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suspiros poéticos e saudades, Manuais, Projetos, Pesquisas de Poesia

Nestas novas fontes bebe hoje suas mais brilhantes inspirações não só a poesia, como as artes e a filosofia, irmã da teologia. Entretanto que este movimento ...

Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas

2022

Compartilhado em 07/11/2022

Florentino88
Florentino88 🇧🇷

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Translusofonias Revista de Estudos Comparativistas Lusófonos da UTFPR
Dossiê Especial Volume I Número 1 Pato Branco - 2014!
SUSPIROS POÉTICOS E SAUDADES
Por D. J. G. de Magalhães
Paris, 1856 – Um vol. In-8°.
Francisco de Salles Torres Homem
Desde os princípios do século atual uma grande reação
começou a abalar os antigos fundamentos do reino misterioso das
Musas1. O vago das lembranças do berço da civilização moderna, os
sublimes2 pensamentos do Cristianismo, a simplicidade das cenas da
natureza, que tão tocantes relações oferecem com as misérias do
nosso coração, pareceram uma fonte de emoções mais delicadas e
verdadeiras que os engenhosos sonhos da antiguidade. Faltava à
lira3antiga essa corda grave e chorosa, pela qual se exprime a
religião e o infortúnio; faltava-lhe a consonância com os sentimentos
poéticos da existência e com a eterna melancolia4do pensamento
moderno. Essa poesia remanescente5 da poeira de um mundo que
acabou transportava-nos fora da esfera 6 dos nossos hábitos,
princípios e costumes, e nem o segredo podia adivinhar nossos
sentimentos. Preciso era que de indústria nos transformássemos em
gregos e romanos, despindo-nos de tudo o que constitui a
individualidade do homem de hoje, porque nos enternecêssemos7
pelo panteísmo8 fenomenal da Grécia e Roma e pelos sentimentos
estrangeiros destas ilustres mortas. Mas, ainda assim, o peso das
nossas crenças precipitava todas as sombras evocadas 9 do
politeísmo10; elas dissipavam-se ao primeiro movimento dos nossos
sentimentos reais, como ao primeiro albor11 da aurora fogem os
fantasmas que as trevas simulam. Como tudo o que é grande, belo e
verdadeiro, foi pleno o sucesso da reação contra a imitação da poesia
antiga. O Cristianismo, banindo do universo as elegantes divindades
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SUSPIROS POÉTICOS E SAUDADES

Por D. J. G. de Magalhães Paris, 1856 – Um vol. In-8°. Francisco de Salles Torres Homem Desde os princípios do século atual uma grande reação começou a abalar os antigos fundamentos do reino misterioso das Musas^1. O vago das lembranças do berço da civilização moderna, os sublimes^2 pensamentos do Cristianismo, a simplicidade das cenas da natureza, que tão tocantes relações oferecem com as misérias do nosso coração, pareceram uma fonte de emoções mais delicadas e verdadeiras que os engenhosos sonhos da antiguidade. Faltava à lira 3 antiga essa corda grave e chorosa, pela qual se exprime a religião e o infortúnio; faltava-lhe a consonância com os sentimentos poéticos da existência e com a eterna melancolia 4 do pensamento moderno. Essa poesia remanescente 5 da poeira de um mundo que acabou transportava-nos fora da esfera 6 dos nossos hábitos, princípios e costumes, e nem o segredo podia adivinhar nossos sentimentos. Preciso era que de indústria nos transformássemos em gregos e romanos, despindo-nos de tudo o que constitui a individualidade do homem de hoje, porque nos enternecêssemos 7 pelo panteísmo^8 fenomenal da Grécia e Roma e pelos sentimentos estrangeiros destas ilustres mortas. Mas, ainda assim, o peso das nossas crenças precipitava todas as sombras evocadas 9 do politeísmo^10 ; elas dissipavam-se ao primeiro movimento dos nossos sentimentos reais, como ao primeiro albor 11 da aurora fogem os fantasmas que as trevas simulam. Como tudo o que é grande, belo e verdadeiro, foi pleno o sucesso da reação contra a imitação da poesia antiga. O Cristianismo, banindo do universo as elegantes divindades

de que o povoara a mitologia 12 , restabeleceu a majestade, a grandeza e a gravidade da criação, e nova carreira abriu à poesia, que até então não podia encarar a natureza, senão através das ficções consagradas por Hesíodo^13 e por Homero^14. Nestas novas fontes bebe hoje suas mais brilhantes inspirações não só a poesia, como as artes e a filosofia, irmã da teologia. Entretanto que este movimento remoçava com uma vida toda nova e mais florente 15 que a primeira a literatura europeia, os poetas da nossa língua iam muito satisfeitos batendo a estrada cediça 16 e dizendo-se inspirados pelas Musas pálidas e decrépitas 17 do Parnaso 18

. Mas eis que um jovem poeta da nova escola, nascido debaixo do céu pomposo do Rio de Janeiro, ardente de futuro e de glória, com a cabeça repleta de harmonias e o coração pesado de nobres emoções, acaba de relevar a pobreza da nossa literatura com um volume admirável de poesias. Profundo sentimento dos segredos do gosto, o qual é o bom senso do gênio, sentimento bem raro nas produções da mocidade levada sempre para o grandioso extravagante; riqueza, variedade e excelente concepção de imagens, que imprimem um efeito mágico à doce melancolia do poeta; perfume e unção religiosa espalhadas sobre as cenas da natureza; elevação dos pensamentos filosóficos inspirados pela escola idealista alemã e pelas doutrinas do Cristianismo; pureza e pompa 19 de versificação; tais são em resumo os méritos dos Suspiros Poéticos e Saudades do Sr. Magalhães. O espaço falta-nos e só uma amostra incompleta podemos dar, extraindo alguns fragmentos, que, por separados do todo, perdem um tanto de sua beleza. Quando se arrouba o pensamento humano. E todo no infinito se concentra, De milhões do prodígios povoado; Quando sobre o fastígio d' alto monte, Como um colibri sobre altivo aderno Na vastidão sidérea a vista espraia; E vê o sol, que no Oriente assoma, Como num lago em própria luz nadando,

que os mais descorados objetos se tingem de brilhantes cores, em que uma superabundância^20 da vida parece transbordar do nosso seio, e vivificar^21 tudo que nos cerca, a onda rápida da vida vai passando, e de quimera 22 em quimera lança-nos fora do nada da existência, quando cuidávamos colher a flor prometida pela esperança. O “Canto do Cisne” diz essa fragilidade da vida com uma simplicidade profundamente tocante e com aquela harmoniosa tristeza de meditação, que corresponde ao que há de mais vago 23 , de mais indefinido e ao mesmo tempo de mais íntimo em nossa alma. O Cisne, que desliza à flor do lago, Formando perlas co’o bater das asas, Mudo a garganta alonga, E só da morte a voz nela ressoa Como uma flauta, que do tronco pende, Por amoroso voto, Pelo vento agitada, Embalança, e suave melodia Exala de seu tubo: Assim a voz do cisne se desata, Pela morte inspirado, Assim s'ela harmoniza, Para doce entoar o hino extremo. Mas acaso sabe o Cisne, Terno canto desferindo, Que em cada acento que solta A vida lhe vai fugindo? Companheiro do Cisne, o tenro arbusto, Que uma só vez floresce, E quando assim se adorna, murcha, e morre, Como no dia nupcial a esposa, Sabe ele por ventura qu’essas flores São as galas da morte? A lâmpada, que expira, e um clarão solta, Acaso sabe se lhe mingua o óleo? O rio, que no prado se resvala, Acaso dizer pode: Amanhã terá fim minha corrente? E o Zéfiro, que brinca saltitando Sobre as frescas corolas, sabe acaso, Se ainda existirá no sol seguinte? Nós acaso conhecemos Melhor que eles nossa sorte? Podemos dizer: este hino É nosso hino de morte?

Entre tantas outras magníficas harmonias de que os limites circunscritos desta notícia não nos permitem dar uma ideia, aparece o cântico de Waterloo 24 , composição notável pela novidade das imagens, o vigor do colorido e a energia da expressão. Por meio dela o Sr. Magalhães deu-nos a mostra de que podia tirar das cordas da sua lira os sons os mais diversos e todos iguais na grandeza dos efeitos. Para entoar o cântico desse drama terrível, que se chama a batalha de Waterloo, de onde a mais gigantesca realidade que há passado sobre a terra foi exalar-se como um sonho na extremidade solitária dos três continentes, o engenhoso vate 25 sufoca por momento os acentos favoritos do seu coração. Aqui não soa mais essa voz docemente gemebunda 26 da Musa, que sofre com o espetáculo da vida; seu entusiasmo parece acender-se no fogo do raio, e o tumulto das armas lhe retine nos versos, Rubro estava o horizonte, e a terra rubra! Dois astros ao acaso caminhavam; Tocado ao seu zênite haviam ambos, Ambos iguais no brilho, ambos na queda Tão grandes, como em horas de triunfo! Aqui morreram de Marengo os bravos! Entretanto esse Herói de mil batalhas, Que o destino dos Reis nas mãos continha, Esse Herói, que com a ponta de seu gládio No Mapa das Nações traçava as raias, Entre seus Marechais ordens ditava. O hálito inflamado de seu peito Sufocava as falanges inimigas, E a coragem nas suas acendia. Sim, aqui estava o Gênio das vitórias, Medindo o campo com seus olhos de águia O infernal retimtim do embate d’armas, Os trovões dos canhões, que ribombavam, O sibilo das balas, que gemiam, O horror, a confusão, gritos, suspiros, Eram como uma orquestra a seus ouvidos! Nada o turbava! Abóbadas de balas, Pelo inimigo aos centos disparadas, A seus pés se curvavam respeitosas;

clarão que a lua espalha sobre um dédalo de flores. Ele é próprio a aplacar a necessidade de emoções grosseiras, que a nossa época agita. O sopro do infortúnio^39 , da religião e da filosofia animou esses cantos, onde domina um doloroso entusiasmo por tudo quanto é grande, bom e justo. Parece que a Providência^40 faz sofrer todos os poetas de gênio, a fim de que instruam os outros homens com a sublime melodia dos seus gemidos: as criaturas medíocres sofrem menos, porque seus queixumes 41 não têm harmonia e são um desacordo de mais entre os sons confusos do mundo moral. Esta produção de um novo gênero é destinada a abrir uma era à poesia brasileira. Permita Deus que ela não fique solitária no meio da nossa literatura, como uma suntuosa palmeira no meio dos desertos. Apesar de tudo cremos que o tempo futuro não conseguirá riscar da memória dos admiradores das musas o nome do autor dos Suspiros Poéticos. Dissemos apesar de tudo , porque nós outros brasileiros não podemos sofrer reputações; nosso orgulho é em extremo suscetível; ele desconfia dos menores sucessos; um nome pronunciado três vezes nos importuna e irrita. O Brasil não está hoje para as letras e as ciências. Entre nós quantos talentos passam incógnitos^42 na vida, como esses rios sem nome de suas solidões! A nossa mocidade tão bela e esperançosa, por falta de direção, de carreira e de espírito público esgarra-se em falsos caminhos ou debate-se inutilmente no meio de uma sociedade obscura. Os homens que dirigem os destinos do Brasil, sem compreender as condições de sua missão, parecem ter dado as mãos a todas as influências do mal para agravar o estado da triste época em que vivemos. Cada dia que corre, receamos seriamente ler nas gazetas, que, por mandado da sábia e liberal Administração o fogo fora lançado aos estabelecimentos consagrados aos progressos da inteligência e da civilização. Ao menos haveria nisto o mérito de um sistema de trevas logicamente combinado e aquela beleza da desordem perfeita, que os antigos estamparam no semblante das

fúrias. Onde estão esses ilustres regeneradores, que um belo dia declararam à face do país que o homem nascera filósofo e que o estudo da ciência das ciências era pura quimera? Por detrás dos homens atuais não estão escondidos outros homens; o que hoje fere as vistas no Brasil não é uma exceção e porém sim o estado geral das ideias proveniente do ceticismo moral, da indiferença para o bem e o mal, da nulidade dos caracteres estranhos a todos os nobres sentimentos e votados a um duro egoísmo e ao fim da extinção dos sentimentos religiosos, que são o contrapeso das humanas loucuras. Há alguns anos, bem difíceis eram as circunstâncias do Brasil e da sua mocidade, mas do próprio excesso dos males a esperança renascia; o presente era então sem alegrias, mas contava-se sobre um melhor futuro. O estado atual pesa sem esperanças como uma massa de ferro sobre todos os bons espíritos, tanto eles são pouco uníssonos^43 com as coisas, que se vão arrastando a nossos olhos. Desgraçada Mocidade! Desgraçado Brasil.

Conteúdo: SUMÁRIO

  • Rapport lu a la 2ª classe de L´institut Historique, por Eugène de Monglave (p. 5 - 8)
  • Filosofia da religião, por D. J. Gonçalves de Magalhães (p. 9 - 38)
  • Física industrial: das caldeiras empregadas na fabricação de açúcar, por por C. M. D’Azeredo Coutinho (p. 39 - 87)
  • Química: da destilação, por A. de S. Lima de Itaparica (p. 88 - 130)
  • Educação industrial, por Silvestre Pinheiro-Ferreira (p. 131 - 137)
  • Novo sistema de se fabricar açúcar, por C. A. Taunay (p. 138
  • Comércio do Brasil, por F. S. Torres Homem (p. 149 - 160)
  • Contornos de Nápoles, por M. de Araújo Porto-Alegre (p. 161 - 213)
  • Estudos sobre a literatura, por J. M. Pereira da Silva (p. 214 - 243)
  • Bibliografia (p. 244 - 268) (^1) Cada uma das nove deusas, que presidiam às artes liberais. Divindade, que se supunha inspirar a poesia, tudo que pode inspirar um poeta, a poesia, inspiração poética. (^2) De característica moral ou intelectual admirável, Que demonstra inatingível beleza e perfeição estética, Aquilo que se apresenta de modo grandioso, através das atitudes ou sentimentos. (^3) É o conjunto de obras que constitui o acervo de cada poeta, antologia, inspiração poética. (^4) Tristeza vaga e indefinida, Estado de tristeza intensa, traduzida pelo sentimento de dor moral e caracterizada pela inibição das funções motoras e psicomotoras. (^5) Quer dizer os que ficaram, sobraram, restaram. (^6) Esfera de atividade, domínio no qual se exerce a ação de alguém ou de alguma coisa. (^7) Comover, sensibilizar. (^8) Crença de que Deus e todo o universo são uma única e mesma coisa e que Deus não existe como um espírito separado. Deus é todo o universo, a mente humana, as estações e todas as coisas e ideias que existem. (^9) Invocar, trazer à lembrança, chamar, recordar, chamar de algum lugar. (^10) Religião que admite a adoração de vários deuses. (^11) Aurora, antemanhã, alvorada, arrebol. (^12) História fabulosa dos deuses, semideuses e heróis da Antiguidade, ciência dos mitos. (^13) Foi um poeta oral grego da Antiguidade, geralmente tido como tendo estado em atividade entre 750 e 650 a.C.

(^35) Referência ao poema Suspiros Poéticos e Saudades , obra que relata o sentimento de nacionalidade e amor à pátria, também como o sentimento de antilusitanismo do autor. (^36) Poeta britânico do romantismo, famoso por suas obras Peregrinação de Child Harold e Don Juan. (^37) Originalmente construído em 1170 como um convento agostiniano, tornou-se o lar ancestral do poeta Lord Byron. (^38) Bairro londrino, situado a 12,2 milhas a noroeste de Charing Cross. Na colina de Harrow encontra-se a igreja de Santa Maria. (^39) Infelicidade, desgraça, falta de sorte, algo desagradável. (^40) Refere-se à Divina Providência, termo teológico que se refere ao poder supremo, a influência divina sobre o que acontecerá no futuro, e que nada acontece sem ser da vontade de Deus. (^41) Queixa, lamúria, reclamação, lástima. (^42) Desconhecidos, sem serem reconhecidos. (^43) Som reproduzido ao mesmo tom, por várias pessoas.

REFERÊNCIAS:

ACTON INSTITUTE, Para o estudo da religião e liberdade. Disponível em: <http://pt.acton.org/historical/james-fenimore-cooper- 1789 - 1851> Acesso em: 24 nov 2013 ALVES, Susana M. José e Asent: Uma Criação Peculiar da Literatura Antiga. Universidade de Lisboa, 2007. Disponível em:< http://repositorio.ul.pt/bitstream/10451/522/1/18017_ULFL059254_TM.pdf > Acessado em: 23 de nov. 2013 BRASIL ESCOLA, Biografias. Disponível em:http://www.brasilescola.com/biografia/Acesso em: 23 nov 2013 DICIONÁRIO CRIATIVO, Anacoretas Disponível em: http://dicionariocriativo.com.br/busca/anacoreta Acesso em: 23 nov 2013 DICIONÁRIO ENCICLOPÉDICO ILUSTRADO LAROUSSE.-São Paulo: Larousse do Brasil, 2007. DICIONÁRIO ONLINE DE PORTUGUÊS. Dicio. Disponível em:< http://www.dicio.com.br/> Acesso em: 22 out 2013 E- BIOGRAFIAS, Goethe. Disponível em: http://www.e-biografias.net/goethe/ Acesso em: 23 de nov. 2013 HOUAISS, Antônio (1915-1999) e VILLAR, Mauro de Salles (1939-). Dicionário Houaiss da língua portuguesa, elaborado pelo Instituto de Antônio Houaiss de Lexicografia e Banco de Dados da Língua Portuguesa. 1. ed. Rio de Janeiro: Objetiva, 2009. INFOPÉDIA, Biografias. Disponível em: <http://www.infopedia.pt/$alessandro- manzoni> Acesso em: 23 nov 2013 INFOESCOLA, Biografias. Disponível em: http://www.infoescola.com/biografias/ Acesso em: 23 nov 2013 ITAÚ CULTURAL. Disponível em: http://www.itaucultural.org.br. Acesso em 25 nov. 2013. LURKER, Manfred. Dicionário de figuras e símbolos bíblicos. São Paulo: Paulus, 1993. SUA PESQUISA, Cidades. Disponível em: http://www.suapesquisa.com/paises/espanha/granada.htm Acesso em: 23 nov 2013