


























Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity
Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium
Prepare-se para as provas
Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity
Prepare-se para as provas com trabalhos de outros alunos como você, aqui na Docsity
Os melhores documentos à venda: Trabalhos de alunos formados
Prepare-se com as videoaulas e exercícios resolvidos criados a partir da grade da sua Universidade
Responda perguntas de provas passadas e avalie sua preparação.
Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium
Comunidade
Peça ajuda à comunidade e tire suas dúvidas relacionadas ao estudo
Descubra as melhores universidades em seu país de acordo com os usuários da Docsity
Guias grátis
Baixe gratuitamente nossos guias de estudo, métodos para diminuir a ansiedade, dicas de TCC preparadas pelos professores da Docsity
O projeto 'enem em evidência', desenvolvido pela secretaria de educação, juventude e esportes, com foco na redação e temas atuais nas áreas de linguagens, matemática, ciências da natureza e humanas. O projeto visa ajudar os estudantes a construir um texto argumentativo-dissertativo proposto no enem, fornecendo materiais semanais com técnicas de redação, sugestões de temas e metodologias para o corpo docente. Além disso, são fornecidos temas e acontecimentos atuais como subsídios para a produção da redação e resolução de questões da área.
Tipologia: Notas de estudo
1 / 34
Esta página não é visível na pré-visualização
Não perca as partes importantes!
A Secretaria de Educação, Juventude e Esportes por meio da Diretoria da Educação Básica – a Gerência de Desenvolvimento do Ensino Médio desenvolveu o Projeto “ENEM EM EVIDÊNCIA”, com foco na Redação, baseando-se em temas atuais propostos nas áreas de Linguagens, Matemática, Ciências da Natureza e Humanas visando a contextualização. O principal objetivo desta proposta é contribuir com a ação pedagógica do professor, propondo temas e dinâmicas de construção de textos que auxiliem os estudantes a ter o maior número de dados possíveis, em relação aos conhecimentos produzidos pela humanidade, aos fatos sociais da atualidade e as técnicas de redação, instrumentalizando-os para a construção de um texto argumentativo-dissertativo proposto no ENEM.
Mediante esta necessidade, Assessores Técnicos das áreas de Linguagens, Matemática, Ciências da Natureza e Humanas sugerem um material que será disponibilizado semanalmente, no site da Seduc, abordando as técnicas de um texto argumentativo-dissertativo, sugestões de temas e metodologias para apoio ao corpo docente no planejamento das aulas que envolvem elaboração da redação de acordo com a proposta do Enem.
Serão sugeridos quatro temas, que envolverão as diversas áreas do conhecimento, que poderão ser trabalhados numa proposta inter/transdisciplinar e contextualizada. De acordo com a proposta, o professor de Língua Portuguesa trabalhará a efetivação das técnicas, enquanto os demais componentes subsidiarão seu trabalho com os conhecimentos específicos, informações e dados.
Ao final das quatro semanas, com o simulado, espera-se que os alunos demonstrem um melhor desempenho ao redigirem um texto argumentativo- dissertativo e conhecimentos sobre os temas propostos.
A maioria dos vestibulares exige, para redação, o tipo de texto argumentativo. O Enem, no entanto, escolheu como norte o texto dissertativo- argumentativo: a redação esperada pelos examinadores precisa defender uma idéia usando explicações para justificá-la. Mas, além de apresentar uma tese sobre o tema, apoiada em argumentos consistentes, a redação deve oferecer uma proposta de intervenção na vida social , respeitando os direitos humanos. Essa proposta deve considerar os pontos abordados na argumentação, deve manter vínculo direto com a tese desenvolvida e coerência com os argumentos usados, já que expressa a visão do autor, das possíveis soluções para a questão discutida. O candidato deve sempre buscar propostas concretas, específicas, consistentes com o desenvolvimento de suas idéias. Antes de elaborá-la, deve procurar responder às perguntas: O que é possível apresentar como proposta de intervenção na vida social? Como viabilizá-la? Deve-se elaborar uma proposta de intervenção detalhada, relacionada ao tema e articulada à discussão desenvolvida no texto. Ela deve ser clara, inovadora e, sobretudo, viável.
o CIÊNCIAS HUMANAS o CIÊNCIAS DA NATUREZA o MATEMÁTICA o LINGUAGENS
A partir da leitura dos textos motivadores seguintes, propomos que estes sejam analisados, comentados e explorados em forma de seminários, resumos, relatórios, resenhas, sínteses, para que, posteriormente, com o professor de Língua Portuguesa seja construído um texto dissertativo- argumentativo na modalidade escrita formal sobre os temas propostos. Apresente experiência ou proposta de ação social que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista. Como é comum encontrar questões que retomam temas da atualidade e de grande repercussão na mídia, a Área de Conhecimento nos seus respectivos componentes curriculares, preparou uma seleção de temas e acontecimentos muito comentados na atualidade, que servirão de subsídios no momento de produção da redação, assim como, na resolução de questões da área.
MSF alerta: cinco epidemias para acompanhar em 2016
Cinco doenças com potencial para se tornarem epidemias em 2016 estão sendo destacadas pela organização humanitária internacional Médicos Sem Fronteiras (MSF), na ocasião da reunião do Conselho Executivo da Organização Mundial da Saúde (OMS) em Genebra, na Suíça. Sem investimento apropriado para prevenir e responder a surtos de cólera, malária, sarampo, meningite e um grupo de doenças menos conhecidas propagadas por vírus e parasitas, essas doenças
podem representar uma ameaça ainda maior para a saúde das pessoas ao longo deste ano. As estratégias atuais para evitar grandes surtos de doenças mostram apenas um sucesso limitado. Epidemias continuam ocorrendo, por vezes com consequências devastadoras para alguns países menos desenvolvidos. As epidemias abrem brechas nos sistemas de saúde nacionais, esgotam os recursos disponíveis e, em muitos casos, matam um número elevado de pessoas. “Sabemos que milhares de vidas estarão em risco este ano, embora existam meios para evitar essas mortes”, diz a Dra. Monica Rull, consultora operacional de saúde para MSF. “Epidemias de cólera, malária, sarampo e meningite acontecem todos os anos, incapacitando e matando muitos. E isso precisa parar. Ao mesmo tempo, a ameaça representada por vírus emergentes e re-emergentes e doenças propagadas por parasitas, como a dengue, o zica, o Ebola e o calazar, precisa ser enfrentada.” Junto a medidas preventivas, devem ser disponibilizados recursos para estruturar sistemas de resposta emergenciais efetivos. Isso deve ser parte de um esforço global para ajudar países a fortalecer suas infraestruturas de saúde e competências, e oferecer educação em saúde às comunidades locais. Mecanismos de alerta rápido devem ser acompanhados de atividades de resposta rápida quando um surto eclodir, com a oferta de cuidados médicos gratuitos e de qualidade a todos os afetados. A agenda da área de pesquisa e desenvolvimento (P&D) deve ser reorientada para o bem público maior, com o reconhecimento de que não se pode contar com as forças de mercado para a entrega de ferramentas eficazes, acessíveis e a preços justos para grupos populacionais carentes. MSF enfatiza que o primeiro passo para a segurança sanitária mundial é a segurança sanitária individual, incluindo os doentes e as pessoas mais vulneráveis. “As estratégias de resposta a surtos atuais estão falhando com as pessoas que deveriam ajudar”, diz a Dra. Monica Rull. “Se não fizermos mudanças significativas, estaremos condenados a repetir os mesmos erros do passado, e devemos assumir a responsabilidade pelas consequências.”
INSTRUÇÃO : A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, apresente proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista sobre o tema:
Desafios na saúde pública: como lidar com epidemias no Brasil?
Texto Motivador 1 Crônica de Quinta: Duas epidemias sobrepostas
Leia o título no jornal: "Zika agrava abandono de mulheres no Nordeste". Este "agrava", no início da frase, é tão dramático quanto o " Zika" que o antecede, pois nos diz de duas epidemias sobrepostas. A mais antiga, o abandono sistemático de mulheres e filhos, já é aceita naturalmente, como se fizesse parte da normalidade. Resta pedir aos céus que não nos acostumemos com a outra. A mulher entrevistada na reportagem que justifica o título chama-se Josemary, nome que a mãe escolheu pretendendo alguma modernidade, e da Silva, sobrenome do anonimato brasileiro. Josemary mora em Algodão de Jandaíra, a uma hora de ônibus de Campina Grande, e pode considerar-se feliz com o endereço, porque muitos moram mais longe. Há quatro meses teve um filho microcéfalo. Já tinha quatro meninos. O marido, pai dos cinco, se mandou antes mesmo do bebê nascer. (...)
Disponível em:<http://www.marinacolasanti.com/2016/02/cronica-de-quinta-duas- epidemias.html>Acesso em 29 ago.2016.
Texto Motivador 2
A Constituição Federal de 1988 instituiu o Sistema Único de Saúde (SUS), que tem sua origem no movimento conhecido como Revolução Sanitária, nascido nos meios acadêmicos na década de 1970. Seu principal pilar era a defesa da saúde como direito de todos. O movimento teve como marco a 8ª Conferência Nacional de Saúde, em 1986, que, além de ajudar a propagá-lo, produziu um relatório final que serviu de base para os debates na Assembleia Constituinte. Na estratégia adotada pelo SUS não há hierarquia entre os níveis de governo, mas cada uma das esferas – federal, estadual e municipal – tem competências distintas. O principal financiador da saúde pública no país é a União que, também, tem a responsabilidade de formular políticas na área. Essas políticas devem ser implementadas por estados e municípios. Cabem aos governos estaduais organizar o atendimento em seu território e aos municípios gerir as ações e os serviços ofertados à população. Um dos principais problemas na implantação do SUS, segundo especialistas, autoridades e profissionais, é que a atenção básica não dá conta desse papel inicial, de funcionar como porta de entrada do sistema, e as unidades de média e alta complexidade acabam sobrecarregadas. Muitas vezes, as doenças dos pacientes encaminhados aos hospitais poderiam ser evitadas com ações mais efetivas na área da prevenção ou tratadas em estágio inicial.
Disponível em:<http://noticias.terra.com.br/brasil/criado-ha- 25 - a…,f2c87496fe590410VgnCLD2000000ec6eb0aRCRD.html> Acesso em 28 ago. 2016.
Texto Motivador 3
Apesar dos avanços científicos, as epidemias ainda causam grande inquietação na humanidade.
...“No século passado, os horrores da Primeira Guerra Mundial não poderiam ser relacionados somente ao poderio bélico dos países envolvidos no combate. A gripe espanhola acabou matando cerca de 20 milhões de pessoas que viviam na
Europa ou passaram por lá entre os anos de 1914 e 1918. No fim desse século, a geração do “amor livre” ficou aterrorizada quando, na década de 1980, a AIDS se transformou em uma terrível epidemia que hoje acumula um índice de 35 milhões de infectados.” Disponível em <http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/curiosidades/as-piores- epidemias-historia.htm>Acesso em 28 ago.2016.
Texto Motivador 4
Disponível em: <http://saude.estadao.com.br/noticias/geral,numero-de-casos-de- dengue-no-brasil-sobe- 162 - sp-puxa-alta,1649501> Acesso em 28 ago. 2016_._
Sugestões de links e vídeos/textos:
Tema Link Descrição Método da Redação Nota 1000
https://www.youtube.com/watch?v=JyT bxINFWws
Como colocar as ideias no papel. Método da Redação
https://www.youtube.com/watch?v=_B BKn0z449E
Como fazer a introdução na Redação do Enem. Redação Nota 1000
https://www.youtube.com/watch?v=jzK cGQpwcv
Elaboração da estrutura da Redação ENEM: Introdução Desenvolvimento Conclusão
“O que é escrito sem esforço é geralmente lido sem prazer.” Samuel Johnson.
As observações a seguir são muito oportunas, dada a sua importância no contexto da dissertação escolar, além de serem fruto de inúmeras interrogações, durante o ano letivo.
I. PLANEJAMENTO
Para obter um resultado mais positivo, o planejamento do texto a ser produzido deve ser calcado numa sequência rigorosa, sejam quais forem a modalidade e o tema. Para o sucesso de nossas ações na vida, precisamos sempre planejá-las e, quanto mais importante for a jornada de que participamos, cuidadosamente devemos preparar as etapas a serem efetivadas, já que desse comportamento depende totalmente, ou em grande parte, a conquista de nossos objetivos. A produção de um texto é algo meticuloso e depende de ações inter- relacionadas, mas não mecânicas, porque sempre diferentes, com nuances, em geral, de texto para texto, de tema para tema. Esse pequeno comentário pretende mostrar a importância que tem o planejamento do texto a ser produzido com conteúdos utilizados para à melhoria da escrita, como: variantes lingüísticas, semântica, estrutura e formação das palavras, acentuação gráfica, funções da linguagem, estudo dos verbos, elementos coesivos seqüenciais, coerência e outros. a. Lendo a coletânea, identificando o tema e anotando as ideias: O contato com o(s) texto(s) de apoio é um momento importante na produção de um texto dissertativo, pois é por meio dele que se tem a oportunidade de ampliação das informações sobre o tema a ser abordado. Normalmente, a coletânea constitui-se de textos de qualidade, que nem sempre temos, até porque, geralmente, foram produzidos por profissionais da área, com um tempo disponível com
o qual não contamos. Portanto, acostume-se a fazer uso da coletânea sublinhando e anotando alguma(s) ideias(s) importantes. b. Anexando alguma ideia própria: Aproveitar ideia(s) da coletânea é muito importante, como vimos no item anterior, mas você não pode abrir mão de uma ou outra idéia própria, pois esta dará ao texto a chamada ”marca de autoria”, ou seja, o registro do seu próprio pensamento, da sua visão de mundo, de sua posição pessoal diante do assunto que está discutindo. c. Produzindo a introdução: Momento dos mais importantes na produção do texto, pois a introdução deve apresentar a tese. A tese contém a posição do autor diante do tema e que, por isso mesmo, direciona a discussão. Se a discussão tiver de acordo com tal direcionamento, um dos aspectos indispensáveis da dissertação já estará garantindo: a coerência entre argumentação e tese. d. Selecionando as ideias: Dentre as ideias que você anotou, selecione algumas – duas ou três
f. Produzindo a conclusão: Neste último parágrafo, deve-se confirmar a defesa da tese, realizada por meio da argumentação. g. Análise do rascunho: Este momento é a última oportunidade para melhorar o seu texto, “limpando-o” das possíveis incorreções(estruturais, gramaticais, temáticas).
II. ESTRUTURA DA REDAÇÃO DISSERTATIVA (I)
a. Tema: o É o assunto sobre o qual se escreve, ou seja, a idéia que será defendida ao longo da dissertação. Deve-se ter o tema como um elemento abstrato. Nunca se refira a ele como parte da dissertação. b. Título : o Caso seja pedido nas instruções da prova, não pode ser esquecido. Apesar de o título ser importante para uma dissertação, é também perigoso, pois, o estudante pode equivocar-se e dar um título que não corresponda ao âmago da redação. Deve ser criado apenas no momento de se passar a redação a limpo, e não antes. Ele deve inspirar-se no conteúdo do texto e não no tema. Se possível, que seja curto, indireto(metafórico), sem forma verbal e centralizado na folha. A colocação de letras maiúsculas em todas as palavras, menos artigos, preposições e conjunções, é facultativa. c. Epígrafe : o Tem valor apenas decorativo, o que caracteriza um risco desnecessário. Mas caso você resolva fazer uso dela, “amontoe” as palavras no canto superior esquerdo da folha, finalizando com a indicação do autor da frase.
d. Espaços : o O ideal é “pular” uma linha entre o título e o início do texto. Se não houver título, deve-se começar a escrever já na 1ª linha. O tradicional espaço no início dos parágrafos deve ser respeitado, com as linhas sendo ocupadas inteiramente. A última linha do parágrafo poderá ou não ser totalmente preenchida, já que isso depende da finalização de cada parágrafo. e. Letra: o Preferencialmente a cursiva, mas a chamada “de forma” é normalmente aceita. É indispensável, claro, que seja legível. f. Dimensões: o O tamanho da redação deverá estar indicado nas instruções e deve ser obedecido. O tamanho dos parágrafos depende do que se tem a dizer em cada um deles, mas é bom que a diferença de tamanho entre um e outro não chegue a chamar a atenção. Quanto à quantidade deles, depende também das necessidades para se dizer tudo o que se quer, em relação ao tema discutido. g. Diálogo com o leitor: o Proibido. A interlocução é extremamente ruinosa para a avaliação do texto, a não ser que as instruções permitam ou determinem esse uso. h. Recurso visual : o Proibido. Não se pode usar sinais matemáticos, por exemplo, nem maiúsculas alegorizantes, palavras sublinhadas ou grifadas ou mesmo sinais de pontuação não oficiais, como?! ou !!!, além de outros. i. Gíria, estrangeirismo, sigla, abreviatura, numeral : o Devem ser evitados, mas há circunstâncias em que o emprego é possível.
importantes do desenvolvimento. É a parte inicial do texto dissertativo, que contém a tese, em que figura a posição do emissor sobre a questão (tema) a ser discutida. A tese pode ser elaborada de maneiras diferentes, mas não pode faltar de forma alguma, pois sua ausência determina incoerência total do texto, já que se argumentou e se concluiu em defesa de uma ideia(posição ) que não foi apresentada. o A produção do parágrafo introdutório da dissertação precisa ser encarada pelo autor como um dos momentos fundamentais, decisivos para o sucesso do texto, especialmente porque a introdução contém a tese, ou seja, o ponto de vista que o autor pretende defender por meio dos argumentos. A tese é o alicerce do texto, o tópico frasal que orientará todo o raciocínio seqüente sobre o tema a ser discutido a partir daí. Uma tese bem formulada facilitará a argumentação e aumentará as chances de produção de um texto de maior qualidade. o Nesse parágrafo, como de resto em toda a dissertação, a linguagem há de ser clara e particularmente objetiva, sem “rodeios” ou divagações. Nele, ainda não se discute o tema, não se tenta provar coisa alguma. A preocupação, por enquanto, é fazer com que o leitor seja informado sobre o tema que se vai discutir e qual é a posição que o autor se dispõe a defender em relação a esse tema.
2. Como fazer introdução o O primeiro parágrafo da redação pode ser feito de diversas maneiras diferentes: a. Trajetória histórica: Traçar a trajetória histórica é apresentar uma analogia entre elementos do passado e do presente; eles devem ser similares; há semelhança entre os argumentos apresentados, ou seja, a trajetória histórica é usada,
quando houver um fato no passado que seja comparável, de alguma maneira, a outro no presente. Quando apresentar a trajetória histórica na introdução, deve-se discutir, no desenvolvimento, cada elemento em um só parágrafo. Não misture elementos de épocas diferentes em um mesmo parágrafo. A trajetória histórica torna convincente a exemplificação; só se deve usar esse argumento, se houver conhecimento que legitime a fonte histórica. b. A analogia: A analogia revela, antes de tudo, criatividade, o que torna o texto exclusivo, diferenciado, original. Além dessa vantagem, fica evidente o domínio do emissor do texto sobre as nuances da linguagem e a conseqüente capacidade de articulação. c. Comparando socialmente, geograficamente ou historicamente: É apresentar uma analogia entre elementos, porém sem buscar no passado a argumentação. É comparar dois países, dois fatos, duas personagens, enfim, comparar dois elementos, para comprovar o tema. Lembre-se de que se trata da introdução, portanto a comparação apenas será apresentada para, no desenvolvimento, ser discutido cada elemento da comparação em um parágrafo. d. Conceituando ou definindo uma idéia ou situação: Em alguns temas de dissertação surgem palavras-chave de extrema importância para a argumentação. Nesses casos, pode-se iniciar a redação com a definição dessas palavras, com o significado delas, para, posteriormente, no desenvolvimento, trabalhar com exemplos de comprovação.
e. Citação: Citar uma frase de alguém, por exemplo, seja filosófica, política, literária, ou de qualquer outro tipo, causa impressão positiva no leitor, já que reflete erudição ou, no mínimo, informação e memória. A citação pode aparecer em qualquer parte do texto, seja como reforço argumentativo, seja como ilustração conclusiva, apesar de comumentemente compor a introdução, podendo, até mesmo, ser a tese. Poderá ser feita formal ou informalmente. h. A contra-argumentação: O contra-argumento, na dissertação, deve ser entendido como ressalva à tese defendida; logo, não se deve exagerar em seu uso – aconselha-se com ênfase e qualidade tais, de maneira que ele venha sobrepor-se aos argumentos. O recurso da contra-argumentação valoriza o debate temático, por ampliá-lo e por revelar o domínio que o autor tem sobre o assunto, a ponto de abordar lados opostos do mesmo problema. É preciso, todavia, reconhecer que a utilização dessa técnica oferece riscos, pois, se não forem tomados certos cuidados, como uma adequada articulação quanto à contextualização da ressalva, ela pode passar a impressão de incoerência, de contradição, o que é imperdoável no trabalho de defesa de uma tese. É conveniente; ainda, que, para minimizar essa possibilidade, o contra-argumento seja utilizado no segundo parágrafo, logo após a apresentação da tese , a fim de se evitar a sua exposição misturada aos outros argumentos, como se fosse uma presença aleatória, não planejada, fruto de uma distração.
i. Contestando uma idéia ou citação, contradizendo, em partes: Quando o tema apresentar uma idéia com a qual não se concorda inteiramente, pode-se trabalhar com este método: concordar com o tema, em partes, ou seja, argumentar que a idéia do tema é verdadeira, mas que existem controvérsias; discutir que o assunto do tema é polêmico, que há elementos que o comprovem, e elementos que discordem dele, igualmente. Não se esqueça de que o desenvolvimento tem que ser condizente com a introdução, estar em harmonia com ela, ou seja, se trabalhar com esse método, o desenvolvimento deve conter as duas comprovações, cada uma em um parágrafo. j. Refutando o tema, contradizendo totalmente: Refutar significa rebater os argumentos; contestar as asserções; não concordar com algo; reprovar; ser contrário a algo; contrariar com provas; desmentir; negar. Portanto, refutar o tema é escrever na introdução, o contrário do que foi apresentado pelo tema. Deve-se tomar muito cuidado, pois não é só escrever o contrário, mas mostrar que se é contra o que está escrito. O ideal, nesse caso, é iniciar a introdução com Ao contrário do que se acredita... Não se esqueça, novamente, de que o desenvolvimento tem que ser condizente com a introdução, estar em harmonia com ela , ou seja, se trabalhar com esse método, o desenvolvimento deve conter apenas elementos contrários ao tema. Cuidado para não cair em contradição. Se for, na introdução, favorável ao tema, apresente no desenvolvimento apenas elementos favoráveis a ele; se for contrário, apresente apenas elementos contrários.
1. Resumo do que será apresentado no desenvolvimento: Uma das maneiras mais fáceis de elaborar a introdução é apresentar o resumo do que se vai discutir no desenvolvimento. Nesse caso, é necessário planejar cuidadosamente a redação toda, antes de começá-la, pois, na introdução , serão apresentados os tópicos a serem discutidos no desenvolvimento. Deve-se tomar o cuidado para não se apresentarem muitos tópicos, senão a dissertação será somente expositiva e não argumentativa. Cada tópico apresentado na introdução deve ser discutido no desenvolvimento em um parágrafo inteiro. Não se devem misturá-los em um parágrafo só, nem utilizar dois ou mais parágrafos, para se discutir um mesmo assunto. É importante salientar que a qualidade dessa parte do texto dissertativo depende diretamente da tese anteriormente formulada. Daí a importância do projeto ou esboço de texto que deve ser feito antes de se começar a escrever. Nos parágrafos do desenvolvimento, o autor revela a capacidade de manifestar seu posicionamento de forma coerente em relação à tese; expõe suas posições sociais e ideológicas, constrói sua argumentação de forma lógica e clara a fim de convencer o leitor. Cada argumento deve ser desenvolvido e explicado em um parágrafo próprio. Lembrando-se também que, não se deve trabalhar apenas um argumento. Observação : convém lembrar que a seleção dos tipos de argumento depende do repertório de quem escreve, de seus conhecimentos prévios sobre o tema proposto, além da adequação à defesa da tese.
1. Conclusão: É o ponto de chegada da discussão, a parte final do texto em que se condensa o conteúdo desenvolvido, reafirma-se o posicionamento exposto na tese ou lança-se perspectiva sobre o assunto. O resultado desse processo são textos dissertativos com conclusões que comprometem toda a produção. Outro fator que contribui para a pouca qualidade de conclusões é que, exatamente por ser o final, o autor a negligencia, por cansaço, ou por entender que a qualidade das duas partes anteriores já lhe garantiram a boa nota de que precisa. Comumente, a conclusão é iniciada por uma conjunção do tipo “ Por isso”, “ Portanto”, “Logo”, “ Por conseguinte”, ou por expressões como “Em síntese”, “Em resumo”, “Em suma”, “consequentemente”, “Assim sendo”, “Tendo em vista o exposto”. Convém lembrar também que nela não pode haver pergunta sem resposta, a não ser que se trate de retórica. Não conclua sua redação com as seguintes terminologias: concluindo, em resumo, nada mais havendo, poderia ter feito melhor, como o tempo foi curto, enfim, finalmente, por fim. Termine-a, sim, com conclusões consistentes (e não com evasivas). Formas de término Sugestões: Dessa forma,... Sendo assim,... Em vista dos argumentos apresentados,... Em virtude do que foi mencionado,... Assim,... Dado o exposto,... Por tudo isso,... Tendo em vista os aspectos observados,...
Interpretação de Gráficos no Enem A interpretação de gráficos no Enem tem sido exigida com grande frequência em todas as áreas do conhecimento. Nesse tipo de questão, normalmente, não é necessário o uso de cálculos e sim, uma análise criteriosa das informações. Em geral, a interpretação de gráficos no Enem não requer conhecimentos de fórmulas matemáticas ou exige grandes cálculos. O único objetivo do avaliador é observar se além de utilizar informações expressas em gráficos, o estudante sabe como resolver problemas com essas informações e consegue analisá-las a fim de construir argumentos, utilizando assim conhecimentos relacionados à Estatística. Ao analisar um gráfico, devemos verificar com que tipo de gráfico estamos lidando e levar em consideração que ele está fazendo uso de duas grandezas.
Dessa forma, resta-nos analisá-las para que, junto a uma cuidadosa leitura do enunciado, consigamos resolver a questão. Selecionamos alguns gráficos e infográficos com informações de epidemias recorrentes no Brasil que servirão como textos motivadores para exploração elaboração do texto argumentativo-dissertativo solicitado pelo professor de Língua Portuguesa.
TEMA I - EPIDEMIA Texto Motivador 1
Gráfico com dados oficiais mostra queda das infecções por Aedes aegypti no segundo semestre do ano
Texto Motivador 4
Estatísticas O Brasil foi um dos primeiros países, dentre os de baixa e média renda a fornecer tratamento gratuito para pessoas que viviam com AIDS – em 1996 pelo Serviço Único de Saúde (SUS). Enquanto isso, a maioria desses países aguardava financiamento internacional para suas respostas. Em consequência desta política de acesso universal, o Brasil teve uma queda acentuada na taxa de mortalidade associada à AIDS. O Brasil hoje tem uma das maiores coberturas de tratamento antirretroviral (TARV) entre os países de média e baixa renda, com aproximadamente metade das pessoas vivendo com HIV recebendo TARV, enquanto que a média global é de 41%. Veja abaixo as principais informações sobre o HIV no Brasil. Estimativas sobre o HIV e AIDS para o Brasil (2014) Em 2014, havia 734.000 [610.000 – 1.000.000] de pessoas vivendo com HIV; A prevalência de HIV estimada para o Brasil ficou entre 0,4 e 0,7 (% da população); Em 2014, estima-se que ocorreram 44.000 [31.000 – 57.000] novas infecções pelo HIV; O número de mortes relacionadas à AIDS no Brasil foi de 16.000 [9.900 – 23.000] em 2014. Sobre a epidemia de AIDS no Brasil: Algumas populações são mais afetadas que outras. Ao passo que se estima que entre 0,4% e 0,7% da população geral esteja vivendo com HIV, entre homens gays e outros homens que fazem sexo com homens (HSH) essa proporção cresce para 10,5% (como mostra o gráfico abaixo). Outras populações afetadas no Brasil são as pessoas que usam drogas e as profissionais do sexo. O Brasil recentemente adotou novas estratégias para frear a epidemia de AIDS, oferecendo tratamento a todas as pessoas vivendo com HIV, independentemente de seu estado imunológico (contagem de CD4); simplificando e descentralizando o tratamento antirretroviral; aumentando a cobertura de testagem de HIV em populações-chave, entre outras iniciativas. Taxas de prevalência de AIDS em populações-chave. Brasil, 2009 – 2013
O gráfico abaixo mostra a cascata de cuidado contínuo no Brasil. Ela estabelece a linha de base e permite avaliar o progresso brasileiro rumo à meta 90- 90-90 , estabelecidas pelo UNAIDS. A meta 90-90-90 prevê que, até 2020, 90% das pessoas vivendo com HIV estejam diagnosticadas; destas, que 90% delas estejam em tratamento; e que, das pessoas em tratamento, 90% apresentem carga viral indetectável. Na cascata brasileira, observa-se que do total de pessoas vivendo com HIV, 80% foram diagnosticadas. Deste número, 48% estão em tratamento para o HIV. Das pessoas em tratamento, cerca de 40% apresentam carga viral indetectável. O mundo e o Brasil precisam alcançar esta meta até 2020 para evitar uma reversão da epidemia de AIDS.
Cascata do cuidado. Brasil, 2013
Fonte: Ministério da Saúde de Vigilância em Saúde/Departamento de DST,AIDS e Hepatites Virais. Disponível em: http://unaids.org.br/estatisticas/ acesso em 31/08/
Sugestões de links e vídeos/textos:
www.finanzasycoaching.com
Texto Motivador 1
Geografia e Epidemias
Jaime Oliva Algumas das grandes epidemias que vitimaram grandes contingentes de seres humanos têm em seus nomes uma dimensão geográfica: gripe espanhola, gripe asiática, por exemplo. Isso não é mera curiosidade e tem, na verdade, muitas implicações. É possível mostrar mais detalhadamente essa relação entre a expansão de doenças e o espaço geográfico: os seres humanos convivem com microorganismos, mas a cada novo território que ele usa e transforma mais microorganismos são introduzidos nessas relações. Para muitos desses microorganismos e suas mutações o corpo humano já adquiriu defesa, contudo quem ainda não entrou em contato com alguns desses microorganismos não possui essa defesa. Isso explica porque muitos microorganismos que os brancos colonizadores trouxeram para a América e que para estes eram inofensivos foram tão letais para as populações indígenas. O que não quer dizer que não existam microorganismos para os quais o corpo humano não tenha defesa. Para alguns não há tempo e por isso
desenvolveram-se fórmulas de criar essa defesa artificialmente. Entre uma dessas defesas está a geográfica. O que são as defesas geográficas contra a ação nefasta dos microorganismos: para melhor entendimento dois conceitos são chaves, são eles: endemia e epidemia. Endemia refere-se a doenças provenientes de microorganismos que estão circunscritas a determinadas porções do território. A febre amarela é um exemplo: ela está presente apenas em algumas regiões. Só são contaminados aqueles que vão para aquela área, porque os agentes transmissores estão ali situados e dificilmente conseguem migrar. Esse é o caso também da malária (ou paludismo, maleita). Essa terrível doença ataca muitas pessoas no planeta, mas ela é endêmica a algumas regiões: no Brasil sua mais importante manifestação é no norte do país onde há muitas regiões florestadas e abundância de cursos d‟água, já na África, praticamente o continente todo possui zonas de malárias. São tantos os locais de endemia da doença, que ela transita para a situação de epidemia. O que é epidemia: é quando doenças transmitidas por microorganismos extrapolam territórios circunscritos e começam a contaminar pessoas em vários lugares. Isso quer dizer que o agente transmissor migrou da área original de contaminação de modo descontrolado. Em geral isso acontece quando o agente transmissor é o próprio homem. Esse é o exemplo da gripe espanhola que chegou ao Brasil e de muitas outras epidemias, como por exemplo, a AIDS. Quer dizer a epidemia é a proliferação de doenças que deixam de ter como referência o território geográfico estático e passa a ter relação com os fluxos, os movimentos migratórios, as redes geográficas. Visto essas duas diferentes formas espaciais (endemia e epidemia) de manifestação de doenças geradas por microorganismos a medicina em sua ação preventiva busca atuar no espaço (além de atuar no campo propriamente médico) para conter as doenças. Isso que chamamos de defesa geográfica contra as endemias e as epidemias: onde a doença é endêmica busca-se sanear o ambiente (rural ou urbano), tentando exterminar-se os agentes portadores e transmissores dos microorganismos. Quando esses agentes podem migrar e gerar uma epidemia, busca-se o controle das fronteiras, por exemplo: é esse o sentido de barreiras em estradas, por exemplo, impedindo que se transportem seres vivos, alimentos de uma região para outra.