Sobre o Bando Mundial, Esquemas de Neonatologia

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Políticas Públicas Educacionais ePolíticas Públicas Educacionais e

a Influencia Internacional. a Influencia Internacional.

A Política Educacional Brasileira

nos Anos 90 - O Neoliberalismo e

Suas Implicações na Educação

no Cenário Internacional e

Brasileiro.

Nas décadas deNas décadas de 1960 e 1970, as1960 e 1970, as

políticas de substituição de políticas de substituição de

importações adotadas em vários importações adotadas em vários

países do Terceiro Mundo - da América países do Terceiro Mundo - da América

Latina em particular – associadas ao Latina em particular – associadas ao

movimento das multinacionais, movimento das multinacionais,

sobretudo em direção ao sudeste sobretudo em direção ao sudeste

asiático, geraram uma onda de asiático, geraram uma onda de

industrialização fordista competitiva industrialização fordista competitiva

em ambientes inteiramente novos. em ambientes inteiramente novos.

Com o objetivo de superar a crise mundial,Com o objetivo de superar a crise mundial, foi necessário acelerar a introdução no foi necessário acelerar a introdução no sistema produtivo das novas tecnologias, sistema produtivo das novas tecnologias, reestruturar a economia e fazer um reestruturar a economia e fazer um reajustamento social e político, acentuando, reajustamento social e político, acentuando, assim, as tendências anteriores de assim, as tendências anteriores de internacionalização do capital, sob a internacionalização do capital, sob a denominação de denominação de globalizaçãoglobalização ouou mundialização, mundialização, mas com novasmas com novas características: financeirização, a características: financeirização, a desregulamentação do mercado, a desregulamentação do mercado, a regionalização, a crise do Estado de Bem – regionalização, a crise do Estado de Bem – Estar Social e a reestruturação produtiva. Estar Social e a reestruturação produtiva.

 A política educacional brasileira, dos anos 90, foi implementada através de um conjunto articulado de reformas, com orientação do Banco Mundial.   A ideologia neoliberal apresentada como única via para enfrentar a crise nacional foi ganhando credibilidade, gradativamente, junto às elites brasileiras e tornou-se hegemônica a partir do governo de Fernando Henrique Cardoso.

O Grupo Banco MundialO Grupo Banco Mundial

compreende: compreende:

 O Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD)  A Corporação Financeira Internacional (IFC)  O Organismo Multilateral de Garantia de Investimentos (MIGA)  A Associação Internacional de Desenvolvimento (IDA)  O Centro Internacional para Resolução de Disputas sobre Investimentos (ICSID)

A crise do endividamento, vivida pelos países da América Latina, a partir dos anos 80, possibilitou uma maior interferência do Banco na política interna desses países. Assim, o Banco Mundial, no final dos anos 80, formula um conjunto de reformas a serem aplicadas nos países endividados para atender às necessidades de expansão do capital internacional. Embora esses países pudessem, num primeiro momento, enfrentar recessão e aumento da pobreza, só assim, afirmava o Banco, seria possível retomar num futuro próximo ao crescimento econômico, enfim, ao desenvolvimento sustentável.

Essas reformas ficaram conhecidasEssas reformas ficaram conhecidas

como “Consenso de Washington” e como “Consenso de Washington” e

defendiam: defendiam:

 Equilíbrio orçamentário, mediante a redução dos gastos públicos;  Abertura comercial;  Liberalização financeira;  Desregulamentação dos mercados internos, e  Privatização das empresas e dos serviços públicos.

 O sentido de política social focalizada na pobreza, expressa nos documentos do Banco Mundial, reflete uma concepção de atendimento mínimo para aqueles que não podem adquirir esses serviços no mercado. O que vai romper com o princípio da igualdade de direitos, luta histórica do movimento popular.

 Nesse sentido, a educação, como política social focalizada, tem lugar de destaque nas propostas do Banco Mundial para década de 90, na América Latina. A Reforma da Educação instituída para priorizar a educação inicial em detrimento dos demais níveis de ensino, é um bom exemplo do papel que desempenhamos nessa nova ordem mundial.

EDUCAÇÃO PARA O BANCO MUNDIAL: A educação, na nova proposta do Banco, está vinculada ao mercado de trabalho. Se por um lado encontramos o mercado moderno, urbano, com empregos protegidos, por outro, encontramos um mercado tradicional, informal, sem proteção trabalhista, onde atua a maior parte da população economicamente ativa.  Sendo assim, não há lugar para o desenvolvimento autônomo de todos os países nem para a inclusão de todos os indivíduos, é a isso que o Banco chama de equidade, na verdade, uma distribuição desigual.

 Portanto, na ótica do Banco, como a maioria da população está inserida no mercado informal, não há motivo, nem necessidade para uma educação de longa duração e custos elevados.  Por isso, o Estado deve priorizar o ensino fundamental, ou seja, um nível de ensino desvinculado, para que a maior parte da população possa, o mais rápido possível, se dirigir ao mercado de trabalho tradicional e, portanto, não aspirar os empregos do setor moderno.

 No Brasil, o Banco Mundial ampliou sua atuação a partir da década de 80.  Porém, é na década de 90, com a incorporação das recomendações provenientes das Conferências Internacionais, de 1990 na Tailândia e 1993 em Nova Delhi, ao Plano Decenal Brasileiro para a Educação que verifica- se, de fato, a importância que esse Organismo Internacional assume na política educacional brasileira.

 A educação ocupou um papel relevante na reforma do Estado brasileiro. Para tanto, no primeiro governo de Fernando Henrique (1995-1998), sofreu uma profunda reformulação, tomando como base o conceito de equidade social da forma que aparece nos estudos produzidos pelos Organismos Internacionais ligados à ONU e promotores da Conferência de Jomtien.