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Psicologia da Engenharia de Segurança do

Trabalho

Prof.ª Dr.ª Aldenira Barbosa Cavalcante

8ª AULA

Da teoria para a prática:

Liderança humanizada é igual a vida bem

sucedida.

Liderança humanizada é igual a vida bem sucedida.

Bley faz um relato do Programa de formação

de gerentes nos aspectos humanos em

saúde, segurança e meio ambiente.

Nesses encontros os participantes assistiam

aulas teóricos-vivenciais com uma equipe

formada por dois psicólogos do trabalho, um

engenheiro de segurança, um médico do

trabalho e uma ergonomista.

Liderança humanizada é igual a vida bem sucedida. Além das aulas ,o treinamento contava com sessões de cinema dentro da temática, tarefas para realizar entre os encontros e o ponto alto que era o trabalho de conclusão de curso. Os participantes eram estimulados, acompanhados e orientados na elaboração de uma proposta de implementação de algum conhecimento aprendido no curso, desde que a proposta não necessitasse de orçamento extra e nem autorização de níveis superiores.

O foco era garantir e estimular:

❖ O protagonismo – iniciativas pessoais usando recursos e autonomia

já existentes;

❖ O empoderamento – descobrir e utilizar seus melhores talentos,

❖ Transposição do conhecimento – a aplicação direta do aprendizado

para que o programa não virasse mais uma apostila esquecida na

gaveta;

Ao final, além de compartilharem seus projetos e iniciativa num seminário

que contava com a presença de todo o grupo, compartilhando boas

práticas, cada participante recebia um certificado “Curso de extensão

universitária”, emitido por uma universidade parceira.

Comunicando ao avesso: será que funciona usar fotos de acidentes para conscientizar?

Será que estamos no real

caminho da conscientização,

quando investimos um tempo

enorme em produzir

filminhos, slides e cartazes

contendo cenas de pessoas

mutiladas, queimadas,

esmagadas durante a

realização de suas atividades,

para expor aos nossos

colaboradores?

O estudo aprofundado do comportamento seguro nos explica que,

para que ele seja adotado para pessoas, é necessário garantir que ela

aprendeu como fazê-lo. Métodos didáticos como:

▪ Contato com procedimentos de segurança;

▪ Informações sobre riscos e perigos da atividade;

▪ Prática orientada para treino de habilidades motoras;

▪ Estudo de operações bem sucedidas e malsucedidas (acidentais) do

equipamento a ser usado e suas consequências;

São exemplos de recursos educativos que podem compor um esquema

de aprendizagem de comportamentos seguros. Se utilizado de forma

correta, todo este conjunto garantirá à empresa que aquele

colaborador foi treinado de forma mais efetiva, e que o recurso do

treinamento de segurança foi bem empregado.

Comunicando ao avesso: será que funciona usar fotos de acidentes para conscientizar? Algumas patologias estão ligadas às imagens negativas recorrentes em nossa mente, como é o caso do estresse pós traumático, no qual a pessoa vítima de acidente não consegue tirar da memória as cenas vividas, o que traz imenso desconforto, impedindo seu retorno a uma vida normal após o ocorrido. Bley fez uma enquete informal com gerentes de industrias, profissionais de manutenção, motoristas de carga, operadores de equipamentos pesados, pessoal e construção civil: ➢ Você lembra com facilidade das fotos e situações mais chocantes com que teve contato no ultimo ano? ➢ Elas ficaram vivas em sua memória todos os dias? Se sim, que consequência elas causaram para seu sono e para sua capacidade de conviver com aqueles perigos? ➢ Tais imagens fizeram você interagir com mais cautela? Por quanto tempo? Duas horas? Um mês? Mais? Para as pessoas que ficaram com senas na memória por muito tempo, esta experiência apresentou-se como desconfortável, causadora de ansiedade, foi tema de alguns pesadelos, além de terem experimentado medos com relação ao objeto da cena como : dirigir automóveis, pegar estrada, entrar no setor onde ocorreu o acidente, operar determinada máquina. Pode-se considerar minimamente que o uso de fotos de acidentes nos treinamentos é no mínimo arriscada

Comunicando ao avesso: será que funciona usar fotos de acidentes para conscientizar?

➢ Nosso desafio como prevencionistas é aperfeiçoar

casa vez mais nossas práticas didáticas, aprofundar

nossos conhecimentos e estudos sobre o que

realmente é comportamento humano e como

conscientizar pessoas (fugir do senso comum e de

fórmulas velhas) e garantir que nosso público

receba de nós muito mais do que as imagens de

fracassos da segurança.

➢ precisamos mostrar a forma correta de trabalhar,

com comportamentos seguros e procedimentos

seguidos.

➢ Educar pelo medo NÃO é uma boa prática. Educar

pelo amor a vida SIM