









Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity
Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium
Prepare-se para as provas
Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity
Prepare-se para as provas com trabalhos de outros alunos como você, aqui na Docsity
Os melhores documentos à venda: Trabalhos de alunos formados
Prepare-se com as videoaulas e exercícios resolvidos criados a partir da grade da sua Universidade
Responda perguntas de provas passadas e avalie sua preparação.
Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium
Comunidade
Peça ajuda à comunidade e tire suas dúvidas relacionadas ao estudo
Descubra as melhores universidades em seu país de acordo com os usuários da Docsity
Guias grátis
Baixe gratuitamente nossos guias de estudo, métodos para diminuir a ansiedade, dicas de TCC preparadas pelos professores da Docsity
Este documento aborda o tema de sistemas de equações diferenciais ordinárias (edos) autônomas e as soluções aproximadas usando o método de euler. Além disso, são discutidos os autovalores e autovetores, e como eles ajudam a determinar as soluções gerais de um sistema de edos. O documento também apresenta alguns exemplos para ilustrar as ideias.
Tipologia: Slides
1 / 15
Esta página não é visível na pré-visualização
Não perca as partes importantes!
O objetivo destas notas de aula È discutir e resolver sistemas de EDOs lineares onde h· duas funÁıes que queremos descobrir, todas elas funÁıes de uma mesma vari·vel independente (que, frequentemente, È o tempo).
dx dt
= F (x; y; t) ;
dy dt
= G (x; y; t)
Para ser exato, vamos nos concentrar em sistemas cujo lado direito n„o dependa de t, isto È, sistemas da forma dx dt
= F (x; y) ;
dy dt
= G (x; y)
Acompanharemos a discuss„o usando um exemplo cl·ssico em Ecologia Matem·tica: um sistema predador-presa (veja seÁ„o 9.7 do Stewart): dC dt
dL dt
onde C (t) È a populaÁ„o de presas (Coelhos) e L (t) È a populaÁ„o de predadores (Lobos), ambos como funÁıes de t (tempo). Uma soluÁ„o do sistema acima È um par de funÁıes (C (t) ; L (t)), que pode ser pensada como uma curva parametrizada no plano CL (chamado Plano de Fase). Dado um ponto (C; L), sabemos calcular o vetor velocidade
da curva-soluÁ„o (C (t) ; L (t)) neste ponto, a saber,
= (6C 0 : 1 CL; 2 L + 0: 05 CL). Por exemplo, se tivermos
inicialmente 30 coelhos e 40 lobos, teremos dCdt = 6C 0 : 1 CL = 180 120 = 60 coelhos por unidade de tempo e dL dt =^ ^2 L^ + 0:^05 CL^ =^ 80 + 60 =^ ^20 lobos por unidade de tempo no primeiro momento; assim, inicialmente, a populaÁ„o de coelhos sobe e a de lobos cai, e o vetor velocidade aponta na direÁ„o (60; 20). Fazendo o mesmo em cada ponto do plano (note que isto sÛ È possÌvel pois a velocidade n„o depende de t), podemos desenhar um Campo VetorialC ' = 6 C - 0.1 C L que mostra, em cada ponto, o vetor velocidade a ele correspondente: L ' = - 2 L + 0.05 C L
0 20 40 60 80 100
0
10
20
30
40
50
60
70
80
C
L
Plano de Fase (C-L) e Campo Vetorial
A Figura acima (obtida, como as outras, pelo PPLANE, de John Polking, disponÌvel para MatLab no endereÁo http://math.rice.edu/~dÖeld/) sugere o MÈtodo de Euler para sistemas de EDOs autÙnomas: dado o sistema
dx dt = F (x; y) ;
dy dt = G (x; y)
podemos calcular uma soluÁ„o aproximada comeÁando de (x 0 ; y 0 ) e ent„o fazendo para cada n:
xn+1 = xn + t:F (xn; yn) ; yn+1 = yn + t:G (xn; yn)
(isto È, siga a seta a partir de (xn; yn) durante t unidades de tempo atÈ chegar a (xn+1; yn+1)). Quanto menor for o t utilizado, mais precisa (e mais trabalhosa) ser· a soluÁ„o. O prÛprio PPLANE utiliza um algoritmo numÈrico deste tipo (mas bem mais soÖsticado) para calcular e desenhar as curvas-soluÁ„o. Na Ögura abaixo, usamos o PPLANE com v·rias condiÁıes iniciais e obtivemos v·rias soluÁıes. A condiÁ„o (30; 40) nos d· a curva-soluÁ„o destacada.C ' = 6 C - 0.1 C L L ' = - 2 L + 0.05 C L
0 20 40 60 80 100
0
10
20
30
40
50
60
70
80
C
L
As soluÁıes de equilÌbrio de um sistema deste tipo ser„o as soluÁıes constantes, isto È, soluÁıes (C; L) cuja derivada È (0; 0) qualquer que seja t. Elas podem ser encontradas resolvendo o sistema
F (x; y) = G (x; y) = 0
No caso de nosso exemplo, os equilÌbrios s„o as soluÁıes de
6 C 0 : 1 CL = 2 L + 0: 05 CL = 0
isto È, (C; L) = (0; 0) (faz sentido ñse n„o temos coelhos nem lobos, n„o h· porque eles aparecerem do nada) e (C; L) = (40; 60) (veja na Ögura acima onde este equilÌbrio est·). A Ögura acima destaca a posiÁ„o destes dois equilÌbrios. Mais tarde veremos como classiÖcar estes equilÌbrios de acordo com sua estabilidade. Uma vez resolvido o sistema, È tambÈm possÌvel fazer gr·Öcos para C (t) e L (t). Para o exemplo acima, partindo de C = 30 e L = 40, terÌamos:
C L
C ' = 6 C - 0.1 C L L ' = - 2 L + 0.05 C L
-5 -4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4 5
20
30
40
50
60
70
80
90
t
Cand L
C (t) È a curva de baixo (azul), a outra È L (t).
C ' = 2 C L ' = L
-4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4
0
1
2
3
4
C
L
Caso a > d > 0 : nÛ inst·vel.
C ' = 2 C L ' = - L
-4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4
0
1
2
3
4
C
L
Caso^ a >^0 > d:^ ponto de sela.
Observe que, em ambos os casos acima, h· algumas direÁıes especiais, onde as trajetÛrias ìn„o entortamî (s„o, de fato, semi-retas). Nos casos acima, elas correspondem aos eixos x e y, isto È, aos vetores e 1 e e 2 , que s„o exatamente os autovetores de A. Nestas direÁıes especiais, a trajetÛria se aproxima da origem se o autovetor correspondente for positivo, e vice-versa. Veremos na seÁ„o seguinte que isto n„o È uma coincidÍncia (vocÍ consegue imaginar o porquÍ)? AlÈm destes dois casos principais, poderÌamos considerar alguns outros mais raros, isto È, ìdegeneradosî, como, por exemplo, os das Öguras abaixo (no primeiro, todas as trajetÛrias s„o semi-retas pois todos os vetores s„o autovetores e o
C ' = C equilÌbrio È chamado de^ nÛ prÛprio^ ou^ estrela; no segundo, as trajetÛrias se afastam do eixo^ x^ onde h· v·rios equilÌbrios): L ' = L
-4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4
0
1
2
3
4
C
L
Caso a = d > 0 : nÛ prÛprio ou estrela.
C ' = 0 L ' = L
-4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4
0
1
2
3
4
C
L
Caso d > a = 0: v·rios equilÌbrios n„o isolados!
2.2.1 Caso 1 ñQuando A tem dois autovetores L.I.
Suponha que A (x; y) = (ax + by; cx + dy) tenha dois autovetores w 1 e w 2 em R^2. Neste caso, o plano de fase sugere que haja trajetÛrias em linha reta exatamente nestas duas direÁıes. De fato, comeÁando da posiÁ„o w 1 , o vetor velocidade da curva ser· Aw 1 = 1 w 1 , e n„o h· motivo algum para que a trajetÛria abandone esta direÁ„o. Ser· que conseguimos escrever esta soluÁ„o explicitamente? Se w 1 = (w 11 ; w 12 ), a trajetÛria reta deve ter a forma v (t) = r (t) w 1 , onde r (t) È uma funÁ„o real a se determinar (isto È, um n˙mero que depende de t). Em outras palavras, esperamos encontrar uma soluÁ„o da forma
x (t) = r (t) w 11 y (t) = r (t) w 12
Substituindo na equaÁ„o diferencial, isto ser· uma soluÁ„o se v_ = Av = A (r (t) w 1 ) = r (t) Aw 1 = 1 r (t) w 1 , isto È
x _ (t) = _r (t) w 11 = 1 r (t) w 11 y _ (t) = _r (t) w 12 = 1 r (t) w 12
… f·cil ver que r (t) = e^1 t^ satisfaz a ambas as equaÁıes. Em outras palavras, o sistema v_ = Av ter· a soluÁ„o
v 1 (t) = e^1 tw 1
onde w 1 È um autovetor associado ao autovalor 1 (se o valor inicial fosse v (0) = w 1 ). Analogamente, temos uma outra soluÁ„o dada por v 2 (t) = e^2 tw 2
para o valor inicial v (0) = w 2 : Agora, enÖm, o que fazer no caso em que v (0) = v 0 È um outro vetor qualquer? Oras, sefw 1 ; w 2 g for uma base de R^2 , ent„o È possÌvel escrever v (t) como combinaÁ„o linear de w 1 e w 2 , assim
v (t) = (t) w 1 + (t) w 2
(note como os coeÖcientes variam com o tempo, fazendo v (t) variar). Usando esta nova base (ao invÈs da canÙnica), conseguiremos obter EDOs simples para as funÁıes e! De fato, derivando com relaÁ„o a t, temos
v _ (t) = _ (t) w 1 + _^ (t) w 2
(note que os vetores w 1 e w 2 s„o Öxos, ent„o n„o precisamos de uma possÌvel regra do produto). Por outro lado
Av = (t) 1 w 1 + (t) 2 w 2
Como w 1 e w 2 s„o L.I., a ˙nica maneira de valer a igualdade v_ = Av È termos
_ (t) = 1 (t) ; _^ (t) = 2 (t)
SÛ que estas equaÁıes podem ser resolvidas como EDOs de primeira ordem desacopladas! De fato, devemos ter (t) = 0 e^1 t^ e^ (t) =^0 e^2 t. Assim, a soluÁ„o^ v^ (t)^ ser· da forma^1
v (t) = 0 e^1 tw 1 + 0 e^2 tw 2.
onde v (0) = 0 w 1 + 0 w 2.
Exemplo: Resolva o sistema
x _ = x 2 y y _ = x + 4y x (0) = 2; y (0) = 1 (^1) Este raciocÌnio reáete o chamado princÌpio da superposiÁ„o que È satisfeito pelas EDOs lineares homogÍneas: se vocÍ tiver duas soluÁıes v 1 (t) e v 2 (t) do sistema de EDOs, qualquer combinaÁ„o linear de v 1 e v 2 tambÈm ser· soluÁ„o, pois
v _ 1 = Av 1 e v_ 2 = Av 2 ) d^ (^ v^1 +^ v^2 ) dt = v_ 1 + v_ 2 = Av 1 + Av 2 = A ( v 1 + v 2 )
Cuidado! Os coeÖcientes ci n„o podem ser escolhidos independentemente (em outras palavras, n„o È qualquer par de funÁıes x (t) e y (t) da forma acima que vai resolver o sistema de EDOs). De fato, eles devem satisfazer uma relaÁ„o que pode ser obtida substituindo x (t) e y (t) em x_ = ax + by (ou em y_ = cx + dy), a saber
x _ = c 1 1 e^1 t^ + c 2 2 e^2 t^ = (ac 1 + bc 3 ) e^1 t^ + (ac 2 + bc 4 ) e^2 t
ou seja
(a 1 ) c 1 + bc 3 = 0 (a 2 ) c 2 + bc 4 = 0
Se alÈm disto tivermos condiÁıes iniciais x (0) e y (0) podemos juntar estas equaÁıes a
x (0) = c 1 + c 2 y (0) = c 3 + c 4
e determinar os coeÖcientes ci. Em suma, È possÌvel calcular as soluÁıes sem encontrar os autovetores a priori:
Exemplo: Sem calcular autovetores, resolva o sistema
x _ = x 2 y y _ = x + 4y x (0) = 2; y (0) = 1
Autovalores e soluÁ„o geral: J· vimos que os autovalores de A (x; y) = (x 2 y; x + 4y) s„o 1 = 2 e 2 = 3. Assim, a soluÁ„o ser· da forma
x (t) = c 1 e^2 t^ + c 2 e^3 t y (t) = c 3 e^2 t^ + c 4 e^3 t
Substituindo em x_ = x 2 y, encontramos 2 c 1 e^2 t^ + 3c 2 e^3 t^ = (c 1 2 c 3 ) e^2 t^ + (c 2 2 c 4 ) e^3 t, isto È, c 1 = 2 c 3 e c 2 = c 4. Assim, a soluÁ„o geral È
x (t) = ( 2 c 3 ) e^2 t^ + ( c 4 ) e^3 t y (t) = c 3 e^2 t^ + c 4 e^3 t
Usando a condiÁ„o inicial: x (0) = 2 ) 2 c 3 c 4 = 2 y (0) = 1 ) c 3 + c 4 = 1 ) c 3 = 3 e c 4 = 4.
Conclus„o:
x (t) = 6 e^2 t^ + 4e^3 t y (t) = 3e^2 t^ 4 e^3 t
È a soluÁ„o desejada.
Note que È possÌvel descobrir o tipo de equilÌbrio que a origem È apenas olhando os autovalores! Por exemplo, no caso acima, como 2 > 1 > 0 , temos um equilÌbrio tipo nÛ inst·vel, exatamente como no caso diagonal!
2.2.2 Caso 2 ñQuando A tem dois autovalores complexos
Agora, a interpretaÁ„o geomÈtrica n„o È t„o simples, mas toda a ·lgebra feita no caso 1 ainda funciona. Em suma, calcule os autovalores complexos 1 e 2 (que ser„o conjugados) e seus autovetores correspondentes (complexos) w 1 e w 2. Escreva v (0) = (x (0) ; y (0)) como combinaÁ„o linear de w 1 e w 2 , assim
v (0) = 0 w 1 + 0 w 2
( e ser„o complexos). EnÖm, exatamente como no caso anterior, a soluÁ„o ser·
v (t) = 0 e^1 tw 1 + 0 e^2 tw 2 :
Exemplo: Resolva o sistema
x _ = x y y _ = 5x + y x (0) = 4; y (0) = 0
Autovalores: A equaÁ„o caracterÌstica È ^2 + 4 = 0 cujas raÌzes s„o = 2 i (conjugadas). Autovetores: Fazendo Aw = w para ambos os autovalores, encontramos os autovetores complexos w 1 = (1 2 i; 5) e w 2 = (1 + 2i; 5) (que escolhemos como conjugados um do outro). DecomposiÁ„o: Escreva v (0) = (4; 0) = 0 (1 2 i; 5) + 0 (1 + 2i; 5) e resolva para 0 e 0. Encontramos 0 = i e 0 = i (conjugados), isto È, v (0) = (4; 0) = iw 1 iw 2 : SoluÁ„o: Juntando tudo na express„o v (t) = 0 e^1 tw 1 + 0 e^2 tw 2 :
v (t) = ie^2 itw 1 ie ^2 itw 2 = i (1 2 i; 5) e^2 it^ i (1 + 2i; 5) e ^2 it^ = = (2 + i; 5 i) (cos 2t + i sin 2t) + (2 i; 5 i) (cos 2t i sin 2t) = (4 cos 2t 2 sin 2t; 10 sin 2t)
ou seja x (t) = 4 cos 2t 2 sin 2t; y (t) = 10 sin 2t Note que aqueles conjugados todos fazem com que as soluÁıes sejam perfeitamente reais. O plano de fase deste sistema segue abaixo (nossa soluÁ„o È a trajetÛria mais grossa). Curiosamente, todas as soluÁıes s„o trajetÛrias fechadas! Veremos em breve que isto se d· quando os autovalores tÍm parte realx ' = - x - y 0 (s„o imagin·rios puros). y ' = 5 x + y
-10 -8 -6 -4 -2 0 2 4 6 8 10
0
2
4
6
8
10
x
y
Se vocÍ entendeu a discuss„o acima...
ProposiÁ„o 2 Se A (x; y) = (ax + by; cx + dy) tem dois autovalores complexos = m ni, ent„o a soluÁ„o de
x _ = ax + by y _ = cx + dy
ser· da forma
x (t) = K 1 e(m+ni)t^ + K 2 e(m ni)t y (t) = K 3 e(m+ni)t^ + K 4 e(m ni)t
x ' = x - 2 y y ' = 5 x + 3 y
-4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4
0
1
2
3
4
x
y
Em geral, nas fÛrmulas
x (t) = emt^ (c 1 cos nt + c 2 sin nt) y (t) = emt^ (c 3 cos nt + c 4 sin nt)
o sinal de m determina se as trajetÛrias espiralam para longe da origem (m > 0 ; o equilÌbrio È chamado de fonte espiral ou spiral source) ou para longe da origem (m < 0 ; sorvedouro espiral ou spiral sink) ñnote que m = 0 corresponde a trajetÛrias periÛdicas de perÌodo T = 2=n, como nas elipses acima (o equilÌbrio È chamado de centro). Para ver se a soluÁ„o espirala no sentido hor·rio ou anti-hor·rio, È mais f·cil voltar ao sistema original e notar que A (1; 0) = (a; c) vai para cima exatamente se c > 0. Assim, se c > 0 as espirais v„o no sentido anti-hor·rio e, se c < 0 , elas v„o no sentido hor·rio.
2.2.3 Caso 3 ñ Quando A tem apenas um autovetor real
Se a equaÁ„o caracterÌstica de A tiver uma raiz dupla , provavelmente isto signiÖca que A tem apenas um autovetor real (a outra opÁ„o seria A = I, caso diagonal j· discutido anteriormente). Enquanto n„o temos necessariamente uma base de autovetores, È sempre possÌvel^2 encontrar uma base fw 1 ; w 2 g de R^2 tal que
Aw 1 = w 1 Aw 2 = w 1 + w 2
Escreva o vetor v (t) = (x (t) ; y (t)) na base fw 1 ; w 2 g:
v (t) = (t) w 1 + (t) w 2
Que sistema de equaÁıes deve ser satisfeito pelas novas coordenadas ( (t) ; (t))? Ora, queremos que v_ = Av, isto È
_ (t) w 1 + _^ (t) w 2 = A ( (t) w 1 + (t) w 2 ) = (t) w 1 + (t) (w 1 + w 2 ) ) ) _ w 1 + _^ w 2 = ( + ) w 1 + w 2
Como w 1 e w 2 s„o L.I., a ˙nica opÁ„o È termos
_ = + _ (^) =
(^2) A demonstraÁ„o deste fato est· no topo da p·gina 315 do livro de ¡lgebra Linear do Elon e nada mais È do que um caso particular da Forma CanÙnica de Jordan.
Pelo menos, podemos resolver a segunda equaÁ„o ña resposta È (t) = 0 et. Substituindo isto na primeira, temos
_ = 0 et
que pode ser resolvida usando o fator integrante I (t) = e t
d
e t^
dt = 0 ) e t^ = 0 t + 0 ) (t) = ( 0 + 0 t) et
Em suma, a soluÁ„o ser· da forma v (t) = ( 0 + 0 t) etw 1 + 0 etw 2
(note como v (0) = 0 w 1 + 0 w 2 permite-nos encontrar 0 e 0 ). Vejamos um exemplo:
Exemplo: Resolva o sistema
x _ = x y y _ = x + 3y
x ' = x - y x^ (0) =^ 2;^ y^ (0) =^ ^1 y ' = x + 3 y
-4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4
0
1
2
3
4
x
y
Autovalores: A equaÁ„o caracterÌstica È ^2 4 + 4 = 0 cuja ˙nica raiz dupla È = 2. Autovetores: Fazendo Aw 1 = 2w 1 , encontramos um autovetor w 1 = (1; 1) (direÁ„o lil·s no gr·Öco acima); a partir daqui, podemos resolver Aw 2 = w 1 + 2w 2 e encontrar, por exemplo, w 2 = (0; 1) (h· outras soluÁıes). DecomposiÁ„o: Escreva v (0) = ( 2 ; 1) = 0 (1; 1) + 0 (0; 1) e resolva para 0 e 0. Encontramos 0 = 2 e 0 = 3, isto È,^ v^ (0) = (2;^ 1) =^ ^2 w 1 + 3w 2 : SoluÁ„o: Juntando tudo na express„o v (t) = ( 0 + 0 t) etw 1 + 0 etw 2 :
v (t) = ( 2 + 3t) e^2 t^ (1; 1) + 3e^2 tw 2 (0; 1) = e^2 t^ ( 2 + 3t; 1 3 t)
ou seja x (t) = 2 e^2 t^ + 3te^2 t; y (t) = e^2 t^ 3 te^2 t Analise o plano de fase acima com cuidado (a curva-soluÁ„o est· destacada em vermelho e lil·s e a direÁ„o do autovetor est· destacada em lil·s). Note o comportamento das soluÁıes: como
y (t) x (t)