























































Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity
Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium
Prepare-se para as provas
Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity
Prepare-se para as provas com trabalhos de outros alunos como você, aqui na Docsity
Os melhores documentos à venda: Trabalhos de alunos formados
Prepare-se com as videoaulas e exercícios resolvidos criados a partir da grade da sua Universidade
Responda perguntas de provas passadas e avalie sua preparação.
Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium
Comunidade
Peça ajuda à comunidade e tire suas dúvidas relacionadas ao estudo
Descubra as melhores universidades em seu país de acordo com os usuários da Docsity
Guias grátis
Baixe gratuitamente nossos guias de estudo, métodos para diminuir a ansiedade, dicas de TCC preparadas pelos professores da Docsity
Um estudo sobre o uso de paletes no transporte rodoviário de cargas embaladas. O trabalho mostra que o uso de paletes aumenta o número de viagens com um mesmo veículo nos intervalos de tempo e oferece novas variáveis operacionais para estudos e decisões sobre adotar ou não o uso de paletes nas empresas. O documento inclui tabelas e gráficos que ilustram a densidade de carga e número de paletes em diferentes tipos de carretas, além de analisar as consequências do uso de paletes em relação aos custos, disponibilidade de veículos e receita sobre custo marginal, dependentes da distância de transporte.
Tipologia: Notas de aula
1 / 63
Esta página não é visível na pré-visualização
Não perca as partes importantes!
Sobre o uso de palete no transporte rodoviário de cargas - página i
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESCOLA DE ENGENHARIA DE SÃO CARLOS Departamento de Transportes
SOBRE O USO DO "PALETE"
NO TRANSPORTE RODOVIÁRIO DE CARGAS
1995
,.
Sobre o uso de palete no transporte rodovi ário de cargas- página iii
Sobre o uso de oalete no transporte rodoviário de cargas - pág ina iv
- 1. INTRODUÇÃO SUMÁRIO - :..:2._,U""'"N..:..::l;.:.T.::::IZA=Ç.:.:.Ã.::..:O"'--"'=D-=E_,C""'"AR=GO<..:AS~---------- - 2. 1 HISTÓRJA - 2.2 MÉTODOS DE UNITIZAÇÂO DE CARGAS - 2.3 PALETES - 2. 3. 1 Conceituação de palete - 2.3.2 Definição de palete - 2.3.3 Contentares - 2.3. 4 Palet es de Madeira - 2.3.5 "Palele Padrão".............................................................................................................. - 2.4 0 PALETE E DIMENSÕES DOS VEÍCULOS - 2.5 PALETE E DENSIDADE DE CARGA - 3 =·-=L=O::....::G=ÍS=T=l=C=A,.._,=O=U-=D=IS:::<..T:....:RIB==U.::..:IC.:.:.Ã.::..:O~FIS='=IC=A=· =D=E-=B=E:..:..;N=S___ - 3.1 CANAJS DE OISTRJBUIÇÂO DE PRODliTOS NA ECONm. II A - 3.2 DEF INIÇÃO DE LOGÍSTICA
('
Sobre o uso de palete no transporte rodoviário de cargas - página vi
Tabela 1 - Divisão modal de transportes no Brasil Fonte: NOVAES, 1994 Tabela 2 - Participação dos dispositivos de unitização de cargas (IMAM, 1994)
página 2 7 Tabela 3- Distribuição de tipos de paletes por materiais 11 Tabela 4 - Participação do palete nas operações de transporte e distribuição 13 Tabela 5 - Comparação de desempenho de velocidades de percurso e tempos de carga e descarga para produtos embalados de consumo 32 Tabela 6 - Veículos usados para coleta de dados 46 Tabela 7 - Tempos operacionais nas rotas São Paulo ao Rio, ou Belo Horizonte 47 Tabela 8 - Número de viagens por mês nas rotas São Paulo ao Rio e Belo Horizonte 47 Tabela 9 - Quilometragem mensal (em km) estimada nas rotas São Paulo ao Rio e Belo Horizonte 48
Quadro 1 - Razões de padronização do palete em 1.200 por 1.000 mm no Brasil 15
pá gina Gráfico 1 - Densidade da e<~ rg a e altura d::l uni dGdc p~dr5o par::: trucks 18 Gráfico 2 - Densidades e número de paletes por truck 19 Gráfico 3 - Densidades e altura de unidade padrão de ca rg a para carretas de 2 eixos 20 Gr áfico 4 - Densidade de ca rg a e número de paletes em carretas de 2 eixos 20 Gráfico 5 - Densidades e altura de unidade padrão de carga para carretas de 3 eixos 21 Gráfico 6 - Densidade de ca rg a e número de paletes em carreta de 3 eixos 21 Gráfico 7 - Distâncias de tr ansporte e número de viagens por mês 50 Gráfico 8- Distâncias de transporte e quilometragem 51 Gráfico 9 - Distâncias de transporte e custo variável mensal 51 Gráfi co 1O- Dis1âncias de transporte e receitas sobre o custo marginal. Corresponde à avaliação do uso do palete, em relação ao gran el 52
Sobre o uso de palete no transporte rodoviário de cargas - página vii
RESUMO
Este trabalho mostra que o uso do palete nas operações de transporte rodoviário de cargas emba ladas aumenta o número de viagens com um mesmo veículo nos intervalos de tempo, e possibilita novas variáveis operacionais que, em função da distância de transporte podem fomecer informações para estudos e decisões sobre adotar, ou não, o palete nas empresas. O procedimento adotado foi comparar custos provenientes de operação de transporte co~ , e sem, o uso do palete, usando dados obtidos de pesquisa em campo. As conclusões foram que, ao comparar o palet e com o transporte de produtos acabados, as relações entre as consequências de uso do paiete nos custos, a disponibilidade de veículos e a receita sobre o cust o marg in al s ão de pend entes da distância de transporte e são mais si g nifi cati vas para os menores percursos.
T hi s is an atte mpt to show th at th e u se of pall ets in pac ked road ca rgo op eration in creases th e numb er of trips of a sin gle vehicle and it also id ent ifi es new vari a bles th at co uld be se nt li ke informati on to research a nd to dec ide work with pall ets, depe nding on transporta tion di stance. Th e studi es are conducted based on fie ld data, through the comparison s of op erations with and without pall ets. Th e conclusions a re : th e re are relationslúp s betw ee n usin g th e pallet and the vehicl e av a il a bility and marg in al costs. They depend on transportation distance: the shorter the trip the better the operation condition s.
Sobre o uso de palete no transporte rodoviário de cargas - pág ina 2
A figura I ilustra a distribuição de produtos comercializados por supem1ercados.
FORNECEDOR Ft
A
,/ DEPÓSITO CENTRAl ,/ (^) lOJA 1 I I I I I I I I I ··,,_ ....., _ ~·~ ,, il .n ~~ r.t~ D ----~-- .. (^) lOJA N
Figura 1 - Esquema da distribuição de produtos a supe1mercados
Considerando diversos tipos de carga, g ran éis líquidos e só lido s, cargas acondicionadas (caixas, sacarias, etc), o transporte uo Pa ís têm sido rea li za do segundo a divisão moda! resumida na tabela I.
Sobre o uso de palete no transporte rodoviário de ca rgas - página 3
Tabela 1 Divisão modal de transportes no Brasil Fonte· NOVAES (^). (^1994) Porcentagem da MODO DE TRANSPORTE carga RODOVIÁRIO 70 FERROVIÁRIO 15 MARÍTIMO DE CABOTAGEM 11 DUTOVIÁRIO 2, 1-llDROVI ÁRIO INTERIOR 1 AÉREO 0 , TOTAL 100
Podemos observar que o transporte rodovi ário é o que mais opera a carga naciona l. Provavelmente, devido aos investimentos feitos nas rodovias do País. A rodovia atinge praticamente a todas localidades do Brasil. O Bras il possui uma infra-estrutura fís ica de transportes voltada para a carga convencional a granel, seja em caminhões, vagões, embarcações, terminais e in stalações físicas. A melhoria tecnológica da infra-estrutura é uma necessidade decorrente do aumento das demandas advindas de práticas de intermoda li dade e aperfeiçoamento do manuseio de produtos. As demandas em modos de transporte podem ser definidas pelos preços relat ivos de operação de comérc io de bens, através da d ~c i sno pelo uso de modos e tecnologias de transpo rte envolvidos, cujos c t• stos são uma parcela entre os itens finais de preço de produto. Este trabalho mostra que o usa do palele nas ope raçr)es de transporte rodoviário de produtos embalados aumenta o número de viagens com um mesmo veículo nos intervalos de tempo, e possibilita novas variáveis operacionais que, em função da distância de tramporle podem fomecer infonnações para estudos e decisões sobre adotar, ou não, a palete nas empresas de transporte. O procedimento adotado fo i comparar custos provenientes de operação de transporte com, e sem, o uso do palet e, com uso de dados obtidos em pesquisa de campo.
..
Sobre o uso de palete no transporte rodoviário de cargas - página 5
Convém distinguir dois conceitos que estão relacionados à unitização de cargas (NOVAES e AVARENGA, 1994, página 158):
Em dado sisiema de transporte, para estudos sobre a capacidade do veícu lo , usa-se uma unidade de carga denominada UPC (Unidade Padrão de Carga), qu e reflete o comprim ento (C) vezes largura (L) vezes altura (H) de um conjunto típico carga mais palete usado para os eq uipam entos em op eração.
111ímero de UPCs = C x L x H
r -- -
Figura 2. Ilu straç ão de usos do palete A fi gura 2 ilu st ra diferentes hipóteses de tecnologia de uso de paletes e est imativ a da UPC. A unidade padrão de carga pode ser usada nas decisões quanto a escolha do método de unitização.
Sobre o uso de palele no transporte rodoviário de cargas - página 6
2.2 Métodos de Unitização de Cargas
Os principais métodos de unitização de cargas são: a) Paletização de cargas; b) "C onteinerização de cargas"; c) Pré-lingagem; d) "Roll-on I Roll -off'; e) Carregamento em Barcaças
Cada método possui vantagens e desvantagens e características típicas.
Estaremos enfocando nesta pesquisa o método paletização de cargas. Seguem abaixo alguns exemplos dos métodos citados, ilustrados na fi gura 3.
~
Figura 3 - Unitizadores de carga
,,
Sobre o uso de palete no transporte rodoviárío de ca rgas - pág ína 8
2.3.2 Definição de palete
A ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) através da NBR 8254 de novembro/1983 define o palete: "plataforma destinada a suportar cmgas permitindo movimentação mecânica por meio de gmfo".
Notas: a) Garfo é o dispositivo constituído de duas barras, fixadas por uma das extremidades a equipamento de movimentação, destinadas a serem introduzidas sob objetos e a suportá-los para levantamento m e câ nico ~ b) A mov im entação do palete, além de ser possível por meio de ga rfo, pode ser feita eventualmente por meio de b arra li gada, esteira de roletes, colchão de ar, etc. c) São empregados também outros termos, tais como "es trado"que todavia, não são recom e ndado s ~ d) A platafor ma especial para transporte aéreo, chamada de palete aéreo não precisa necessariame nt e ser movime nt ada por meio de garfo.
Contudo o que encontramos na prática é a ut ili zação de um a variedade muito grande de formatos e d im ensões de dispositivos conceituados como paletes. Por exemplo, a fi gura 4 ilu stra alguns modelos de paletes: a) de duas entradas ; h) de quatro entradas; c) base para acondicionamento de transportes sobre sapatas; d) de plástico; e) "le ve ou deixe "(take orleave); f) contentar; g) com montantes e de quatro entradas; h) contentar metálico
Sobre o uso de palete no transporte rodoviário de cargas - página 9
h
Fígura 4 - Exe mplos de tipos de palete
Como pode mo s observar o conceito de pal ete é amp lo. Admite-se que qualquer base de carga dotada de pared es , montantes, grades (desmontáveis ou não), com tigid ez es trutural sufic iente para conter a carga durante o transport e, independente da amarração de carga sobre a base do dispositivo, pod e ser um contentar. Ma s, para manter a ca rg a sobre os pal et es é necessário um acessólio de amarração da carga, qu e, em geral, são redes de amarração, fi lm e retrátil (stretch film ou shrink fi lm) , c int as, cantoneiras ou s imil ares (WIDMER, 1987).
2.3.3 C on tentores
para aco ndi c ion ar carga com abertura(s) em um a ou mais faces. Os co nt e nt ares pod em ser ci e meta l, borracha sint ét ic a, e la stômeros, t ec idos de poli és ter e outros mat er iai s.
No Brasil, os padrõ es de contentares são normalizados pe la norma NBR 5978/80 da ABNT, compatível com as no rma s da ISO (Intemational Standard Orga n.i za tion). Os contentares são homologados pelo INMETRO - Instituto Nacional de Metrolog ia e Qualidade Industrial. Alguns tipos de contentares são mostrados na figura 5:
11
Sobre o u so de palete no transporte rodoviá rio de cargas - página 11
2.3.4 Paletes de Madeira
Segundo pesqui sa reali za da pela ASLOG (lMAM, 1994, página 1 0), o palete de madeira é o mais utili zado na movimentação de cargas no Brasil. A tabela 3 ilustra a distribuiç ão dos paletes em função do s materiais que os cons tituem. Tabe la 3 - Distribuição de tipos de paletes por materi a is MATERIAL PARTICIPAÇÃO PERCENTUAL(%) MADEIRA 96 OUTROS 4
Em cada caso, a esco lh a de materiais para o palete deve ser uma decisão técnica. Mas, a madeira constit ui a matéria prima básica para a fabricação de pal etes, muito embora haja uma variedade de outros materiais para a sua co nstitu iç ão. "( ... ) Do ponto de vista operacional, praticamente não há restrições ao palete de
prático, versátil e barato. Seu problema es tá na própria ori gem da mat éria- prima , a made ir a, cuja extração impli ca na derrubada de florestas, afetando o meio ambiente" (ABAD, 1994, pá g in a 76).
tllbun da
entredo OI 0 1r (^) roepere
l4buae da re ce euper l or
Figura 7 - Nomencl a tu ra para paletes de madeira
to to 1
Sobre o uso de palete no transporte rodoviário de cargas- página 12
Considerando portanto que o palete de madeira é o mais usual, é interessante distinguirmos a nomenclatura aplicada ao dispositivo e também conhecermos os modelos mais comuns, figuras 7 e 8 (MOURA, 1987, página 129).
a)
b}
c )
e)
k)
Na fi gura 8:
! )
a\
.)
j )
Figura 8 - Modelos de paletes de madeira