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O que é a sustentabilidade organizacional? Como surgiu esta ideia? Qual a sua importância?
Tipologia: Notas de estudo
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Não perca as partes importantes!
Monografia apresentada à Faculdade de Tecnologia de Taquaritinga, como parte dos requisitos para a obtenção do título de Tecnólogo em Produção Industrial.
Orientador: Prof. Ms. André Luiz Oliveira
Agradeço a meus pais que me ensinaram a levantar após cada tombo, sempre me acompanharam e me deram todo seu amor. Agradeço a minha família – avós, tios, tias, primos e primas – que estiveram ao meu lado e me confortaram em todos os momentos que precisei. Agradeço aos meus amigos, pois são a família que escolhi diante da convivência e as inúmeras provas de amizade que vivencie com eles, em momentos felizes e tristes. Agradeço aos professores que tive pela paciência, pelos ensinamentos e pela amizade e compreensão que todos proporcionaram. Agradeço a todos que me impulsionaram a não desistir diante das dificuldades enfrentadas, pois eles foram meus pilares para sustentar meus passos a cada amanhecer.
Agradeço a Deus infinitamente, pois nele tenho a minha fé e sei que dele vem o meu apoio e a clareza de meus olhos para enxergar as pessoas ao meu redor que eu amo e que me amam.
“A força de um homem não está na coragem de atacar, mas na capacidade de resistir aos ataques”. Morihei Ueshida – Criador do Aikido
MURATA, N. Y. Organizational Sustainability. Undergraduate Work Monograph. State Center for Technological Education "Paula Souza." Faculty of Technology Taquaritinga. 78 p. 2013.
This research addresses the importance of the environment in everyday business and what are the advantages of organizational sustainability, as well as the difficulties encountered to adhere to this concept and introduce in its corporative culture the specifications of Green Seal, which implies market competitiveness. With the analysis of several bibliographies of events due to climate change and strong relevance that organizations show about environmental issues, we tried to show how these issues are present in the business world. The results showed the dissemination of the sustainability culture in companies and in their relationships with suppliers, employees and customers. Left at the end, evidenced that adherence to sustainability is an important tool for organizations to remain competitive and embedded in local and global markets, characterizing and thus ensuring a healthier life for future generations and providing the contact with the nature´s diversity that still remains.
Keywords: Environment. Organizational Sustainability. Green Seal. Competitiveness.
Esta monografia possui como objetivo apresentar os fatores que fizeram o termo Sustentabilidade Organizacional surgir e os motivos que levam as empresas que querem se manter no mercado de trabalho competitivo a aderirem a essa nova cultura, assim como as dificuldades que as mesmas enfrentam para que se obtenha sucesso e reconhecimento. A abordagem baseou-se em pesquisas realizadas em jornais, revistas, livros e internet, utilizando esses meios para se obter a informação necessária para uma análise da questão de sustentabilidade organizacional. O capítulo 1 apresenta uma introdução sobre o tema sustentabilidade organizacional, os motivos e justificativas oriundas ao tema. O capítulo 2 descreve conceitos sobre meio ambiente, sua importância para a vida do ser humano, como a sociedade atual chegou a entender a necessidade de se proteger o ambiente, assim como os direitos ecológicos como estão estruturados no Brasil, a crescente preocupação com o aquecimento global e como o homem tem agido de forma prejudicial a si. O capítulo 3 aborda as questões oriundas às organizações e a sustentabilidade no Brasil e no mundo, desde como surgiu a relação das empresas com o termo e a visão sustentável até como ela é tratada nos dias atuais, assim como o modo como as organizações lidam com a poluição gerada em seu processo produtivo, que implica em negociações entre empresas e países sobre os créditos de carbono. O capítulo 4 trata de descrever sobre a rotulagem ambiental, sua definição e os principais rótulos nacional e internacional, tal como um pequeno descritivo de cada programa ambiental citado. No capítulo 5 são apresentadas as ideias embasadas no conteúdo do trabalho e as considerações finais sobre a sustentabilidade organizacional e suas implicações em meio à sociedade e ao planeta. Ao longo da história do planeta, o ser humano vem em constante mudança de seus hábitos, e da forma como usa o conhecimento obtido, assim como as novas descobertas levam às inovações tecnológicas. Com uma visão aguçada do meio em que vive, o homem começa a utilizar seus recursos para suas necessidades físicas, mentais e sociais. No entanto, as retiradas, que garantiam melhor qualidade de vida, se tornaram exacerbadas.
Na hipótese mais pessimista, estaríamos contribuindo ativamente para mais uma grande extinção, ao final da qual uma nova era, com uma nova biodiversidade,
mercado e concorrentes, poderes públicos, imprensa, comunidade e o próprio meio ambiente. (GASPAR, 2007, p.1).
Com o surgimento de pessoas apontando os déficits que uma má aplicação e utilização dos recursos naturais causam para todo o ecossistema, a sociedade está se tornando amplamente exigente em relação à preservação da biodiversidade do planeta. Os países que querem manter sua economia terão que se adaptar aos novos paradigmas impostos pelas organizações ambientais, para que estejam em nível de concorrência com os demais.
2.1 Importância do meio ambiente para a sadia qualidade de vida
Por todo o corpo ocorrem diversos processos que são extremamente dependentes de fatores externos, como a umidade do ar, e internos, como o bom funcionamento dos órgãos. Portanto, a vida é dependente de um ambiente estável para que se tenha uma boa saúde. Entende-se por saúde as questões físicas, sociais e psicológicas de uma pessoa. Todo o ambiente, no qual se encontra, influencia esses pontos, causando a sensação de tranquilidade ou mesmo distúrbios através do desequilíbrio do que seria considerado ideal. O mundo depara-se diante de problemas que afetam a vida e no dia a dia sente-se a instabilidade do meio ambiente prejudicando o bem estar. É cada vez mais agravante a situação em que o ser humano está e é difícil uma sadia qualidade de vida com a natureza sendo deteriorada incessantemente pela falta de consciência do quão importante é para a sobrevivência. Têm-se os recursos naturais dos quais se precisa nesse ambiente natural, que a partir dele possibilita-se a existência dos outros. As disponibilidades existentes abrem caminho para se inovar os meios de vida. Diante da abundância o homem abusa em suas retiradas sem notar que é limitado, aí entra a questão de conservação e preservação. Segundo Neto, Campos e Shigunov (2009, p. 13) conservação é “[...] a exploração econômica dos recursos naturais de maneira racional e de modo a não destruir o meio ambiente”, distinto de preservação que é o ato de não explorar os recursos disponibilizados por aquele ambiente. Algumas espécies do bioma estão ameaçadas de extinção e outras já foram extintas devido à inconsciência e mesmo à falta de ética ambiental de empresários e organizações que em princípio tinham sua produção voltada diretamente para os lucros resultantes do fluxo do caixa.
De acordo com Franco (2012) a água é a substância mais importante do planeta, pois sem ela não há vida, porque nós dependemos e consistimos dela, entretanto, com sua baixa porcentagem na Terra – 0,002% -, o homem ainda assim a polui. Segundo Medina (2012) é urgente saber lidar com a relação entre capitalismo e a degradação ambiental que dele provém, encontrando rapidamente solução de equilíbrio entre as necessidades do ser humano e do que o ambiente pode nos oferecer. Depara-se, em alguns lugares, com secas prolongadas, que acarretam do saneamento até a escassez total de água levando à improdutividade das lavouras e à morte das criações. Segundo Madeiro (2012) na região do nordeste, a estiagem que se agrava desde setembro de 2011 é a maior das últimas três décadas. Por outro lado, constata-se que em outros lugares a chuva excessiva causa enchentes.. De acordo com a Folha de São Paulo (2012) a enchente do rio Negro, em Manaus, é decorrente das fortes chuvas do centro-norte do Amazonas, das chuvas estarem acima da média na região metropolitana de Manaus e nas nascentes do rio ao norte do estado e que as mudanças climáticas os fenômenos ficaram mais frequentes. Segundo Padovani (2012) nas últimas cinco décadas perderam-se 80% dos recifes de corais por causa da extração (para fabricação de cal) e da poluição doméstica e industrial. De acordo com Turollo (2012) na primeira quinzena de agosto de 2012 cerca de 13% das áreas de preservação do Brasil foram tomadas pelas queimadas. Escassez, enchentes, extrações excessivas, queimadas, desmatamento, caça entre outras ações do homem trazem malefício para sua própria saúde, no entanto, ainda são poucos que se preocupam com os efeitos negativos feitos à natureza por ganância e inconsciência. A Ilustração 1 apresenta uma cena em San Angelo (EUA) onde um policial do Texas caminha sobre o leito de um lago seco devido às ondas de calor em agosto de 2011.
Ilustração 1: Policial do Texas caminha sobre leito de lago seco. Fonte: Folha de São Paulo baseado no New York Times (2011).
Em pesquisa feita pela Organização Mundial de Saúde (OMS) no ano de 2011, estimou-se que mais de dois milhões de pessoas podem morrer anualmente, por problemas respiratórios causados pela poluição do ar, sendo que só no Brasil considerou-se 68 pontos de medição acima do limite aceitável nos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraná e São Paulo. De acordo com Prado Filho (2012) os casos de desativação de antigas indústrias e a falta de fiscalização, constituem áreas potencialmente contaminadas, e que involuntariamente, a população do entorno está vulnerável e sem conhecimento da sua situação de risco, causada pelos impactos ambientais. Esses impactos são a contaminação do solo através do lançamento de resíduos no ambiente, poluição do ar, das águas superficiais e subterrâneas, podendo afetar a saúde pública e o meio ambiente. Para Miller e Spoolman (2012, p. 6) as pessoas são “totalmente dependentes do meio ambiente para a obtenção de ar e água limpos, comida, abrigo, energia” e todas as outras coisas das quais precisam para permanecerem vivos e saudáveis.
O bem ambiental é, portanto, um bem que tem como característica constitucional mais relevante ser essencial à sadia qualidade de vida, sendo ontologicamente de uso comum do povo, podendo ser desfrutado por toda e qualquer pessoa dentro dos limites constitucionais (FIORILLO 2004, p. 51 apud NETO, CAMPOS e SHIGUNOV, 2009, p. 128).
Por conseguinte, conclui-se que os seres vivos são dependentes do meio ambiente saudável para que possam viver de forma sadia, tendo a adequação ao uso de recursos
2.2 Classificação do Meio Ambiente
Quando se pensa em definir meio ambiente, conforme Neto, Campos e Shigunov, (2009, p.12) e analisa que o termo meio vem do latim mediu , que significa onde se vive e o termo ambiente, também do latim, ambiente o que envolve os seres vivos por todos os lados. Sendo assim, meio ambiente pode ser definido como o lugar onde os seres vivos habitam. Para Miller e Spoolman (2012) o meio ambiente é considerado tudo o que não faz parte do ser humano e interage como uma teia nesse mundo. Pode-se classificar o meio ambiente em natural, cultura, artificial e do trabalho. Segundo Barbieri (2004, p. 02 apud NETO; CAMPOS; SHIGUNOV, 2009, p.11) faz a definição de meio ambiente como natural (físico e biológico) e artificial (alterado, destruído e construído pelos humanos), que possibilitam a condição e a existência de vida. O autor também define o conceito de recursoF natural, como sendo todo o físico e biológico que seja de interesse do homem. A Ilustração 3 apresenta o meio ambiente natural.
Fonte: MILLER e SPOOLMAN, 2012.
O meio ambiente natural ou físico é aquele que, criado originariamente pela natureza, não sofre qualquer interferência da ação humana que tenha como resultado a modificação de sua substância. É importante ressaltar que a interferência do homem em um componente do meio natural não é suficiente para que o mesmo não mais pertença a esta classe. Para que isto ocorra, necessário faz-se que a substância
Ilustração 3 : Meio Ambiente Natural - Sibéria (EUA)
do meio ambiente natural, com a interferência da ação humana, seja alterada. Sem essa alteração na substancialidade, não há que se afirmar que o meio ambiente natural descaracterizou-se (BRITO, 2012, p.5).
De acordo com Neto, Campos e Shigunov (2009, p. 129) “o meio ambiente natural ou físico é constituído pelo solo, pela água, pelo ar, pela flora e pela fauna.”. Sendo assim, mesmo as plantações são consideradas ambientes naturais, porque sua genética não mudou. As pessoas precisam entender que esse meio ambiente natural tem que ser preservado, utilizado de forma sustentável, porque se for destruído não haverá como sobreviver. Fiorillo e Rodrigues (1995, p. 118) definem que “por meio ambiente artificial, entende-se aquele constituído pelo espaço urbano construído, consubstanciado no conjunto de edificações (espaço urbano fechado) e dos equipamentos públicos (espaço urbano aberto)”. Nessa classificação enquadram-se as casas, as empresas que fornecem produtos e/ou serviços, os locais públicos – como praças e vias – , todo o comércio atacadista e varejista estão inclusos nesse meio ambiente artificial, suas construções são modificações feitas pelo homem. A Ilustração 4 apresenta uma vista panorâmica da cidade de São Paulo, que é um ambiente artificial.
Ilustração 4 - Meio ambiente artificial - São Paulo Fonte: FRANCO, 2013.
Com relação ao meio ambiente cultural é importante salientar que o mesmo poder- se-á apresentar em duas formas distintas: em sua forma concreta ou em sua forma abstrata. [...] Diz-se que o meio ambiente cultural é concreto quando ele apresenta- se transfigurado em um objeto classificado como meio ambiente artificial. Desse modo, os prédios, as construções, os monumentos, as estações, entre outros objetos.