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Refletindo sobre o fazer.
Cuidando de si e do outro
“todos os santos dias”
Psicologia da Engenharia de Segurança do
Trabalho
Prof.ª Dr.ª Aldenira Barbosa Cavalcante
5ª AULA
Para praticar, implementar,
diagnosticar e intervir no
campo do Comportamento
Seguro é preciso mais do que
boa vontade, uma intenção
positiva e recurso financeiro.
É preciso conhecer
efetivamente os mitos e
verdades que operam em
torno do tema para poder
migrar da psicologia do senso
comum para uma abordagem
consistente e embasada.
Todos os envolvidos Psicólogos,
Engenheiros, Técnicos de
Segurança no Trabalho, Técnicos
de Enfermagem, Gestores de
Pessoas, Diretores, e outros,
somos todos pessoas cuidadoras.
Nossa missão conjunta é
trabalhar para que as empresas
progridam, o país cresça, as
pessoas trabalhem e tenham
uma vida digna, e que a
sociedade evolua.
Para desenvolver uma sólida
cultura de Segurança é preciso
que cada pessoa envolvida da
diretoria ao chão da fábrica se
coloque disponível para passar,
individualmente, por uma
transformação profunda na forma
de ver-pensar-sentir-agir-
interagir com sua vida e seu
trabalho.
Mudar de hábito é um grande
desafio, com facilidade nos
engajamos e com facilidade
nos perdemos em imprevistos,
exigências externas á nossa
vontade, desculpas vazias e
preguiça!
Bley faz o seguinte questionamento: se para nós é tão difícil
adotarmos formas mais prazerosas e saudáveis de viver, por
que deveria ser fácil para nossos colaboradores?
Pedira para um operador de torno 30 anos de serviço
(desregrado do ponto de vista da segurança), que passe a usar
óculos de proteção, é algo de extremamente desafiador para ele.
Exigirá dele abertura para a mudança, flexibilidade para lidar
com as consequências novas daquele comportamento (calor,
certo incômodo, mudança na relação visual com o objeto), não
adianta uma palestra apenas, temos que estar perto, praticar o
cuidado junto com humanização.
CUIDANDO DE SI E DO OUTRO todos os santos dias!
Imaginemos que nosso colaborador
esteja disposto e aberto a enfrentar estas
consequências ditas anteriormente (o
desconforto de usar óculos de proteção
rotineiramente) imediatas da mudança
de hábito de trabalhar sem óculos, para
trabalhar com os óculos. Isto seria o fim
do processo? NÃO!
Além de dar o primeiro passo, mudar
exige algo a mais. Mudar exige SENTIDO e
CONSTÂNCIA. Sentido que seja algo
relevante, compreensível, plausível, que
permita o engajamento. Constância como
ritmo. Ela significa repetir o
comportamento TODOS OS DIAS!
Mas como esse comportamento é
novo e não tem referências
anteriores, precisamos aprendê-lo
e praticá-lo, até que faça sentido
e se torne um hábito retido na
memória.
CUIDANDO DE SI E DO OUTRO todos os santos dias! Nós precisamos usar autocontrole em muitas atividades do dia a dia, do trabalho à vida em família. “Todos os dias recarregamos nossa capacidade de autocontrole, desde que tenhamos entre sete e oito horas de sono de qualidade , não consumindo drogas ou álcool, com nutrição adequada e atividade física em dia. Então, para usar o autocontrole na mudança de comportamento, é preciso estar com essa capacidade carregada ao máximo. Por isso o processo não será igual para todas as pessoas e por isso também devemos buscar dar um passo de cada vez!” A verdade é que o cérebro precisa de tempo para que nosso intelecto desenvolva novas formas de pensar e agir , para constituir novas memórias, e com elas, novos comportamentos. Mais importante que contar os dias, é manter a constância. Seja lá o que queira incorporar como hábito, faça todos os dias, sem desculpas! Hábitos são construídos por comportamento, recompensa e gatilho. Para que o comportamento mude, é preciso criar gatilhos e recompensas.
Humanização
O conceito de humanização está ligado
à valorização das pessoas e das equipes ,
exaltando características como compaixão,
benevolência e empatia.
Também está ligado à autonomia , conforme
descrito neste vocábulo da Fiocruz:
“‘Humanização’, assim, em sua gênese, indica
potencialização da capacidade humana de ser
autônomo em conexão com o plano coletivo que
lhe é adjacente.”
Para promover essa valorização dos empregados , as organizações costumam adotar iniciativas que contribuem para:
- Melhorar a qualidade de vida e de trabalho;
- Construir relações mais democráticas e justas;
- Mitigar as desigualdades e diferenças de raça, sexo ou credo;
- Fomentar o desenvolvimento e crescimento das pessoas. Para tanto, é preciso conhecer os pontos de convergência entre os valores e missão da companhia e os desejos do cliente interno , investindo em práticas que alinhem esses pontos. Humanização
O aumento da produtividade da empresa,
causado pelo envolvimento da empresa
nos objetivos pessoais do funcionário ,
pode ser mensurado através das seguintes
evidências:
1. Aumento da motivação dos
funcionários;
2. Redução do número de acidentes;
3. Redução do absenteísmo;
4. Colaboração entre os funcionários;
5. Proatividade.
Porém, para que todos esses objetivos
tornem-se realidade, é necessário cuidar
também para que o ambiente de
trabalho seja favorável e contribua para
o bem estar físico e psicológico do
colaborador.
Quais São Os Principais Benefícios de uma Empresa Humanizada?
A humanização pode agregar diversos benefícios, dependendo da
estratégia, do nível de alinhamento às aspirações dos funcionários e de sua
inclusão.
Vantagens de uma empresa humanizada
Ambiente colaborativo: ninguém gosta de trabalhar em um lugar em que é
oprimido e cobrado constantemente , concorda?
O processo de humanização reverte esse cenário, valorizando a
colaboração como um dos pilares para alcançar os objetivos.
Melhora do Clima Organizacional: Se existe colaboração, a tendência é que
o clima corporativo melhore, pois os colegas passam a se enxergar como
companheiros , e não competidores.
Eles saberão que podem contar com quem os cerca para otimizar atividades
rotineiras, iniciar novos projetos e corrigir falhas.
Redução do Turnover: Turnover é o termo que descreve a taxa de
rotatividade dentro da organização.
Quando essa taxa é alta, há grande impacto nas finanças da companhia, que
precisa arcar frequentemente com despesas de recrutamento, seleção,
demissões e integração de novos empregados.