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Solução da Equação de Schrodinger para o Oscilador aHrmônico Quântico, Resumos de Mecânica Quântica

O documento refere-se a solução da eq. de schrodinger para o oscilador harmonico quantico de dois métodos diferentes.

Tipologia: Resumos

2022

Compartilhado em 02/07/2025

lucas-hentai
lucas-hentai 🇧🇷

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Universidade Federal Fluminense: PUVR
Mecˆanica Quˆantica I
Solu¸ao da equa¸ao de Schrodinger para o oscilador harmˆonico quˆantico
Aluno: Lucas Raphael Oliveira da Silva
Professor: Thiago Araujo
R. Des. Ellis Hermydio Figueira, 783 - Aterrado, Volta Redonda - RJ,
27213-145
2025
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Universidade Federal Fluminense: PUVR

Mecˆanica Quˆantica I

Solu¸c˜ao da equa¸c˜ao de Schrodinger para o oscilador harmˆonico quˆantico

Aluno: Lucas Raphael Oliveira da Silva

Professor: Thiago Araujo

R. Des. Ellis Hermydio Figueira, 783 - Aterrado, Volta Redonda - RJ,

Sum´ario

  • 1 Resumo
  • 2 Introdu¸c˜ao
  • 3 M´etodo Analitico
  • 4 M´etodo Algebraico
  • 5 Conclus˜ao
  • 6 Apˆendice

V (x) ≈

V

′′

(x 0

)(x − x 0

2

(1)

Definindo k = V

′′ (x 0

A frequˆencia angular ´e definida como:

ω =

r

k

m

portanto:

k = mw

2

substituindo em V (x), obtemos:

V (x) =

mw

2

x

2

(2)

Onde o potencial acima ser´a utilizada na equa¸c˜ao de schrodinger e na hamiltoniana

que posteriormente ser´a mostrada.

Equa¸c˜ao de schrodinger para o oscilador harmˆonico

2

2 m

d

2 ψ(x)

dx

2

2 x

2 ψ(x) = Eψ(x) (3)

onde:

  • ℏ ´e a constante de Planck reduzida,
  • m ´e a massa da part´ıcula,
  • ω ´e a frequˆencia angular do oscilador,
  • x ´e a coordenada espacial,
  • E ´e a energia da part´ıcula,
  • ψ(x) ´e a fun¸c˜ao de onda.

3 M´etodo Analitico

Inicialmente, vamos introduzir uma vari´avel adimensional:

ξ =

r

x (4)

Temos:

d

dx

d

dx

r

d

dx

d

2

2

d

2

dx

2

E a fun¸c˜ao:

ψ(ξ) = ψ

r

x

= ψ(x)

Assim:

2

2 m

d

2 ψ

dx

2

2 x

2 ψ = Eψ

Simplificando:

ℏω

ψ

′′

(x) +

ℏωx

2

ψ(x) = Eψ

Ou seja, multiplicando por −

2

ℏω

ψ

′′

(x) +

2 E

ℏω

− x

2

ψ(x) = 0

Reescrevemos a equa¸c˜ao como:

ψ

′′

(x) +

ϵ − x

2

ψ(x) = 0

onde ϵ =

2 E

ℏω

Comportamento assint´otico e substitui¸c˜ao

Como a fun¸c˜ao ψ(x) deve ser normaliz´avel, propomos uma solu¸c˜ao da forma:

ψ(x) = h(x)e

−x

2 / 2

Substituindo na equa¸c˜ao diferencial:

d

2

dx

2

he

−x

2 / 2

ϵ − x

2

he

−x

2 / 2

= 0

Calculando as derivadas:

d

2

dx

2

he

−x

2 / 2

= (h

′′

(x) − 2 xh

− h + x

2

h)e

−x

2 / 2

Simplificando, obtemos a equa¸c˜ao para h(x):

h

′′

(x) − 2 xh

(x) + (ϵ − 1) h(x) = 0

Solu¸c˜ao em s´erie de potˆencia

Assumimos uma solu¸c˜ao da forma de s´erie de potˆencia:

h(x) =

∞ X

k=

a k

x

k

(5)

Calculamos as derivadas necess´arias:

h

(x) =

∞ X

k=

ka k

x

k− 1

Para que a fun¸c˜ao h(x) (e portanto ψ(x)) seja normaliz´avel, a s´erie precisa truncar,

ou seja, an+2 = 0 e tornar-se um polinˆomio de grau finito. Isso ocorre quando:

a n+

2 n + 1 − ϵ

(n + 2)(n + 1)

a n

como a n

= 0, temos que:

2 n + 1 − ϵ = 0 ⇒ ϵ = 2n + 1

Logo:

E

n

ℏω

(2n + 1)

Portanto, os autovalores de energia s˜ao:

E

n

n +

ℏω (10)

A partir da rela¸c˜ao de recorrˆencia 8 e com o valor de ϵ = 2n + 1 for¸ca a s´erie a truncar

e gerar polinˆomios. Abaixo mostramos os primeiros:

Para n = 0

Temos ϵ = 1:

a 0

= 0, a 2

a 0

= 0 ⇒ h(x) = a 0

⇒ H

0

(x) = 1

Para n = 1

Temos ϵ = 3 e se fizermos:

a 0

= 0, a 1

A parte ´ımpar da s´erie ser´a:

a 3

a 1

a 1

Ou seja, apenas o termo a 1 sobrevive:

h(x) = a 1 x ⇒ H 1 (x) = 2x

Para n = 2

Temos ϵ = 5 e Assumimos a 1

= 0 para obter a parte par da solu¸c˜ao.

Calculando a 2

a 2

a 0

a 0

= − 2 a 0

Calculando a 4

a 4

a 2

a 2

Logo, temos:

h(x) = a 0 + a 2 x

2

= a 0 (1 − 2 x

2

) ⇒ H 2 (x) = 4x

2

− 2

Forma geral

Os polinˆomios de Hermite obtidos por truncamento da s´erie satisfazem:

H

n

(x) = (−1)

n

e

x

2 d

n

dx

n

e

−x

2

E as fun¸c˜oes de onda s˜ao escritas como:

ψ n

(x) = A n

H

n

(x)e

−x

2 / 2

(12)

onde A n

´e uma constante de normaliza¸c˜ao.

Tabela 1: Polinˆomios de Hermite H n

(x) at´e n = 6

n Polinˆomio de Hermite H n

(x)

0 H

0

(x) = 1

1 H

1

(x) = 2x

2 H

2

(x) = 4x

2

− 2

3 H

3

(x) = 8x

3 − 12 x

4 H 4 (x) = 16x

4

− 48 x

2

  • 12

5 H

5

(x) = 32x

5 − 160 x

3

  • 120x

6 H 6 (x) = 64x

6

− 480 x

4

  • 720x

2

− 120

Normaliza¸c˜ao

As autofun¸c˜oes do oscilador harmˆonico quˆantico unidimensional tˆem a forma:

ψ n

(x) = A n

H

n

(x) e

−x

2 / 2

, com x =

r

x

Queremos determinar a constante de normaliza¸c˜ao A n

, de modo que:

Z

−∞

|ψ n

(x)|

2 dx = 1

Tendo em vista que:

x =

r

x ⇒ dx =

r

dx

Substituindo na integral:

Z

−∞

|ψ n

(x)|

2

dx = |A n

2

Z

−∞

H

2

n

(x)e

−x

2

r

dx

b P |ψ⟩ = −iℏ

d

dx

|ψ⟩ = −iℏ∇ |ψ⟩

Aplicando [

b X,

b P ] em |ψ⟩, temos:

[

b X,

b P ] |ψ⟩ = (

b X

b P −

b P

b X) |ψ⟩ = (−xiℏ∇ + −iℏ∇x) |ψ⟩

(−xiℏ∇ + −iℏ∇x) |ψ⟩ = −iℏx∇ |ψ⟩ + iℏ∇x |ψ⟩ + iℏx∇ |ψ⟩ = iℏ∇x |ψ⟩

definindo ∇ j

x i

dxi

dxj

= δ ij

, portanto:

iℏ∇x |ψ⟩ = iℏ |ψ⟩

concluimos que:

[

b X,

b P ] = iℏ (15)

A Hamiltoniana

Assim a hamiltoniana ´e dada a partir dos operadores

b X e

b P da seguinte forma:

b H =

2 m

[

b P

2

  • (mω

b X)

2

] (16)

onde

b H |ψ⟩ =

b E |ψ⟩.

Fazendo:

H =

ωℏ

b H

obtemos:

H =

b P

2

mℏω

b X

2

) (17)

Reescrevendo o hamiltoniano eq.17 em termos dos dois operadores adimensionais her-

mitianos

P =

b P √

mℏω

e

X =

p mω

b X, obetemos:

H =

P

2

X

2

portanto a hamiltoniana da eq.16 se torna:

b H =

ℏω

P

2

X

2

onde:

[

X,

P ] =

b P

mℏω

r

b X

r

b X

b P

mℏω

b P

mℏω

r

b X =

r

mℏω

[

b X,

b P ]

[

b X,

b P ]

Lembrando a eq.15, obtemos:

[

b X,

b P ] =

iℏ = i

Portanto:

[

X,

P ] = i (20)

Operadores escadas

Agora vamos introduzir dois novos operadores n˜ao hermitianos (ser´a mostrado no apˆendice).

Os operadores escadas de cria¸c˜ao ba

e de destrui¸c˜ao ba.

ba =

X + i

P ) (21)

e

ba

=

X − i

P ) (22)

Podemos tamb´em escrever os operadores

P e

X em fun¸c˜ao dos operadores escadas.

X =

(ba + ba

) (23)

e

P =

i

(ba

− ba) (24)

onde

ba

ba =

X − i

P )(

X + i

P ) =

X

2

P

2

  • i

X

P − i

P

X) =

X

2

P

2

) +

i

[

X,

P ]

da eq. 20, temos:

ba

ba =

X

2

P

2

) −

portanto:

X

2

P

2

) = ba

ba +

da eq.19 concluimos que:

b H = ℏω(ba

ba +

b N (ba

|ϕλ⟩) =

b Nba

|ϕλ⟩ = (

b Nba

− ba

† b N + ba

† b N ) |ϕλ⟩

= ([

b N , ba

] + ba

† b N ) |ϕ λ

⟩ = ([

b N , ba

] + ba

λ) |ϕ λ

= (ba

  • ba

λ) |ϕ λ

⟩ = (λ + 1)(ba

|ϕ λ

portanto, ba

† |ϕ λ

λ+

Autovalores de

b

H

como

b N |ϕ λ

⟩ = λ |ϕ λ

⟩, ent˜ao:

b H |ϕ λ

⟩ = ℏω(

b N +

) |ϕ λ

portanto:

b H |ϕ λ

⟩ = ℏω(λ +

) |ϕ λ

⟩ = E

λ

|ϕ λ

onde E λ

= ℏω(λ +

Espectros de energia

ba |ϕλ⟩ = C 1 |Φλ− 1 ⟩

λ

| ba

= C

1

λ− 1

| com C 1

∈ R

logo:

C

2

1

λ− 1

λ− 1

λ

| ba

ba |Φ λ

λ

b N |Φ λ

= λ ⟨Φ λ

λ

⟩ = λ

portanto:

C

1

λ (33)

concluimos que:

ba |ϕ λ

λ |Φ λ− 1

temos que o estado fundamental ´e dado por:

ba |Φ 0

agora:

ba

|ϕ λ

⟩ = C

2

λ+

⟨Φλ| ba = C

2

⟨Φλ+1| com C 2 ∈ R

logo:

C

2

2

λ+

λ+

λ

| baba

|Φ λ

λ

b N ) |Φ λ

λ

λ

λ

b N |Φ λ

⟩ = 1 + λ

portanto:

C 2 =

1 + λ (35)

concluimos que:

ba

|ϕλ⟩ =

1 + λ |ϕλ⟩ (36)

fazendo n = λ + 1, temos:

ba

|Φn− 1 ⟩ =

n |Φn⟩

ent˜ao:

n

n

ba

|Φ n− 1

n− 1

n − 1

ba

† |Φ n− 2

n− 2

n − 2

ba

|Φ n− 3

Notamos que:

|Φn⟩ =

n!

(ba

)

n

|Φ 0 ⟩ (38)

portanto o espectro de energia ´e:

E

n

= ℏω

n +

onde a energia m´ınima ´e E 0

1

2

ℏω

Matrizes dos operadores

Podemos escrever os operadores utilizados neste trabalho em um formato matricial como

ser´a mostrado abaixo.

onde x 0

q

´e uma constante que tem as dimens˜oes de comprimento. Tamb´em

podemos facilmente mostrar que os operadores de destrui¸c˜ao e cria¸c˜ao podem ser escritos

na representa¸c˜ao de posi¸c˜ao como:

ba =

b X

x 0

  • x 0

d

dx

2 x 0

b X + x

2

0

d

dx

e

ba

=

b X

x 0

− x 0

d

dx

2 x 0

b X − x

2

0

d

dx

utilizando a eq. 44 podemos escrever ba |ψ 0

⟩ = 0 no espa¸co de posi¸c˜ao como:

ba |ψ 0

2 x 0

b X − x

2

0

d

dx

|ψ 0

2 x 0

xψ 0

(x) + x

2

0

dψ 0

(x)

dx

logo:

dψ 0 (x)

dx

x

x

2

0

ψ 0 (x) (47)

A solu¸c˜ao dessa equa¸c˜ao diferencial ´e dada por:

ψ 0 (x) = Ae

−x

2

2 x

2

0 (48)

Normaliza¸c˜ao

A condi¸c˜ao de normaliza¸c˜ao ´e:

Z

−∞

|ψ 0 (x)|

2

dx = 1

Substituindo: Z ∞

−∞

A

2

e

x

2

x

2

(^0) dx = 1

Fazendo a substitui¸c˜ao u =

x

x 0

⇒ dx = x 0

du:

A

2

Z

−∞

e

−u

2

x 0

du = 1

A

2

x 0

Z

−∞

e

−u

2

du = 1

Sabemos que: Z ∞

−∞

e

−u

2

du =

π

Logo:

A

2

x 0

π = 1 ⇒ A

2

=

x 0

π

⇒ A =

πx

2

0

1 / 4

portanto:

ψ 0 (x) =

πx

2

0

1 / 4

e

−x

2

2 x

2

0 (49)

Fun¸c˜ao de onda para o n-esimo estado excitado

Podemos ent˜ao obter a fun¸c˜ao de onda de qualquer estado excitado por meio de uma s´erie

de aplica¸c˜oes de ba

no estado fundamental.

ψ 1

(x) = ˆa

† |ψ 0

2 x 0

x − x

2

0

d

dx

ψ 0

(x)

Da eq.47, temos que:

d

dx

x

x

2

0

Ent˜ao:

2 x 0

x − x

2

0

x

x

2

0

ψ 0

(x) =

x 0

x ψ 0

(x)

ψ 1

(x) =

x 0

x ψ 0

(x) =

s

πx

3

0

x e

x

2

2 x

2

0

Para o segundo estado excitado:

ψ 2

(x) =

ˆa

2

|ψ 0

2 x 0

2

x − x

2

0

d

dx

2

ψ 0

(x)

Ent˜ao:

ψ 2

(x) =

p

πx 0

2 x

2

x

2

0

e

−x

2

2 x

2

0

Para o terceiro estado excitado:

ψ 3 (x) =

ˆa

3

|ψ 0 ⟩ =

2 x 0

3

x − x

2

0

d

dx

3

ψ 0 (x)

Ent˜ao:

ψ 3

(x) =

p

πx 0

2 x

3

x

3

0

3 x

x 0

e

−x

2

2 x

2

0

Similarmente, podemos facilmente inferir o autoestado de energia para o n-´esimo es-

tado excitado:

ψn(x) =

n!

ˆa

n

|ψ 0 ⟩ =

n!

2 x 0

n

x − x

2

0

d

dx

n

ψ 0 (x) (50)

Ent˜ao:

ψ n

(x) =

p

n n!

π

x

n+1/ 2

0

x − x

2

0

d

dx

n

e

−x

2

2 x

2

(^0) (51)

Oscilador Harmˆonico Quˆantico: Primeiros Trˆes Estados

x

ψ

0

x

Estado Fundamental n = 0

Figura 1: Fun¸c˜ao de onda do estado fundamental ψ 0

(x).

x

ψ

1

x

Primeiro Estado Excitado n = 1

Figura 2: Fun¸c˜ao de onda do primeiro estado excitado ψ 1

(x).

x

ψ

2

x

Segundo Estado Excitado n = 2

Figura 3: Fun¸c˜ao de onda do segundo estado excitado ψ 2

(x).

Densidade de Probabilidade

x

ψ

0

x

2

Estado Fundamental n = 0

Figura 4: Densidade de probabilidade para o estado fundamental n = 0.