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Este documento aborda a questão da qualidade na educação, definindo-a como um elemento complexo e polissêmico que se transforma ao longo do tempo e do espaço. O texto explora o contexto histórico da questão da qualidade no brasil, destacando as lides históricas e as três momentos descritos por oliveira e araújo (2005). Além disso, o documento discute a relação entre a qualidade e o contexto histórico, a importância da gestão democrática na escola e a participação social e da sociedade na busca pela qualidade na educação.
Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas
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Definir o que seria essa qualidade é um processo complexo e que ainda é um grande desafio, pois seu sentido é polissêmico. Seu conceito se dá em dinamismo histórico, no qual configuram o cenário político e social do momento, ou seja, a resposta que a sociedade exige e demanda no momento. A educação de qualidade é um elemento de direito, estabelecido no artigo 206 da Constituição Federal brasileira (CF) entre os princípios de ensino e reforçada na Lei de Diretrizes e Bases (LDB). Posto isso, questionar e analisar a questão da qualidade é assunto assíduo no âmbito da política e do campo acadêmico.
Para Dourado, Oliveira e Santos ( 2007 ) A qualidade deve ser entendida em um sentido mais amplo, significa que ela envolve dimensões que extrapolam os fatores intraescolares, pois estes, aliados aos fatores extraescolares, interferem significativamente nos seus resultados. Entende-se que a dimensão intraescolar compreende: (i) as condições de oferta do ensino (plano do sistema); (ii) a gestão e organização do trabalho escolar (plano da escola); (iii) a formação, profissionalização e ação pedagógica do professor (plano do professor) e; (iv) as condições de acesso, permanência e desempenho escolar (plano do aluno).
A qualidade educacional atravessa as questões de infraestrutura, formação e das condições de trabalho docente e o contexto da sala de aula, para alicerçar as práticas educacionais em favor da aprendizagem. A gestão democrática é um caminho de atividades constantes, de um trabalho em conjunto que contribui efetivamente para as condições de qualidade na educação. As premissas de qualidade direcionam-se aos insumos e à gestão para a educação atingir seus fins. A gestão escolar, precisa superar a definição de gestão de conceito neoliberal e mercantilização. A gestão da escola deve ter como bojo o diálogo, a pluralidade de propostas e na participação efetiva de todos os segmentos que constituem a comunidade escolar, sendo estes fatores decisivos na qualidade da educação. A escola, espaço plural, garante o compromisso de todos os envolvidos cotidianamente nela para melhorar a sua qualidade (OLIVEIRA, CAMARGO, GOUVEIA e CRUZ, 2009 ).
A efetivação e cumprimento do direito à educação precisa ser prioridade na definição das políticas públicas, para a permanência das pessoas na escola que privilegia a qualidade nas suas ações. Para tanto, garante-se a mobilização da sociedade civil organizada, sobretudo a dos segmentos educacionais, pois há que se ter um debate de ideias, advindo da participação popular, para que, por meio dessas ações, sejam influenciados os representantes políticos, nas tomadas de decisões (HABERMAS, 2003 ). A Carta Constitucional de 1988 responde, em parte, à pressão de movimentos da sociedade civil, definindo a gratuidade da educação em todos os níveis e modalidades de ensino, atribuindo ao Estado e à família a responsabilidade por sua oferta, reafirmando o caráter público da educação e assegurando várias possibilidades de participação na gestão pública, de maneira geral, e como derivação, na gestão democrática do ensino.