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Tipologia: Teses (TCC)
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Sustentabilidade e Responsabilidade Social Volume 3
Apresentação
José Henrique Porto Silveira
SUMÁRIO
Capítulo 1 SUSTENTABILIDADE ORGANIZACIONAL: DESAFIO DOS GESTORES FRENTE ÀS QUESTÕES AMBIENTAIS Ana Carolina Pilatti de Paula Maria Salete Waltrick Sandra Mara Pedroso
Sustentabilidade e Responsabilidade Social - Volume 3
Este trabalho trata a Responsabilidade Social Corporativa ou Sustentabilidade Empresarial como a incorporação de aspectos sociais e ambientais na definição da estratégia, na operação do negócio e nas interações com stakeholders. Desenvolvimento sustentável, embora seja um tema bastante discutido em variadas instâncias ainda há propósitos que não participam de um consenso entre as organizações havendo a necessidade de viabilizar tentativas sensibilizadoras à gestão. O que se pretende neste artigo é evidenciar a importância do tema sustentabilidade no dia a dia dos gestores das organizações, e a obrigatoriedade do tema nas estratégias das empresas que pretendam se manter no mercado. Por esse contexto, estabeleceu-se o presente com a seguinte problemática: os gestores das organizações estão engajados na sustentabilidade das organizações que gerenciam? Para tanto realizou-se uma pesquisa básica, qualitativa, exploratória e bibliográfica. Foram selecionadas considerações a respeito da evolução das organizações, a evolução histórica do tema sustentabilidade e desenvolvimento sustentável, conceitos e definições.
2. A EVOLUÇÃO DAS ORGANIZAÇÕES A humanidade vivenciou inicialmente a sociedade agrícola, baseada na subsistência pela agricultura e criação de animais, com processos produtivos artesanais nem nehuma preocupação com o meio ambiente. Com a revolução industrial por volta de 1850, surge a era industrial, com a descoberta da máquina a vapor e da energia elétrica, que transformaria os processos produtivos, entretanto, a sociedade não via nenhuma agressão ao meio ambiente, e não imaginava a finitude dos recursos naturais. Na era clássica, que perdurou até 1950, as empresas começaram a se estruturar e surgiram as primeiras teorias com Taylor e Fayol, para tentar explicar a evolução das organizações. Foram estabelecidos princípios e regras para melhorar os processos produtivos, porém, a humanidade ainda não havia despertado para os problemas ambientais. Entre de 1950 e 1990, surge com Peter Drucker a era neoclássica que postulava a preocupação com resultados e não mais com os processos (SILVA, 2008). Com a era neoclássica, ocorre uma transição do modelo de gestão mecanicista para um modelo mais orgânico. Todavia, a discussão sobre sustentabilidade iniciou somente na década de 1970, com maior efetividade. Com o início da era do conhecimento, em 1990, a internet democratiza as informações (CARVALHO, 2012). Com isso o mundo começou a descobrir a escassez de recursos naturais e os impactos que o modelo econômico causou no planeta. A atuação do homem na busca de sobrevivência vem historicamente afetando o meio ambiente. Por outro lado, o conflito entre objetivos individuais e coletivos sempre permeou a humanidade, e no universo corporativo não é diferente. As organizações passaram a sofrer pressão da sociedade e dos governos para que prestassem atenção aos impactos causados ao meio ambiente, e os executivos tiveram que inserir as questões ambientais em suas pautas de trabalho. A partir disso, mudanças ocorreram e ações foram desenvolvidas, entretanto, os gestores ainda seguem com muitos desafios para o enfrentamento de questões de sustentabilidade, ao mesmo tempo que, são considerados protagonistas das transformações necessárias para uma revolução ambiental. Essa abordagem aponta os princípios da evolução das organizações, as mudanças ocorridas e o surgimento do tema sustentabilidade na pauta diária das empresas. Esse ensaio tem o objetivo de versar sobre o tema sustentabilidade organizacional, origem e conceitos da sustentabilidade e os desafios dos gestores frente aos novos tempos.
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prol da sustentabilidade ainda se mostra lento, haja vista que os interesses econômicos globais, ainda prevalecem sobre os sociais e ambientais. Segundo Willard (2014), fazer negócios inteligentes é incorporar sustentabilidade nas estratégias e operações. A ideia de que ser uma empresa sustentável prejudica os negócios, está aos poucos sendo desconsiderada. Nesse contexto, as empresas buscam soluções para melhorar sua imagem na mídia, criando formas e ferramentas para agredir o menos possível a natureza, e os executivos são os protagonistas dessas ações. A questão ambiental é ampla e profunda para ser tratada apenas como instrumento de obtenção de lucros e melhoria de imagem da empresa. Por outro lado, as certificações, criadas para que as empresas ajustem seus processos produtivos e práticas administrativas, buscando reduzir ou eliminar impactos ao planeta, ISO 9000 e ISO 14000, são iniciativas importantes, que obrigam as organizações a seguirem normas, para alcançar tais certificações ambientais. 3.2. CONCEITO DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E SUSTENTABILIDADE Apesar de a literatura apresentar diversos conceitos em torno do tema sustentabilidade e desenvolvimento sustentável, o conceito mais utilizado, conhecido e proposto pela Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, no documento Nosso Futuro Comum ou, como é conhecido, Relatório Brundtland, é o processo que “satisfaz as necessidades presentes, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de suprir suas próprias necessidades”. O relatório aponta para a incompatibilidade entre desenvolvimento sustentável, processos produtivos e consumo. Esse modelo não sugere a estagnação do crescimento econômico, mas sim a conciliação com as questões ambientais e sociais. Outro documento, a Agenda 21 reúne premissas e recomendações sobre como as nações devem agir em favor de modelos sustentáveis, o relatório tece críticas ao atual modelo de desenvolvimento econômico, despertando a necessidade de vários países iniciarem seus programas de sustentabilidade. (BRASIL, 2009). Por outro lado, a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, mais popularmente conhecida como a Rio-92, apresentou cinco textos com diretrizes para as organizações, a saber: “Declaração de princípios da Conferência”, “Declaração sobre florestas”, “Convenção-quadro sobre alterações climáticas”, “Convenção sobre biodiversidade” e “Agenda-21”. (MILANI, 1998). A organização da Nações Unidas (ONU), incorporou a política ao debate sobre a relação ambiente e economia, principalmente, nas conferências Rio 92, Protocolo de Quioto e Rio + 10, inserindo de forma definitiva a agenda ambiental e a busca de soluções das questões ambientais na pauta diária dos gestores. Segundo o Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getúlio Vargas (FGV - CES, 2008, p.1) o uso do termo sustentabilidade está vinculado a necessidades sociais. Esta necessidade deriva da percepção de que sociedade não mais aceita que externalidades negativas sejam lançadas sobre ela impunemente. Este cenário mais complexo aponta para a inevitabilidade da integração de princípios de sustentabilidade na espinha dorsal das estratégias de negócio das companhias. (FGVCES, 2008, p.1) O conceito de desenvolvimento sustentável trata de um novo olhar sobre a maneira da sociedade se relacionar com o ambiente, garantindo a continuidade da vida no planeta indefinidamente. O desenvolvimento da sociedade sempre esteve atrelado aos riscos ambientais, em decorrência principalmente dos resíduos gerados pelo consumo das pessoas e pelos processos produtivos das empresas. Muitos autores divergem sobre o conceito de sustentabilidade e desenvolvimento sustentável, encontram-se na literatura até mesmo opiniões extremas de que não existe desenvolvimento com sustentabilidade, que um conceito exclui o outro. Diante de polêmicas e discussões, a unanimidade é que a sustentabilidade é pauta diária e obrigatória das
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organizações na atualidade. O progresso econômico não deve afetar o planeta de forma que inviabilize a vida das próximas gerações. Buscar o equilíbrio entre o que é socialmente desejável, economicamente viável e ecologicamente correto, é o desafio dos gestores das organizações, entretanto, esse equilíbrio parece depender da parceria entre comunidade, empresas e governos. Uma atividade organizacional orientada pelo desenvolvimento sustentável é capaz de produzir lucros, ser socialmente justa e ambientalmente correta. (VIZEU, MENEGHETTI, SEIFERT 2012). Segundo Altenfelder (2004), o desenvolvimento sustentável deve gerar melhoria nos indicadores sociais, além da preservação ambiental. Promover o bem estar social pode agregar valor para as empresas, ter o suficiente para todos, em todos os lugares e para sempre, é uma das definições de desenvolvimento sustentável. A inserção de valores associados à preservação do meio ambiente e do desenvolvimento sustentável pode desenvolver nas empresas uma cultura organizacional voltada para a busca de uma sociedade mais consciente de suas reponsabilidades perante as questões ambientais. O conceito atual de desenvolvimento sustentável originado da Cúpula Mundial de 2002, envolve a definição mais concreta do objetivo de desenvolvimento atual, que prega a melhoria da qualidade de vida das pessoas, ao mesmo tempo que coloca o limite que o desenvolvimento econômico vigente, pode comportar- se como prejudicial as gerações futuras. O desenvolvimento sustentável procura a melhoria da qualidade de vida de todos sem aumentar o uso de recursos naturais além da capacidade da Terra. Nesse novo cenário, a imposição de padrões ambientais, obriga as empresas a adotarem práticas que reduzam ao máximo os danos causados no processo produtivo. No novo contexto, há um clamor de consumidores e da mídia, para que as empresas sejam socialmente responsáveis, todavia, pesquisa do Instituto Acatu de 2013, relata que somente 8% da população do Brasil acredita nas informações das ações de responsabilidade social das empresas, divulgadas em seus balanços sociais. As exigências do mercado, a pressão da sociedade, juntamente com a regulamentação ambiental são aspectos motivadores, para que as empresas empenhem seus esforços incluindo questões ambientais em seus modelos de gestão. 3.3. RESPONSABILIDADE SOCIAL E O DESAFIO DOS GESTORES A empresa que pretende atuar com responsabilidade social, ser sustentável econômica, social e ecologicamente, precisa contar com executivos e profissionais que incorporem processos produtivos inovadores com decisões estratégicas voltadas para a sustentabilidade. As empresas representam o motor do desenvolvimento econômico, são agentes transformadores que exercem influência sobre a sociedade, e poderiam ser exemplo de desenvolvimento sustentável. Para tanto, é necessário que tenham em sua missão, visão e valores, em seu DNA, uma forma de gestão que incorpore as questões ambientais. Neste sentido, podem criar projetos, envolvendo seus funcionários, dependentes e comunidade. Organizações socialmente responsáveis devem gerar valor para quem está próximo, enquanto conquistam resultados melhores para si próprias. A responsabilidade social deixou de ser uma opção para as empresas, e passou a ser uma estratégia de sobrevivência. Vassallo (2000), menciona que não existe uma fórmula geral de responsabilidade social quando se trata de negócios. Propõe alguns passos básicos que podem ajudar muito na implantação de uma estratégia de boa cidadania corporativa. De acordo com os documentos faz-se necessário que, desenvolva uma missão, uma visão e um conjunto de valores a serem seguidos, para que a responsabilidade social seja uma parte integrante de cada processo
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prática para que as empresas divulguem suas ações em busca da sustentabilidade, contribuindo para melhorar a imagem organizacional perante a sociedade. Porém, apesar das mudanças no sistema econômico e empresarial, ainda prevalecem concepções pouco efetivas das organizações que consideram unicamente e seu micro ambiente (SANTOS et al., 2000) A gestão que inclui sustentabilidade, depende de pessoas que quebrem paradigmas, e estejam dispostas a assumir riscos. Por outro lado, a cultura da sustentabilidade não pode ser uma imposição, os gestores precisam acreditar que são agentes de transformação, que possuem poder para promover mudanças. Complementando. A sociedade clama por lideranças que tenham a capacidade do olhar acima e além da sua experiência setorial, dos seus interesses pessoais, dos seus interesses corporativos ou organizacionais e que consigam ser catalisadores de uma corrente que tenha a ousadia da inovação e de criar o novo, porque sem o novo não haverá sobrevivência possível no planeta (YOUNG, 2008.p.15) A visão econômica contemporânea ainda está em construção. O foco no equilíbrio e responsabilidade social promove uma inversão de prioridades nas organizações, muda a forma de gestão e leva em consideração os impactos e danos causados ao longo do tempo pelas ações dos processos produtivos das empresas. A adoção de um pensamento sistêmico permite que a empresa seja socialmente responsável, visto que as questões ambientais permeiam a empresa de modo abrangente. Ser uma empresa socialmente responsável, é optar por políticas de responsabilidade social em seu planejamento estratégico, é buscar processos produtivos mais limpos, é cuidar do descarte de resíduos através da logística reversa, é ter programas educacionais de conscientização da população para o consumo consciente, é tratar os funcionários sem preconceitos de gênero, cor, religião, enfim, são muitas as iniciativas para que a empresa possa ser considerada socialmente responsável. A legislação já possui algumas obrigações que as empresas necessitam cumprir. Uma delas é a Politica Nacional de Resíduos Sólidos, lei que entrou em vigor em 2014, a qual define as diretrizes relativas a gestão e ao gerenciamento de resíduos, já que o lixo atualmente é um dos maiores problemas da humanidade. Segundo Drucker (2012), “se os gestores de nossas maiores instituições, especialmente das empresas, não assumirem responsabilidade pelo bem comum, ninguém mais poderá fazê-lo nem o fará”. O papel do gestor, frente aos desafios ambientais é fundamental no enfrentamento das alternativas para continuar crescendo e obtendo lucros, conduzindo as empresas para que sejam socialmente responsáveis. É necessário que o gestor dos novos tempos tente encontrar um equilíbrio entre a busca de lucros e à busca do bem comum. 3.4. ECOEFICIÊNCIA O aumento das necessidades da sociedade gerou um crescimento nas atividades econômicas e produtivas. As empresas são elos essenciais no equilíbrio do meio ambiente na busca de soluções das questões ambientais. Muitas organizações já estão mudando as estratégias de controle para as de prevenção de gerenciamento ambiental. Dentro desse novo contexto de gestão, aspectos ambientais ganharam uma proporção significativa para que as empresas possam cumprir um dos seus propósitos de existência, a perenidade. Uma forma atual e pragmática de efetivar a sustentabilidade empresarial é através da ecoeficiência. Na década de 1990 o termo ecoeficiência começou a ser inserido quando indústrias de 20 setores se organizaram e criaram a Agenda 21 no setor privado. Deste momento em diante este se tornou uma filosofia de gerenciamento em busca da sustentabilidade. Segundo o World Business Council for Sustainable
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Development, associação mundial com cerca de 200 empresas que tratam exclusivamente de negócios e desenvolvimento sustentável, ecoeficiência é a entrega de bens e serviços com preços competitivos que satisfazem as necessidades humanas e trazem qualidade de vida, progressivamente reduzindo impactos ambientais dos bens e serviços através de todo o ciclo de vida para um nível, no mínimo, em linha com a capacidade estimada da terra em suportar. (WBCSD, 2007) Tal conceito define uma visão de uso mais eficiente de materiais e energia, que reduz os impactos ambientais, combinadas com desempenho econômico e ambiental, ou seja, produzir mais com menos. No mesmo relatório, fazem-se presentes os elementos básicos das práticas das empresas que operam de acordo com o conceito de ecoeficiência. São eles:
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[7] GURGEL, C. Administração elementos essenciais para a gestão das organizações. Sào Paulo. Atlas, 2014. [8] HENDERSON Hazel. Disponível em: https:// hazelhenderson.com. Acesso em: 23 maio 2015. [9] LIVRO VERDE. Disponível em:http://eurlex.europa.eu/ LexUriServ/site/pt/com/2001. Acesso em : 13 de maio 2015. MAXIMINIANO.A.C.A. Introdução Administração. São Paulo: Atlas, 2004. [10] MILANI, Carlos. O meio ambiente e a regulação da ordem mundial. Contexto internacional, v. 20, n. 2, p. 303- 347, jul./dez. 1998. [11] SANTOS, et al. O valor das pequenas coisas: a difícil aprendizagem na prática da gestão ambiental por acadêmicos do curso de administração. Disponível em: http://www.anpad.org.br/admi/pdf/enampad2000-act-362. pdf.Acesso em: 16 de maio 2015. [12] SILVA, Reinaldo. Teoria da Administração. São Paulo: Pearson, 2008. [13] VASSALLO, C. Um novo modelo de negócios. Guia de boa cidadania corporativa. Revista Exame. São Paul, n. 728, p.08-11, 2000. [14] VIZEU, Fabio; MENEGHETTI, Francis Kanashiro; SEIFERT, Rene Eugenio. Por uma crítica ao conceito de desenvolvimento sustentável. Cad. EBAPE.BR, Rio de Janeiro , v. 10, n. 3, p. 569-583, Sept. 2012.Disponível em : <http:// www.scielo.br/scielo. php?script=sci_arttext&pid=S1679- 39512012000300007&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 2 jun.
[15] WCED. World Comission on Environment and Development. Our Commom Future. Oxford and New York: Oxford University Press, 1987. [16] WILLARD, Bob. Como fazer a empresa lucrar com sustentabilidade. São Paulo: Saraiva, 2014. [17] WORLD BUSINESS COUNCIL FOR SUSTAINABLE DEVELOPMENT (WBCSD). Disponível em http://www.wbcsd. org. Acesso em: 4 out. 2007. [18] YOUNG Ricardo. Novas lideranças para uma nova civilização. Revista Global da América latina.Disponível em : http//issuu.com/lalgarra/docs/revista_gfal_curitiba.Acesso em: 12 de maio de 2015.
Capítulo 2 GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE E VIABILIDADE DA RECICLAGEM DE RADIOGRAFIAS Bruno Aparecido Oliveira Sônia Denize Clivati Justus Jovani Taveira de Souza Rafael Clivati Justus
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emergente que se torne epidemiologicamente importante ou cujo mecanismo de transmissão seja desconhecido. Bolsas transfusionais contendo sangue ou hemocomponentes rejeitadas por contaminação ou por má conservação, ou com prazo de validade vencido, e aquelas oriundas de coleta incompleta. Sobras de amostras de laboratório contendo sangue ou líquidos corpóreos, recipientes e materiais resultantes do processo de assistência à saúde, contendo sangue ou líquidos corpóreos na forma livre.
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Os resíduos do serviço de saúde merecem atenção especial em todas as suas fases de manejo, essas fases são: segregação, condicionamento, armazenamento, coleta, transporte, tratamento e disposição final (ANVISA, 2006, p, 30). São considerados três aspectos principais no manuseio do RSS, que segundo Tramontini; Reinehr; Pandolfo; Martins; Araldi (2008, p.2) são: “a organização do sistema de manuseio dos resíduos sólidos, os aspectos técnico-operacionais relacionados aos resíduos sólidos e os recursos humanos devidamente capacitados para o funcionamento do sistema”. Outro aspecto importante no manejo do RSS é a segregação do material infectante dos demais tipo de materiais. Outra preocupação é com os materiais químicos perigosos (GÜNTHER, 2008, 106). Dentre os componentes biológicos destacam-se os que contêm agentes patogênicos que possam causar doença e dentre os componentes radioativos utilizados em procedimentos de diagnóstico e terapia, os que contêm materiais emissores de radiação ionizante (ANVISA, 2006, p, 30). Independente do tipo de estabelecimento da saúde, para o correto desenvolvimento do tratamento adequado dos resíduos, deve ser subdividido em serviços especializados de acordo com o tipo de resíduo gerado, pois setores diferentes, gerarão resíduos diferentes. Outro aspecto que se deve levar em conta é que todos os envolvidos com o estabelecimento de saúde em questão, desde funcionários a visitantes, inclusive os pacientes, possuem relação com a geração de resíduos, logo, também estão expostos aos riscos que tais resíduos possam acarretar (TRAMONTINI; REINEHR; PANDOLFO; MARTINS; ARALDI, 2008, p. 2). Além dos cuidados tomados para proteção dos trabalhadores da saúde, para se evitar o contato de pacientes com os RSS, deve ser levado em conta o descarte feito de maneira correta, pois o RSS além de acarretar perigos ao meio ambiente, poderá também prejudicar, de maneira mais direta, as comunidades que vivem junto aos lixões e daqueles que dependem da coleta desses resíduos para geração de renda, sendo que estão expostos a uma série de riscos, inclusive os materiais perfuro cortantes, que, se contaminados, podem provocar infecções pelo vírus da hepatite B ou pelo HIV (MELO, 2007, p. 11). Uma dos parâmetros para se mensurar a quantidade de RSS gerada é a relação kg/leito/dia. Essa taxa é variável devido a complexidade e frequência dos serviços, da tecnologia e eficácia dos serviços executados. Ainda há a possibilidade de diminuir essa quantidade, mas até um determinado nível, isso por conta da natureza de sua geração (TRAMONTINI; REINEHR; PANDOLFO; MARTINS; ARALDI, 2008, p. 3). Segundo dados da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, as tecnologias de micro-ondas e autoclave para desinfecção dos RSS são adotadas somente por 0,8% dos municípios (MELO, 2007, p. 2). Segundo dados mais atualizados, de 2009, da Associação Brasileira das Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), a destinação final dos RSS no país, são os seguintes: 35,1% são incinerados, 5,8%, autoclave;5 11,5%, vala séptica; 26%, aterros; 13,2, lixões; e 5,8%, micro-ondas (JACOBI; BENSEN, 2011). Dessa forma, conclui-se que ou houve melhora dos indicadores ou diferença na coleta e tratamento de dados. No que se diz respeito a instituição geradora de RSS, esta deve elaborar um Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde – PGRSS, onde serão levado em conta as características dos resíduos, estabelecendo os procedimentos de manuseio dos resíduos (MELO, 2007, p. 18). Segundo Jacobi; Benser (2011), a elaboração do PGRSS deve ser elaborado “compatível com as normas federais, estaduais e municipais, e ainda deve estar de acordo com os procedimentos institucionais de biossegurança, relativos a coleta, transporte e disposição final”. Para implantação do PGRSS os setores de higienização e limpeza deverão estar envolvidos, juntamente com a Comissão de Controle de Infecção Hospitalar - CCIH ou Comissões de Biosegurança e os