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A síndrome do túnel do carpo, uma condição comum que afeta o nervo mediano no punho. Ele descreve a anatomia do punho e mão, a fisiopatologia da síndrome, os sintomas, o diagnóstico e as opções de tratamento, incluindo tratamento conservador e cirúrgico. Útil para estudantes de medicina, fisioterapia e áreas afins.
Tipologia: Notas de estudo
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Não perca as partes importantes!
O punho conecta a mão ao antebraço e é composto por 8 ossos carpais, 5 metacarpais e 5 dedos com suas falanges. A articulação do punho é a radiocarpal (sinovial) entre o rádio e um disco articular que recobre a parte distal da ulna e as superfícies articulares dos ossos escafoide, semilunar e piramidal.
A ulna não participa da articulação radiocarpal. O rádio distal se articula com os ossos carpais, exceto o pisiforme, que funciona como um osso sesamoide (aumenta a alavanca do FUC) e se articula apenas com o piramidal, pois está em um plano anterior aos outros ossos.
O túnel do carpo é formado pelo alinhamento dos ossos carpais (dorsalmente) e pelo retináculo dos flexores (ventralmente), que recobre o túnel em sua superfície anterior. As seguintes estruturas passam por esse túnel: 4 tendões dos flexores superficiais dos dedos; 4 tendões dos flexores profundos dos dedos; 1 tendão do flexor longo do polegar; Nervo mediano → origina-se das cordas medial e lateral do plexo braquial, acompanha a artéria braquial. O tendão do flexor radial do carpo está fora do túnel do carpo, mas envolto em fáscia no retináculo lateral dos flexores. As bainhas sinoviais permitem o deslizamento dos tendões, e o arco cárpico palmar e o retináculo evitam que os tendões fiquem presos no punho. Os tendões dos extensores passam ao redor do punho, sob o retináculo dos músculos extensores, que os divide em seis compartimentos. Estão envoltos em bainhas sinoviais.
1-Compreender a morfofisiologia do punho e mão; 2-Erigir a síndrome do túnel do carpo.
O nervo mediano é responsável pela sensibilidade dos 3 primeiros dedos e metade do 4 ° dedo. Na face dorsal, ele compreende as 2 últimas falanges dos 3 primeiros dedos e metade do 4 °. Além disso, inerva os músculos da região tenar e primeiro e segundo lumbricais.
É a síndrome compressiva mais frequente. É definida pela compressão do nervo mediano ao nível do punho. A pressão no interior do túnel aumenta com a flexão/extensão do punho. A maioria é de natureza idiopática. É bilateral em mais de 50% dos pacientes. a prevalência é de 4-5% da população. Afeta com mais frequência mulheres (65-80%) entre 40 e 60 anos.
Ocorre mais frequentemente no sexo feminino, entre 40 a 60 anos, 50% são bilaterais. (^) Com o tempo, os sintomas tendem a se tornar bilaterais devido à hipertrofia da sinóvia dos tendões flexores, causada pela degeneração do tecido conjuntivo, esclerose vascular, edema e fragmentação do colágeno. Fatores de predisposição mais importantes: sexo, idade, fatores genéticos e antropométricos (tamanho do túnel do carpo). Outros fatores: atividades manuais repetitivas, exposição a vibrações e ao frio, obesidade e tabagismo. SÍNDROME DO TÚNEL DO CARPO SECUNDÁRIO Anomalias do continente: qualquer condição que modifique as paredes do túnel→ compressão do nervo mediano. Ex: Anomalias da forma ou da posição dos ossos do carpo: luxação ou subluxação do carpo. Anomalias de conteúdo: referem-se a alterações nos tecidos dentro do túnel do carpo que aumentam sua pressão interna e comprimem o nervo mediano. Ex: hipertrofia tenossinovial, tumores ou cistos sinoviais, lúpus. SÍNDROME DO TÚNEL DO CARPO DINÂMICA Causada pelo aumento da pressão no interior do túnel do carpo. Isso pode acontecer por movimentos repetitivos em flexão-extensão do punho, assim como flexão dos dedos e supinação do antebraço. STC E TRABALHO EM COMPUTADORES Uma tendência ao aumento foi demonstrada para além de 20 horas por semana trabalhando no computador. STC AGUDA Traumatismo: deslocamento, por fratura do rádio distal ou luxação do punho; Infecção; Hemorragia por overdose de anticoagulante ou em caso de hemofilia.
Consiste em manter os punhos na flexão máxima durante 1 minuto. A posição fletida do punho comprime ainda mais o nervo mediano já comprimido na posição neutra, no caso de STC. É positivo quando a sensação de formigamento ou dormência é relatada no território do nervo mediano e com mais frequência no dedo médio. O teste de Phalen invertido tem o mesmo objetivo, porém com os punhos em extensão máxima, na “posição de oração”, com as palmas das mãos juntas na frente do corpo. (^) O teste consiste na percussão leve sobre o punho, na região do nervo mediano. O resultado é positivo quando há parestesia na área de distribuição do nervo. A percussão em locais de compressão com desmielinização ou regeneração axonal pode causar sensação de choque. O examinador pressiona os 2 polegares na região do carpo por 30s. É positivo se os sintomas comuns de STC se apresentarem.
É excelente para ajudar a confirmar a compressão nervosa. Ele é útil quando se deseja conhecer a intensidade da compressão e na presença de comprometimento motor, assim como para auxiliar na previsão do tratamento cirúrgico. É um exame de alta sensibilidade e especificidade, mas pode haver falsos negativos e positivos. É um exame bilateral que avalia a condução sensitiva e motora do nervo mediano, identificando alterações no túnel do carpo. Também analisa amplitude e duração das respostas nervosas, incluindo o nervo ulnar e o lado oposto. O resultado pode ser influenciado pelo operador, temperatura da pele e idade. A radiografia tem valor diagnóstico limitado na STC, mas pode ser útil para avaliar a estrutura óssea, formato do túnel do carpo, estenose óssea e calcificações de partes moles. A ultrassonografia na STC revela um aumento da área transversal do nervo mediano, mas os pontos de corte, sensibilidade e especificidade variam entre os estudos.
Deve ser empregado quando o fator da compressão for transitório, como: gravidez, sintomas leves e recentes (até 6 meses) ou na presença de comprometimento sensitivo pela ENMG. O tratamento consiste no uso de órtese (tala gessada), à noite, para manter o punho em posição neutra. Usa-se AINEs quando não há contraindicações (gravidez e gastrite). A combinação de infiltração de corticoide no túnel (apenas uma), imobilização com tala gessada por duas semanas e anti-inflamatório não hormonal tem apresentado resultados satisfatórios. O paciente deve evitar posturas que mantenham o punho e os dedos flexionados por longos períodos ou em flexão excessiva.
É indicado em falha do tratamento conservador ou para sintomas de longa duração, nos quais já exista, além das alterações sensitivas, comprometimento motor. O tratamento cirúrgico clássico envolve uma incisão curvilínea próxima à prega tenar, enquanto a abordagem moderna prefere microincisões que evitam cruzar a prega volar do punho. REFERÊNCIAS: HEBERT, Sizínio; FILHO, Tarcísio E. P B.; XAVIER, Renato; et al. Ortopedia e Traumatologia. Grupo A, 2017. MOORE, Keith L.; DALLEY, Arthur F.; AGUR, Anne MR. Anatomia Orientada para Clínica. Grupo GEN, 2022. COHEN, Moisés; MATTAR JUNIOR, Rames; JESUS-GARCIA FILHO, Reynaldo. Tratado de Ortopedia_._ São Paulo: Roca,