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Síndrome do Túnel do Carpo: Anatomia, Fisiopatologia, Diagnóstico e Tratamento, Notas de estudo de Ortopedia

A síndrome do túnel do carpo, uma condição comum que afeta o nervo mediano no punho. Ele descreve a anatomia do punho e mão, a fisiopatologia da síndrome, os sintomas, o diagnóstico e as opções de tratamento, incluindo tratamento conservador e cirúrgico. Útil para estudantes de medicina, fisioterapia e áreas afins.

Tipologia: Notas de estudo

2025

À venda por 24/02/2025

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O punho conecta a mão ao antebraço e é composto
por 8 ossos carpais, 5 metacarpais e 5 dedos com
suas falanges.
A articulação do punho é a radiocarpal (sinovial)
entre o rádio e um disco articular que recobre a parte
distal da ulna e as superfícies articulares dos ossos
escafoide, semilunar e piramidal.
FACES ARTICUL ARES DA ARTICULAÇÃ O
RADIOCARPAL
A ulna não participa da articulação radiocarpal. O
rádio distal se articula com os ossos carpais, exceto
opisiforme, que funciona como um osso sesamoide
(aumenta a alavanca do FUC) e se articula apenas
com o piramidal, pois está em um plano anterior aos
outros ossos.
LIGAMENTOS DA ARTICULA ÇÃO
RADIOCARPAL
NEL DE CARPO E COMPARTIMENTOS
EXTENSORES
O túnel do carpo é formado pelo alinhamento dos
ossos carpais (dorsalmente) e pelo retináculo dos
flexores (ventralmente), que recobre o túnel em sua
superfície anterior. As seguintes estruturas passam
por esse túnel:
4 tendões dos flexores superficiais dos dedos;
4 tendões dos flexores profundos dos dedos;
1 tendão do flexor longo do polegar;
Nervo mediano origina-se das cordas medial e
lateral do plexo braquial, acompanha a artéria
braquial.
Otendão do flexor radial do carpo está fora do túnel
do carpo, mas envolto em fáscia no retináculo lateral
dos flexores. As bainhas sinoviais permitem o
deslizamento dos tendões, e o arco cárpico palmar e
o retináculo evitam que os tendões fiquem presos no
punho.
Os tendões dos extensores passam ao redor do
punho, sob o retináculo dos músculos extensores,
que os divide em seis compartimentos. Estão
envoltos em bainhas sinoviais.
APG 6-SÍNDROME DO TÚNEL DO CARPO
Objetivos
1-Compreender a morfofisiologia do punho e mão;
2-Erigir a síndrome do túnel do carpo.
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 O punho conecta a mão ao antebraço e é composto por 8 ossos carpais, 5 metacarpais e 5 dedos com suas falanges.  A articulação do punho é a radiocarpal (sinovial) entre o rádio e um disco articular que recobre a parte distal da ulna e as superfícies articulares dos ossos escafoide, semilunar e piramidal.

FACES ARTICULARES DA ARTICULAÇÃO

RADIOCARPAL

 A ulna não participa da articulação radiocarpal. O rádio distal se articula com os ossos carpais, exceto o pisiforme, que funciona como um osso sesamoide (aumenta a alavanca do FUC) e se articula apenas com o piramidal, pois está em um plano anterior aos outros ossos.

LIGAMENTOS DA ARTICULAÇÃO

RADIOCARPAL

TÚNEL DE CARPO E COMPARTIMENTOS

EXTENSORES

 O túnel do carpo é formado pelo alinhamento dos ossos carpais (dorsalmente) e pelo retináculo dos flexores (ventralmente), que recobre o túnel em sua superfície anterior. As seguintes estruturas passam por esse túnel:  4 tendões dos flexores superficiais dos dedos;  4 tendões dos flexores profundos dos dedos;  1 tendão do flexor longo do polegar;  Nervo mediano → origina-se das cordas medial e lateral do plexo braquial, acompanha a artéria braquial.  O tendão do flexor radial do carpo está fora do túnel do carpo, mas envolto em fáscia no retináculo lateral dos flexores. As bainhas sinoviais permitem o deslizamento dos tendões, e o arco cárpico palmar e o retináculo evitam que os tendões fiquem presos no punho.  Os tendões dos extensores passam ao redor do punho, sob o retináculo dos músculos extensores, que os divide em seis compartimentos. Estão envoltos em bainhas sinoviais.

APG 6-SÍNDROME DO TÚNEL DO CARPO

Objetivos

1-Compreender a morfofisiologia do punho e mão; 2-Erigir a síndrome do túnel do carpo.

 O nervo mediano é responsável pela sensibilidade dos 3 primeiros dedos e metade do 4 ° dedo. Na face dorsal, ele compreende as 2 últimas falanges dos 3 primeiros dedos e metade do 4 °.  Além disso, inerva os músculos da região tenar e primeiro e segundo lumbricais.

MOVIMENTOS DA ARTICULAÇÃO DO PUNHO

 É a síndrome compressiva mais frequente. É definida pela compressão do nervo mediano ao nível do punho.  A pressão no interior do túnel aumenta com a flexão/extensão do punho.  A maioria é de natureza idiopática. É bilateral em mais de 50% dos pacientes. a prevalência é de 4-5% da população. Afeta com mais frequência mulheres (65-80%) entre 40 e 60 anos.

ETIOLOGIA

SÍNDROME DO TÚNEL DO CARPO IDIOPÁTICA

 Ocorre mais frequentemente no sexo feminino, entre 40 a 60 anos, 50% são bilaterais.  (^) Com o tempo, os sintomas tendem a se tornar bilaterais devido à hipertrofia da sinóvia dos tendões flexores, causada pela degeneração do tecido conjuntivo, esclerose vascular, edema e fragmentação do colágeno.  Fatores de predisposição mais importantes: sexo, idade, fatores genéticos e antropométricos (tamanho do túnel do carpo).  Outros fatores: atividades manuais repetitivas, exposição a vibrações e ao frio, obesidade e tabagismo. SÍNDROME DO TÚNEL DO CARPO SECUNDÁRIO  Anomalias do continente: qualquer condição que modifique as paredes do túnel→ compressão do nervo mediano. Ex: Anomalias da forma ou da posição dos ossos do carpo: luxação ou subluxação do carpo.  Anomalias de conteúdo: referem-se a alterações nos tecidos dentro do túnel do carpo que aumentam sua pressão interna e comprimem o nervo mediano. Ex: hipertrofia tenossinovial, tumores ou cistos sinoviais, lúpus. SÍNDROME DO TÚNEL DO CARPO DINÂMICA  Causada pelo aumento da pressão no interior do túnel do carpo.  Isso pode acontecer por movimentos repetitivos em flexão-extensão do punho, assim como flexão dos dedos e supinação do antebraço. STC E TRABALHO EM COMPUTADORES  Uma tendência ao aumento foi demonstrada para além de 20 horas por semana trabalhando no computador. STC AGUDA  Traumatismo: deslocamento, por fratura do rádio distal ou luxação do punho; Infecção; Hemorragia por overdose de anticoagulante ou em caso de hemofilia.

FISIOPATOLOGIA

  1. Mecanismos fisiopatológicos  (^) Compressão e tração nervosa → Causam:  Problemas na microcirculação sanguínea intraneural;  Lesões na bainha de mielina e axônio;  Alterações no tecido conjuntivo de suporte.
  2. Locais anatômicos de compressão do nervo mediano  1 º local: No limite proximal do túnel do carpo → Flexão do punho + alterações na fáscia antebraquial e no RF;  2 º local: Porção mais estreita, próximo ao hámulo do hamato.
  3. Efeitos da compressão prolongada

TESTES ESPECIAIS

 Consiste em manter os punhos na flexão máxima durante 1 minuto. A posição fletida do punho comprime ainda mais o nervo mediano já comprimido na posição neutra, no caso de STC. É positivo quando a sensação de formigamento ou dormência é relatada no território do nervo mediano e com mais frequência no dedo médio.  O teste de Phalen invertido tem o mesmo objetivo, porém com os punhos em extensão máxima, na “posição de oração”, com as palmas das mãos juntas na frente do corpo.  (^) O teste consiste na percussão leve sobre o punho, na região do nervo mediano. O resultado é positivo quando há parestesia na área de distribuição do nervo. A percussão em locais de compressão com desmielinização ou regeneração axonal pode causar sensação de choque.  O examinador pressiona os 2 polegares na região do carpo por 30s. É positivo se os sintomas comuns de STC se apresentarem.

EXAMES COMPLEMENTARES

 É excelente para ajudar a confirmar a compressão nervosa. Ele é útil quando se deseja conhecer a intensidade da compressão e na presença de comprometimento motor, assim como para auxiliar na previsão do tratamento cirúrgico.  É um exame de alta sensibilidade e especificidade, mas pode haver falsos negativos e positivos.  É um exame bilateral que avalia a condução sensitiva e motora do nervo mediano, identificando alterações no túnel do carpo. Também analisa amplitude e duração das respostas nervosas, incluindo o nervo ulnar e o lado oposto. O resultado pode ser influenciado pelo operador, temperatura da pele e idade.  A radiografia tem valor diagnóstico limitado na STC, mas pode ser útil para avaliar a estrutura óssea, formato do túnel do carpo, estenose óssea e calcificações de partes moles.  A ultrassonografia na STC revela um aumento da área transversal do nervo mediano, mas os pontos de corte, sensibilidade e especificidade variam entre os estudos.

TRATAMENTO

TRATAMENTO CONSERVADOR

 Deve ser empregado quando o fator da compressão for transitório, como: gravidez, sintomas leves e recentes (até 6 meses) ou na presença de comprometimento sensitivo pela ENMG.  O tratamento consiste no uso de órtese (tala gessada), à noite, para manter o punho em posição neutra.  Usa-se AINEs quando não há contraindicações (gravidez e gastrite).  A combinação de infiltração de corticoide no túnel (apenas uma), imobilização com tala gessada por duas semanas e anti-inflamatório não hormonal tem apresentado resultados satisfatórios.  O paciente deve evitar posturas que mantenham o punho e os dedos flexionados por longos períodos ou em flexão excessiva.

TRATAMENTO CIRÚRGICO

 É indicado em falha do tratamento conservador ou para sintomas de longa duração, nos quais já exista, além das alterações sensitivas, comprometimento motor.  O tratamento cirúrgico clássico envolve uma incisão curvilínea próxima à prega tenar, enquanto a abordagem moderna prefere microincisões que evitam cruzar a prega volar do punho. REFERÊNCIAS: HEBERT, Sizínio; FILHO, Tarcísio E. P B.; XAVIER, Renato; et al. Ortopedia e Traumatologia. Grupo A, 2017. MOORE, Keith L.; DALLEY, Arthur F.; AGUR, Anne MR. Anatomia Orientada para Clínica. Grupo GEN, 2022. COHEN, Moisés; MATTAR JUNIOR, Rames; JESUS-GARCIA FILHO, Reynaldo. Tratado de Ortopedia_._ São Paulo: Roca,