^) ∆limx→ 0 

110 + (^) 160 + 4∆ x + (^) 32 + 1 , 6∆x + 0, 02(∆x)^2 − (^)  110  − (^)  160  − (^)  32  ∆x = (^) ∆limx→ 0

4∆x + 1, 6∆x + 0, 02(∆x)^2 ∆x = (^) ∆limx→ 0 

∆x(4 + 1, 6 + 0, 02∆x) ∆x = (^) ∆limx→ 0 (4 + 1, 6 + 0, 02∆x) = 5 , 6



3 Derivada e Reta Tangente

Começaremos essa seção falando do problema da tangente. A ideia de tangente é conhecido desde os gregos antigos, porém de uma forma um tanto que imprecisa. Nessa seção, procuramos resolver o seguinte problema: Dada uma curva y = f (x) como determinar a reta tangente à curva em um ponto P dado?. Então, considere uma função y = f (x). Sabemos que, dado um ponto (x 0 , f (x 0 )) pertencente à reta, a equação da mesma é dada da forma:

y − f (x 0 ) = m(x − x 0 )

Logo, nosso problema se resume em: Determinar o coeciente angular da reta tangente ao gráco da função f (x) no ponto (x 0 , f (x 0 )). Desse modo, considere um número x 0 ∈ Df e o ponto (x 0 , f (x 0 )) sobre o gráco da função, representado pela letra P. Seja x ∈ Df e considere o ponto Q como sendo o ponto (x, f (x)).

Figura 1: Gráco de uma Função f

Assim, podemos traçar uma reta que liga os dois pontos e notamos que essa reta é secante ao gráco da função f.

Dessa forma, a reta tangente ao gráco de f no ponto (x 0 , f (x 0 )) é dada pela equação: y − f (x 0 ) = mP (x − x 0 ) (5)

O limite em (4) já foi visto na seção anterior e recebe o nome de derivada. Dessa forma, podemos interpretar geometricamente a derivada de f no ponto x = x 0 , como sendo o coeciente angular da reta tangente ao gráco de y = f (x) no ponto de abscissa x = x 0.

Observação 2. A derivada está presente na seção anterior como a taxa de variação instantânea e nesta seção como o coeciente angular da reta tangente. Há alguma conexão entre as duas interpretações?

Exemplo 8. Seja f (x) = x^3 .Calcule:

a) f ′(2);

b) df dx

x=− 5

Solução:

a)

f ′(2) = (^) xlim→ 2 f^ (x x)^ −−^ f 2 (2)= lim x→ 2 x

x − 2 = lim x→ 2

(x^ −^ 2)(x^2 + 2x^ + 4) x^ −^2

= lim x→ 2 x^2 + 2x + 4 = 22 + 2.2 + 4 = 12

Então, f ′(2) = 12. b) df dx

x=− 5

= (^) hlim→ 0

f (−5 + h) − f (−5) h = lim h→ 0

(−5 + h)^3 − (−5)^3 h

= (^) hlim→ 0

h^3 − 15 h^2 + 75h − (^) 125 + (^)  125  h = (^) hlim→ 0

h^3 − 15 h^2 + 75h h = lim h→ 0

h(h^2 −^15 h^ + 75) h = (^) hlim→ 0 h^2 − 15 h + 75 = 0^2 − 15 .0 + 75 = 75

Então, df dx

x=− 5

Exemplo 9. Determine a derivada das funções dadas nos pontos indicados em cada item.

a) f (x) = √x e x 0 = 3;

b) g(x) =^1 x

e x 0 = − 1.

Solução:

a) df dx

x=

= (^) xlim→ 3

f (x) − f (3) x − 3 = lim x→ 3

x −

x − 3 = lim x→ 3

x −

x +

(x − 3)(

x +

= (^) xlim→ 3  x − 3 (x^ −^ 3)(

x +

= lim x→ 3 √^1 x +

b)

f ′(−1) = (^) hlim→ 0 f^ (h^ −^ 1) h^ − f^ (−1)= lim h→ 0

h − 1

h = lim h→ 0

h − 1

h

= (^) hlim→ 0

h h − 1 h

= lim h→ 0 h h(h^ −^ 1)

= lim h→ 0 1 h − 1 = − 1



Observação 3. Para que não que nenhum resto de dúvida, se faz necessário justicar a ideia de "a reta tangente tocar em um ponto". Isso se dá por que lembramos apenas das retas tangentes a uma circunferência, mas a reta tangente não deve ser entendida como uma reta que toca em apenas um ponto do gráco da função f. Para isso, considere a função f (x) = x^3 − 2 x + 3, cujo gráco é:

Figura 5: Gráco da função f (x) = x^3 − 2 x + 3

A reta tangente ao gráco da função f no ponto (1, f (1)) é y = x + 1

Gracamente,

Figura 6: Gráco da reta tangente à função f (x) = x^3 − 2 x + 3 no ponto (1, f (1))

Mas, note que o ponto (− 2 , −1) pertence a reta, de fato, pois y(−2) = −2 + 1 = − 1

Figura 8: Exemplo 2

Resumo

Faça um resumo dos principais resultados vistos nesta aula, destacando as denições dadas.

Aprofundando o conteúdo

Leia mais sobre o conteúdo desta aula na seção 2.7 do livro texto.

Sugestão de exercícios

Resolva os exercícios da seção 2.7 do livro texto.